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259226388 Casos Concretos Feitos 2012 2 1

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RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
AULA 1:
Caso Concreto 1:
Marcos, tendo seu veículo fechado por outro carro, desvia com o intuito de evitar 
a colisão, sobe na calçada e atropela João, transeunte que retornava de seu 
trabalho. Reconhecido o estado de necessidade de Marcos na esfera criminal, com 
sua absolvição nesta seara, respaldada pelo ato justificado de fugir ao perigo 
iminente à própria vida, bem como dos passageiros de seu automóvel, pergunta-se:
Marcos será compelido a indenizar João? Justifique.
RESPOSTA: Aquele que deu a fechada em Marcos que foi a causa direta e imediata. 
Aquele que causou o perigo é que responde pelo dano causado. Marcos tem ação 
regressiva, terá ônus de identificar quem deu a fechada e correr atrás para reparar com 
base no art. 930 do CC. João foi a pessoa lesada, ele não causou perigo. O CC 
determina que aquele que causou o dano, mesmo em estado de necessidade tem o dever 
de reparar o dono. Caso de indenização por ato lícito art. 929 C/C art. 188, II do CC.
Q.Objetiva:
Ao se desviar de uma brusca fechada dada por um ônibus, Antônio subiu com seu
veículo na calçada e atropelou Benedito, ferindo-o gravemente. Antônio: 
a) terá que indenizar Benedito porque praticou ato ilícito. 
b) não terá que indenizar Benedito porque não praticou ato ilícito. 
c) não terá que indenizar Benedito porque o ato praticado foi no exercício regular
de um direito. 
d) terá que indenizar Benedito mesmo tendo praticado o ato em estado de
necessidade. 
e) todas as respostas estão incorretas. 
AULA 2:
Em discussão ocorrida no trânsito, Antonio (25 anos) depredou com uma barra de 
ferro o veículo de José (75 anos), tendo este sido acometido de infarto fulminante, 
morrendo no local. Antonio responde civilmente pela morte de José? Por que? 
Resposta fundamentada.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
RESPOSTA: Não responderá pelo evento morte, mas pelo dano no veículo, porque ele 
quis depredar o automóvel do outro. Ele não queria que o José morresse, teve um 
resultado que não era previsto. Trata de responsabilidade subjetivo que é preciso culpa, 
e como faltou um dos elementos da culpa que é a previsibilidade, ele não responde 
então, pelo resultado morte, pois não deu a causa. E sim praticou ato ilícito, conforme 
Artigo 927 do CC.
Q.Objetiva:
Na culpa lato sensu é corrreto dizer que abrange: 
a) o dolo e a culpa em sentido estrito; 
b) a culpa provada e a culpa presumida; 
c) a culpa in eligendo e a culpa in vigilando; 
d) a culpa grave e a culpa contra a legalidade; 
e) a culpa concorrente.
Aula 3:
Augusto, comerciante de bois, vende a Gustavo, lavrador, um boi doente, que, por 
sua vez, contagia os outros bois do comprador, que morrem. Privado desses 
elementos de trabalho, o lavrador vê-se impedido de cultivar suas terras. Passa a 
carecer de rendimentos que as terras poderiam produzir, deixa de pagar seus 
credores e vê seus bens penhorados, os quais são vendidos por preço abaixo de seu 
valor. Arruinado, o lavrador suicida-se. Seus filhos e viúva ingressam com ação de 
indenização em face do comerciante. Pergunta-se: quais são os danos ressarcíveis e 
quem terá de repará-los? Resposta fundamentada.
RESPOSTA: Depende da teoria adequada. 
Pela teoria da equivalência das condições – art. 13 CP – o vendedor estava ferrado, 
enseja resultados injustos. Responderia por tudo, o vendedor do boi doente que deu 
causa.
Pela teoria da causa adequada- responde pela venda dos bois tem que ver qual foi a 
mais adequada.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
Q.Objetiva:
Diante das excludentes de nexo causal não é correto afirmar: 
I – Havendo uma excludente de nexo causal o dever de indenizar será afastado 
mesmo nos casos de risco integral. 
II – O fortuito interno afasta o dever de indenizar. 
III – O dever de indenizar é afastado tanto nos casos de responsabilidade civil 
subjetiva quanto objetiva, diante de alguma excludente de nexo causal. 
