Buscar

aula 10 dieto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MATERIAL DIDÁTICO: AULA 10 
 
MANIFESTAÇÕES DAS 
DOENÇAS DO APARELHO 
DIGESTÓRIO E 
ESOFAGOPATIAS 
 
 
 Prof.ª Liliane Martins 
1 
 PLANO DE AULA 
1.0 -Introdução; 
 
2.0 - Manifestações das doenças do aparelho 
digestório; 
 
3.0 - Revisão anátomo-funcional da estrutura 
do esôfago; 
 
4.0 - Esofagopatias: Refluxo gastroesofágico; 
esofagite; hérnia de hiato, acalasia; câncer de 
esôfago. 2 
INTRODUÇÃO 
 
No estudo da terapia nutricional das doenças 
que envolvem o trato digestório, 2 pontos são 
fundamentais: 
 
 1º - Relaciona-se com a repercussão sobre o 
estado nutricional; 
 2º - Refere-se às alterações dietéticas frente 
aos aspectos fisiopatológicos existentes. 
3 
4 
A desnutrição pode instalar-se a partir de 
limitações na alimentação (disfagia, tumores e 
estenoses) e da sintomatologia (anorexia, 
náuseas, vômitos, diarréia) que podem alterar 
a ingestão e absorção dos nutrientes. 
 
A intervenção nutricional, por sua vez, pode 
incluir restrições dietéticas específicas (de 
consistência, de via de administração, de 
nutrientes), que se não forem bem 
monitoradas, resultam numa oferta 
inadequada. 
QUAL A IMPORTÂNCIA DA 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL? 
 
 
A Avaliação Nutricional é importante não 
só para o diagnóstico nutricional inicial 
como também para o acompanhamento da 
evolução após o aconselhamento dietético. 
5 
MANIFESTAÇÕES DAS DOENÇAS DO 
APARELHO DIGESTÓRIO – CONCEITOS 
 
 DISFAGIA; 
 ODINOFAGIA; 
 PIROSE; 
 AZIA; 
 REGURGITAÇÃO; 
 NÁUSEAS E VÔMITOS; 
 HEMATÊMESE; 
 MELENA; 
 ENTERORRAGIA; 
 HEMATOQUIEZIA. 
6 
7 
 Disfagia: Dificuldade de deglutir 
 
 Odinofagia: Dor ao deglutir 
 
 Pirose: Sensação de ardor. Ocasionada pelo 
refluxo do material ácido do estômago para o 
esôfago / Azia: Sensação de ardência no esôfago 
 
 Regurgitação: Volta à boca, independentemente 
de vômito, de substâncias contidas no estômago 
ou no esôfago; regurgitamento. 
 
8 
 
Náuseas x vômitos: sensação desagradável, 
bem descrita pelas expressões familiares 
ânsia de vômito ou estômago embrulhado x 
Ação ou efeito de vomitar. 
 
Hematêmese: Vômito de sangue proveniente 
de hemorragia da mucosa gástrica, duodenal 
ou esofágica. 
 
 
 
9 
 Melena: fezes pastosas ou líquidas, escuras, 
fétida, podendo conter sangue decorrentes de 
hemorragias; evacuação de fezes pretas 
(melena). 
 
 Enterorragia: sangramento de origem intestinal; 
entero significa intestino e ragia significa perda 
de sangue. 
 
 Hematoquiezia: presença de sangue com cor 
vermelha viva misturado com as fezes. 
 
 
 HEMATOQUIEZIA X MELENA 
A hematoquezia está geralmente associada a 
uma hemorragia baixa (tipicamente refere-se a 
uma hemorragia após o ângulo de Treitz ou 
ângulo duodenojejunal) no aparelho digestivo, e 
as suas causas mais comuns são hemorróidas 
e diverticulose. 
 
Distingue-se de melena, em que as fezes 
apresentam sangue que foi alterado pela flora 
intestinal tendo por isso uma aparência negra, 
indicativas de sangramento gastrointestinal. 10 
REVISÃO ANÁTOMO-FUNCIONAL DA ESTRUTURA 
DO ESÔFAGO - PARTES E ESTRUTURA DO ESÔFAGO 
 
O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso 
que se estende entre a faringe e o estômago. 
Se localiza posteriormente à traqueia 
começando na altura da 7ª vértebra cervical. 
 
