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Resumo Processo Civil I P2

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PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial é o instrumento pelo qual o interessado invoca a atividade jurisdicional, fazendo surgir o processo. Nela, o interessado formula sua pretensão, o que acaba por limitar a atividade jurisdicional, pois o juiz não pode proferir sentença de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do demandado.
Indicação dos nomes, prenomes, estado civil, existência de união estável, profissão, domicílio e residência do autor e do réu.
 Indicação do fato e dos fundamentos jurídicos do pedido.
Indicação do pedido com as suas especificações:
Pedido Imediato: (Ex: sentença condenatória, declaratória, constitutiva, cautelar, executória etc).
Pedido Mediato: É um bem que o autor pretende conseguir com essa providência.
Pedido Alternativo: (art. 325/CPC) Ex: peço anulação do casamento ou separação judicial.
Pedido Cumulativo: (art. 397/CPC) desde que conexos os pedidos podem ser cumulados.
 Nas ações universais, o autor não pode definir o pedido porque há uma universalidade de bens. Ex: petição de herança. Em algumas ações não se pode definir o quantum debeatur. Ex: indenização de danos que estão sucedendo.
Valor da Causa: 
toda causa deve ter um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico (art. 291/CPC)
Indicação das provas pelo autor (art. 319, VI/CPC)
Tipos de provas:
a) Documental: fatos que são comprovados somente por escrito.
b) Pericial: fatos que dependem de parecer técnico.
c) Testemunhal: fatos demonstráveis por testemunhas.
 INSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL
O art. 320 determina que a petição será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação, inclusive com a procuração, caso o autor esteja representado por um advogado. 
a) substanciais: os expressamente exigidos por lei, por exemplo: art. 60 da Lei 8245/91, in verbis, "Nas ações de despejo fundadas no inciso IV do art. 9º, inciso IV do art. 47 e inciso II do art. 53, a petição inicial deverá ser instruída com prova da propriedade do imóvel ou do compromisso registrado".
b) fundamentais: os oferecidos pelo autor como fundamento de seu pedido, por exemplo: um contrato.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
Ao receber a petição inicial, o juiz irá examinar se ela atende a todos os requisitos da lei. Se faltar qualquer um deles ou se a petição estiver insuficientemente instruída, o juiz apontará a falta e dará o prazo de 10 dias para que o autor a emende ou a complete (art. 321/CPC).
Vindo a emenda ou sendo completada a inicial, o juiz ordenará a citação (art. 334/CPC), caso contrário a inicial é indeferida.
O indeferimento pode ocorrer por:
a) inépcia: reconhecimento de que a petição inicial não tem aptidão para obter a prestação jurisdicional reclamada em razão de ocorrer uma das hipóteses do art. 330/CPC.
b) prescrição de direito patrimonial: art. 330/CPC.
c) falta de um dos requisitos da lei e pela petição não ter sido emendada no prazo estipulado.
d) estar insuficientemente instruída e não ter sido completada no prazo estipulado.
Indeferida a petição, põe-se fim à relação processual (art. 203, 1.009 e 331/CPC), mas o autor pode apelar no prazo de 15 dias (art. 1.003/CPC) e o juiz pode reformar sua decisão. Se não o fizer, manterá o indeferimento e encaminhará os autos ao tribunal (art. 331, §1°/CPC).
PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
A Lei 8.952/94 inseriu a possibilidade de se pedir a antecipação dos efeitos da sentença que é buscada através da ação. A antecipação deve ser requerida pela parte e deve haver prova inequívoca que convença o julgador da verossimilhança da alegação. Porém, não basta pedir a antecipação dos efeitos da tutela, é necessário que se demonstre tais requisitos.
Devemos observar que a tutela antecipada diverge das medidas cautelares, pois aquela serve para proteger o direito violado, enquanto estas servem para proteger o processo.
A antecipação da tutela é provisória, pois o juiz pode modificá-la ou revogá-la a qualquer momento (art. 296/CPC).
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
O Código está dizendo que se não houver a necessidade de produção de provas, ou de quaisquer uma que não seja aquelas das já produzidas com a petição inicial. Assim o Juiz independentemente da citação do réu, vai poder julgar liminarmente improcedente o pedido que contrariar.
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
Esse inciso não trata somente das Súmulas Vinculantes do STF, mas também de qualquer outra Súmula, tanto do STF como do STJ. A intenção do legislador a firmar este dispositivo foi dar aos julgamentos do STF e STJ a força que a Jurisprudência necessita para estabelecer o Direito.
