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RESUMO DE CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS

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RESUMO DE CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS
TERMINOLOGIA
- Síndrome: conjunto de sintomas
- Claudicação: falta de apoio adequado do membro
-Profilaxia: prevenção de doenças
- Conduta terapêutica: tratamento de enfermidades
- Patogenia: origem da doença
SEMIOLOGIA
Sinais ≠ sintomasAlteração da normalidade
ex: aumento da FC
 Medidas do corpo
Ex: FC, FR, temperatura, etc.
- Locais: localizada na região acometida
- Gerais: comprometimento do organismo como um todo
- Principais: demonstra o sistema envolvido
- Patogemoniaco: diagnóstico obtido apenas por um sintoma.
QUADRO 1.1
 
Observação sem métodos
Direto
Inspeção
Observação c/ métodos (lupa)
Indireto
Firme ou duro ou mole
Consistência
Pressão
Direto
Palpação
Pastoso ou crepitante ou flutuante
Conteúdo
Pinça de casco
Indireto
Exame físico
Frio ou quente
Temperatura
Claro
Timpânico
Sons fundamentais
Com os dedos
Direto
Percussão
Maciço
Martelo- pleximétrico
Indireto
Cardíaca
Respiratório 
Sons fundamentais
Direto
Auscultação
Intestinal 
Indireto
História, exame físico e registro
A história clínica deve ser direcionada para o problema clínico, ou seja, a saúde do rebanho em relação a estabelecimento, alimentação, vacinação, etc. Ao lidar com neonatos, a história reprodutiva e do parto é importante para o diagnóstico precoce, uma vez que qualquer comprometimento que a égua teve durante a gestação, pode comprometer o filhote e ela também.
O conhecimento dos fracassos clínicos anteriores pode auxiliar na seleção inicial de um planejamento terapêutico mais apropriado.
O exame físico deve ser realizado para a marcação de resultados anormais ou comparação com antigos exames e ver se algum resultado sofreu alteração e assim ajudar a fechar o diagnóstico para o animal. Ao final do exame, os resultados devem ser relacionados para a solicitação de exames complementares a fim de ter total certeza do diagnóstico.
O exame físico é composto por uma série de coisas exemplificadas no quadro 1.1.
O exame físico é somente uma parte do exame clínico, e este por sua vez é composto por identificação, anamnese e histórico; exame físico ( geral e especifico) e exames complementares.
EQUINOS 
PROGRAMA PROFILÁTICO NOS EQUINOS
 A medicina pode ser preventiva ou curativa, no qual a preventiva se torna mais barato uma vez que o animal não tem nenhum sintoma clínico e as medidas menos drásticas.
Podemos dizer que a medicina preventiva é composta por vacina, manejo sanitário, vermifugação, manejo alimentar e manejo ambiental.
Manejo
+
 Programas profiláticos
Baias: devem ter um espaço ideal para que o animal possa ir para frente e para trás e conseguir virar dentro dela, por isso o melhor tamanho é 4 por 3. Se a baia for muito grande o animal pode se machucar porque ele pode tentar correr e não conseguir. Além do tamanho, é importante que elas sejam amplas e arejada, porém, a janela tem que ser bem posicionada para não causar nenhum problema principalmente aos olhos. Os cavalos devem ser colocados em direção ao vento, de modo que o doente fique por último e não espalhe a doença que tem.
 Exemplo: um animal onde a janela fique voltada para a praia, pode ter como problema conjuntivite
Cama: a cama deve ser limpa todos os dias e trocada semanalmente. Quando eliminar a cama, ela deverá ir para uma esterqueira afim de diminuir o risco de contaminação ambiental. O melhor material deve ser feito de maravalha.
Alimentação: o animal deve receber uma combinação de concentrado e volumoso, sendo que a quantidade de volumoso deve ser maior porque é um animal herbívoro e tem maior necessidade. Além disso tem necessidade de sal mineral. A alimentação deve ser de 1 a 3% PV/ dia.
Programa
Vacinal
Nenhuma vacina consegue ser 100% efetiva mas consegue reduzir drasticamente a probabilidade de contagio de doenças infecciosas e mortalidade do plantel equino.
Junto ao programa vacinal é imprescindível um bom programa de manejo (diminuição do estresse) para conseguir uma boa profilaxia. 