Perfura o diafragma pela abertura chamada 
hiato esofágico e termina na parte superior do 
estômago. Mede cerca de 25 centímetros de 
comprimento. 
 
11 
12 
 Partes e Estruturas do Esôfago 
 
PORÇÕES DO ESÔFAGO 
Porção Cervical : Porção que está em 
contato íntimo com a traqueia. 
 
Porção Torácica : É a porção mais 
importante, passa por trás do brônquio 
esquerdo (mediastino superior, entre a 
traqueia e a coluna vertebral). 
 
Porção Abdominal: Repousa sobre o 
diafragma e pressiona o fígado, formando nele 
a impressão esofágica. 
 
13 
14 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO ESÔFAGO 
Órgão tubular de aproximadamente 25 a 30 
cm que liga a faringe ao estômago; 
 Inicia-se na região cervical (pescoço), com 
aproximadamente 4 cm, segue para a sua 
porção torácica de aproximadamente 21 cm e 
entra no abdômen através de um pequeno 
espaço no músculo diafragma (hiato 
esofágico), tendo aproximadamente 2 cm 
nesta última porção; 
Serve de passagem do bolo alimentar da 
faringe para o estômago 
 
15 
16 
Possui 2 portas (de entrada e saída de 
alimentos) que são chamadas de esfíncter 
superior do esôfago e inferior do esôfago 
respectivamente. 
 
No esôfago o alimento é impulsionado através 
de movimentos peristálticos (próprios do 
sistema digestório) até o estômago. 
 
O esfíncter superior do esôfago se abre 
quando o alimento chega à faringe e o 
esfíncter inferior se abre quando o alimento se 
aproxima da junção esôfago-gástrica. 
 
17 
A presença de alimento no interior do esôfago 
estimula a atividade peristáltica, e faz com que 
o alimento mova-se para o estômago. 
 
As contrações são repetidas em ondas que 
empurram o alimento em direção ao 
estômago. 
 
A passagem do alimento sólido, ou semi-
sólido, da boca para o estômago leva 4-8 
segundos ; alimentos muito moles e líquidos 
passam cerca de 1 segundo. 
 
REFLUXO GASTROESOFÁGICO E 
ESOFAGITE 
Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do 
estômago para o interior do esôfago causa 
azia (ou pirose). A sensação de queimação é 
um resultado da alta acidez do conteúdo 
estomacal. 
 
O Refluxo Gastroesofágico se dá quando o 
esfíncter esofágico inferior (localizado na 
parte superior do esôfago) não se fecha 
adequadamente após o alimento ter entrado 
no estômago, o conteúdo pode refluir para a 
parte inferior do esôfago. 
 
18 
EM QUE CONSISTE A ESOFAGITE? 
 
Esofagite consiste na inflamação da mucosa 
esofágica, decorrente do refluxo do conteúdo 
ácido-péptico gástrico. Esse refluxo decorre 
de uma diminuição na pressão do EEI, que 
não se contrai adequadamente após a 
passagem dos alimentos para o estômago, 
permitindo o retorno do conteúdo gástrico. 
 
19 
COMO OCORRE? 
 
O controle da pressão do EEI é feito pelo 
sistema nervoso e humoral. A gastrina (fase 
gástrica da digestão) aumenta a pressão, 
enquanto que a colecistoquinina (cck) e a 
secretina diminuem (fase intestinal da 
digestão). 
 
A cafeína, teobromina, as xantinas e o 
álcool diminuem a pressão do EEI e por isso 
contribuem para o refluxo. 
 
20 
21 
 
O sintoma mais comum é a queimação 
dolorosa epigástrica e retroesternal. 
 
Deve-se ressaltar que a Hérnia de Hiato 
(protrusão do estômago para dentro do tórax 
através do hiato esofágico do diafragma) por 
alterar a anatomia esofagogástrica, apresenta 
forte associação com a esofagite. 
 
