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Saúde Paidéia - Gastão Wagner de Sousa Campos

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confém a m orco de um c
o m prom isso
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im o e resiste òs
m uda nç as e em outrqs o c
asiõ es se
altera inłerferido pelo forço 
do desejo
continue
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© D ireitos autorals 2 0 0 3
de G astão W agnm de Sousa Cam pos
D [reıtos de publlcaçāo reservados por
A deraldo & R othschild Editores Ltda
R ua foão M oura 4 3 3 0 5 4 1 2 0 0 1 Sāo P aulo B rasil
Telefoııe/Fasímile 1 1 3 0 8 3 74 1 9
A ten◆m ento ao consum idor ı1 3 0 6 0 9 2 7 3
A tenam ento adisuibuidoresenvreiros 1 1 3 2 5 8 1 3 5 7
em ail lerereler@ hucitec com br
w w w huciteccom br
D epósitos IÆgais etbtuados
P A G
C onstrução de um a filosoħa da prática em saūde M étodo
paidéia 9
S A Ú D E C O L E T IV A E P A Ī D ÉıA
Saŭ de coletiva e o M étodo P aidéia 2 1
Saūde cultura e a concepção paidéia de sujeito 3 6
C I ĹN IC A A M P L IA D A E P A ID ÉIA
A C linica do sujeito : por um a clinica refom aulada e am pliada 5 1
C am pos G astāo W agner de sousa R ellexōes sobre a cłínica am pliada em equipes de saūde da
saúde paidéia / G astāo w agJıer de sousa cam pos são faraūia 6 8
Paulo Editòra H ucitec 2 0 0 3 B reve rellexão sobre a m edicina no século X X 7 8
aūde em D ebate 1 5 0 )
ISB N 8 5 2 7 1 0 6 0 8 5
ı S aūde P ública (B rasil) 2 P olitica de saūde 3 poıltica
educacional Saūde
M O D E L O S E P A ID Ë1A
C D D 6 1 4 0 9 8 ]
Indice para C atálogo Sistemático
P oı ïca Educacional Saúde 3 7 1 2 0 7
S aúde P ūbllca (B rasĺl) 6 14 0 9 8 1
G estão Educac : onal Saúde P ıî bılca 3 7 1 6 1 4
S U M ÁR IO
paidéla e a gestão indİcaçōes m etodológicas sobre o apoio 8 5
P aidéia e m odelo de atenção ensaio sobre a reform ulação do
m odo de produzir saūde 10 3
A gestão : espaço de intervenção análise e especilicidades
12 2técnicas
RoscM a O nocko Campos
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名 ◆ s书袖美R ı臼
E X P E R IÈN C ıA D E C A M P IN A S B P A ID ÊıA
inioieto paidĐa de Saūde da Fam ilia C am pinas 2 0 0 1 1 5 3
A nH ise do trabalho insūtuclonal nas equipes dos distritos
sanitarios e no H ospital M ário G atti de C am pinas A rthur 16 7
Į lgppólito de M oura
Cirimio M aia de Vtısconoelos
D ario Ehederico Phsdie
R egina D aurte B enevides de Barros
R osalia O nocko C tınıpo
Solange L A bbate
À G U ıS A D I! IN T R ÓıT O
C O N ST R U ÇĀO D E 【JM A F IL O S O P IA
U A P R ÁT IC A R M S A ÚD E M ÉT O D O PA ID Ėï A
\ 7
V IvIĻM os E M uM N ovo sÉcïn o ıiaveriam os ingressado 11o
perĺodo pósm oderno A pósm odernidade tem aópectos positivos e nu
gatlvos ; com o tudo na vida S egundo essa escola a m aioria das
m etaexplicaçōes entraram em crise no entanto ainda sobrevive ru
sistente a visão de m undo neoliberal que se apresenta com ares de
discurso único Tanıbém a ciência positiva apesar de m uito crłtlcada
dem onstra fôlego diw lgando um a restrita com preensão biogenéllca
para a existência D e qualquer m odo um efeito positivo destes vários
desm oronam entos que vêm ocom endo ĺoi o de abrir coraqões e m en
tes A ceita se conı m ais facilidade culturas experiências e saberes
tintos D escobriu se que todo fenôm eno é com plexo todo conceito
polissêm ico ; e todo cam po de saber interdisciplinar
M uito bom m as e daf? N enı a globalizaçåo nenı o fecham ento
fanático ao m undo estes dois fenôm enos sim ultâneos têm forneci
do elem entos para cam inhar se adiante M ais 1 m paradoe ou
tros desse nosso tem po
A dotei um M étodo (um a reconstrução contenıporânea do concei
to clássico de P aidéia) para lidar conı esse Hu]to m aluco e contra
rio de infom aaçōes com essa ciranda perversa de destn ıição de valo
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e e de co \ stão dos
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idax para H
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itaçōes im postas pelo con
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ossas próprias
U m a prática 
cotiva Processualeì
que procur
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ue os Sujeitos reconhe
çam eexpresse
m se us hıteresses 
e desejos para em segu
ida recom
los S \ do 0 加加 res
se e necessidades 
de outros segundo 0 contexto
e segundo as į m posições ins
titucionais
A S aıide Pública tem tra
dção norm ativa e 
legal ; ela i? ?