Muitas destas vacinas podem ser encontradas isoladamente para aplicação, ou até de forma associada (Ex: tríplice = tétano + encefalomielite + influenza). A escolha da vacina apropriada pode estar relacionada à preferência do veterinário, época do ano, idade do animal, além da predisposição à exposição aos agentes que se quer prevenir.
Principais vacinas:
Tétano Doença causada por uma neurotoxina produzida pelo Clostridium tetani, onde o risco de mortalidade é alto pelo fato que ser difícil o tratamento. É importante vacinar o animal, porém a decisão de vacinar é do tratador uma vez que não existe exigência para a mesma.
Encefalomielite Doença transmitida através de insetos hematófagos e pode ser causada por três diferentes tipos, leste, oeste e venezuelana, sendo a última não tendo relatos de caso no Brasil.
É uma doença de difícil tratamento, tendo 90% de animais levados ao óbito. Além disso ela tem um grande potencial de transmissão, podendo atingir humanos e por esse motivo ela se torna uma vacina obrigatória.
Influenza Doença altamente contagiosa do trato respiratório equino. A grande dificuldade da vacina é a duração (curta) e mutação do vírus infectante. É obrigatório (critério internacional) os animais aglomerados em hípicas ou hipódromos, tendo que ser feito semestralmente.
Raiva É uma enfermidade fatal que só ocorre em regiões endêmicas e é de considerado zoonose uma vez que pode ser transmitida para o humano. Por esses motivos, o ministério determinou que a vacinação é obrigatória a todos os animais, podendo ser semestralmente em regiões com grande índice de contaminação.
Herpes vírus equino Maior causador de abortamento nas éguas, além de causar afecções respiratórias em potros e cavalos adultos. Atualmente é exigido em eventos equestres.
Tabela 1.1- programa de vacinação.
	VACINAS
	JOVENS
	REFORÇO
	ADULTO
	PRENHEZ
	Tétano
	5 meses de idade
	1 mês após
	Anual
	Anual
	Encefalomielite
	5 meses de idade
	1 mês após 
	Anual 
	Anual
	*Influenza
	5 meses de idade
	1 mês após
	Semestralmente
	Semestralmente
	Raiva
	5 meses de idade
	-
	Anual 
	Anual
	*Herpes vírus 
	5 meses de idade
	1 mês após 
	Semestralmente 
	 5º,7º e 9º mês de gestação
*diminuiu o risco de incidência.
Os potros são vacinados quando não tiverem imunidade passiva atuante (via colostro) e forem imunocompetentes, por tanto entre 3 e 4 meses de vida. Por convenção, normalmente vacina na data da desmama, ou seja, aos 5 meses. Após a vacina reforço, entram no mesmo programa vacinal que o plantel.
Quando tem um animal novo sem histórico de vacinação, deve-se seguir o protocolo de vacinação citado acima e dar a vacina reforço mesmo sendo adulto.
Programa de vermifugação
Torna-se fundamental a vermifugação periódica, nos equinos, devido aos seus hábitos alimentares, sendo herbívoros por natureza e, portanto, mais susceptíveis aos parasitas intestinais e suas re-infestações, pois normalmente se alimenta em pastagens bastante contaminadas por ele próprio ou por outros animais do grupo.
Muitas espécies de vermes intestinais podem acometer os equinos, sendo que os mais importantes são pertencentes ao grupo nematoide (vermes redondos), porém os cestoides (vermes chatos) e larvas de algumas moscas também podem causar muitos problemas.
Todos os animais do plantel são vermifugados regularmente, respeitando o intervalo de aplicação de cada medicamento.
Tipos de vermífugos:
- Grupo das lactonas macro cíclicas: interrompe a transmissão neural nos parasitas, causando paralisia e morte principalmente nos nematoides.
- Grupo das pirimidinas: causa depleção metabólica, alterando a permeabilidade da membrana e assim a morte.