A correção cirúrgica pode fazer parte do 
tratamento. 
22 
 
 
O aumento da pressão abdominal (gravidez, 
obesidade) também pode desencadear o 
refluxo gastroesofágico. 
 
Na avaliação nutricional dos pacientes com 
esofagite a obesidade é achado frequente, e a 
perda de peso deve ser programada, pois 
contribuirá para a diminuição do refluxo. 
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL 
 Prevenir a irritação da mucosa esofágica na 
faze aguda; 
 Auxiliar na prevenção do refluxo 
gastroesofágico; 
 Contribuir para o aumento dapressão do EEI; 
 Corrigir e manter o peso ideal. 
 
VER TABELA 11.2 – TERAPIA NUTRICIONAL 
SOBRE RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
NA ESOFAGITE. (REF. BLIBLIOGRÁFICA -1) 23 
DIRETRIZES DE TRATAMENTO NUTRICIONAL 
PARA REDUÇÃO DO RGE E ESOFAGITE 
 
 EVITAR REFEIÇÕES COMPLETAS E RICAS EM 
GORDURA; 
 EVITAR COMER PELO MENOS 3 A 4 HORAS ANTES 
DE DEITAR; 
 EVITAR FUMO E BEBIDAS ALCOÓLICAS; 
 EVITAR ALIMENTOS E BEBIDAS QUE CONTENHAM 
CAFEÍNA; 
 PERMANECER EM PÉ E EVITAR ATIVIDADES 
VIGOROSAS LOGO APÓS AS REFEIÇÕES; 
24 Dados do National Digestive Diseases Information Clearinghouse, 2006. 
25 
 EVITAR ROUPAS APERTADAS ESPECIALMETE 
APÓS UMA REFEIÇÃO; 
 CONSUMIR UMA DIETA NUTRICIONALMENTE 
COMPLETA E SAUDÁVEL E COM QUANTIDADES 
ADEQUADAS DE FIBRAS; 
 EVITAR ALIMENTOS ÁCIDOS E CONDIMENTADOS 
QUANDO HOUVER INFLAMAÇÃO; 
 SE APRESENTAR EXCESSO DE PESO, 
EMAGRACER. 
 
 
 Dados do National Digestive Diseases Information 
Clearinghouse, 2006. 
 
HÉRNIA DE HIATO 
Um fator comum que contribui para o refluxo 
gastroesofágico é a Hérnia de Hiato. 
 
A presença de HH não é sinônimo de refluxo, 
mas aumenta a probabilidade de sintomas e 
complicações. 
 
O tipo mais comum da Hérnia de Hiato é a 
hérnia por deslizamento e a forma menos 
comum é a hérnia paraesofagiana. 26 
27 
Quando ocorre refluxo ácido com hérnia de 
hiato, o conteúdo gástrico permanece acima 
do hiato por um período mais longo do que 
quando o canal está intacto. A exposição 
prologada ao ácido aumento o risco de 
desenvolvimento de esofagite mais grave. 
 
Devido ao aumento da pressão intragástrica 
forçar o conteúdo ácido para cima no esôfago, 
os indivíduos com HH podem apresentar 
dificuldades ao deitar e desconforto na região 
epigástrica (porção média superior do 
abdome), após refeições completas ricas em 
energia. 
 
TRATAMENTO MÉDICO E NUTRICIONAL 
Redução de peso e diminuição da 
complexidade das refeições diminui o impacto 
da hérnia de hiato. 
 
As recomendações nutricionais são 
semelhantes às recomendações para GERD 
(doenças de refluxo gastresofágicas) e 
esofagites: evitar refeições pesadas , omitir 
lanches e refeições antes de deitar 
(especialmente as ricas em calorias e 
gorduras) e minimizar o consumo de álcool. 
28 
DISTÚRBIOS DE MOTILIDADE 
A Acalasia, também chamada de 
Dissinergia Esofágica, é um distúrbio 
da motilidade do esôfago inferior. O 
número diminuído de células ganglionares 
no plexo de Auerbach causa diminuição na 
inervação colinérgica da musculatura 
esofágica. 
 Isto leva a uma falência do EEI para 
relaxar e abrir durante a deglutição, 
resultando em disfagia ou dificuldade de 
deglutição. 
29 
30 
Nos distúrbios de motilidade, a tendência é 
que a disfagia piore, chegando a permitir 
apenas a ingestão de líquidos. 
 