A) Somente I e II estão incorretas. 
B) Somente I e III estão incorretas. 
C) Somente II e III estão incorretas. 
D) Todas estão incorretas. 
AULA 4:
Antonia teve o seu veículo apreendido em ação de busca e apreensão movida pelo 
Banco X. Pagas as prestações em atraso, seis meses depois o veículo lhe foi 
devolvido, mas inteiramente danificado, inclusive com subtração de peças e 
acessórios. Alega também Antonia que não poderá usar o seu veículo, enquanto 
não for consertado, no fornecimento de quentinhas para cerca de 80 pessoas, o que 
lhe daria um ganho diário de R$ 120,00. Em ação indenizatória contra o Banco X o
que Antonia poderá pedir?
RESPOSTA: Ela sofreu prejuízo no seu patrimônio, dano material e dano emergente 
(as peças). Há o dever de indenizar, porque o depositário tinha que ter guardado e 
devolver em perfeitas condições. O carro era utilizado para trabalho, durante 6 meses 
ela perdeu o ganho que é o lucro cessante. PORTANTO, Antonia poderá pedir 
ressarcimento em relação aos danos matérias decorrentes da conduta do banco, exigindo
o dano emergente, relativo ao que perdeu efetivamente e os lucros cessantes 
correspondente aos que razoavelmente deixou de ganhar com a venda das quentinhas, 
além de eventuais danos morais supervenientes.
Q.Objetiva:
No que diz respeito ao dano é CORRETO afirmar: 
I – O dano material se divide em dano emergente e lucro cessante. 
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
II – No dano material sempre estará presente o dano emergente. 
III – No dano material nem sempre haverá o dever de indenizar pelo lucro 
cessante. 
A) Somente I e II estão corretas. 
B) Somente I e III estão corretas. 
C) Somente II e III estão corretas. 
D) Todas estão corretas.
AULA 5:
Joana e João da Silva moveram ação de indenização por dano moral contra o 
Estado do Rio de Janeiro porque dois servidores estaduais, José da Silva e Aroldo 
dos Santos, assinaram, divulgaram e promoveram distribuição de aviso de suspeita
de caso de AIDS no Município do Rio das Pedras, indicando o nome do filho dos 
autores, Antonio da Silva, como sendo portador de tal doença. Sustentam que o 
mencionado aviso, além de violar o direito à intimidade e à vida privada de 
Antonio, debilitou ainda mais o seu estado de saúde, apressando a sua morte, 
ocorrida poucos meses depois da divulgação. Em contestação o Estado alega não 
terem os autores, pais de Antonio, legitimidade para pleitearem a indenização 
porque o dano moral, por se tratar de direito personalíssimo, é intransmissível, 
desaparece com o próprio indivíduo, impossibilitado a transmissibilidade 
sucessória e o exercício da ação indenizatória por via subrogatória. Diante do caso 
concreto, aborde a possibilidade de os pais de Antonio obterem a reparação civil 
pelos danos causados ao seu filho.
RESPOSTA: não há que indenizar porque cessou a morte. Não há transmissão do dano 
moral, pois se extingue com a morte. Só se transmite os efeitos patrimoniais e 
econômicos. Art. 943 do CC. A personalidade cessa com a morte.
2º corrente – Se ele morreu antes de mover ação indenizatória, os herdeiros têm direito 
à indenização, que seria transmissível. O que se transmite é o direito á indenização e 
não ao dano moral.
Q.Objetiva:
Com relação ao dano estético é CORRETO afirmar: 
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
I­ Existe jurisprudência que coloca o dano estético como um terceiro tipo de 
dano ao lado do dano material e moral. 
II­ Há quem defenda que o dano estético não é um tipo autônomo de dano. 
III­ Não há qualquer controvérsia sobre o tema. 
A) Somente a I e II estão corretas. 
B) Somente a I e III estão corretas. 
C) Somente a II e III estão corretas. 
D) Nenhuma está correta.
AULA 6:
Carlos Santana, quando chegava ao seu trabalho no Shopping Leopoldina, foi 
atingidopor uma bala oriunda de troca de tiros entre assaltantes e vigilantes de um
carro forte. Carlos faleceu no local. A viúva e filhos (2) de Carlos pretendem ser 
indenizados pela empresa proprietária do carro forte: Protege S/A Transportes de 
Valores. Como advogado da viúva e filhos de Carlos, responda as seguintes 
questões prévias:
a) é caso de responsabilidade subjetiva ou objetiva?