aıten irisso O que se pođe
éde nıaneira articulada desenvolver açōes
que envolvam taìıto 
o saber e as prĺoridades definidas pelos técnicos e
\ Ia leiquanto tanı
bénı assegurenı algum espaço para que as pes
soas possam recom p lř E isso 
não é tarefa sobre hnm alıa para al
gum superhonıem A s pessoa
s m uito poderosas produzem dependên
cia os outros seń am coitados e o su\ r
honıem um heróiN em para
São Francisco os resigiıados produzem con
fornıisnıo apaūa ele se
ria saiıto e os outros coitados dependentes 
de sua caridade C o produ
zr sujeitos com capacidade de análise e de co ges
tão das própria
Vidasedasiituiçōesé coisa para oshum anos T ododia toda hora
fazem eslsso algunıacoisaentrea constituiçãodep?ssoas
dependentes
ou autõnom as A cļinica a saūde pūblica a gestäo produzem m odos
de serÉ um a constataçåo enıpfriÉ isto sim ples M udar o cotidia
1ıo e perguntar os alunos pacientes e com lıiıidades com quem U a
ba1łianıos æ tão ganhando ou não elıı capacidade de análise e de co
gestāo? Podese trabalhar nesse sentido desde ontem enı um canıpo
de concentração eiıı unı eonsń o olı seja lá eaı que setting se es
teja operando
D E M ÉT O D O PA LD ÉIA +
nstitucional e do papel do Es
tado N ão nego a im portânoìa do Estado no linanciam enm e regula
m entaqāo da Saūde ou da Educação O Estado é a instituição das ins
* titulções Som ente argum ento sobre as form as de dem ocratizál0
A m pliar o poder da sociedade civil e das equipes de trabalho sem
privatizar o sentido público dessas polĺticas co gestāo do Estado co
gestão da Saúde co gestāo dos serviços e do trabalho em equipe e
não autogestão do G overno ou dos trabalhadores
0 M étodo Paidéia é tam bém utilizado para reform ular a gestão do
trabalho Em prego os conceitos de N ūcleo e de C am po de conhe
cim ento e de responsabilidade pm a articular o sentido particular com
o necessio trabalho coletivo enı organizaçōes trata se de um a ex
plicaqāo reativa ao 】Jnodisnao da transdiciplinaridade e tam bém à
idéia por exem plo De que haveria um a inteligência coıetiva que apa
garia as prolissōes as especialidades etc H á um a tendência salutar
em dim hıuir as diferenças de saber e de poder entre profissionais de
saūde e usuários Ótim o! Contudo enquanto houver trabalhadores
cuidando proßssionalm ente de outros a essa diferenqa proponho db
nom inar se N ūcleo
A Saūde é um cam po interdisciplinaľ certo M as nāo é iguaı à
sociologia ou sequer é apenas biologia ou Ciências H um anas ca
racterísticas que distinguem a Clínica e a Saŭ de Coletiva da sociolo
gia ou da antropologia a isso denom ino N ūcleo R esum indo opo
nho m e à geléia geralainda que considere potente o intercâm bio de
saberes O trabalho de equipe não deve elim inar o caráter particulàr
fde cada profissional ou de cada proĥ ssão a co gestão é um m odo de
articulálos em um cam po que assegure saúde à população e realiza
çåo pessoal aos trabaıhadores
Esta é um a coletânea de artigos elaborados nos ūltim os três anos
Todos com binam reflexāo teórica com a preocupaqão em indicar ca
斗
U M A F IL O S O P IA D A P R ÁT IC A E M S A ú
R esta ainda o tem a da dem ocracia i
Scanned by CamScanner
S A ÚD E C O A E E A ID Ĥ A
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SA IJD E C O L ET njĄ E O hToDo PA ID ÉIA
a sociedade conıo o objeto passivo em decorrência
da predonnin ân cia do agir segu ï ıdo regras
S A ÚD E C O L E T IV A tem com o principalform adeinterven
çāo sobre a realidade sa tária o que se convencionou deno]Jainar de
V igilância à Saŭ de E 1a utiliza se de m étodos de prom oçāo e de pre
venç ão para atingir seu objetivo de garantir saŭ de à coletividade O F
ganiza se em três áreas : vigilância sanitária, vigilância epidem ioló
gica e vigilância sobre o am biente S io áreas estritam ente regula
m entadas, e o agir dos proĤ ssionais apóia se em leis, decretos e por
tarias, caracterizando um m odo de proceder com base em regras O
princfpio da autoridade sanitária é central a esta lógica
U m exeuıplo : a lei que organiza o Sistem ainico de Saūde(8 0 8 0 /
9 0 ) define o papel e a abrangência da V igilãncia à Saŭ de da seguinte
form a " Entende se por V igilãncia Sanitária u】n conjunto de açōes
capazes de elinıinarl dim inuir ou prevenir riscos à saŭ de e de intervir
nos proble】Jaas sanitários decorrentes do ]neio am biente, da produ
ção e circulaç ão de bens e da prestação de serviços de interesse da
saúde, abrangendo
" I o controle de bens de consm no que, direta ou indireta】nen
te,
2 1
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2 2 ◆ S A ÚD E C O 【E T IV A E P A Į D ÉĮ A
se relacionam com a saúde, com preendendo todas a8 etapaa e
cessos da produção ao consum o e 
e 0 -
" II 0 consum o da prestação de serviços que se relacionam dheta
ou indiretam ente com a saiide
"
percebe se, nesta lei, a nítida intenção de transform ar a Vlguân
cia Saiıitária em instrunaento em defesa da vida das pessoas Trata
se de regulam entar um setor capaz de
"
elim inan dim inuir ou preve
nir riscos à saúde". D entro dessa perspectiva, o B rasil avançou : de
acordo com o espirito da lei, antes do interesse econôm ico, viria a
defesa da saťide coletiva
N o entanto, trata se de perspectiva ainda restrita Freqüentem en
te, o si】nples exercĺcio da autoridade sanitária nâo é suficiente para
resolver problem as de saúde H á
, portanto, o desafio de m aterializar
o espirito da lei : com o transforirrar a norm a legal em princpio con
dutor da vida em sociedade? E m ais, com o lim itar danos à saiide
advindos do funcionam ento da sociedade? C ouıo assegurar um a vida
saudável em um planeta saudável? C om o organizar um a instituição(a vigilância à saŭ de) com capacidade técnica, legal e polıtica paralograr esse intento?
Em realidade, a V igllâncla em S aúde precisa ser tom ada em perspectiva am pliada, já que tem m iiltiplas dim ensōes e sua aç ão eficazdepende de projetos que assegurem seu desenvolvhnento nestas várias dim ensōes A ssim , a V igilância é um a organizaçāo, e, nessesentido, faz parte do S U S um a rede de pessoas, equipam entos, rectırsos , com autoridade legal para intervir sobre am biente, sobre 0setor produtivo, sobre serviços de saıĵ de e até m esm o sobre a vidaparticular de fam flias e de pessoas. M as a V lgllância à saúde é também um conj unto de conhechnentos (um pedaço da saūde coletiva)sobre a produç ão de saťide e de doenç a e é ainda um cotìjunto de
Scanned by CamScanner
pfocedim
ent os técnicos considerados potentes para assegurar saiide
às pessoas. U nıa 
organizaçāo com poder legal e um cam po de conhe
cim ento especia
lizado, ao m esm o teiJapo.
A organização, a equipe de técč cos, a lei, o saber e o poder H á que
se cuidar de cada 11m desses aspectos T udo isso eiJa relação com a so-
ciedade Co】n a 】Jnultiplicidade de interesses e de valores de nosso paĺs
o objetivo, o objeto e os ıneios de intervenç ã o da
Saūde C oletiva
A saūde não é objeto da Saúde C oletiva ou da Chnica N a
verdade é um a finalidade, algo que se procura defender ou construir
A ssi】n , saūde é um objetivo que se persegue O
"
objeto" de estudo e de
interveil\
age】J1 sobre a doença ou soD re a possıouraaae ae eia acuu Lecer
doença, o risco de adoecer e a tïulnerabilidade hıduzidas por situa
çōes inerentes às pessoas ou ao contexto em que 
vivem N esse senti
do, a vigilância atua sobre o
" território" , sobre
" instituiçōes
"
e sobre
a
"
coletividade
" A ge sobre o contexto e, especilicanıente, so
bre al
gunı grupo w inerávelO
"
objeto" sobre o qual trabalha tem , poF
tanto, três dinıensões o am b
iente, a organização social e as pessoas
N o entanto, a Vigilância à Saŭ de
herdeira da Saiide Pública e
da M edicina tradicionais cos
tum a esquecevse de que atua sobre
pessoas, vaĮorizando regras vo
ltadas para as doenças e para o nm
biente Estuda as epidena
ias coIIıo se não houvesse sujeitos envolvi
dos 加加 rvém sobre situ
açōes de risco com o se não m ex
esse com a
ida de um m onte de ge
nte
para alcançar seu o
bjetivo a Saūde C oletiva le aentru tıcrit' " ë ı
lâ ï ıcia) usa técnicas de p
rom oção ou de prevenção A P ronaoç
ão à
:ão dessas práticas é o adoecer a Saūde C oletiva e a Clinica
Scanned by CamScanner
2 4 + S A ÚD E C O Į, U V lvA
Saúde valese de vtillos 
modos dc Inl(rv(]llļéìo: o m tılß orgflnJi¢udoe
slstemátlco é o que sc col
tvenclot]olI dunom ltnır d( VjllOn(JU Btlr}l.
