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concubinárias (com impedimentos para o casamento) se regem pelo direito das obrigações (sociedades de fato) e não pelo Direito de Família – competência das varas cíveis - Eficácia temporal das Leis 8.971/94 e 9.278/96 – aplicam-se às relações de convivência que existiam ao tempo de sua edição; não podendo ser aplicadas às que já se haviam dissolvido e às constituídas após a entrada em vigor da Lei 10.406/02 (Novo Código Civil) . FAMÍLIAS MONOPARENTAIS (Texto: SOARES, Sônia B. Brandão. Famílias monoparentais: aspectos polêmicos. In: Problemas de Direito Civil-Constitucional. (Org.) Gustavo Tepedino. Rio de Janeiro: Renovar, 2000) Base legal e conceito: art. 226 § 4º CF/88 Aspectos polêmicos: monoparentalidade x direito ao nome e à origem biológica da criança limites da investigação de paternidade mulher solteira e inseminação artificial – art. 2º da Resolução 1.358/92 do Conselho Federal de Medicina PARCERIA CIVIL HOMOSSEXUAL Projeto de Emenda à Constituição nº 139/95, de autoria da ex-Deputada Marta Suplicy que modifica os arts. 3º e 7º da CF/88 para incluir a proibição de discriminação por motivo de orientação sexual; Projeto de Lei nº 1.151/95, de autoria da ex-Deputada Marta Suplicy, que prevê a regulamentação da parceria civil homossexual, permitindo seu registro em cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais Habilitados: pessoas solteiras, viúvas ou divorciadas (art. 1º § 1º, I); não se proibindo a troca UFF- MDI - DIREITO DAS FAMÍLIAS – PROF. SÔNIA BARROSO BRANDÃO SOARES - 2012.1 - 17 do nome; Impede a alteração do estado civil durante a sua vigência (art. 2º § 3º); Direitos dos parceiros: Possibilidade de adotar – não há impedimento no ECA (art. 42 da Lei 8.069/90) x arts. 29 e 43 do ECA Possibilidade de troca do nome e casamento, após emasculação Pensão por morte do órgão previdenciário Dissolução da parceria com partilha dos aqüestos Direito real de habitação sobre o imóvel de residência Direito ao usufruto da quarta parte dos bens do parceiro falecido se houver deste ascendentes e descendentes. AULA 11 – DIREITO DE FAMÍLIA ASSISTENCIAL TUTELA E CURATELA Guarda a) Conceito – Instituto que visa prestar assistência material, moral e educacional ao menor – intregaliza ou substitui os titulares no exercício do poder familiar; regulariza a posse de fato do menor – Lei 8.069/90, arts. 28, 33, 237 e 249; a guarda tem fundamento legal e é concedida por ato judicial. b) Sujeito passivo – menor em situação de abandono. É provisória, mas pode se tornar definitiva se seguir a adoção. c) Deferimento – Lei 8.069/90, arts. 32, 33 e parágafos 1o. e 2o. , 28, parág. 1o. e 2o. , 29, 34, 165 e 170 – Competência do Juízo da Infância e Juventude d) Revogabilidade – Lei 8.069/90, arts. 30, 35 e 169 p. único. e) Modalidades: unilateral, conjunta e compartilhada Tutela – arts. 1.728 a 1.766 CC c/c 1.187 a 1.198 CPC a) Conceito – Instituto pelo qual alguém assume o exercício do poder familiar em substituição aos pais do menor órfão, obrigando-se a zelar pelos interesses sociais e patrimoniais do referido menor b) Situações tuteláveis – art. 1.728 CC – morte dos pais e por decadência do poder familiar; c) Espécies – testamentária (instituída pelos pais) – arts. 1.729, 1.730 e 1.733 CC; legítima – art. 1.731 CC e dativa – arts. 1.732, I a III e 1.734 CC d) Irmãos órfãos – um só tutor – art. 1.733 CC e) Incapacidade para exercer a tutela – art. 1.735 CC f) Escusa para aceitação da tutela – arts. 1.736 a 1.739 CC c/c arts. 1.192 e 1.193 CPC – Prazo para apresentar a escusa – até 10 dias subseqüentes à designação ou do fato superveniente que a motive; o juiz pode não aceitar a escusa; cabe agravo (recurso da decisão do indeferimento ) – arts. 1.739 CC c/c art. 1.193 CPC e arts. 522 e ss. CPC g) Garantias da tutela – caução