Buscar

1º Roteiro Crimes Hediondos (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Roteiro- Lei dos Crimes Hediondos- lei 8072/90 
- hediondo: repugnante, bárbaro ou asqueroso. 
- idéia da lei: tratamento mais severo para crimes considerados de maior 
gravidade 
- art. 5º, XLIII da CF:“a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de 
graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo 
os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem” 
 
- O rol da Lei 8072/90 é taxativo (a lei determina expressamente quais são estes 
delitos) 
 
- São considerados hediondos (consumados ou tentados): 
 
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 
121, § 2o, I, II, III, IV, V, VI e VII); 
- questão do homicídio privilegiado-qualificado. Doutrina e jurisprudência 
majoritária entendem que não. 
 
“STJ - HC 36317 / RJ - PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 121, §§ 1º E 2º, INCISOS 
III E IV, DO CÓDIGO PENAL. PROGRESSÃO DE REGIME. CRIME HEDIONDO. Por 
incompatibilidade axiológica e por falta de previsão legal, o homicídio qualificado-
privilegiado não integra o rol dos denominados crimes hediondos (Precedentes). 
Writ concedido” 
 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão 
corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade 
ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do 
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da 
função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; 
 
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); 
- resultado morte. Súmula 610 do STF ("Há crime de latrocínio, quando o 
homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens 
da vítima.") 
- se o homicídio não se consuma: a doutrina divide-se quanto à correta 
tipificação na hipótese de tentativa do crime-meio (homicídio): a) 
classificação como roubo qualificado pelo resultado, quando ocorra lesão 
corporal grave; b) classificação como latrocínio tentado; c) classificação 
como homicídio qualificado, na forma tentada, em concurso material com 
o roubo qualificado. 
 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); 
 
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 
lo, 2o e 3o); 
 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); 
 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); 
 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). 
- mesmo que apenas de 01 pessoa; 
 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a 
fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a 
redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). 
 
- Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto 
nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou 
consumado. 
 - a competência do TPI 
 - físico (assassinato e atos que causem a morte); biológico (esterilização, 
separação de membros do grupo) e cultural (atentados contra o direito ao uso da 
própria língua; destruição de monumentos e instituições de arte, história ou ciência 
 
- Equiparados: tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas e terrorismo 
- Os hediondos e equiparados são insuscetíveis de anistia, graça e indulto; 
fiança. 
 -anistia: “esquecimento” jurídico; É atribuição do Congresso 
Nacional, por meio de lei federal, a concessão da anistia. Todos os efeitos de 
natureza penal deixam de existir; causa extintiva da punibilidade do agente. 
Obs: julgamento da lei da Anistia realizado em 2010 pelo STF 
 -graça: concessão de “perdão” pelo Presidente da República por 
meio de decreto. Trata-se de uma espécie de perdão estatal; causa extintiva da 
punibilidade. Graça é o indulto individual. 
 -indulto: concedido pelo Presidente da República por meio de 
decreto. É coletivo, pois possui um caráter de generalidade, ou seja, abrange 
várias pessoas. 
 
-A inclusão do indulto no artigo 2 º da lei dos crimes hediondos gerou 
discussões acerca da sua constitucionalidade, já que no art. 5º, inc. XLIII, da CF, 
proíbe, tão somente, a concessão de graça, a anistia e fiança. 
- Supremo Tribunal Federal firmou entendimento pela constitucionalidade 
do art. 2º, I, da lei 8.072/90 - ADI 2795 MC/DF.Entendeu tratar-se de exercício 
do poder discricionário do Presidente da República, limitado à vedação prevista 
no inciso XLIII, do art. 5º, da CF, de onde o artigo supracitado retira a sua 
validade. Foi argüido que o termo ‘graça’, previsto no dispositivo constitucional, 
abrange ‘indulto’ e ‘comutação de penas’. 
 
 
- Cumprimento de pena e liberdade 
- Recurso em caso de sentença condenatória: possibilidade de apelar em 
liberdade: mediante decisão fundamentada do magistrado; O Superior Tribunal 
de Justiça vem se manifestando no sentido de que somente será imposto ao réu 
o recolhimento provisório quando presentes as hipóteses do art. 312, do CPP. 
- Cumprimento de pena: inicialmente em regime fechado. 
- Progressão de regime: com o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o 
apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. 
 
- Prisão temporária (Lei 7.960/89) – prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por 
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
 
-Liberdade provisória: Súmula 697/STF, que diz: 
“A proibição da liberdade provisória nos processos por crimes hediondos 
não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo” 
 
-Há posicionamento no sentido de que , mesmo com a alteração na lei dos 
crimes hediondos, a proibição de liberdade provisória decorreria da 
inafiançabilidade prevista no art.5º, XLIII, da CF, ou seja, entende-se que se a 
liberdade provisória com fiança não é permitida, com mais razão não seria a 
liberdade provisória sem fiança. Neste sentido: HC 93.229/SP, do STF e o HC 
93591/MS, do STJ. 
- No que concerne aos crimes de tráfico de drogas, o art. 44 da lei 
11.343/06 veda de maneira expressa a concessão de liberdade provisória sem 
fixação de fiança aos delitos em comento. 
- STF tem entendido que a redação conferida ao art. 2º, II, da lei 
8.072/90, pela lei 11.464/07, não prepondera sobre o disposto no art. 44, da lei 
11343/06, que proíbe expressamente a concessão de liberdade provisória em se 
tratando de tráfico de drogas – HC 92495/PE: Informativo 508. 
 
- Possibilidade de Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de 
direito 
- No STF predominava o entendimento de que não era possível a 
substituição, já que o regime de cumprimento de pena no caso de condenação 
por crime hediondo era integralmente fechado; 
- o óbice legal apontado foi retirado do ordenamento jurídico. Com a 
alteração, admitindo a progressão de regime, pode-se argüir pela possibilidade 
de substituição da pena; 
 
 
- Liberdade condicional (art. 83 do CP): cumprimento de mais de 2/3 da pena, 
nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente 
específico em crimes dessa natureza. 
 - reincidência específica: 
1ª corrente- restritiva - O criminoso já condenado por um crime hediondo 
comete novamente o mesmo delito. 
2ª corrente- ampliativa – O criminoso após ser condenado por um dos 
crimes hediondos ou equiparado, comete qualqueroutro crime tratado na lei em 
estudo. 
 
-Obs. quanto às penas: 
 art. 9º As penas para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 
159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, 
caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e 
parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o 
limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das 
hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal. 
 
- Formação de quadrilha: previsão no art. 288 do CP. Mas a pena será de três a 
seis anos de reclusão quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. 
 
- Delação Premiada: o participante e o associado que denunciar à autoridade o 
bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida 
de um a dois terços. (art. 8º, § único).

Outros materiais