tárła (controle da produç£io e do conumo 
du tıllm erıloH , dc Mrmacüs
,
regulaqāo de ambientes, e
lc,) ; outro m odo Ć £ı ï(ducttqiio üm llitúde
outro ahlda, projetos Interselor tals, A Prevenqio ć r
rltJjH dJrlgïdu, #ūo
aqōes que procuram enlentŁıF um p
robJem Ër eBpcclllco (rlBco oo
doença) : aqui se enquadram II
çāo, etc, U m desafio : com o a Vigllāncla po
darla ttım bćm usi]r com
m als {reqūêncla técnicas de Educação em seide ?
A Vigilância à Saiide está obrigada a atuĉlr segundo II Lei ; nc88e
sentido seus agentes atuam sobre a sociedade valendo se de regras e
de norm as para constranger com portam entos considerados inadu
quados Pensar e agir segundo regras, valendo se do poder do Esta
do Em m uitos casos, nāo há com o fugir dessa responsabi}ldade : a
V igil ? Įncia Sanitária e a Epldem iológica estão obrigadas a exercer con
trote sobre a sociedade Im por lim ites, multa liscaıizan fechar es
tabelecim entos, etc O problem a estaria em reduzir a VigiJincja a
apenas esta dim ensão :
'A gir segundo regras" , o exercĺcio rigoroso de
controle sobre setores da sociedade
polĺtlca. Fre
qūen Ĺem en Ĺe, apenas a norm a legal é Insuficiente para proteger a
saťide de segm entos da sociedade, A lém disso, toda norm a ou Jim ite
legal se originam tanto de um conhecim ento técnico, quanto de dİs
puta de interesses A s norm as de saťide são tam bém produ to de
en】bates sociais e polfticos, N esse sentido, a V igilância vem desenvoJ
vendo um pensam ento e um agir estratégicos ; ou seja, O s agentes do
Estado estão obrigados a construir aliados e parceİros na sociedade
civu, be】Jn com o a elaborar projetos de abrairgêncla Intersetorial, para
além de sua Đ ea de com petência A V igilância com o r esponsabíída
II PA lofį lA
Vlgılincla ıłpldem loıóglcłı, a Vacina ·
N o entanto, a Vìgllância tem tam bém dim ensão
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sÉ D E com EV A E 0 m ËT O D O P A ıD ËıA 
◆ 2 5
和 do 
m as m da soc
iedade civiL N o entanto, \ ul, há
四回 骊回
回旨 明目心 as
馐蛔丽曜 舒 0 湘 nđ as 
da a山丑in恕traç ão cientiñ ca (so
b e o 
estrategico) não consegu
iram superar N ão
aggFaudepaderparacolıtrolaresteou aque
»e seaor woo
a a que sso seta futı
dam ental enı várias oca
- o1ı W 
lm° Æ esta ou aquela ep
idem ia tratar se ia tam
h im de m aı】ï 《EE 
a sociedade na de
fesa da própria saú
de E orais,
ooaıo as 
siebte saúde tênı or
igem com plexa
têm várias di
« m Įa t a . outra p
oıitica , outra cuĮtm al, ou
tra subjeti
M æ m m eE woıver a soc
iedade desde o m onı
ento de
damM dessas norm as 
e rew e não som
ente quando de su
a
E m geral. 
P ronıoç å o e Prevenç
â o - sobre 
· 
os usuários e nao
ı = oonı
-
a 
ativa deĮes A ç ã o sobre as 
soas e nāo com O
d m Æ o delas D ï ıas 
expressōes sem
elharıtes e um a
bism o en
ūeelas % gzh sobire
-
o1ı
- A gjr conı
-
as pessoas? Em 
conseqūência, os
pagø m as pem 
eĤ cácia ao tentar 
m arıipular e con
trolar o dese
ıxİ u Q đas de m a s 
estabeĮ ecidas pela ep
idem iologia ou pela 
lógica
Ħaseda tm ıa M xu
eira ałtemava p
ara se lidar com e
ste im passe
üfm a m eira \ 
e iıã o excĮui o
" Ągjr segundo R egr
as
"
, 
ou o
'A gir Es
oM ado da G r
écia cİássica e q
ue significa desen
volvim ento integr
aı
T l
das peßgoa um pa
sso ađiante 
em reıaç ão ao
" A gir C om unic
ativo
B åo siomexe meorar 
a rmaç åo, m as tam
bém assegurar capa
ï ım proíeo, e 
ala disso pr
eocupar se com 
a construç åo de n
ovos
padï
Scanned by CamScanner
2 6 ◆ S A ÚD E C O L E T
IV A E P A ID ÉIA
jeto de saúde 
coletiva (de vigilância) deveria aime não s o nieïlte
alterar ó anıbiente, m
as tam bém as pessoas e as relaçöes socİais (de
poder) envolvidas
H á algum as diretrizes m e
todológicas que têm a potência de aq
pliĐ essa tradição pos
itivista da área de saıide, possibH İtando llm
pensar e um fitzer Vigi
lâncİa segundo, tam bém , um
'A gir paidéİa"
0 M étodo a que denom inei da R oda ou Pa
idéia lida com esses impas
ses procurando sem pre incluir o Sujeĺto no tra
balho em saŭ de Fazer
Satide Coletiva conı as pessoas e não sobre elas. P ara isso é fundamen
talproduzirse um A U M E N T O D A C A P A C ID A D E D E A N
Á L IS E E D E IN TE R
vE N ç Ã o dos agrupa】nentos hum anos em geral, e não apenas dos
grupos técnicos. M elhorar a sua capacidade para analisar um a si
tuação saiıitária, para identilcar os detenninantes envolvidos e, ape
sar das diliculdades do contexto ou das pessoas, para am pliar as suas
possibilidades de intervenção sobre o quadro considerado nocivo
E Iı 山 n , aunaentar a potência de intervençio dos vários agrupa
m entos envolvidos diante um problem a sanitário relevante a equipe
técnica, o grupo w inerável, a com unidade, m ovim entos, or ganiza
çōes, instituições, etc
A um entar a capacidade de análise e de intervenção saber sobre
os problem as e agir sobre eles Saber e fiłzer T eoria e prática
algiunas sugestõ es m etodológicas paidéia
1 . A C O N S T R U ÇÃ O D E V ĹN C U L O E D E U M C O N T R A T O D ET R A B A L H O E N T R E B Q U IP E rÉC N I C A , G R U P os D E U S uÁ R I O S E O R -
G A N izA ÇI\E s
Q uem faz satide coletiva? C om certeza, toda a socİedade clvĺl e oEstado N o entanto, essa resposta é m uita genérica H á dlstİntas res
Scanned by CamScanner
S A U D U C O I. aT IV A B 0 M ÉT O D O pA ID ÉıA ◆
po【ıea
bllklu doti, P rlm e
lTo, hi tls lįqulpes técnicas : dentro da perspec
tlvn dtr atc
nqĤ o Inlogrt \ 1, em algum a m e
dilda, todos devem operar com
hrstrurrıcn
los dc prm noqūo o de prevenç ão. A ssım , a equipe de saúde
da rtrlTrfllu deve 
lrıtervlr sobre o território, no controle de doenças,
otc, N o cntem to, 
ltrz se necessńrla a constitulqăo de equipes espe
clallv adas cITı SŁ\ıi
de C oletiva cm todas as instâncias do sistem a. E na
Cam pinas/SP optam os por orgtın
lzar um N ūcıeo de Saūde C oletiva
(Bencrallstas cm vlglläncla) para apo
iar cada quatro ou cinco equi
pcs de saúdo tïa liım lıla. 