Ação dos vermífugos 
Lactonas +++ +/-
Pirimidinas + +++
 
Em potros é importante fazer a vermifugação a cada mês até a desmama,uma vez que realizam coprofagia. Já em adultos, pode ser feito em intervalos de 60 ou 90 dias regularmente, e realizar associação de medicamento a cada 6 meses
 Os medicamentos que normalmente são usados só atingem cestoides e por isso é necessário a associação de vermífugos. Os mais usuais são Moxidectin (0,4 mg/kg – cada 90 dias), Invermectina ( 0,20 mg/kg – cada 60 dias), palmoato de pirantel (6,6mg/kg- semestral) e praziquantel ( 2,5mg/kg – semestral em adultos e com 4 meses de vida em potros)
Tabela 2.1- vermifugação adulto
	Jan
	Fev
	Mar
	Abril
	Mai
	Junho
	Julho
	Ago
	Set
	Inver
	-
	Inver
	-
	Inver
	-
	Inver+prazil
	-
	Inver
Tabela 2.2- vermifugação potros até 6 meses
	30 dias
	60 dias
	90 dias
	120 dias
	150 dias
	Invermectina
	Invermectina
	Invermectina
	Inver + prazil
	
Tabela 2.3 - período de vermifugação em relação ao remédio
NEONATOLOGIA 
Um potro é considerado recém-nascido até o primeiro mês de vida, e durante esse um mês, ele estará adaptando o sistema cardiovascular, pulmonar, gastrointestinal e musculo esquelético ao ambiente extrauterino.
É importante ressaltar que é fundamental uma avaliação minuciosa desse potro já que a identificação precoce de anormalidade resulta em um bom prognóstico
- Apgar modificado: tabela de parâmetro de 1 a 10, onde cada parâmetro avaliado pode ganhar até 2 pontos.
Cuidados básicos- neonatos
Ingestão do colostro: Durante a vida intrauterina, o potro não recebe anticorpos da mãe porque a placenta é do tipo epiteliocorial e por esse motivo é importante o colostro (liquido rico em imunoglobulinas) porque transfere de forma passiva os anticorpos necessários para o potro enfrentar o primeiro mês de vida. 
É importante a ingestão do colostro nas primeiras 24 horas, já que o intestino delgado é composto por células epiteliais especializadas capaz de absorver seletivamente o IgG. Após esse período estas células são substituídas e assim diminuindo a absorção.
Éguas com agalactia, obtido, rejeição do filhote e baixa qualidade de colostro podem suprimir o potro, por esses motivos é importante sempre ter um banco de colostro, onde deve-se ordenhar 250ml de colostro de uma recém primípara e manter congelado até o uso. Porém, o problema com a ingestão de colostro pode vir diretamente dos animais recém-nascido que não desenvolvem reflexo de sucção ou não conseguem levantar.
Cuidados com o coto umbilical: Logo após o nascimento deve-se realizar a cauterização do coto umbilical afim de prevenir contaminação local que pode se tornar uma septicemia. Para isso, é necessário utilizar iodo a 3 ou 10 % e spray repelente e cicatrizante até cair o resquício. 
Importante tomar cuidado para não utilizar muito iodo e não deixar entrar no coto e causar queda precoce sem o fechamento total do umbigo.
Defecação do mecônio: O mecônio é formado ainda na vida intrauterina e é constituído por bile do próprio fígado, líquido amniótico e células de descamação do TGI. O potro tende de eliminar até 2 horas após o nascimento por estimulo de ficar em estação, ir atrás da mãe e pela ingestão do colostro que pode ter função laxante.
É certeza que o mecônio foi excretado quando o animal não apresenta diquesia e retenção do mecônio. Este segundo pode levar a uma grave obstrução intestinal e até morte.
Características básicas de neonatos
Potros recém-nascidos devem estar em decúbito esternal de imediato e as tentativas de ficar em pé acontecem nas primeiras 2 horas, além disso devem ter o reflexo de sucção imediato também, podendo ser normal mamarem logo depois que ficam em pé.
Principais afecções de neonatos 
Septicemia: Disseminação hematógena de microorganismos ou de seus subprodutos pelo organismo, sendo considerada a maior causa de morte em neonatos. É uma doença considerada multifatorial e normalmente o recém-nascido adquiri como resultado de uma pré-infecção in útero ou ainda por inoculação oral, respiratória ou umbilical pós-parto.
Na anamnese, quando feito o histórico clínicos temos como relatado problemas tanto com a égua quanto com potros como, abortamento ou morte de outros potros, superpopulação e falta de higiene, depressão e queda de ingestão do leite, além de ter histórico de prematuridade.