RESPOSTA: Atividade de risco – art. 927, § único do CC, trata de responsabilidade 
objetiva. 
É caso de questão objetiva, pois foram os vigilantes do carro forte que por acidente 
atingiu Carlos, eles trabalham para a empresa, então, terá que indenizar a família pelo 
dano causado(apesar de ter sido Carlos a sofrer o dano). 
b) em que dispositivo legal seria fundada a ação?
RESPOSTA: Seria fundada no Art. 186 e 187 c/c art. 927, § único do CC.
c) pode ser alegada com sucesso pela ré a tese da força maior?
RESPOSTA: Não terá sucesso a força maior, porque a morte do sujeito se deu em razão
de atividade de risco. Poderia ser alegado pela empresa que ocorreu caso fortuito, sendo 
este um caso imprevisível.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
d) aplica-se ao caso a teoria do risco integral?
RESPOSTA: Não, é do risco criado. Necessita de provar o nexo causal. Essa TEORIA 
é aplicada quando a previsão for expressa em lei.
Q.Objetiva:
Paulo foi atropelado por caminhão de transporte de mercadoria de grande empresa 
multinacional produtora de refrigerantes. Tendo sofrido graves lesões, que lhe 
causaram invalidez total permanente, Paulo quer ser indenizado por danos 
materiais e morais. No caso é correto afirmar que a responsabilidade da empresa 
proprietária do caminhão atropelador é: 
a) subjetiva com culpa provada; 
b) objetiva, fundada no risco integral; 
c) objetiva, com culpa presumida; 
d) objetiva, pelo fato do produto (art. 931 do C.C.) 
e) objetiva pelo risco da atividade (art. 927, par.ún. do C.Civ.)
AULA 7:
Paulo, 16 anos, dirigindo o carro do pai, atropela e fere B gravemente. A vítima, 
completamente embriagada, atravessou a rua inesperadamente, sendo certo que 
Paulo dirigia em velocidade normal.
Pretende a vítima ser indenizada por danos materiais e morais, pelo que propõe 
ação contra Carlos, pai de Antonio. Procede o pedido? Como advogado de Carlos o
que você alegaria?
RESPOSTA: Causa de Exclusão do Nexo Causal, pelo fato exclusiva da vítima, 
afastando a responsabilidade. Se Paulo não teve culpa, não deu causa ao acidente, 
jamais o pai dele será responsabilizado.
Isto é uma irregularidade administrativa não chega a ser ato ilícito não ensejou um dano,
uma lesão. Houve o fato exclusiva da vítima exclui o dever de indenizar.
O pai dele não pode ser responsabilizado.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
Q.Objetiva:
Enquanto os pais dormiam, Mário, 15 anos de idade, pegou a moto do pai 
e, dirigindo em alta velocidade, atropelou e feriu gravemente Thiago. Neste
caso pode-se afirmar: 
a) respondem os pais de Mário objetivamente; 
b) Mário não responderá em nenhuma hipótese por ser inimputável; 
c) Os pais só respondem se ficar provado que tiveram culpa; 
d) Mário responde solidariamente com os pais; 
e) Mário poderá responder subsidiariamente com base no princípio da equidade. 
1- todas as opções estão corretas; 
2- todos estão incorretas; 
3- estão incorretas as opções das letras b, c e d; 
4- estão corretas as opções das letras a, c e e.
AULA 8:
Em ação ressarcitória, movida contra o Banco Quebrado S/A, pleiteia o autor 
indenização por dano morais e materiais decorrentes da queda de um letreiro de 
propaganda que se encontrava instalado na fachada do prédio onde funciona uma 
das agências do réu.
Em contestação, o réu não nega que a queda do letreiro feriu o autor, mas alega ser
parte passiva ilegítima, uma vez que o imóvel não lhe pertence, sendo apenas 
locatário.
No mérito, sustenta que o autor não provou a sua culpa, ensejadora da 
responsabilidade civil, e, ainda, que tomou todas as providências exigíveis, 
contratando firma especializada do letreiro, que assumiu toda a responsabilidade 
pela instalação.
