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DIREITO CONSTITUCIONAL NACIONALIDADE DIREITO CONSTITUCIONAL CONCEITO: É o vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado Estado, fazendo com que esse indivíduo passe a integrar o povo desse Estado e, por consequência, desfrute de direitos e submeta-se a obrigações. A NACIONALIDADE É UM DIREITO FUNDAMENTAL. Todavia, existem pessoas sem nacionalidade = APÁTRIDAS (Heimatlos) PACTO SAN JOSÉ DA COSTA RICAPACTO SAN JOSÉ DA COSTA RICAPACTO SAN JOSÉ DA COSTA RICAPACTO SAN JOSÉ DA COSTA RICA Artigo 20.Artigo 20.Artigo 20.Artigo 20. Direito à nacionalidadeDireito à nacionalidadeDireito à nacionalidadeDireito à nacionalidade 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido, se não tiver direito a outra. 3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade nem do direito de mudá-la. DIREITO CONSTITUCIONAL Definições correlatas: - Povo: conjunto de pessoas que fazem parte do Estado – o seu elemento humano – unido ao Estado pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade. - População: conjunto de residentes no território, sejam eles nacionais ou estrangeiros (bem como os apátridas ou heimatlos – expressão alemã). - Nação: conjunto de pessoas nascidas em um território, ladeadas pela mesma língua, cultura, costumes, tradições, adquirindo uma mesma identidade sociocultural. São os nacionais, distintos dos estrangeiros. São os brasileiros natos ou naturalizados. - Cidadania: tem por pressuposto a nacionalidade (que é mais ampla que a cidadania), caracterizando-se como a titularidade de direitos políticos de votar e ser votado. O cidadão, portanto, nada mais é que o nacional (brasileiro nato ou naturalizado) que goza de direitos políticos. DIREITO CONSTITUCIONAL ESPÉCIES DE NACIONALIDADE - Primária ou originária (involuntária) É imposta, de maneira unilateral, independentemente da vontade do indivíduo, pelo Estado, no momento do nascimento. O Estado estabelece as regras para a outorga da nacionalidade aos que nasceram sob o seu governo. Somente pode estar prevista na Constituição. - Secundária ou adquirida (voluntária) É aquela que se adquire por vontade própria, depois do nascimento, normalmente pela naturalização, que poderá ser requerida tanto pelos estrangeiros como pelos heimatlos (apátridas). O estrangeiro, dependendo das regras de seus país, poderá ser enquadrado na categoria polipátrida (multinacionalidade – ex: filhos de italiano – critério do sangue – nascidos no Brasil – critério da territorialidade) As hipóteses podem estar na Constituição e/ou na Lei infraconstitucional (Estatuto do Estrangeiro – Lei nº 6.815/1980) DIREITO CONSTITUCIONAL Critério para aquisição da nacionalidade originária - Ius solis = critério da territorialidade. O que importa para a definição e aquisição da nacionalidade é o local do nascimento, e não a descendência. Em geral é utilizado pelos países de imigração, a fim de que os descendentes dos imigrantes, que venham a nascer no solo do novo país, sejam nacionais desse novo país, e não do de origem. Via de rega: Os países do continente americano adotam o critério territorial - Ius sanguinis = critério sanguíneo. O que importa para a definição e aquisição da nacionalidade é o sangue, a filiação, a ascendência. Em geral é utilizado pelos países de emigração, a fim de se manter o vínculo com os descendentes. Via de regra: Os países do continente europeu adotam o critério sanguíneo historicamente é um continente de emigração). DIREITO CONSTITUCIONAL Nacionalidade originária no Brasil 1 - Critério territorial Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; Território brasileiro: - Material: solo, subsolo, águas internas, espaço aéreo, mar territorial (12 milhas náuticas) - Por extensão: navios e aeronaves públicos onde quer que estejam; navios e aeronaves privados se estiverem dentro do Brasil ou alto-mar. Obs: a embaixada não é extensão do território do país. Ela goza de inviolabilidade por questões de soberania. DIREITO CONSTITUCIONAL Nacionalidade originária no Brasil 2 - Critério Sanguíneo somado ao critério funcional Art. 12. São brasileiros: I - natos: b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; 3 - Critério Sanguíneo somado ao registro Art. 12. São brasileiros: I - natos: c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) Lei nº 6.015/73 – Lei de Registros Públicos DIREITO CONSTITUCIONAL Nacionalidade originária no Brasil 4 - Critério Sanguíneo somado a residência e opção confirmativa – nacionalidade potestativa Art. 12. São brasileiros: I - natos: c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) Obs: Não tem prazo para fixar residência Local para realizar a opção pela nacionalidade: Justiça Federal Trata-se a opção de um ato personalíssimo e somente pode ser feita após atingir a maioridade. CRF/88 Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; DIREITO CONSTITUCIONAL Naturalização Forma de aquisição da nacionalidade secundária, a Constituição prevê o processo de naturalização, que dependerá tanto da manifestação de vontade do interessado como da aquiescência estatal, que, através de ato de soberania, de forma discricionária, poderá ou não atender à solicitação do estrangeiro ou apátrida. - Naturalização tácita ou grande naturalização (Não foi adotada pela CRF/88) CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL ( DE 24 DE FEVEREIRO DE 1891) [...] Art 69 - São cidadãos brasileiros: 4º) os estrangeiros, que achando-se no Brasil aos 15 de novembro de 1889, não declararem, dentro em seis meses depois de entrar em vigor a Constituição, o ânimo de conservar a nacionalidade de origem; DIREITO CONSTITUCIONAL Naturalização - Naturalização expressa: CRF/88 e na Lei nº 6.815/1980 • Ordinária • Extraordinária (Quinzenal) Compõe-se a naturalização de duas fases: - Administrativa (Ministério da Justiça) - Judicial (Justiça Federal) O momento exato da naturalização é a entrega do certificado de naturalização pela Justiça Federal. LEI Nº 6.815, DE 19 DE AGOSTO DE 1980. [...] Art. 115. O estrangeiro que pretender a naturalização deverá requerê-la ao Ministro da Justiça, declarando: nome por extenso, naturalidade, nacionalidade, filiação, sexo, estado civil, dia, mês e ano de nascimento, profissão, lugares onde haja residido anteriormente no Brasil e no exterior, se satisfaz ao requisito a que alude o artigo 112, item VII e se deseja ou não traduzir ou adaptar o seu nome à língua portuguesa. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) § 1º. A petição será assinada pelo naturalizando e instruída com os documentos a serem especificados em regulamento. (Incluído pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) DIREITO CONSTITUCIONAL NaturalizaçãoOrdinária Estrangeiros que preencham os requisitos legais e os oriundos de países de língua portuguesa CRF/88 Art. 12. São brasileiros: II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; DIREITO CONSTITUCIONAL LEI Nº 6.815, DE 19 DE AGOSTO DE 1980. Art. 112. São condições para a concessão da naturalização: (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) I - capacidade civil, segundo a lei brasileira; II - ser registrado como permanente no Brasil; III - residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de quatro anos, imediatamente anteriores ao pedido de naturalização; IV - ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; V - exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família; VI - bom procedimento; VII - inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por crime doloso a que seja cominada pena mínima de prisão, abstratamente considerada, superior a 1 (um) ano; e VIII - boa saúde. § 1º não se exigirá a prova de boa saúde a nenhum estrangeiro que residir no País há mais de dois anos. (Incluído pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) DIREITO CONSTITUCIONAL Naturalização extraordinária (Quinzenária) Estrangeiros de qualquer nacionalidade. É INTRANSFERÍVEL. CRF/88 Art. 12. São brasileiros: II - naturalizados: b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) Entendimento doutrinário: preenchidos os requisitos a pessoa teria direito à naturalização. DIREITO CONSTITUCIONAL Outros casos de naturalização (Estatuto do Estrangeiro) a) Radicação precoce b) Conclusão de curso superior Art. 115. O estrangeiro que pretender a naturalização deverá requerê-la ao Ministro da Justiça, declarando: nome por extenso, naturalidade, nacionalidade, filiação, sexo, estado civil, dia, mês e ano de nascimento, profissão, lugares onde haja residido anteriormente no Brasil e no exterior, se satisfaz ao requisito a que alude o artigo 112, item VII e se deseja ou não traduzir ou adaptar o seu nome à língua portuguesa. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) § 2º. Exigir-se-á a apresentação apenas de documento de identidade para estrangeiro, atestado policial de residência contínua no Brasil e atestado policial de antecedentes, passado pelo serviço competente do lugar de residência no Brasil, quando se tratar de: (Incluído § e incisos pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) I - estrangeiro admitido no Brasil até a idade de 5 (cinco) anos, radicado definitivamente no território nacional, desde que requeira a naturalização até 2 (dois) anos após atingir a maioridade; II - estrangeiro que tenha vindo residir no Brasil antes de atingida a maioridade e haja feito curso superior em estabelecimento nacional de ensino, se requerida a naturalização até 1 (um) ano depois da formatura. DIREITO CONSTITUCIONAL Art. 116. O estrangeiro admitido no Brasil durante os primeiros 5 (cinco) anos de vida, estabelecido definitivamente no território nacional, poderá, enquanto menor, requerer ao Ministro da Justiça, por intermédio de seu representante legal, a emissão de certificado provisório de naturalização, que valerá como prova de nacionalidade brasileira até dois anos depois de atingida a maioridade. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) Parágrafo único. A naturalização se tornará definitiva se o titular do certificado provisório, até dois anos após atingir a maioridade, confirmar expressamente a intenção de continuar brasileiro, em requerimento dirigido ao Ministro da Justiça. Art. 117. O requerimento de que trata o artigo 115, dirigido ao Ministro da Justiça, será apresentado, no Distrito Federal, Estados e Territórios, ao órgão competente do Ministério da Justiça, que procederá à sindicância sobre a vida pregressa do naturalizando e opinará quanto à conveniência da naturalização. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) DIREITO CONSTITUCIONAL Português residente no Brasil a) Naturalizar brasileiro: residência por 1 ano somada a idoneidade moral (Regra: perde a nacionalidade portuguesa) b) Requerer equiparação: alcancará todos os direitos de um brasileiro naturalizado, mas continua sendo português – “Português Equiparado.” Obs: Para que isso ocorra Portugal deve dar o mesmo tratamento aos brasileiros. Art. 12 [...] II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) DIREITO CONSTITUCIONAL DECRETO Nº 3.927, DE 19 DE SETEMBRO DE 2001. Promulga o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22 de abril de 2000. Art. 1o O Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, celebrado em Porto Seguro, em 22 de abril de 2001, apenso por cópia ao presente Decreto, será executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém. Art. 2o São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Tratado, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 19 de setembro de 2001; 180o da Independência e 113o da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Luiz Felipe de Seixas Corrêa DIREITO CONSTITUCIONAL Brasileiros natos e naturalizados - Somente a CRF/88 pode diferenciar brasileiros natos de naturalizados. Art. 12 [...] § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. Diferença quanto a: - Propriedade - Extradição - Funções - Cargos DIREITO CONSTITUCIONAL Brasileiros natos CARGO Art. 12 [...] § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) DIREITO CONSTITUCIONAL Brasileiros natos FUNÇÕES Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; VI - o Ministro da Justiça; VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução. DIREITO CONSTITUCIONAL Brasileiros natos FUNÇÕES Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático,e dele participam como membros natos: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - o Ministro da Justiça; V - o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) VI - o Ministro das Relações Exteriores; VII - o Ministro do Planejamento. VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) DIREITO CONSTITUCIONAL Brasileiros natos EXTRADIÇÃO É a remessa de uma pessoa para outro país para que lá seja processada ou cumpra pena. BRASILEIRO NATO NÃO PODE SER EXTRADITADO Brasileiro Naturalizado poderá ser extraditado: - Crime comum anterior antes da naturalização - Tráfico de drogas DIREITO CONSTITUCIONAL Brasileiros natos PROPRIEDADE Propriedade de empresas jornalísticas Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) § 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) § 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de comunicação social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) DIREITO CONSTITUCIONAL PERDA DA NACIONALIDADE - Ação para cancelamento da naturalização (Somente para brasileiros naturalizados) • Tramitação: Justiça Federal • Autor: Ministério