 Os achados clínicos são letargia, depressão, diminuição das mamadas e decúbito, além disso, o animal apresenta febre, desidratação (todos os animais sofrem com desidratação), alteração na auscultação pulmonar, taquicardia, taquipneia e diarreia 
Para diagnosticar, podemos realizar hemograma, proteína total, fibrinogênio (> 500 mg/dl) e taxa glicêmica (< 90 mg/dl).
Para tratamento, pode ser realizado antibioticoterapia especifico, fluidoterapia, alimentação parental, plasma hiperimune e equilíbrio térmico.
Pneumonia por Rhodococcus equi: Afecção pulmonar mais graves em potros menores de 6 meses, sendo que não apresenta sinais clínicos graves de 2 a 4 meses, e é causado por uma bactéria existente no ambiente e por esse motivo não é muito fácil de controla-la. Tem sido comparada com tuberculose, já que forma um grande número de abcessos caseosos no pulmão.
Quando é realizado a anamnese afim de saber o histórico, podemos ressaltar que os potros apresentam sinais de doenças respiratórias ou digestivas, e óbitos causados por essa doença em anos anteriores.
Os sintomas apresentados são apatia, hiporexia, febre, tosse improdutiva, dispneia, estertoração sibilante em todo canto pulmonar e secreção traqueal.
Como método de diagnóstico, podemos realizar hemograma, leucocitose (>13000 mg/dl), fibrinogênio (1000 mg/dl), RX, US e lavado traqueal. 
O tratamento é feito com antibioticoterapia por 2 a 3 meses, usando associação de rifampicina e eritromicina nas doses de 5 mg/kg e 25 mg/kg, respectivamente ou a associação de rifampicina e azitromicina na dose de 10 mg/kg. Em regiões endêmicas tem-se aconselhado usar plasma hiperimune para prevenção.
Diarreia: Trata-se de uma afecção bastante comum nos potros e muitas vezes autolimitantes. Pode ser causada por diferentes agentes parasitários (ex.: Strongyloides westeri), bacterianos como Salmonella, Escherichia coli e Clostridium perfringes, além de vírus: Rotavírus e Coronavírus.
É muito importante manter o equilíbrio hidroeletrolítico porque o animal desidrata muito rápido.
O animal apresenta fezes amolecidas, fétidas e de coloração alterada. O que diferencia de doença sistêmica como pneumonia e septicemia, são alterações na temperatura corpórea, ↑TPC e taquicardia.
Para o diagnóstico, podemos realizar hematologia, coprocultura bacteriológica e coproparasitológico.
O tratamento é realizado com fluidoterapia, manutenção da ingestão do leite, antibiótico se necessário, probióticos e agentes adsorventes.
Síndrome de asfixia neonatal: Não se sabe ao certo o que causa asfixia ou baixa oxigenação no cérebro porém a grande maioria ocorre em partos distócicos e demorados, aspiração do líquido amniótico ou mecônio e anormalidades placentárias.
Todos estes fatores culminam em diminuição ou inibição da oxigenação do sistema nervoso central, hemorragia, edema e necrose tecidual.
O potro apresenta como sintomas depressão, falta de reflexos normais e hipotonia. Em casos mais graves pode ter convulsões
Como tratamento podemos realizar enfermagem intensa para manutenção das funções vitais, DMSO (0,5 a 1,0 mg/kg a 10% de solução de glicose intravenosa).
SISTEMA CARDIO-VASCULAR
Os equinos não apresentam tantas doenças cardiovasculares, porém tem muitas doenças circulatórias. Como são animais que possuem uma reserva cardíaca diferenciada, ou seja, tem FC 60 vezes maior que a basal, acabam tendo sintomas cardíacos quando está em um estágio avançado, que acaba até comprometendo a FC em repouso.
Edema de membro por confinamento: Ocorre quando o animal fica muito tempo confinado em uma baia, tendo pequenas movimentações, porém tem melhora quando o animal começa a se exercitar e correr
Como sintoma, temos inchaço na parte distal dos membros, com godet positivo e sem aumentode temperatura na região.
Para o tratamento devemos alterar o manejo, utilizar de pomadas frias, agua vegetomineral e ligas de descanso
 Purpura hemorrágica: inflamação nas paredes dos vasos sanguíneos e que esta associada a reação de hipersensibilidade causado por Ag+Ac+ C consequente a infecções previas, bacterianas ou virais.