Decida a questão, indicando os dispositivos legais aplicáveis.
RESPOSTA: No caso se trata de responsabilidade por coisas caídas dos prédios 
(letreiro do banco) com base no art. 938 do CC. Quem responde não é o dono e sim 
aquele que habitar prédio, pois o letreiro não é parte do prédio que responderá será o 
Banco responsabilidade objetiva.
Q.Objetiva:
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
Enquanto estavam no cinema, o cachorro de Mário e Maria saiu pela porta 
do terraço, subiu no parapeito e caiu do 9º andar sobre Antônio que 
passava pela rua. Gravemente ferido, Antônio ficou internado um mês e 
sofreu redução permanente de sua capacidade laborativa de 30%. Antônio 
quer ser indenizado. No caso pode-se dizer: 
a) Antônio poderá pleitear indenização de Mário e Maria; 
b) A ação indenizatória terá por fundamento o art.936 do Código Civil; 
c) Antônio poderá pleitear indenização por danos materiais (dano emergente e lucro
cessante) e danos morais; 
d) Trata-se de responsabilidade objetiva extracontratual; 
e) Antônio terá que provar a culpa de Mario e Maria por se tratar de 
responsabilidade subjetiva. 
1. todas as afirmativas são corretas; 
2. todas as afirmativas são incorretas; 
3. apenas as afirmativas das letras b e e estão incorretas; 
4. apenas as afirmativas das letra a e d estão
AULA 9:
Antonio estava lendo o jornal, na pequena varanda de sua casa, quando foi 
atingido mortalmente por uma bala proveniente de uma troca de tiros entre 
policiais e traficantes em um morro próximo. Viúva e filhos de Antonio querem ser 
indenizados pelo Estado por danos materiais e morais.
Provado que o projétil partiu efetivamente da referida troca de tiros, examine a 
responsabilidade do Estado nas seguintes hipóteses:
a) a bala partiu da arma do traficante;
b) a bala partiu da arma do policial;
c) não foi possível apurar de que a arma partiu a bala.
Fundamente sua resposta com base na lei, na doutrina e na jurisprudência.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
RESPOSTA: Não importa se a bala partiu da arma do traficante ou a bala partiu da 
arma do policial e absolutamente irrelevante não há dúvida que está bala decorreu por 
uma atividade exercida pelo estado. Há uma relação de causa e efeito.
Não há que se falar em fato de terceiro e da vítima. O Estado vai ter que responder com 
base no art. 37, §6º da CRFB/88.
Apelação Cível nº 65834/2008
Q.Objetiva:
Camelôs do Rio promoveram violenta manifestação nas ruas do Centro contra a 
repressão ao comércio ilegal. Entre os muitos detidos pela Guarda Municipal, 
encontrava-se Carlos Chaves, empregado há mais de 10 anos de uma das lojas 
situadas na área de conflito e que não participava da manifestação. Provado o 
equívoco quanto à prisão de Carlos, é correto afirmar: 
a) o Município não responde civilmente porque houve fato de terceiro – tumulto dos
camelôs; 
b) o Município não responde civilmente porque trata-se de ato judicial pelo qual só 
o Estado responde; 
c) o Município responde civilmente porque o fato decorreu da sua atividade 
administrativa; 
d) o Município responde porque é caso de responsabilidade subjetiva e ficou 
provada a falta do serviço; 
e) quem deve responder é o Guarda que efetuou a prisão de Carlos.
AULA 10:
Um prisioneiro do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro faleceu 
acometido de pneumonia. A viúva propõe ação indenizatória contra o Estado sob o 
fundamento de que a este cabia zelar pela integridade física do seu marido. Assiste-
lhe razão? Resposta fundamentada.
RESPOSTA: A responsabilidade do Estado é uma rega objetiva fundamentada na teoria
do risco administrativo. Todavia também existe a culpaanônima ou falta de serviço, seja
porque não funcionou quando deveria ou funcionou mal e tardiamente, é a 
responsabilidade subjetiva. Tem que se comprovar a culpa art. 186 do CC, caso em que, 
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
se houver falta de serviço ou serviço mal prestado e este ser configurado responderá 
neste caso o Estado pelo falecimento.