O m esm o procedim ento ocorreu em hospi
tals, cm que sc org!im ızaram N úcleos de V ig
il ? incia. A lém disso é lm
portante em m uniclplos gran
des, nos estados e no M inistério da
Samde a exlstêncla de organism os especializados em vigilância sani
tirta, epldem lológlca e am biental, R econhece se, hoje, a inaport
ân
cla do agir Intersetorlal, procurando envolver várłos organism os 
da
sociedade clvu e do E stado na resoluçāo dos problem as coletivos de
saťide. D e qualquer m odo, m esm o denlT o da sociedade civil há dis
LIntas posslbllidades «ļe envolvim ento confornıe o interesse e o grau
de organizaç ão dos «M stintos segm entos E m geral, os vulneráveis ou
o8 alIngldos por determ inado problem a têm m aior disponibili
dade
Por onde com eçar? Pelo com eqo, de preferência O problem a, na
vida real, é descobrir esse tal de com eço Sim , porque em 
todo seF
viço de saúde sem pre já há algum a aç ão de saťide pública sendo
olbrtada à populaqão. R】【á vlgllância epidem io1ógłca e san
itária, edu
cação em saŭ de, trabalho com unitário ou em 
instituiçōes (creches,
escolae, asilos, etc.), sendo oferecidos à socie
dade,
Então, há que se com eçar com esta oF E
R 'rA oriunda dos serviços
de saūde, U m oferecim ento à sociedade aqui se 
trabalha em prol
da saúde. U m a prom essa "resolvemos problem as de saŭ de
"
. 
U m
convite :
"
venham , se associem a nôs que, juntos, construirenaos
Scanned by CamScanner
2 8 + S
A ÚD E C O 【E T IV
A F P A ID
ÉIA
um a vida m
ais saudáve
l" , D eixar clar
o as dlr etrlzes com qtte il llqtrl
por que é im p
ortante explic
itar esta O ferta? N äo seFla um taı lto
resunçoso ou a
rrogante?
° 
. Dam ental exp
licitar esse com pro
m isso porque senão niio
haverá possibuidade 
de estabelecerse V ĺnculo entre equ
ıpc e u8uá
rios o vinculo, de 
Inĺcio, se constrōı sobre um c
astelo dc arcla, fan
tasias, exageros, que, 
com o tem po, irão esc
larecendo se, m iıs Bem os
quais não haveria 
aproxim aç ão inicia
l
. Q uem confıa ou se Junta a
equipes acom odadas e 
burocratizadas, incapazes de aco
lher qualquer
dem anda?
O s grupos de usuários ou as o
rganizaçōes trazem D em andas, pro
blem as ou reivindicações que eles supōem v
itais, A possibllldade de
construção de V fnculo depende disto : os técn
icos têm coisas a ofertar
o trabalho em saŭ de, o poder de autoridade sanitária a socleda
de civil tem sofrinaento e necessidades a serem atendidas O V ĺnculo
resulta da disposição de acolher de uns e da decİsão de buscar apolo
eiJa outros
V inculo é, portanto, a circulaçāo de afeto entre pessoas. O afeto é
obscuro, nem sem pre obedece à conveniência ou é consciente. Em
V inculo que estabelece
uzi ' " ıı u ' " u" ' " o puuc+ uunsi[ieram io um dado objetivo, ser nega
tivo ou positivo. A trapalhar ou ajudar O s V ĺnculos se constroem
quando se estabelece algum tipo de dependência m útua : uns preci
sam de ajuda para resolver questĉies sanitárias ; outros precisam dls
so para poder ganhar a vida, exercer a própria profissã o.