É frequentemente associada ao garrotilho, influenza e Rhodococcus equi, sendo com fator importante no momento da anamnese (histórico)
Os sinais clínicos são lesões hemorragias, dor, febre, edema quente, taquicardia, taquipneia, mucosas arroxeadas e com petéquias.
O mais importante para diminuir o quadro é remoção da estimulação antigênica e inibição da resposta imune anormal, além de diminuir a infecção existente.
Como a causa principal é o garrotilho, podemos entrar com antibioticoterapia a base de penicilina, além do uso de dexametasona (corticoide), hidroterapia para diminuição de edema, caminhadas como fisioterapia e aplicação de bandagens compressivas.
Babesiose equina: é uma doença que vem sendo considerada a mais importante parasitose equina e vem sendo causada por dois protozoários babesia caballi e Theileria equi, que são transmitidos através de carrapatos, sendo Boophilus microplus e Amblyomma cajennense, respectivamente, causando hemólise e consequentemente anemia.
O animal com Babesiose apresenta membros inchados, perda de desempenho, apatia e diminuição do apetite. Além disso, é possível observar icterícia das mucosas oculares e febre media e alta com ciclos diários 
Para diagnosticar, podemos realizar esfregaço, hemograma e provas sorológicas como fixação de complementos e cELISA
Como tratamento usamos dipropionato de imidocarb na dose 40 mg/kg, SID,IM, por três dias consecutivos. Em casos graves de anemia é permitido realizar transfusão sanguínea.
RUMINANTES
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO
Síndrome ou identificação padrão: O M.V realiza apenas o exame físico e já dá um diagnóstico. Isso ocorre com doenças muito características e padronizadas. Para realizar esse método é preciso ter muito tempo de experiencia e mesmo assim a uma probabilidade de erro.
Raciocínio hipotético-dedutivo: o M.V realiza a anamnese completa no animal e cria hipótese para os achados. Cada novo elemento (sintoma) significa um descarte de hipótese. Isso ocorre até chegar em alguma hipótese muito forte, porem pode terminar com uma ou três hipóteses. 
 
 Figura 1.1 – ciclo do método
Arborização ou algoritmo: é parecido com o raciocínio porem por ter suas bases de dados eletronicamente, os riscos de erros são mínimos.
 Método de anormalidade-chave: constrói diagnóstico por informação e consiste em 6 fases.
AÇÕES PROFILÁTICAS EM RUMINANTES
Programas de controle de mastite: Quando a vaca é ordenhada, o orifício por onde sai o leite permanece aberto por um tempo, dando a possibilidade de contaminação, o que acarretaria na baixa produção leiteira, além de leite contaminado.
Para evitar esse problema, podemos oferecer alimentação fazendo com que ela fique em pé, diminuindo os riscos de contaminação ou usar um biofilme que sela o teto impedindo futuras infecções.
Além disso, um bom manejo na hora da ordenha diminua os riscos, ou seja, realizar o pré e pós diping (limpeza do teto), realizar o teste de tamis para verificar se há mastite clínica e realizar o exame de CTM que verifica se a vaca possui mastite subclínica.
A mastite clinica tem como sintomas glândulas inflamadas, alteração no leite relacionado a cor, textura, aspecto, etc. Já a mastite subclínica não apresenta sintomas clínicos e deve ser trata somente quando ocorrer a secagem do leite, uma vez que é mais eficaz. Essa vaca continua a ser ordenha e não evolui para uma mastite clínica por ser patógenos diferentes.
Destruição de cadáveres: Existem três diferentes tipos de destruição de cadáveres que são incineração, enterramento e compostagem
A incineração é queima do animal, não resultando materiais tóxicos ou contaminados. Seria o melhor método, porém não há equipamentos necessários para ser realizado. O enterramento é o melhor método para a destruição de um cadáver mesmo que ocorra toda a decomposição e isso pode gerar uma contaminação ambienta. A compostagem é raramente utilizado e libera um odor forte, além de que a cama que fica em cima pode sair.
Tratamento de ectoparasita: o foco do controle é o carrapato e o foco do tratamento é no boi, que ocorre de outubro a março, uma vez que o carrapato é sazonal e clima quente.
