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Farmacologia - Resumo de antibióticos

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Antibióticos, Farmacologia II, Resumo Prova 3, Felipe Neto
Definição: 
A maioria deles surgem de outros organismos, como fungos, e podem agir por inibição da reprodução (bacteriostáticos) ou destruição (bactericidas) de microrganismos.
Importância dos agentes bacteriostáticos:
O agente que não mata, mas que consegue controlar a reprodução do agente patológico parece ser interessante para o organismo no sentido de fornecer um tempo para o mesmo desenvolver uma resposta inflamatória eficiente para o controle da infecção, como também pode permitir a manutenção de patógenos que possam interessar ao organismo como os agentes bacterianos que viabilizam a absorção de determinadas vitaminas, por exemplo.
Problemas da antibioticoterapia:
A condição de uso depende muito do sujeito, o que favorece erros e inadequações na terapêutica a partir do uso.
Tem efeitos adversos importantes.
O mau uso favorece a resistência bacteriana.
O amplo espectro diminui a especificidade do tratamento.
Bactérias Gram-positivas ou Gram-negativas:
Cocos Gram-positivos – Estafilococos, estreptococos.
Cocos Gram-negativos – Neisseria.
Bacilos Gram-positivos – Clostridium.
Bacilos Gram-negativos entéricos – Escherichia, Salmonella.
A importância do uso sinérgico de antibióticos:
O uso sinérgico (mais de um fármaco) amplia o espectro e também amplia a potência de destruição de patógenos que possuem uma resistência maior.
Betalactâmicos: penicilinas e cefalosporinas (atuam em parede bacteriana)
Primeiras limitações do uso das penicilinas:
Produção de penicilases ou betalactamases e inatividade das primeiras penicilinas a Gram-negativas.
Estrutura básica das penicilinas:
O ác. 6-aminopenicilânico (anel tiazolidínico vinculado a um anel betalactâmico) consiste no núcleo básico do grupo.
O seu isolamento permitiu a produção de penicilinas semissintéticas com atividade contra Gram-negativas e resistência a betalactamases.
A classificação das penicilinas leva em consideração as modificações na estrutura do núcleo básico.
A importância do anel betalactâmico:
O anel betalactâmico garante de maneira mais direta o efeito final de uma penicilina e por isso a atuação das betalactamases clivando esse anel em ác. penicilóico permite a inativação do efeito contra agentes bacterianos.
Estruturas dos betalactâmicos:
O núcleo ác. 6-aminopenicilânico das penicilinas.
O núcleo 7-aminocefalosporânico das cefalosporinas.
O núcleo monobactâmico (exemplo: Aztreonam que não tem o anel tiazolidínico, mas tem função betalactâmica e é uma penicilina).
O núcleo carbapenêmico que é o grupo mais importante, pois são as penicilinas mais potentes e quando todas outras penicilinas falham, os carbapenêmicos têm sua atuação avaliada já que são úteis em situações mais críticas.
O ácido clavulânico que é agente associado com outras penicilinas para garantir um efeito mais amplo já que possui efeito inibitório em diversas betalactamases.
Penicilinas naturais:
Benzilpenicilina ou Penicilina G (Penicilina G procaína; penicilina G benzatina).
Penicilina V.
Penicilinas penicilase-resistentes:
Meticilina, Nafcilina, Isoxazolil (Penicilinas - oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina)
Penicilinas de espectro ampliado:
De 2ª geração ou aminopenicilinas: Ampicilina, amoxicilina, bacampicilina, ciclacilina.
De 3ª geração ou antipseudomonas: Carbenicilina, ticarcilina.
De 4ª geração: Azlocilina, Mezlocilina.
A importância do antibiograma:
Consegue avaliar quem está sendo a bactéria mais sensível ao determinado antibiótico.
Favorece uma escolha mais específica o que traz mais vantagens como redução da dose, menor tempo de terapia e menos efeitos adversos.
Efeitos adversos comuns aos antibióticos:
Alergias
Flebites
Classificação: 
Penicilina G: Maior atividade contra Gram-positivos, hidrólise por penicilases e pouca atividade contra bastonetes Gram-negativos. Isto é: funcionam bem contra Gram-positivos, mas não são eficazes contra produtores de betalactamases e Gram-negativos.
Nafcilina e meticilina: Relativamente resistentes a betalactamases estafilocócicas, pouca atividade contra Gram-positivos e inatividade contra Gram-negativos. Isto é: não são tão potentes contra Gram-positivos, mas possuem certa resistência a betalactamases o que as torna melhor indicadas para essa situação.
Carbenicilina: Atividade relativamente alta contra Gram-negativos e positivos, porém destruídas por betalactamases. Isto é: funcionam bem contra Gram-positivos e Gram-negativos não produtores de betalactamases.
Penicilina V e Ampicilina: Relativamente estáveis ao ác. gástrico e apropriadas p/ adm. oral. Isto é: uma natural (Penicilina V) e uma de segunda geração (Ampicilina).
Mecanismo de ação dos betalactâmicos:
Atuação em parede celular bacteriana.
A bactéria produz uma parede com a formação de pontes cruzadas que a protege contra agentes externos e a contra a perda de conteúdos internos.
Tem como base o mecanismo de transpeptidização.