ou seja, para que haja vinculo positivo os grupos devem acreditar
que a equipe de saūde tem algum a P otência, algum q capacıdade de
resolver problem as de saŭ de E a equipe deve acolher a dem anda do8
geral, não tem os consciência do padrão de
h r o E ı1o A
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S A ÚD E C O L E T IV A E 0 M ĚT O D O P A ID Éï A +
usuários ou 
das organizações A Equipe deve apostar em que, apoia
dos, os usuários 
conseguirāo participar da superação das condiçōes
adversas Senão, ten
der se á a estabeleceF se um padrÊio paternalista
de V inculo O V inculo é confiança e é desconĤ ança ao nıesm o tem
po A creditar, silJa ; m
as tam bém reconhecer que sem algum apoio
externo as pessoas não m udarão o contexto e a si m esm as
0 M étodo P aidéia sugere valeF se do V inculo para estim ular os gru
pos e as organizaçōes a participarem da resoluç ão 
dos próprios pro
blem as O s agrupam entos tendem a um conıportam ento repetitivo,
tem em a m udança e vivem segundo padrões m ais ou nıenos frxos : as
estereotipias, papéis Ĥ xos D aĺ resulta a im potência das pessoas, a di
ficuldade em m udar o contexto e a si m esm o U m nıanejo adequado
do V inculo pode apoiar o grupo a enxergar a própria i】Japotência e a
descobrir novas 】aıaneiras de enlrentar velhos problem as U nı exenı
plo enlrentar o problem a do lixo, ajudando o grupo a cr
iar unna co
operativa para gerar renda O utro : tratar 
da obesidade m ediante a
descoberta de novas m aneiras de lidar com o prazer de com er ou 
de
usar o próprio corpo O utro um
"
asilo" para idosos que nĮ o cuM
pre as regras saiıitárias m ínim as, o que 
fazer, cerrálo, deixando os
usuários ao dėusd á? C om certeza, há que fiscaliz , m as tam bénı
apoiar a organizaçio para que se transfom e segundo interesse dos
usuários e as nornıas legais, para 
"
m otivála" a valeF se da autorida
de legal e de argum entaç ão técnica V aleF se da trans
ferência de
conūança do grupo para experi】nentar novos hábitos e co】Japorta
m entos E valev se da experiência do grupo para enriquecer se com o
equipe
Se o V incuıo é infom aal e variávet, o C ontrato deve ser form a
li
zado procurar acordar com o grupo as 
D iretrizes e unıa linha de
trabalho é m ovim ento fundaıaen
tal para m otiv a todos N ão é ne
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3 0 ◆ 
S A ÚD E C O L E
T IV A E P A
ID ÉIA
cessário 
definirse 0 
P rojeto no m om en
to do C ontrato, trias
, strn
. Uīna
com binaç
ão sobre os p
apéis e as resp
onsabilidades e um a discus«ao
sobre os T e
m as priorit
ários a serem tra
balhados em conjunto
2 , A E M E R G
ÊN C IA D O S T E M A S
Eitt Saúde C oıe
tiva tem os de com eq
ar por algum T em a
O que é um 
Tem a? Tem a é um 
assunto, um a coisa que incornoda
um problem a, 
um a situaqioque provo
ca riscos à saūde O Tem a deve
E M E R G IR , S
E R C O N S T R U Í D O P O R A L G
U M C O L E T IV O . P ara que hajaopor 
tunidade de algum 
tem a em ergir é necess
ário que se arm em R oD A s
desde o início C om
eçar pela R oda, P o
rtanto U m T em a forte sempre
diz respeito ao interes
se ou a desejo de vários agruparnentos envoıvi
dos. U m a coisa que 
incom oda, que am eaqa, que, quando enfrenta
da, trará benefic
ios a m uita gente
R oda é um espaqo cole
tivo : um arranjo onde exista oportm dade
de discussăo e de tom a
da de decisāo P ode ser form al (um a com issāo
ou conselho oficial), ou inform
al (reuniāo para enfrentar o tem a do
lixo, tem as a]nbienta
is, da produqão ou consum o 
de alim entos, da
violência, etc ) A R oda é um lugar o
nde circula】n afetos e V inculos
ão estabelecidos e rom pidos duran
te todo o tem po É o espaço para
aboração do C ontrato e para a e
laboraçāo de um P rojeto de Inter
enção.
m ergência de um T em a é fruto do choque de perspec
tivas dis
»sejos e interesses diversos. Sugere se operar com 
uma
ctiva : Tem as D em andados pelo grupo de usuários ou p
ela
m m as O fertados peıa equipe técnica.
ndados são os que se orıginam a partir da s
ociedade
eus segm entos, m ovim entos espontâneos 
ou orga
por exem plo . A ssim , observando se a 
denianda
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S A ÚD E C O L E T IV A E 0 M ÉT O
D O P A ID TlA ◆
dos serviços pode se co
nstatar a alta freqūên
cia de acidentes, ou 
de
intoxicações, ou de depr
essão entre adultos ; ou 
de violência domé
tica, ou de queixa de a
lcoolism o Q ualquer desse
s m suntos poderia
constituh se em um T E
M A cap de justificar um 
P rojeto de InteF
vençăo por outro lado, os 
sindicatos, ou associaç
ðes, ou unıa asse
m
bıéia de m oradores pode dem an
dar (reivindicar) resolver se 
o desti
no do lixo, contam inação am bien
tal, a qualidade de u
】n produto, etc
um grupo de diabetes pode 
dem andar falar sobre im po
tência sexual,
etc , antes do que aprender a 
auto aplicar insulina
com o proceder diante da infinida
de de dem andas que chega a
té a
V igilância?
A prender a escutálas N ão nece
ssarianıente aceitálas, m as es
cutar a todas Enı seguida, sub】n etêlas a um s
istenıa de avaliaç ão de
perthıência, perguntando se se ser 
io transform adas e】Ja n【ıas, isto
é
, se serão priorizadas e se, em decorr
ência, será arm ado um P rojeto
de Intervenç ão para alterar a situaç ão I】nportante este e
xaH ıe de
verá ser realizado enı R oda e n ão apenas pelos técnicos
C ritérios im portantes para a escollia o te】】na levantado tenı repeF
cussōes negativas sobre a
m as de enlrentáIo (viabilidade técnica, jurídica, finaiıceira e politi
ca i】nportante não esquecer que viabilidade se constrói, projetos
considerados inıpossfveis acontecem à 】nedida que a intervenç ão de
alguns altera o contexto) ; o tem a levantado tena a potencialidade de
estim ular a participação (o quanto cada tencıa se liga a interesses e
desejos de pessoas concretas)
N ote se que ainda quando o T em a se tenha originado de um a
dem anda dos usuários, antes que seja eleito conıo prioridade deve
rá ser tam bém sub】netido ao julga】nento da equipe de técnicos, ten
tando se construir um contrato, unı acordo euı relaç ão ao tenıa
saŭ de (]n agnitude do probleuıa) ; há foF
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32 ◆ 
sA ÚD E coL[tï
'ıvA E pA Ï n
ÉIA
origirlal, 
o İmmportan
te é lagr
'llr um Contrato (ıue nlotlve II a】'nbfh
os 
Temas ofer
tados são os q
ue emergein em 
liırlciin de a v aJi$) çãf) cïl
bica ou epide
rnlológlc a das 
necessldadeB de sa
úde, bem c o M odejrn
poslqões 
ıegals do c
ódigo sanJtár
io ou outra JegisJaçio perthiente
Em geral, con
stituem a m a
ioria das ações concre
ta8 da Vlgjjãİlcla
,
segundo o m
étodo paidéİa, antes 
de aplicados, são tralrİdos para a
Roda pelas autor
idades sanitárias, 
D a m esm a form a, são tam
julgados pelos us
uários, avaliados seg
undo o8 æ ĺtérioB acim a exM
tos e modmcados seg
undo o Contrato que 
for possivel construir em
da situação especHica,
N a prática, trabalha s
e com m ais de um lem a, aıguın
i L um orì
gem na dem anda e ou
tros ofertados pela racionah
dade técnica ou
legal da Saúde Coletiva
3 C O N S T R U IR P R O JE T O D E IN T E R V E N ÇÃ O C O M O
E N V O L V IM E N T O D A E Q U IP E rÉcN 亘 C A , D O S G R U P O S
V U L N E R ÁV E IS E D E O R G A N IZ A ÇŌE S
Eleitos os tem as, há que se construir P rojetos especificos de 
tervenção
Em Saŭ de Coletiva os P rojetos têna u】Jaa diretriz básica : a defesa
da vida Sena isso, a Equipe perde capacidade de O ferta N ão é con
ĺiávelD efender a V ida é reconhecer que a vida tem um a naedĺda
quantitativa(anosde vida ganhos, a s o brevivência) eum a outraqualitativa (0 prm er de viver) E que as duas devem ser com binadas, sendo iguaım ente im portantes, ainda quando a segunda seja de definiç ? io quase que exclusiva dos usuários Som ente o próprio sujeito ouum determ inado agrupam ento P odem opinar sobre o que é ou nãoqualidade de vida para si m esm os
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 S A Ů D E C
O L E T I VA
 E PA I DÉ I A?