F1. Primeira cruza do carrapato – infestação inicial
F2. Infestação intermediária
F3. Pico de infestação.
 gráfico 1.1- crescimento populacional
Gráfico 1.2 – tratamento ectoparasita
MANEJO SANITÁRIO
 
Controle de verminose
O controle pode ser feito por tratamento curativo onde espera o animal ter sintomas clínicos, ou então tratamento estratégico que é baseado na vida das verminoses, ou seja, quando a mais incidência.
O tratamento pode ser feito nos meses de maio, julho ou setembro para adultos, e 30 dias após o nascimento e depois uma a cada 90 dias para filhotes.
Gráfico 1.3 – curva de infestação de verminoses.
Haemoncose: Doença letal causada por um parasita hematófago presente principalmente no abomaso de pequeno ruminante. Para diagnosticas podemos realizar OPG (contagem de ovos/gr/fezes) e FAMACHA, que controla o nível de hematócrito ( baixa= anemia) com exame físico e pode ser realizado a cada 15 dias para maior controle.
figura 2.1- teste de FAMACHA
Controle de vacinação
Tabela 3.1 – controle de vacinação
*
 
*Não adiantar vacinar após 8 meses, porque quando fizer o teste para brucelose, ele vai dar positivo por não saber distinguir corpo vacinal e doença.
Caprinos e ovinos não possuem vacinas obrigatórias, além de que não se deve vacina-los contra febre aftosa porque eles servem de sentinela. Normalmente as vacinas realizadas foram em áreas endêmicas e o dono quis vacinar.
NEONATOLOGIA BOVINA
A saúde do bezerro começa na maternidade porque são animais extremamente sensíveis e ainda estão se adaptando ao ambiente extrauterino 
Primeiros cuidados ao nascimento
Quando o animal nasce, ele necessita de uma estimulação para começar a utilizar as vias aeras e por esse motivo a progenitora lambe o animal. Porem a casos em que o animal não realiza esse estimulo e ai podemos simular com uma toalha e pressão no tórax, além de que podemos retirar o liquido do nariz ou então pressionar o mulfo para que as vias aéreas seja liberadas.
Logo após, deve-se realizar um exame físico para analisar se o filhote é viável para viver e/ou produção. Anomalias e outros problemas podem impedir de um dos dois ou os dois.
O cordão umbilical tem um ponto de fricção e deve ter 10 cm de comprimento, caso tiver mais que isso, podemos cortar. Após isso, retiramos todo o liquido presente no cordão e com uma seringa injetamos iodo a 2 ou 3% no coto para a cicatrização.
Devemos pesar e medir o animal para sabermos se está ganhando peso. Não adianta somente pesar porque o animal pode ter peso alto, mas ser grande não estar ganhando peso.
O fornecimento do colostro tem três diferentes funções que são laxante, nutrição e carga imunológica.
AFECÇÕES EM RUMINANTES
As afecções podem ser:
-Fetais: o animal nasce com algum problemaAté um mês
-Parturiente: adquiridos no parto através da mãe
- Imediata: ocorre em até 48 horas e raramente ocorre por infecção
-Mediatas: 2 a 7 dias de idade
- Tardias: 1 a 4 semanas de idade
Esquitossoma reflexo: é uma doença congênita em que o animal nasce com a coluna dobrada e que pode estar associado ao uso de agrotóxicos
Asfixia neonatal: é uma afecção parturiente e pode ser causado porque o cordão rompeu ou tinha pressão em cima ou por respiração. Independente de qual seja, o animal realiza uma hipóxia ou anoxia, fazendo com que não tenha uma troca gasosa eficientee assim aumentando o nível de carbono causando uma acidose, além disso pode causar uma fraqueza neonatal fazendo com que o animal não de alimente corretamente e sofrendo inanição, não desenvolvendo seu imunológico; e causa hipotermia porque não consegue regular a temperatura que antes era responsabilidade da mãe.
Foi formulado um método apgar modificado para o peão conseguir diagnosticar a asfixia neonatal e em qual estágio.
O tratamento pode ser feito com -Na para corrigir a acidose, fluidoterapia com ringer simples, glicose caso esteja hipoglicemico e lavar o bezerro para melhorar as técnicas de troca simples e adenosina para corrigir hipotermia.