real ou fidejussória – art. 1.745 e parágrafo único CC c/c arts. 1.188 a 1.191 CPC; responsabilidade subsidiária do juiz (II) x responsabilidade UFF- MDI - DIREITO DAS FAMÍLIAS – PROF. SÔNIA BARROSO BRANDÃO SOARES - 2012.1 - 18 pessoal e direta do magistrado(I) – art. 1.744 CC h) Exercício da tutela – tutor: sujeito ativo na administração dos bens do menor (representação ou assistência) ; tem poder uno, indivisível e indelegável – exceto: art. 1.743 CC (conhecimentos técnicos); seus atos são fiscalizados pelo juiz (art. 1.741 CC), que pode indicar um protutor (art. 1.742 CC) i) Atos praticados pelo tutor – sem autorização prévia do juiz (art. 1.747 CC) e com autorização prévia do juiz (arts. 1.748 e 1.750 CC) – Obs.: Venda de bens do menor – NÃO EXIGE MAIS HASTA PÚBLICA – art. 1.750 CC; Impedimentos à prática dos atos pelo tutor – arts. 1.749 a 1.751 CC c/c 580 CC j) Administração dos bens – arts. 1.745, 1.751, 1.753 e 1.754 CC; gratificação do tutor/protutor – art. 1.752 § 2o. CC k) Responsabilidade por culpa ou dolo dos tutores- arts. 1.752 CC c/c 932, II CC e 933 CC (culpa presumida) l) Da prestação de contas da tutela – arts. 1.755 a 1.762 CC c/c arts. 20 e 914 a 919 CPC (Ação de Prestação de Contas); prazos: balanço anual e prestação bienal – apresentação das contas em juízo. m) Cessação da tutela – arts. 1.763 (em relação ao tutelado) e 1.764 ( em relação ao tutor) CC; fim do prazo de serviço do tutor nomeado (2 anos) – art. 1.765 CC; destituição (remoção) do tutor por negligência, prevaricação ouperda da capacidade – art. 1.766 CC Curatela – arts. 1.767 a 1.783 CC a)Conceito – instituto que incumbe alguém do encargo de reger e defender pessoa maior incapaz ou interditada por enfermidade ou deficiência mental e administrar seus bens ; b)Submetidos à curatela – interditos – quem são? - art. 1.767 CC; c)Quem promove a interdição? – arts. 1.768 e 1.769 CC – pais, tutores, cônjuge ou parentes – não há previsão legal para companheiros – mas vide jurisprudência; Ministério Público (interditor x defensor) – art. 1.770 CC; legitimados a curador – art. 1.775 CC d)Necessidade de perícia prévia – art. 1.771 CC; f) Limites à interdição – arts. 1.772, 1.778 (extensão aos filhos incapazes dos curatelados) e 1.782 CC – a questão dos pródigos g) Exercício da curatela – os mesmos da tutela - Exceto: arts. 1.772 CC (limitações); cônjuge quando curador desobriga-se da prestação de contas – art. 1.783 CC e)Modificação de cláusulas da curatela – arts. 456 a 458 CCB; g) Curatelas especiais: arts. 1.733 parágrafo 2o. CC; 1.819 CC; 1.692 CC; 1.780 CC e art. 9o., I e II CPC Pródigos – art. 1.782 CC Nascituro – art. 1.779 CC c/c 877 e 878 CPC Portador de necessidades especiais e enfermos – art. 1.780 CC Ausente – arts. 22 e 23 CC; h) Procedimento de interdição – art. 1.187 a 1.198 CPC UFF- MDI - DIREITO DAS FAMÍLIAS – PROF. SÔNIA BARROSO BRANDÃO SOARES - 2012.1 - 19 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: I - ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 1. A adoção de menor entre 12 e 18 anos, cujos pais foram destituídos do pátrio poder, (A) não depende da concordância do adotando, nem de seus pais. (B) depende da concordância do adotando e de seus pais, conjuntamente. (C) dos pais, prescindindo-se da concordância do adotando. (D) do adotando, prescindindo-se da concordância dos pais. 2. A mulher de Tício, com quem é casada sob o regime da comunhão universal de bens desde 1990, apurou que o seu marido vem dilapidando todas as economias do casal em rinhas de galo, seu "hobby" preferido. O pai dela, viúvo e detentor de vultoso patrimônio, preocupa-se com o futuro da filha e aconselha-se com um advogado, para saber quais as medidas cabíveis para o resguardo da sua herança que, por sua morte, caberá ao casal. Indique o procedimento correto a ser recomendado pelo causídico.