original. 
o importan
te é lograr u
m Contrato que ]taotive a ambos
os 
Tem as oferta
dos são os que e
m ergem em funçāo de avalìaçāo ch
M ca ou epidem
iológic a das nece
ssidades de satide, bem com o de hn
posiçōes leg
ais do código sa
nitário ou outra legislação pertinente
Em geral, cons
tituem a m aioria 
das açōes concretas da V igilância
segundo o nı
étodo paidéia, antes 
de aplicados, são trazidos para a
R oda pelas autorida
des sanitárias D a 】nesm a 
fornaa, são também
julgados pelos usu
ários, avaliados segiın
do os critérios acim a expos
tos e nıodiËcados segundo o Con
trato que for possfvel construir em
cada situação especffica
N a prática, uabalha se com 
m ais de um Tem a, alguns coin ori
gem na dem anda e outros o
fertados pela racionahdade técnica ou
legal da Saūde Coletiva
3 C O N S T R U IR P R O jE T O D E IN T E R V E N ÇÃ o coM O
E N V O L V IM E N T O D A E Q U IP E rÉC N I C A , D O S G R U P O S
V U L N E R JĻV E IS E D E O R G A N IZ A ÇŌE S
ĺ ıeitos os tem as, há que se construir Projetos específicos de In
tervenção
Em Saŭ de Coletiva os P rojetos tênı um a diretriz básica : a defesa
da vida, Sem isso, a Equipe perde capacidade de O ferta. N ão é con
fiávelD efender a V ida é reconhecer que a vida tem um a m edida
quanń tativa(aiıosde vİdaganhos, a sobrevivêncİa) e lım a outraqualitata (0 prm er de viver) E que as duas devem ser co】nbinadas, sendo igualm ente im portantes, ainda quando a segunda seja de definição quase que excıusiva dos tısuários
. sotaente o próprio Sujeito ouum deternıinado \ upanıento podem opinar sobTe o que é ou nãoqualidade de vida para si m esm os
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S A ÚD E C O L E T IV A E 0 M ÉT O D O P A ID ÉIA ◆ 3 3
N esse sentido, os P rojetos devem ser, na m edida do possıveı, ela
borados de fornıa participativa na R oda A spectos operacionais podem ser tratados de m odo particular, o grosso do P rojeto deve ser 
partilhado
P or que esta insistência com a co gestão dos P rojetos?
P orque é um a m aneira de aum entar a capacidade de análise e deintervenç ão dos grupos de técnicos e da com unidade D e dim inuir aim potência diante de desaltos considerados im possíveis D e dim inuir
a cegueira dos grupos diante da força do cotidiano D e construir par
cerias antes não im aghıadas D e descobrir alternativas antes i】Japen
sadas M as, prinıcipalm ente, é um a 】Jaaneira de obrigar os técnicos a
coï ısiderar os valorese a cula da com unidade, sem o que nāo há
m udança E , principalm ente, é um a fornıa de envolver as vítim as naİuta contra o contexto que as oprim e
Sem envolvim ento da sociedade, quantos fiscais seriam necessM os
para W ar todos os estabelecim entos produtores de bens ou serviços?U m P rojeto de ħatervençāo tem cinco etapas
a) definiç ão de Te]taas P rioritários
b) análise de contexto : coH ıo a situaç ão considerada indesejável
vem sendo prodtızida e reproduzida? H aborar um Texto sobre isso
N ,N ovam ente, para se construir um Texto de A nálise (diagnóstico) é
im portante tom ar elem entos dos vários sujeitos envolvidos com o pro
jeto a perspectiva dos usuários, dos sanitaristas, dos clinicos, da orga
ï ıização produtoradebens ou serviços, etc C onsiderar tam bém conhe
cl】mentos acum ulados sobre o assunto protocolos, program as, etc
c) đeñnİç ão de D iretrizes e tom ada de decisāo em R oda com base
na interpretaç ão do Texto constru ĺdo, enı conhecim entos oriundos
da Saŭ de C oletiva e da vida em geral (experiência prévia conJum a
todo e qualquer vivente), eleger diretrĽzes e construir um M odo de
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34 ◆ S
A T D E C O L
E T IV A E
PA ID ÉIA
A ção (mode
lo de enfren
tamento do tem a), Em 
função dessas diretti 
zes e desse 
M odelo, tom ar 
decisōes e transform á
las e】n Tarefas
n rlpfinicão de um a 
rede de Tarefas con
sideradas potentes para
W u u ı» T
alterar o contex
to nocivo.
Tarefas são Intervenç
ōes a serem executa
das por pessoas concre
tas M da Tm efa exige 
um grupo respons
ável por sua execução
H á tarefas para intervir so
bre o contexto e outras sobre o próprio
grupo A çōes sobre o 
território, sobre a organização, sobre os agru
pam entos ou pessoas
N ote se que m uita vez um a tarefa interfere si
m ultaneam ente em vários espaços A o 
lidar com o contexto um gru
po m uda M as é possfvel trabalhar um 
agrupam ento centrado nele
naesm o, a certificação de que houve m udança será atestada pela ca
pacidade de lidar com o contexto de algum outro m odo superar a
estereotipia
e) análise da prática ou do resultado da intervenção : reelaboraçāo
do P rojeto em função das diĤ culdades e desacertos na execução das
T arefas A prática com o critério da verdade, com o orİentadora de al
teraçōes de rum o
4 C O N S ID E R A ÇŌE S S O B R E O P A P E L D A E Q U I P E
(P O D E R P ÚB L I C O ) E O D A C O M U N ID A D E , S O B R E A
E D U C A ÇÃ O E M S A ÚD EA equipe, ao estim ular a participaç ão da com unidade, não podepassar a im pressåo de que estaria desobrigando se do com prom issoem pauta A ssim o com bate ao dengue, o1 Į a vigilância de alim entos, dependem da contribuição dos cidadãos
, m as tam bém de aç õesdo poder piiblico O m esm o, em relação à violência, drogas, prevençåo de infecção em estabelecim entos de saúde
, etc O desafio é encontrar a justa m edida, que com certeza será variável em cada caso
IN T E R S E T O R IA L ID A D E E A
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S A úD E coL E T ıV A E 
0 M T T oD O P A I D
ÉI A ◆ 3 5
D a Equipe que faz saŭ
de coletiva espera se 
uso m áxinıo de con
łıe
cim entos indicadores, m o
delos de intervenç ã o , e
tc e de açōes co13a
base técnica e apoio na leg
isıaçāo D os usuário
s se espera inicia
tiva e
m obilizaç ão de recursos po
líticos, culturais e co
m unitários C om o
tem po, constróise um a 
m istura progressiva dessa
s potencialida
des
A intersetorialidade é um m eio 
de intervenç ã o e nio um 
fim enı si
m esm o por isso deve ser dosa
da conform e o probıem a a 
ser entren
tado pode ser m aior ou m enor c
onform e o caso A dem a
is, proble
m as com plexos podem ser traba
ıhados a partir de unıa conı
bin aç ã o
ieto irá am
sim ples de reclırsos C om o tentıp
o, a própria aç ão do P roje
to irá am
pliando as Instittıições e agrup
a】nentos envolvidos com unı determ
i
nado tem a E sperar pela Intersetoria
lidade ideal ou pela cotubin aç ã o
ideal de recursos é cair no im obilism o C om \ a
se com o disponiveı, e
busca se, com sistem a e plan ?归 m ento, agregar 
n ovos recursos ao
prqeto E m projetos intersetoriais é fundam en
tal estabelecer, conı
cada segnEıento Q u aiıdo nāo há
definiç ão clara de responsabilidade, em gera
l
, 
falha se na execu ç ã o
A educaç ã o em saŭ de é tam bém um ntıeio de tra
balho , ntıais ń til
quando se trata de fazer circular infonJaaç
ão e de rJrıodilicar hábitos,
valores ou a subjetividade de agrupam entos U m a educaqāo em saū
de organizada segundo a M etodologia P aidéia tem sua forç a na cons
truç ão com partilhada de T arefas e na, posterior, anáıise das difi
culdades de leválas à prática A educaçåo em saŭ de, m ais do que
difundir İnfom açöes, busca am pliar a capacidade de anáise e de in
tervenção das pessoas tanto sobre o próprio contexto quanto sobre o
seu m odo de vida e sobre sua subjetividade.