Q.Objetiva:
Corregedor do STJ intercede para liberar caminhoneiro preso injustamente em SP 
(O GLOBO 24/12/2007). Em abril de 1999 o caminhoneiro Aparecido Batista perdeu
os documentos em Uberlândia (MG). Registrou a ocorrência na Delegacia local e 
usou o boletim muitas vezes para provar que também era vítima, diante das cartas 
de cobrança que recebia de lojas do país inteiro. Em 2005, foi condenado como réu 
em dois processos criminais em Pernambuco, acusado de desvio de cargas. Preso 
há mais de 60 dias, a empresa em que Aparecido trabalha conseguiu um ábeas 
corpus em seu favor, provando que, no dia do crime, Aparecido voltava de Brasília 
para São Paulo e que, portanto, não estava em Pernambuco, onde o crime ocorreu. 
Supondo que Aparecido pretenda ser indenizado por danos moral e material, 
assinale a opção correta: 
a) o Estado não responde por ato judicial; 
b) no caso, quem deve responder é o juiz que condenou Aparecido 
equivocadamente; 
c) o Estado responde com base no art. 37, § 6º da Constituição Federal por ser 
tratar, no caso, de atividade judiciária; 
d) por se tratar de ato judicial típico, o Estado responde com base no art. 5º, LXXV 
da Constituição; 
e) o Estado só responde no caso de erro, dolo ou má-fé do juiz.
AULA 11:
Flávia, 10 anos de idade, brincava com o irmão mais velho e dois colegas na piscina
do Condomínio onde moravam. Quando Flávia estava mergulhando próximo do 
filtro (ralo) da piscina, teve seus cabelos sugados, tão fortemente que ficou presa no
fundo, o que provocou o seu afogamento. Quando o irmão de Flávia conseguiu 
retirá­la do fundo da piscina ela já estava morta. Os pais de Flávia pretendem ser 
indenizados por danos materiais e morais. De quem poderão pleitear a 
indenização: do condomínio, do fabricante do filtro (ralo) ou de ambos? Em 
qualquer caso, qual será o fundamento legal do pedido indenizatório?
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
RESPOSTA:
Temos no caso típico fato do produto. O que causou o trágico acidente foi o defeito do 
ralo ou filtro (produto) da piscina por não ter oferecido a segurança legitimamente 
esperada. Não é previsível, nem concebível que o ralo de uma piscina sugue a água com
tal intensidade que deixe uma pessoa presa pelos cabelos. A ação indenizatória deverá 
ser ajuizada contra o fabricante do filtro com base no art. 12 do CDC.
Pode também ser admitida como correta a resposta do aluno que entender ser o 
condomínio responsável pela atividade perigosa (art. 927, parágrafo único do C. Civil) 
se sustentar que o ralo (ou filtro) da piscina não foi corretamente instalado e que o 
condomínio não exerceu o devido e necessário controle para o seu normal 
funcionamento.
Ver RESP 1081432/SP
Q.Objetiva:
O estouro de um pneu provocou a capotagem de veículo de Marcos, que ficou 
totalmente destruído. Marcos também sofreu graves lesões. Tendo em vista que o 
veículo tinha apenas seis meses de uso, Marcos pretende ser indenizado. Assinale a
opção correta: 
a) não há direito a qualquer indenização porque o estouro de um pneu caracteriza 
caso fortuito; 
b) Marcos só poderá pleitear indenização do fabricante do pneu; 
c) Marcos poderá pleitear indenização do fabricante do automóvel e do pneu; 
d) Marcos só poderá pleitear indenização da concessionária que lhe vendeu o 
veículo; 
e) Marcos poderá pleitear a indenização do fabricante do veículo e da 
concessionária porque há solidariedade entre eles.
AULA 12:
Em 05/01/2009, Áurea comprou um carro 0 km, da marca FORD, na 
Concessionária Xavante. Decorridos quatro meses de uso, apresentou o veículo 
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
problemas no sistema de freio. A Concessionária Xavante recusou-se a fazer o 
reparo alegando ter ocorrido a decadência do direito de Áurea reclamar.
Ao sair da Concessionária, em um sinal de trânsito Áurea é assaltada por Berto, 
que assumiu a direção do veículo.
Perseguidos pela polícia, que tomou conhecimento do assalto, Berto acaba 
colidindo com a traseira do veículo de Carlos, em virtude do freio do carro de 
Áurea não ter funcionado adequadamente.