Público Federal • Motivação: prática de uma atividade nociva ao interesse nacional • Momento da perda: sentença transitada em julgado • Somente poderá readquirir a nacionalidade mediante ação rescisória CRF/88 Art. 12 [...] § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; DIREITO CONSTITUCIONAL PERDA DA NACIONALIDADE - Aquisição voluntária de outra nacionalidade • Válido para brasileiros natos e naturalizados • Momento da perda: é um decreto do Presidente da República do Brasil (a perda não é automática) • Poderá readquirir a nacionalidade brasileira mediante decreto presidencial, desde que residente no Brasil. CRF/88 Art. 12 [...] § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) DIREITO CONSTITUCIONAL DUPLA NACIONALIDADE - Aquisição de outra nacionalidade originária (adquirida pelo nascimento) Ex: filho de italiano, nascido no Brasil. Art. 12 § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) - Quando o país estrangeiro exige a naturalização como condição de permanência no país ou para exercer algum direito Art. 12 § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) DIREITO CONSTITUCIONAL EXPULSÃO Lei nº 6.815/1980 [...] Art. 65. É passível de expulsão o estrangeiro que, de qualquer forma, atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranqüilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) Parágrafo único. É passível, também, de expulsão o estrangeiro que: a) praticar fraude a fim de obter a sua entrada ou permanência no Brasil; b) havendo entrado no território nacional com infração à lei, dele não se retirar no prazo que lhe for determinado para fazê-lo, não sendo aconselhável a deportação; c) entregar-se à vadiagem ou à mendicância; ou d) desrespeitar proibição especialmente prevista em lei para estrangeiro. Art. 66. Caberá exclusivamente ao Presidente da República resolver sobre a conveniência e a oportunidade da expulsão ou de sua revogação. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) Parágrafo único. A medida expulsória ou a sua revogação far-se-á por decreto. DIREITO CONSTITUCIONAL DEPORTAÇÃO É a devolução de estrangeiro ao exterior em decorrência de casos de entrada ou estada irregular, caso aquele não se retire voluntariamente do território nacional no prazo fixado. Consubstancia-se verdadeira saída compulsória do estrangeiro, para o país de sua nacionalidade ou de procedência, ou para outro que consinta recebê-lo. DECRETO No 86.715, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1981. Regulamenta a Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração e dá outras providências [...] Art . 98 - Nos casos de entrada ou estada irregular, o estrangeiro, notificado pelo Departamento de Polícia Federal, deverá retirar-se do território nacional: I - no prazo improrrogável de oito dias, por infração ao disposto nos artigos 18, 21, § 2º, 24, 26, § 1º, 37, § 2º, 64, 98 a 101, §§ 1º ou 2º do artigo 104 ou artigos 105 e 125, Il da Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980; II - no prazo improrrogãvel de três dias, no caso de entrada irregular, quando não configurado o dolo. § 1º - Descumpridos os prazos fixados neste artigo, o Departamento de Polícia Federal promoverá a imediata deportação do estrangeiro. § 2º Desde que conveniente aos interesses nacionais, a deportação far-se-á independentemente da fixação dos prazos de que tratam os incisos I e II deste artigo. Art . 99 - Ao promover a deportação, o Departamento de Polícia Federal lavrará termo, encaminhando cópia ao Departamento Federal de Justiça. DIREITO CONSTITUCIONAL EXPULSÃOEXPULSÃOEXPULSÃOEXPULSÃO ESTRANGEIROESTRANGEIROESTRANGEIROESTRANGEIRO UNILATERALUNILATERALUNILATERALUNILATERAL DEPORTAÇÃO ESTRANGEIRO UNILATERAL EXTRADIÇÃO ESTRANGEIRO BRASILEIRO NATURALIZADO BILATERAL EXTRADIÇÃO ATIVA = o requerimento de entrega é feito pelo Brasil ao Estado estrangeiro EXTRADIÇÃO PASSIVA = o requerimento de entrega é formalizado pelo Estado estrangeiro ao Estado brasileiro DIREITO CONSTITUCIONAL Medida Provisória não pode versar sobre direito de nacionalidade. O tema somente pode ser tratado por lei federal. O ENVIO COMPULSÓRIO DE BRASILEIROS AO ESTRANGEIRO, CARACTERIZADO COMO PENA DE BANIMENTO, É INADMITIDO PELO ORDENAMENTO JURÍDICO PÁTRIO (Art 5º, XLVII, ‘d’, da CRF/88) DIREITO CONSTITUCIONAL CRF/88 Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. [...] § 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. DIREITO CONSTITUCIONAL
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