ı ı J r U
precisäo, as tarefas específicas 
de
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SAúD E , C UıT U R A E 
A C O N C EP ÇÃO PĄII) Ĥ ıA
D E SU JEIT O
S T E E N S A IO E X M I N A A S
com base na concepç ão Paidėia 
de cor】stlluìqEıo cio S ujuiï o , Ńu» «e
tido, tom a a cultw a não apenae 
com o um conjunto dc coH ï um «!H ,
regras e norm as que controlam peed
oas e com letto tornam a ßoclabl
Iidade possivel, m ag com o a con stltuiç ăo dc m o«
loe c nHlderlddoH l( ·
gitim os pm a se lidar com Intereese e D esejo. C onßldcra- Bc u conccp
ção sobre Saiide e D oenqa com o um Lraqo culturĉ ıl, c, u purtlr dcesc
m arco analftlco, realiza se um esboço das dlelInlas m ancįras com o a
Saiįde P libhca brasileira lidou com a C ultura popular.
ßobre a ï eıaqã o entre S ujeito , C uıtura e Saúde
A C ultura e a Saúde säo atributos hum anos, lţ cferem- sc às
pessoas e estão, portanto, sujeİttıs à v
ĉ ırlaç ăo social e hlNtór\ca, A
cultura e as con cepçoes sobre saúde e docnqa condıclonam o m odode vida dos Beres hum anos, Por outro lado, o8 sujeitos procuram , aLI-vam ente, jnterferif e recon=trulr P adrĉ)eB C U lturale C R ElnH árk)s. Ohowwm produtor de cultura e, ao m eĦm o Lam po, produto du cultura.E ste ensaio apresenta contribulçöee do M étodo paıd
Ĝ ıa (Campo,
a captlcldŁıde de o8 sujelto¢l
R E I. A ç ilu# x ntm Haúdc e culturtt
2 0 0 0 ) com o um recurso para am pliar
10
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S A ÚD B , C U L T U R A B A C O N C E P ÇÁ O P A ID ÉIA 
D E S U Į E IT O ◆ 3 7
com pl cendercm a si m esm o e ao seu con
texto e, em decorrência , am
D lltłrem sLıa capacidade de interferir sobre o m
undo, tam bém com o
Segundo essa concepção, ao se discutir esses 
dois term os, cultura
e 6 tłıufl, se esti, de fato, tratando de três fatores, já que sem p
re have
N l sujcltos im plicados com a saŭ de e com a cultura H á um
a espécie
de illtcrproduç?O ou de co produç ão os padrô es estabelecidos con
ulcionam o com portam ento das pessoas ; no entanto , as pe
ssoas m æ
dliìcam esses pa ôes, reconstruindo valores e concepçōes
A C ultura tem sido tom ada com o um conj unto de costum es, tra
diçòes, valores, regras e leis que interferem em vários aspec
tos da
cxistĉ ucia hum ana K ant (1 9 9 6 ), D tırkheim (1 9 8 3 ), enūe outros,
entenderam C ultura com o um a construç ã o social necessária à pró
pria sociabilidade, um a vez que im poria às pessoas ascese, discip
lin a
sobre o corpo, sobre o desejo, sobre os apetites, bem com o regulaç ão
da sexualidade, tornando a convivência possfvelF reud (1 9 7 6 ), em
seu Ihm oso trabalho sobre o m alestar provocado pela civilizaç ã o,
tam bém reconheceu essa funçāo controladora da cultura ocidental,
m as apontou o m alestar com o umefeito
"
colateral" da im posiçāo
de lim ites ao desejo N enhum a renūncia seria gratuita , sem pre ha
veria um a ressaca, o sintom a
H á dois aspectos dessas teorias que m ereceriam exam e cuidado
so P rim eiro, nessas visōes apresenta se a cultura com o um fator
ativo, um a estrutura que controla o m odo de ser ; em decorrência, o
sujeito aparece passivo ou , quando m uito, apenas reativo, subordi
nado à dinâm ica cultm al dom inante. E , de fato, em grande m edida,
as cultufas tēm essa capacidade de m oldar sujeitos ; neste ensaio pro
C U seá ressaltar um a outra dim ensão, m eio oculta, m as que tam
bém está presente : os seres hum anos ao reagirem ao institu ĺdo, ao
produtorc§ de cultura.
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)吕
nĤ o se 
adaptare 
al coĺ ï ıp
İetarl 1e rı te ao 
estabelecido, ao nåo se coM h
urrtd ou
tra qudli
ddde huma
na possĺvel, a 
de produtores de outros pa
Å Æ rl r} moortamento e 
de convivênc
ia O U seja, enı aıgum a
dlda, de urrla 
rıova cu
ltufa,
te restritiva, 
corıtroladora 
dos efeitos des
agregadores do 
individua
llsmo : uma in
stārrcla cole
tiva capaz de ra
cionalizar o com portam en
to anim al dos 
hum anos. o qu
e, de fato, s
e verffica, já que o cim ento
de ıoda e quaıqu
er sociedade hu
m ana é a necess
idade de sobrevivên
cla que obriga ā c
ooperação e à 
instituiçåo de regr
as de convivência,
que, com o pa
ssar do tenapo, se 
estrutura】n com
o cultura
Sugerep se, aqui, u
m m odo am p lia o pa
ra se pensar essas re
laçōes
para a concepção paid
éła de codsatuĖçāo do Sujeit p
ercebe se a C ul
prndos ıegitimo s?