Ficaram gravemente feridos Áurea, Carlos e o assaltante Berto, além de destruídos
os dois veículos.
Áurea e Carlos ajuízam ações com pedido de indenização em faze do fabricante e 
da Concessionária, em que pleiteiam danos morais e materiais.
Em contestação, alega o fabricante que houve fato exclusivo de terceiro (ato do 
assaltante) e a Concessionária sustenta ser parte ilegítima, além de insistir na 
ocorrência da decadência.
Decida a questão, fundamentando-a. Analise, também, se houve decadência e se há 
possibilidade do assaltante Berto pleitear indenização.
Q.Objetiva:
O veículos de Carlos, adquirido da Besouro-Barra Ltda (concessionária), 
zero quilômetro, incendiou-se após seis meses de uso e ficou totalmente 
destruído. A Concessionária recusa-se indenizar Carlos alegando ser da 
Volkswagem do Brasil a eventual responsabilidade e ainda por não ter 
ficado provada a causa do incêndio. A Volks, por sua vez, alega ser da 
concessionária a eventual responsabilidade e que já teria ocorrido a 
decadência. No caso pode-se afirmar: 
a) a ação indenizatória deverá ter por fundamento o art. 12 do CDC( fato do 
produto); 
b) responsáveis solidários pela indenização serão a Volkswagem do Brasil e a 
concessionária Besouro-Barra; 
c) a Volkswagem do Brasil só excluirá a sua responsabilidade se provar que o 
incêndio do automóvel não decorreu de defeito do produto; 
d) como o prazo decadencial é de 90 dias para coisas duráveis, a decadência já 
ocorreu; 
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
e) aplica-se ao caso o art. 931 do C.Civil. 1- todas as afirmativas são corretas; 2- 
todas as afirmativas são incorretas; 3- estão incorretas as afirmativas das letras b, 
d e e; 4- estão corretas as afirmativas das letras a, b e c;
AULA 13:
Famoso pintor se obrigou a fazer um quadro para exposição em galeria de arte, 
pelo preço certo de R$ 50.000,00(cinqüenta mil reais).
O quadro teria que ser entregue até quinze dias antes do inicio da exposição, sob 
pena do pagamento de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais). Se mesmo assim o 
quadro não fosse entregue até o dia do início da exposição, o pintor pagaria a 
multa de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Como o quadro não foi entregue no prazo 
previsto, o dono da galeria (adquirente do quadro), três dias antes da exposição 
adquiriu outro quadro em substituição e moveu ação indenizatória contra o pintor,
formulando os seguintes pedidos:
I – pagamento de R$ 15.000,00(quinze mil reais) correspondentes à multa pelos 
dias de atraso na entrega do quadro;
II- pagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) correspondentes à multa pela não 
entrega do quadro;
III – reparação dos danos materiais, emergentes e lucros correntes, estimados em 
R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) assim distribuídos: a) R$ 10.000,00(dez mil 
reais) pela diferença a mais pelo preço pago pela compra do quadro em 
substituição; b) R$ 15.000,00 (quinze mil reais) devidos pela melhor cotação dos 
quadros do pintor inadimplente.
Dando os fatos como provados, responda se será possível acolher todos os pedidos 
fornecidos pelo dono da galeria, autor da ação?
Q.Objetiva:
Com relação à mora é incorreto afirmar: 
a) é o retardamento no cumprimento de uma obrigação persistindo, todavia, a 
possibilidade de cumpri-la; 
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
b) a mora será sempredo devedor; 
c) a mora ex re ocorre quando a obrigação é positiva, líquida e tem termo certo 
para o cumprimento; 
d) na mora ex persona é indispensável a notificação do devedor; 
e) o devedor em mora responde pelo caso fortuito e a força maior se estes 
ocorrerem durante o atraso.
AULA 14:
Aldo Couto ajuiza, em face de VIAÇÃO BOA VIAGEM, ação de indenização por 
danos materiais e morais, com fulcro no artigo 37, § 6º da Constituição Federal, em
razão de acidente de transporte. Alega o autor que se encontrava no interior do 
coletivo quando ocorreu a colisão, o que lhe acarretou lesões, como demonstrado 
no Registro de Ocorrência, em que constou, expressamente, o nome do autor como 
passageiro do ônibus, e, ainda, o nome do Hospital Salgado Filho, local para onde 
foram levadas as vítimas do acidente de trânsito. As lesões corporais 
impossibilitaram a locomoção e ausência da vítima de sua residência por 15 dias.