Durante a alimentação, e esôfago passa a 
acumular os líquidos ingeridos e com a 
pressão da gravidade ocorre a abertura do 
EEI, com passagem de pequenas porções do 
volume para o estômago. 
 
Caso isso não ocorra, o volume acumulado 
no esôfago é devolvido na forma de 
regurgitação. 
31 
Toda essa dificuldade para a alimentação 
resulta em prejuízo do estado nutricional, 
sendo comum nesses paciente a desnutrição. 
 
A avaliação do estado nutricional deve 
levar em conta indicadores antropométricos, 
bioquímicos e a análise do consumo alimentar. 
 
A avaliação nutricional subjetiva, que alia 
questões sobre alterações de peso, ingestão 
alimentar e exame físico, é um excelente 
instrumento de triagem nutricional. 
OBJETIVO DA TERAPIA NUTRICIONAL 
 Adaptar a dieta ao grau de disfagia; 
 Promover a recuperação nutricional. 
 
A recuperação nutricional deve ser proposta 
por meio de dieta hipercalórica e hiperprotéica. 
A consistência da dieta por via oral dependerá 
do grau de disfagia, sendo normalmente 
necessária a dieta líquida. 
Pode ser indicada a nutrição enteral quando 
existir disfagia inclusive de líquidos. 32 
33 
Se houver inflamação da mucosa esofágica 
por atrito com os alimentos não deglutidos, há 
a necessidade de evitar sucos e frutas ácidas, 
condimentos e especiarias picantes e irritantes 
que podem causar dor, e temperaturas 
elevadas. 
 
O tratamento da acalasia normalmente ocorre 
por meio de balões infláveis para dilatação 
forçada do EEI, que permite o alívio da 
disfagia. 
 
Em casos mais graves pode haver 
indicação cirúrgica. 
CÂNCER DE ESÔFAGO 
Paciente com diagnóstico de câncer da 
cavidade oral, faringe ou esôfago pode 
apresentar problemas nutricionais e dificuldade 
na alimentação, causados pela massa tumoral, 
obstrução, infecção oral e ulceração. 
 
Tratamento: as deficiências nutricionais 
podem ser compostas pelo tratamento, que 
envolve a ressecção cirúrgica, irradiação 
regional ou quimioterapia. 34 
35 
Complicações: podem ocorrer a queda 
excessiva de dentes, osteorradionecrose e 
infecções. A quimioterapia pode causar 
náuseas, vômitos e anorexia. 
 
Suporte Nutricional: após grandes cirurgias da 
boca ou esôfago, pode ser necessário fornecer 
suporte nutricional oral na forma líquida. 
Existem várias fórmulas nutricionais completas 
disponíveis. 
36 
Para adicionar variedade à dieta, alimentos 
comuns como as frutas podem ser 
transformados em purês e misturados em água 
até a liquefação. 
 
No caso de envolvimento oral mais extenso, 
pode ser necessário utilizar Gastrostomia ou 
Jejunostomia para administração da fórmula. 
 
A alimentação por sonda enteral pode envolver 
a utilização de fórmulas industrializadas ou de 
alimentos comuns processados no 
liquidificador. 
37 
O que fazer se o trato gastrointestinal não 
estiver funcionante? 
R= O suporte nutricional pode ser fornecido de 
forma parenteral. 
 
Quando utilizar a alimentação por 
gastrostomia? 
R= Alimentação por gastrostomia pode ser 
utilizada se a alimentação de longo prazo por 
sonda for necessária para o suporte nutricional 
total ou suplementar. 
38 
 
Se a alimentação oral for possível após a 
cirurgia, as recomendações alimentares gerais 
incluem: alimentos líquidos e tenros, suculentos 
para facilitar a mastigação e deglutição e 
refeições frequentes de densidade calórica 
relativamente elevada. 
 
São preferíveis carboidratos complexos aos 
açúcares simples. 
 
