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estruturalismo americano

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Quando Falamos em Estruturalismo Americano se logo vem na mente um amplo espectro de trabalhos que foram realizados nos Estados UNidos da America entre as decadas de 1920 e 1950. 
Os interesses que marcaram o estruturalismo americano é de costume incluir projetos de linguistas que tentam exaustivamente descrever às linguas indiginas do continente. Uma tarefa de grande urgencia que tinha sido objeto de preocupacao ddesde a decada de 1920(por parte de autores como Franz Boas e Edward Sapir), e que as vezes confundiu com o plano de desenvolver métodos para o estudo de todas as linguas agrafas.
Diante das linguas a serem estudadas , os pesquisadores americanos desse periodo sentiram-se comprometidos em realixar uma tareda eminentemente descritiva, que deveria, tanto quanto possivel, evitar a interferencia dos conhecimentos previos do linguista. Essa orientacao correspomdioa a crenca de uqe cada lingua tem uma gramatica propria a qual se viu reforcada nos anos de 1950 pela simoaria que despertaram as teses relativistas de benjamim lee whorf segundo as quais as diferencas linguisticas determinam diferencas no modo como as varias culturas representam a realidade.
Leonard Bloomfield, fundador do estruturalismo norte-americano, formulou uma teoria que elabora um sistema aplicado à descrição sincrônica de toda e qualquer língua. Já vimos aqui sobre o estruturalismo europeu e sabemos que a língua é considerada por tal como um sistema de elementos interligados e estruturados. Para Bloomfield, para cada língua há uma estrutura específica constituída de três níveis na seguinte hierarquia:
Cada nível desses constitui unidades do nível seguinte, ou seja, no nível sintático, temos os morfemas (palavras) do nível morfológico; no nível morfológico, temos os fonemas do nível fonológico que constituem os morfemas. Para o linguista, a constituição de cada nível se dá mediante as regras específicas de cada língua, pois alguns idiomas não aceitam os morfemas numa ordem qualquer, enquanto outros permitem.
Já dá para notar a objetividade com que Bloomfield estudava a língua, principalmente, porque ele excluía a semântica dos estudos linguísticos. 
Outra preocupação do estruturalismo norte-americano era sobre a maneira como o indivíduo adquire a linguagem. A teoria que Bloomfield se apoiou para explicar a aquisição foi a psicologia Behaviorista, a qual explica o comportamento humano através de estímulos e respostas. No caso do conhecimento, o mesmo é sistematizado e não é possível apenas com a interferência interna, mas com estímulos externos. Sendo assim, a maneira mais eficiente de aprender, segundo o linguista, era por repetição.
Estruturalismo Americano
O surgimento do estruturalismo nos Estados Unidos foi condicionado pela análise descritiva das centenas de línguas ameríndias no final do século XIX. A necessidade de buscar princípios metodológicos apropriados para a análise dessas línguas, em grande parte desconhecidas e ágrafas (não escritas), resultou num enfoque antropológico e etnológico desses estudos. Os pesquisadores pretendiam reconstruir as civilizações primitivas, cujas estruturas lingüísticas consideravam indissociáveis do contexto social e cultural em que se haviam originado. Nesse sentido destacaram-se os trabalhos de Franz Boas e de seu discípulo Edward Sapir, que em Language (1921; Linguagem) ressaltou, como fizera Saussure, o caráter da linguagem como modelo geral e preparou o caminho da lingüística estrutural americana, cujo principal representante seria Leonard Bloomfield.
Em 1933, a publicação de um livro de Bloomfield, Language, marcou o início de uma nova era na lingüística e influiu nos trabalhos da escola distribucionalista (também denominada neobloomfieldiana) surgida depois dele. Para obter o máximo rigor científico no estudo da linguagem, Bloomfield adotou um enfoque behaviorista em sua análise lingüística e definiu a linguagem em termos de respostas a estímulos. O autor excluiu de suas considerações, quase completamente, alusões à significação ou à semântica.
O estruturalismo de Bloomfield era eminentemente analítico e descritivo e centrava-se no estudo da morfologia e da sintaxe: ao partir da frase como unidade máxima analisável, empregava métodos de redução que permitiam decompô-la em seus elementos constituintes imediatos, até chegar ao morfema, unidade mínima indivisível. Esse método de análise foi o principal objeto de pesquisa dos neobloomfieldianos ou distribucionalistas, os mais importantes dos quais foram Bernard Bloch, George L. Trager, Robert Anderson Hall e, especialmente, Zellig S. Harris, autor de um livro fundamental no estruturalismo americano, Methods in Structural Linguistics (1951; Métodos da lingüística estrutural).

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