Em contestação, a ré pretende que seja o pedido julgado improcedente por ter o 
acidente ocorrido porque um caminhão colidiu com o ônibus, invadindo contra-
mão.
Em réplica, o autor aduz que a ré não demonstrou qualquer prova da exclusão de 
sua responsabilidade, razão pela qual pugna pelo reconhecimento de sua 
responsabilidade objetiva. Dando os fatos narrados como comprovados, decida 
fundamentadamente:
1) a natureza da relação jurídica tem amparo no direito comum ou no artigo 37, § 
6º da Constituição Federal;
2) admitida como verdadeira a tese de defesa da ré, exclui a sua responsabilidade?
Q.Objetiva:
Ônibus bate em prédio, explode e mata mãe e filha. Outras 14 pessoas 
ficaram feridas. Motorista passou mal (teve um desmaio) e perdeu o 
controle do veículo (Globo 09/01/09). No caso é correto afirmar que o mal
súbito do motorista: 
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
a) não tem qualquer relevância causal; 
b) caracteriza fato exclusivo de terceiro (o motorista); 
c) caracteriza o fortuito interno; 
d) caracteriza a força maior; 
e) caracteriza o fato exclusivo da vítima (o motorista).
AULA 15:
Juracy propôs ação requerendo a condenação da América do Norte Seguros S/A 
ao pagamento de indenização correspondente ao valor de seu automóvel, pelos 
fatos e fundamentos que seguem.
O autor celebrou contrato de seguro de seu único veículo com a ré. Ao preencher a 
apólice, ensejando as informações necessárias à celebração do contrato, afirmou 
residir numa cidadezinha pacata do interior do Estado do Rio de Janeiro, onde 
tem apenas um pequeno depósito de mercadorias, informando, ainda, que o 
veículo se destinava ao seu uso particular.
Na realidade, Juracy, utilizando­se de seu automóvel, dirigia­se quase que 
diariamente à referida cidadezinha e lá circulava grande parte do dia para exercer
sua profissão de vendedor, transportando e fornecendo mercadorias para vários 
botequins.
Certo dia, ao estacionar para ir ao supermercado numa rua do bairro da Ilha do 
Governador, onde efetivamente reside, teve seu veículo furtado.
Acionou imediatamente o seguro e, para tal, forneceu toda a documentação 
necessária, inclusive o Registro da Ocorrência, realizado na delegacia de polícia. 
Entretanto, a seguradora se negou a realizar o pagamento.
Requereu a procedência do pedido.
Contestou a ré, sustentando que, após examinar a referida documentação, se negou
a pagar a indenização referente ao sinistro, ao detectar fraude tarifária, pois 
Juracy declarou no RO que reside na Ilha do Governador, o que é verdade, 
enquanto que na ocasião da celebração do contrato de seguro, afirmou residir 
RESPONSABILIDADE CIVIL
Aluna: Beatriz Volpato.
numa cidadezinha pacata do interior do Estado. Além disso, omitiu o fato de que o 
veículo era utilizado para transporte de mercadorias.
Argumentou a seguradora que a capital do Estado é local onde o risco de roubos, 
furtos, colisões e outros sinistros é extremamente superior ao de cidades pequenas, 
o que majora consideravelmente o valor do prêmio a ser pago pelo segurado.
O fato de o veículo ser utilizado para transporte de mercadorias também faz com 
que o valor do prêmio seja majorado.
Agindo assim, prossegue a ré, o autor infringiu o princípio da boa­fé, praticando 
conduta fraudulenta. Pleiteou a improcedência do pedido. Resolva a questão 
fundamentadamente.
Q.Objetiva:
Nos contratos de seguro pode haver o agravamento do risco: 
A) desde que, seja respeitada a vulnerabilidade do segurado. 
B) desde que, exista boa-fé e, o CC/02 permite em seu art.769. 
C) não há possibilidade de agravamento do risco em nosso ordenamento. 
D) o CDC não permite o agravamento do risco.

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