tura com o um a dada cr
istalizaqão de m odos cons
iderados ıegĺtim os
de viver a vida. N esse sentido, 
cultura perm anece sendo o 
instituído,
a tradiqão U m a instituiç ão restr
itiva que indicaria quase que 
tāo
som ente o proibido ou o interditado P or 
ouo lado, tom ando se o
Efeito paidéia, o Sujeito com o co produtor de sua circuï ıst
ância, a
cultura passa a ser taimbém entendida com o Instituiç ã o que regu
la
m odos considerados adequados para o Sujeito lidar com seu D esejo e
Interesse, T anto para atendêlos com o para recortálos A sociedade
com o espaço de proibições e de autorizaç ĉies à realizaç ă o do D esejo e
do ınteresse de indivĺduos e de agrupam entos O recalque e a potên
cla o interdito e m apas indicando m odos possĺveis para viver
D esejo refere se ao prazer e ao gozo Interesse diz respeito à sobre
vivêncıa, à r e produqãobio1ógica e socialdaspessoas (C am pos, 2 0 0 0 ).ora, tanto o exercĺcio do desejo quanto a busca do próprio interesseim plicam relaç ão conn outro. N esse sentido, a cultM a legitim a form as
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S A ÚD E , C U L T U R A E A C O N C E P ÇÃ O P A ID ÉIA D E S U JE IT O ◆
de relacionar se com outros e com a natlu eza a partir do próprio de
sejo e interesse S egundo essa concepç ão a C ultlıra , portanto, não é
apenas ren ıĵ ncîa : m as m odos para ar com o desejo e o interesse
U m traço que distingue o ser hum ano dos anim ais é a construç ão
de cultw a O s hum aiıos recobrem seus desejos e interesses com C ul
tura E isso é um traço que separa a sociedade anim al da hum ana
A lguém já encontrou um a colm eia decorada? U m estilo colonial, ou
m oderno, ou clássico, de construir m oradia entre as form igas? O ser
hum ano recobriu os instintos com cultura m atar a sede, shn , isso é
um a im posiç äo biológica, a busca da sobrevivência ; m as fazêlo de
m odo requintado, prod ido, com copos, taç as, com Hquido doce,
gelado, saboroso, m isturado ao álcoolO exercĺ cio da sexualidade
m isturado com rituaisde seduçio, adiam entodo prazerr buscado con
sentim ento e de favores do parceiro, todo um conjn nto de procedi
m entos m esclados ao instinto sexual
a S ań de dilacerada entre o D esejo e o Interesse
H ii
, portanto, Iigaçōes entre Saŭ de e C ultura a concepçăo
do que é ou nāo saťide é um traço cultlal, um pedaço da cultw a
tretanto, a con cepçāo de saiide m oderna (bastante influenciada
pelo dísctırso m édico), centrahnente, defure condições para que o su
jeito consiga sobreviver,
seu desejo C ontudo, saŭ de é vida, por um lado, continuar vivo, anos
de vida, quantidade, condiçōes sociais e individuais pm a a 
sobrevi
vência (o que se convencionou denom inar de qualidade de vi
da, con
dições externas favoriveis ) ; por outro, saúde im plica tam b
ém inten
sidade, m odos com o se gasta a próprİa vida, possi
bilidades de gozo,
e prazer, de feiicM ade. N ote se que desejo (viver intens
o) e interesse
subestim ando o atendim ento a aspectos do
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4 0 ◆ S
A ú】) E C O L
E T IV A E 
PA Į D ÉIA
zeN forças 
em sentidos 
diferentes, são m
otores que im pulsion
ĉm 0(ıongevida
de) têm aspe
ctos com plem
entares, m as tam bém prodtr 
ser humano 
em dİreçôes diw
rsas. O desejo, em gera
l
, 
díz respeito ao
consumirse 
0 interesse, ao p
reservarse
O desejo refere se à inteū
sidade da vida ; o 
interesse, ao gan
ho em anos de sobrevivência Á
M edicina e a saťide pı
ĵ
blica tendem para um 
disctırso estōíco, val
rizando a sobreviv
ência em detrim ento 
do prazer R ecom endam a
sophrosýne (chaui, 2 0 0 2 ), a busca 
de um estado de saúde graças à
renūncia às paixôes : a virtu
de da m oderaç ão, tem perança, 
bom sen
so e ugalidade
Em quase todas as sociedades criar
am se ínstituiçōes e, » eqūen
tem ente, organizaçōes concretas encarrega
das de vigiar pela saťi
de individual e coletiva A m edici 끄 a e a satide piiblica sã o parte da
cultura contem porânea, m as são, ao m esm o tem po, apareĮhos en
carregados de intervir ativam ente sobre a cultura , ou seja, sobre os
m odos de exercĺcio do desejo e do interesse das pessoas M arcuse
(19 9 7) tinha um a visão alirm ativa da C ultt a, segtındo ele n ã o ha
veria separaç ão entre o m undo espiritual (valores, subjetividade) e o
tLìaterial (trabalho, organizaç ões), anıbos exisE ndo en trelaç ados e
produzindo ef eitos sobre a vida cotidiana
E ste é outro traço im portante, qualquer C ultura sã o valores, traços abatos, m as na m aioria das sociedades a preservaç ã o e reproduç ão cultural dependem de O rganizaç ões concretas que the assegurem a sobrevivência A S aŭ de, quase sem pre, sã o conceitos, m assão tam bém aparelhos especializados que ĺ nteragem com as pes
N esse sentido, assum indo o caráter afirm aE vo da culttıra
, com
preende se m elhor o Efeito paidéia ; no caso
, a c o nstituiçāo de sujet
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S A ÚD E , C U L T U R A E A C O N C E P ÇÃ O pA ID ÉIA D E S U JE IT O ◆ 
4 1
form a de criaç ã o de valores, seja sob a form a de reconsuuç
ã o dos
aparelhos sociais O E feito P aidéia am plia se na m e
dida em que se
am pliam a capacidade de auto análise (com preender o próprio dese
jo e interesse, bem com o sua relaç ã o com a cultura e organizaçōes
dom inantes) ; de nnálise do contexto (o que é ou nã o possfvel, Iegĺti
m o e necess ío, onde e em quem se apoiar, etc ) ; e a de intervenç ã o
sobre sí m esm o e sobre o contexto E m sum a , o Efeito paidéia depen
de do veĮho conceito grego de präxis (C haui, 2 0 0 2 ) : atuar segm do
aıídades, construindo o sentido e o significado para a aç ão, agir
sobre o m undo de m odo reflexivo, alterando o agente junto com a
reconsuç äo do contexto
O Efeito P aidéia o sujeİto com capacidade para interagir com a
cultura realiza se por m eio da polftica (consuç ão social de nū
c]eos operativos com poder para algo, para agir segundo algum a
finalidade), da gestã o de O rganizaçōes (a construç ão de aparelhos
sociais para se acum ular conhecim entos e para hıtervir

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