39 
O que fazer para prevenção de “boca seca” e 
“alívio das mucosites”? 
 
R= Boca seca: é recomendado o uso periódico 
de uma solução de saliva artificial, assim como o 
consumo frequente de líquidos. 
 
R= Alívio das mucosites: as lavagens com salina 
normal podem aliviar as mucosites e anestésicos 
tópicos podem ser utilizados para aliviar a dor + 
SELEÇÃO DE ALIMENTOS. 
 
CONSIDERAÇÕES 
 
 São recomendadas as restaurações dentárias 
necessárias, a higiene oral rigorosa e uso 
diário de flúor. 
 As infecções orais são geralmente causados 
por fungos. 
 Infelizmente , algumas medicações utilizadas 
no tratamento podem deixar o gosto metálico 
na boca, o que pode comprometer mais ainda 
mais o desejo de comer do paciente. 
40 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
 Leitura do capítulo 26 da referência bibliográfica de nº 2 
 
 Tabela 26.1 – Doenças Gastrointestinais Superiores e 
Consequências Nutricionais: associar a condição 
gastrointestinal x sintoma comuns x consequências 
nutricionais possíveis. 
 
 Algoritmo de fisiopatologia e tratamento da ESOFAGITE 
(etiologia, fisiopatologia e tratamento). Visão clínica do fumo e função gastrointestinal 
 
 
 
41 
ESTUDO DE CASO 
 R.C.A, um homem de 45 anos, é um executivo que viaja 
muito a trabalho. Ele está com 84 kg e com 183 cm de 
altura. Recentemente procurou seu médico com queixa de 
desconforto gastrointestinal (GI) superior. Ele descreve 
crises frequentes de azia no meio da noite e perdeu 7 kg no 
último ano, sem intencionalmente fazer dieta. Às vezes ele 
também apresenta azia logo após consumir alimentos e 
refeições específicas. Seu médico diagnosticou refluxo 
esofágico e os estudos mostraram a presença de HH 
(hérnia de hiato). 
 Ele recebeu várias orientações sobre alimentos e dietas 
específicas de diversas fontes, mas, está confuso sobre o 
que deve comer. Ele procurou você para discutir o 
tratamento nutricional e lhe fez as seguintes perguntas: 42 
43 
O que é azia? A hérnia de hiato tem relação 
com ela? 
Por que ele tem azia no meio da noite? 
Por que ele tem azia após comer certas 
refeições e alimentos? 
Por que ele perdeu peso? 
Você acha necessário que ele recupere o 
peso? 
Quais as orientações para reduzir ou prevenir 
os sintomas dele e as complicações 
adicionais? 
 CONSIDERAÇÕES: PARA EXERCITAR 
 1- O ato de deglutição é um processo que requer 
integração dos componentes da musculatura lisa do 
esôfago. A esofagite de refluxo vem a ser a inflamação 
da mucosa do esôfago, em graus variados, decorrente 
do contato prolongado com secreções digestórias 
(principalmente suco gástrico, raramente bile) e 
posterior relaxamento do Esfíncter Esofagiano Inferior. 
O tratamento nutricional deve estar focado no controle 
do refluxo gastroesofágico. 
 
 Apresente as principais recomendações 
nutricionais para este caso. 
44 
45 
 
 2- A alimentação tem papel significativo no início do 
tratamento e prevenção de distúrbios dos Sintomas 
Gastro Intestinais (SGI), incluindo as doenças 
esofágicas. 
POR QUE? 
 
 Desta forma há redução da dor e melhor qualidade de 
vida sendo que para os pacientes portadores de 
Megacólon, o estado nutricional dependerá do 
comprometimento do esôfago. 
 
46 
 
 3- A acalásia do esôfago é caracterizada por 
aperistalse do esôfago e por disfunção do EEI, incapaz 
de relaxar-se. Observa-se estreitamento da parte 
inferior do esôfago e dilatação da parte superior 
(megaesôfago). 
 
 Neste caso, é indicado para o paciente com esta 
enfermidade restringir álcool, cafeína e 
condimentos. 
 