Falha na transferência de imunidade passiva: é uma afecção pós natal imediata onde o animal nasce com a resposta imunológica imatura porém consegue combater algumas afecções. Pode ter como causa asfixia neonatal, ingestão insuficiente de colostro ou absorção insuficiente pelas células do intestino delgado.
O diagnóstico em ambiente controlado pode ser realizado a partir das concentrações de Ig, já em ambiente a campo podemos realizar dessimetria do colostro.
A transfusão sanguínea de uma vaca sadia e mantimento do colostro podem ser alternativas para tratamento. 
Onfalite: processo inflamatório das estruturas umbilicais que pode ter como fatores predisponentes a FTIP, asfixia neonatal, cura incorreta, ponto de ruptura e navel stuking. Além disso a infecção pode ter causas diversas, senda a bactéria o mais comum porque ela pode ir para qualquer lugar.
O diagnóstico é feito durante o exame físico, palpação e inspeção.
Para tratar podemos realizar a limpeza e drenagem de abcessos, além da utilização de antibiótico para processos externos.
SEMIOLOGIA E AFECÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR DOS RUMINANTES
 
Quase nenhum animal apresenta cardiopatia porque acabam sendo abatidos antes de poderem ter a chance de desenvolver. Algumas raras exceções acontecem em animais jovens
Podemos perceber que o coração é mais deitado e por esse motivo o posicionamento das válvulas é diferente (mitral para cima), além de estar mais a direita. 
Inspeção geral
 
Para diagnosticar um cardiopata, podemos observar se ele possuem edema de ganacha, edema de barbela, anasarca (edema generalizado), pulso jugular positivo ( jugular pulsando visualmente por aumento de pressão) e prova de garrote positivo
A prova de garrote positivo mostra que o animal apresenta refluxo de válvula, porque se eu realizar um garrote, a regurgitação aparece depois dele, sendo que o certo deveria ser acumulo de sangue antes do garrote.
Palpação
A palpação direta pode ser realizado na cauda do animal porém é difícil perceber o pulso. O melhor local é na artéria safena mas o animal deve permitir que seja realizado a palpação neste local.
Auscultação
 A auscultação normalmente apresente som de bulha baixo porem com prática se torna mais fácil de realizar
Percussão
Abafamento de bulha: o som parece quando estamos debaixo de agua e ocorre quando há presença de líquido no pericárdio 
PATOFISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Qualquer doença que cause prejuízo a circulação pode alterar a viscosidade e velocidade sanguínea. Essas duas alterações podem causar extravasamento de líquido e assim causando edema localizado ou anasarca.
*edemas inflamatórios são quentes e dolorosos, enquanto o não inflamatório não tem alteração de temperatura e é indolor.
Tristeza parasitária: hemoparasitose causada por protozoários como babesia bovis e babesia bigemia, além de anaplasma marginale, sendo ambas parasitas de eritrócito. São colocadas como uma mesma doença já que competem o mesmo local e quando tratava uma, a outra aumentava e vice-versa.
Manifestação: quando o animal entra em contato com carrapato pela primeira vez ou fica muito tempo sem contato ou quando estão muito debilitados por diversos outros fatores.
A babesia é grande e quando realiza sua multiplicação acaba rompendo a hemácia e assim liberando Hb causando anemia, icterícia(bilirrubina), hemoglobinúria e febre.
Animais que tem muita babesia bovis pode ter estase circulatória e evoluindo para CID causando áreas isquêmicas, lesão nervosa e morte.
Para diagnóstico pode ser realizado pesquisa de hematozoario no sangue periférico ou ELISA.
Hematologia: anemia regenerativa, leucocitose com neutrofilia com desvio esquerdo (célula imatura = desvio esquerda)
Animais com TPB e tripanossoma bovina tem exatamente o mesmo quadro, ou seja, é extremamente difícil a diferenciação
O tripanossoma é tratado com isometamidium porém é importado e precisa ter aprovação para portar o remédio.
O tratamento então pode ser feito com tetraciclina na dosagem de 20 a 30 mg/kg/pv SID por 3 dias; dipropionato de imidocarb na dosagem 3mg/kg/pv IM SID (último caso). Além dos medicamentos podemos realizar tratamento de suporte, transfusão sanguínea caso o hematócrito esteja em 14, cálcio para evitar anafilaxia já que a histamina é um gatilho para a doença.

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