A inibição do processo de transpeptidização torna a bactéria mais vulnerável e tem como etapa inicial a ligação do fármaco a receptores na bactéria, bloqueando a síntese de peptídeoglicano e ativando um sistema enzimático autolítico.
O esferoplasto na presença de penicilina denota que a bactéria morreu, perdeu constituintes internos.
Resistência:
Betalactamases produzidas por Staphylococcus aureus, alguns Haemophylus influenzae e gonococos.
Ausência de receptores ou diminuição da permeabilidade
Microrganismos tolerantes que não permitem a ativação do sistema autolítico. Nesse caso, a ação é bacteriostática.
Microrganismos que não sintetizam proteoglicanos. 
Possibilidades de resistência:
Inativação do fármaco por betalactamases.
Alteração conformacional em proteínas ligadoras, impedindo a etapa inicial de ação do fármaco.
Presença de bombas de efluxo do fármaco.
Redução da permeabilidade.
Penicilinas
Benzilpenicilina ou penicilina G
FC: Administração oral (possui alta possibilidade de inativação pelo sulco gástrico, além disso a presença do alimento retarda a absorção), intramuscular (alcança níveis máximos em 13-30 min) ou intravenosa (imediato). Boa distribuição e taxa de 60% de ligação a proteínas. Excreção renal, 90% na urina (cerca de 10% eliminado na forma ativa do fármaco).
Espectro: Cocos Gram-positivos, estreptococos do Grupo A, B e D, enterococos (menos sensíveis), Cocos Gram-negativos: Neisseria meningitidis, N. gonorrhoeae.
Indicações clínicas: Pioderma, faringite-endocardite estreptocócica, pneumonia pneumocócica, meningite meningocócica, leptospirose.
Desvantagens: Eliminação rápida, instabilidade em meio ácido, sensibilidade a penicilases, espectro não atinge muitas bactérias Gram-negativas e indução de reações alérgicas.
Benzilpenicilina potássica
Oral, IM ou IV (dose e via dependem da infecção).
Penicilina G procaína
IM (a associação com procaína retarda o pico máximo e aumenta os níveis séricos e teciduais por um período de 12 horas).
Penicilina G benzatina
IM (penicilina de depósito, pouco hidrossolúvel. Os níveis séricos permanecem por 15 a 30 dias, dependentes da dose utilizada).
Penicilina cristalina ou aquosa
Restrita ao uso endovenoso (IV). Meia-vida curta (30 a 40 minutos) e eliminação rápida (cerca de 4 horas). Distribuição ampla inclui o SNC (ultrapassa a barreira hematoencefálica em concentrações terapêuticas, somente quando há inflamação.
Toxicidade da Penicilina G
Imediatas: mais perigosas, ocorrência até 50 min. após administração. Sintomas: liberação de histamina e outras substâncias (urticária, rinite, asma, edema de laringe e ANAFILAXIA com hipotensão, raramente óbito).
Aceleradas: 1 a 72 h após adm.; prurido, urticária e rinite.
Tardias: mais frequentes, dias ou semanas após administração. Erupções morbiliformes.
Penicilina V
FC: apenas para uso oral. Níveis séricos 2 a 5 vezes maiores em relação a penicilinas G (IM)
Vantagens em relação à penicilinaG: não é inativada pelo suco gástrico (via oral), presença de alimento não dificulta sua absorção. Isso é muito positivo, pois pode ser administrada mesmo com o indivíduo alimentado e esse é um aspecto importante para indivíduos que já possuem uma sensibilidade gástrica, principalmente.
Menos ativa contra Gram-negativas.
Indicações: faringite e pioderma estreptocócicos, infecções brandas do trato respiratório.
Posologia: adultos: 125 a 500 mg 4x/dia. Insuficiência renal grave – dose não deve exceder 250 mg (6 h). Crianças: 25 a 50 mg/kg/dia (6, 8 h). 
Penicilinas penicilase-resistentes
Vantagem maior: é a possibilidade de usar mesmo em bactérias que tenham a capacidade de destruir o anel betalactâmico. São antiestafilocócicas resistentes às penicilases
Meticilina: (semissintética). Adm. Parenteral. Inativação no suco gástrico, não absorvida no trato GI. Ampla distribuição e rápida excreção. Espectro antibacteriano: Estafilococos aureus, maioria dos estreptococos. A resistência (Estafilococos) é por diminuição da afinidade do fármaco às proteínas (receptores). Indicada para infecções estafilococos produtores de penicilase (endocardite, meningite, pneumonia, osteomielite). Tem toxicidade que pode evoluir para uma IR. Reações alérgicas comuns a todas as penicilinas. Provoca nefrite intersticial – febre, eosinofilia, hematúria, proteinúria.
Oxacilina: semissintético penicilase resistente. Adm. Oral, IM e IV. Resiste ao suco gástrico, pouca absorção GI. Alimentos interferem na sua absorção. Bem distribuída; eliminação renal. Indicações. Infecções brandas, moderadas e graves por S. Aureus. Infecções da pele, trato respiratório, urinário e articulações. 
Dicloxacilina: semissintética, resistente ao suco gástrico. Distribuição ampla e eliminação renal. Indicações: Infecções brandas, moderadas e graves por S. Aureus. Infecções da pele, trato respiratório, urinário e articulações. Toxicidade: Efeitos colaterais brandos, Perturbações GI, reações alérgicas.

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