 A acalásia é resultado do não relaxamento do esfíncter 
esofágico inferior. 
47 
 
 4- Cinco a dez por cento dos pacientes com refluxo 
gastroesofágico (RGE) desenvolvem Esôfago de 
Barret, que possui relevância clínica por ser 
considerado uma condição pré-maligna. É uma 
manifestação mais frequente entre os pacientes com 
RGE de longa duração. 
 
 Dentre os fatores alimentares que diminuem a pressão 
do EEI um dos alimentos mais prejudiciais são os 
Caldos concentrados em purinas. 
48 
 
 5- Seu João tem 57 anos é marceneiro e foi 
encaminhado ao ambulatório de nutrição de um 
hospital com o diagnóstico de refluxo gastresofágico. 
A terapia nutricional para este tipo de refluxo, tem 
como um de seus objetivos diminuir o estímulo a 
secreção ácida gástrica. 
 
 Para alcançar este objetivo, o nutricionista que atende 
ao seu João deve recomendar que ele evite os 
alimentos Carminativos e excesso de proteínas. 
 
 Os alimentos Carminativos (menta e hortelã) 
reduzem a pressão do esfíncter esofágico inferior, 
aumentando o refluxo. 
49 
 6- O tratamento nutricional na esofagite de refluxo é 
diferenciado, podendo apresentar 3 objetivos distintos: 
 
1) prevenção de dor e irritação da mucosa inflamada 
durante a fase aguda; 
2) prevenção de refluxo esofágico; 
3) redução da capacidade erosiva ou acidez das 
secreções gástricas. 
 
 Com relação à fase 1 (inflamatória aguda) deve-se 
evitar alimentos que possam obstruir o esôfago ou 
causar perfuração (salgadinhos "chips", biscoito de 
água e sal muito crocantes e alimentos com casca). 
 
50 
 7- A Hérnia Hiatal é a passagem de parte do estômago 
para o tórax através do hiato esofagiano. É a 
anormalidade estrutural mais comum que afeta o trato 
gastrointestinal superior". Justifique as afirmativas 
apresentadas abaixo: 
 
 A regurgitação é o principal sintoma da Hérnia de 
Hiato. 
 O paciente com Hérnia de Hiato deverá manter a 
cabeceira da cama elevada em 15 a 20 cm. 
 Os pacientes com Hérnia de Hiato devem consumir 
refeições de pequeno volume e frequentes. 
 Uma das orientações realizadas para pacientes com 
Hérnia de Hiato é a redução do peso, redução do uso 
de roupas apertadas e correção da constipação 
intestinal e meteorismo. 
 
51 
 
 A regurgitação é o principal sintoma da Hérnia de 
Hiato. 
 R: A inoperância do esfíncter esofagiano inferior 
facilitará a regurgitação do alimento presente no 
estômago para o esôfago, faringe e boca. 
 
 
 O paciente com Hérnia de Hiato deverá manter a 
cabeceira da cama elevada em 15 a 20 cm. 
 R: Objetiva evitar o refluxo noturno para as vias 
respiratórias e complicações broncopulmonares. 
 
 
52 
 Os pacientes com Hérnia de Hiato devem consumir 
refeições de pequeno volume e frequentes. 
 R: O pequeno volume objetiva evitar a distensão 
gástrica e consequentemente maior secreção ácida, 
enquanto refeições frequentes visa alcançar os 
requerimentos nutricionais. 
 
 Uma das orientações realizadas para pacientes com 
Hérnia de Hiato é a redução do peso, redução do uso 
de roupas apertadas e correção da constipação 
intestinal e meteorismo. 
 R: Objetiva promover a redução da pressão intra 
abdominal, minimizando o refluxo. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 1- Cuppari, Lílian. Nutrição clínica no adulto. 2 ed.São 
Paulo: Manole, 2005. (cap. 11, pág. 221-224). 
 
 2- Mahan, L. Kathleen; Escott-Stump, Sylvia. Krause - 
Alimentos, nutrição e dietoterapia. 12 ed.Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2010. (cap. 26, pág 654 -671) 
 
 3- Doença diverticular e 
diverticulite; WWW.COLORRETAL.COM.BR - 
Publicado em: 14 de abril de 2011 
 
 
 
 
53

Outros materiais