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16/06/2013 1 A M E B Í A S E � Uma doença infecciosa causada pela Entamoeba histolytica com ou sem sintomatologia clínica (OMS, 1997). POTENCIAL PATOGÊNICO � 500 milhões de pessoas parasitadas. � 10% desenvolvem sintomas clínicos. � 1% sofrem complicações � 40 a 50 mil / ano (3a causadora de mortes entre as doenças parasitárias). Abscesso hepático amebiano Colites fulminantes 16/06/2013 2 Cistos contendo 08 núcleos: E. coli (homem) E. muris (roedores) E. gallinarum (aves domésticas) Cistos com 04 núcleos: E. histolytica (homem) E. dispar (homem) E. hartmanni (homem) E. ranarum (sapo e rã) E. invadens (cobras e répteis) E. moshkovskii (vida livre) Cistos com 01 núcleo E. polecki (porco, macaco) Não possui cistos: E. gengivalis Entamoeba Trofozoitos de E. histolytica / E. dispar 16/06/2013 3 E. coli Entamoeba histolytica/E. dispar Iodamoeba butchilliEndolimax nana Entamoeba hartmanni 16/06/2013 4 CICLO EVOLUTIVO ABCESSO HEPÁTICO 16/06/2013 5 ABCESSO PULMONAR ABCESSO CUTÂNEO 16/06/2013 6 INTERAÇÃO PARASITO - HOSPEDEIRO CARACTERÍSTICAS PATOGÊNICAS �Fagocitose de eritrócitos e de bactérias �Efeitos citopáticos �Resistência a lise pelo complemento �Produção de enzimas proteolíticas 16/06/2013 7 MECANISMO DE INVASÃO DA Entamoeba histolytica • Colonização do epitélio. • Aderência. • Citólise - movimentos amebóide e enzimas proteolíticas (hialuronidases, proteases e mucopolissacaridases). • Ulceração. Subunidades protéicas de 170 KDa e 112 kDa são adesinas �A lectina 170kDa tem epítopo comum a beta 2 integrina humana, expressa em leucócitos e envolvidas na interação e adesão a células – (260kDa)Galactose-N- acetygalactosamine inhibitabel lectin (GAL/GALNAc) �A proteína de 112 kDa está localizada na membrana citoplasmática e está relacionada a adesão e fagocitose de eritrócitos �Proteína de 66kDa; 50kDa e 140 kDa (receptor de fibronectina) ADESÃO 16/06/2013 8 Morte da célula hospedeira pela formação de um poro Proteólise da matrix extracelular mediado por cisteina proteinases CITÓLISE �DIFERENÇAS GENÉTICAS NA SUSCEPTIBILIDADE A INFECÇÕA PELA E. histolytica �DIFERENÇAS NA SUSCEPTIBILIDADE ENTRE INDIVÍDUOS DA MESMA ESPÉCIE. •Homens são mais susceptíveis a amebíase invasiva hormônios fatores ligados ao cromossomo X •Diferenças nos genes HLA classe II pode afetar o repertório de proteínas apresentada as células T CD4+ 16/06/2013 9 IgE – Níveis elevados correspondem a infecção intestinal ativa, são pobres marcadores de abscessos amebianos Papel na defesa é desconhecido IgA – anti-Gal – dificultam a colonização do intestino Está correlacionada a resistência ou proteção após o restabelecimento da infecção invasiva MECANISMOS DE EVASÃO DA RESPOSTA IMUNE • Cisteina proteinases cliva componentes da matrix extracelular permitindo o início do processo inflamamatório no intestino • Ocorre produção de mediadores inflamatórios como COX- 2(CICLOOXIGENASE-2), IL-1, IL8, Inos • Migração de neutrófilos e macrófagos para o local aumentando o dano tecidual • Os trofozoítos são capazes de lisar neutrófilos, eosinófilos e macrófagos não ativados • Os trofozoítos são cobertos pelo complexo lipofosfoglicoconjugado e GPI (glicofosfatidilinositol), dificultando a adesão dos componentes do complemento • As cisteinas proteinases clivam C3, gerando C3b, destroem C3a e C5a 16/06/2013 10 •Apresenta reatividade cruzada com CD59, inibindo a formação do MAC •CLIVAM IgA e IgG •Produzem fator inibitório de locomoção de monócitos (MLIF) •MLIF inibe a motilidade dos macrófagos, monócitos e neutrófilos e suprime a produção de NO MECANISMOS DE EVASÃO DA RESPOSTA IMUNE A AMEBÍASE OCORRE EM CONSEQUÊNCIA DO DESEQUILÍBRIO PARASITO- HOSPEDEIRO QUER DECORRENTE DE MECANISMOS ADAPTATIVOS DA AMEBA, QUER RESULTANTE DE FALHAS NA RESPOSTA IMUNOLÓGICA OU DE AMBOS 16/06/2013 11 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL EXAME COPROPARASITOLÓGICO 1. identifica trofozoítos e cistos - não diferencia E. histolytica/ E. dispar 2. não caracteriza a patogenicidade, exceto trofozoíto contendo hemácias (característico da amebíase invasiva) 3. depende a competência do microscopista - confusões de cistos com leucócitos polimorfonucleares e trofozoítos com macrófagos em fezes líquidas COPROPARASITOLÓGICO exame à fresco - 20’ To Ambiente ou 4oC até 4 horas • COLORAÇÃO - Tricromo • MÉTODOS DE CONCENTRAÇÃO 1. centrífugo flutuação no sulfato de zinco (Faust) 2. centrifugação em éter - Ritchie 3. sedimentação espontânea • SUBSTÂNCIAS QUE PODEM INTERFERIR NO EXAME:laxantes c/ óleo mineral – antibióticos 16/06/2013 12 EXAMES SOROLÓGICOS •Importante na distinção de espécies •positividade superior a 95% em pacientes com colite amebiana e abscessos hepáticos •TESTES UTILIZADOS •ELISA •HEMAGLUTINAÇÃO INDIRETA •IMUNODIFUSÃO EM GEL •IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA antígenos provenientes de culturas axênicas 16/06/2013 13 DESVANTAGENS •Dificuldade no preparo e obtenção do antígeno •persistência dos títulos após a cura TESTES PARA DETECÇÃO DE ANTÍGENOS NAS FEZES PADRÕES ELETROFORÉTICOS DE IZOENZIMAS (ZIMODEMOS) PCR (POLYMERASE CHAIN REACTION) •Amplificação de fragmentos de DNA (1milhão) •DNA proveniente de trofozoítos ou cistos •Há diferença de 5% na sequência de nucleotídeos nas cepas patogênicas e não patogênicas 16/06/2013 14 TRATAMENTO AMEBICIDAS QUE ATUAM NA LUZ INTESTINAL - derivados da quinoleína; antibióticos (eritromicina e paramomicina) AMEBICIDAS DE AÇÃO TISSULAR - intestino e fígado - cloroquina, cloridrato de diidroemetina AMEBICIDAS QUE ATUAM NA LUZ INTESTINAL E NOS TECIDOS - antibióticos, derivados imidazólicos (metronidazol, ornidazol) 16/06/2013 15 Blastocystis hominis
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