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
Mais uma vez o Código está falando da necessidade de preservação do entendimento do STJ e do STF, nas causas em que tenham efeitos para além das partes, ou seja, quando se trata de recurso repetitivo o que se está julgando é o julgamento de uma questão para além daquele caso.
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
Neste caso, da mesma forma que nos incisos anteriores, a força do direito jurisprudencial, então o pedido do autor deve ser de acordo com entendimentos dos Órgão Superiores.
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
Neste caso sempre que um Tribunal de Justiça Estadual, analisando legislação local do seu Estado, firmar um enunciado de Súmula, firmar um entendimento em um determinado sentido, é fundamental que os Juízes de primeira instância sigam o mesmo entendimento.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
Sempre que o Juiz reconhece que ocorreu decadência ou prescrição ele estará analisando o mérito da causa, por isso que se fala em improcedência.
§ 2o Não interposta à apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
Trás a disposição de que o réu somente tomará ciência da existência daquele pedido que foi formulado e daquela sentença que resolveu pela improcedência do pedido formulado pelo autor depois da decisão e depois de ter transcorrido o prazo para recurso, se houver recurso, o réu será citado e intimado para que apresente as suas contrarrazões de recurso, se não houver recurso, se o autor se conformar com a decisão proferida pelo Juiz no sentido da sua improcedência liminar, o réu somente será intimado depois do transcurso do prazo, depois que não houver mais um meio de impugnação daquela decisão, depois que já houve coisa julgada.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
Então com as razões recursais se ele se convencer do contrário daquilo que consta em sua decisão de improcedência liminar do pedido, vai poder retratar-se em um prazo de 5 dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Havendo retratação, o Juiz determina o prosseguimento do feito em primeira instância determina a citação do réu para que então o processo possa seguir na primeira instância.
Se não houver retratação, o que o Juiz deve fazer é determinar a citação do réu para que ele faça as suas contrarrazões ao recurso de apelação apresentado pelo autor, neste caso o réu não é intimado para apresentar contrarrazões, ele é citado porque pela primeira vez, terá contato com aquele processo, por isso que neste caso o parágrafo 4º do artigo 332 fala em citação porque é o primeiro contato que o réu vai ter com aquela demanda, então o primeiro ato de comunicação aoréu deve ser a citação, para que apresente as contrarrazões, e uma vez apresentadas para o Tribunal para exame de admissibilidade do seu exame de Mérito.
OPOSIÇÃO
A oposição é regulada pelos artigos 56 a 61, que tratam do  ingresso de terceiro, em processo pendente, nos casos em que objetive, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu.
Apesar de estar inserida nesse capítulo, não se caracteriza, tecnicamente, como intervenção de terceiro, porquanto, quando o opoente participa do processo, formula ação própria, e exerce papel de parte, desnaturando a ideia e a condição de terceiro. 
Constitui-se em uma demanda pela qual aquele que pretende, no todo ou em parte, a coisa ou direito sobre que pende demanda entre outras pessoas, vem propor sua ação contra elas, para fazer valer direito próprio incompatível com o direito das partes ou de uma delas.
Como exemplo, temos a ação em que A cobra de B determinado crédito, podendo C entrar com oposição, alegando ser seu o crédito em litígio.
 Finalidade  e justificação
A oposição assegura economia processual, e oportuniza ao opoente se valer do processo já instaurado para nele incluir a sua demanda excludente da demanda do autor da ação principal ou da reconvenção do réu.
O opoente possui a faculdade de propor a oposição ou aguardar o desfecho da demanda entre autor e réu, para depois de terminada,  pleitear seu direito, em ação autônoma. O precedente formado sem a presença do opositor acarreta-lhe o ônus de também convencer o juiz do desacerto do julgado anterior.
A autonomia dos opostos
Um dos opostos confessar os fatos ou transigir, não prejudicará o outro. O reconhecimento da procedência da oposição por um dos opostos não exerce influência sobre a ação principal, cujo processo continuará até seu desfecho, tendo em vista a autonomia que tem a ação principal em relação à oposição.
 Pressupostos de admissibilidade
a) litispendência do processo principal; 
b) que o opoente objetive a coisa ou direito sobre o qual controvertem autor e réu; 
c) só pode ser admitida até a sentença de primeiro grau; 
d)  deve atender os requisitos da petição inicial ( 282 e 283, CPC).
Conclusão
A oposição é demanda facultada a terceiro para ingressar  em processo de conhecimento, alheio,  objetivando,  no todo ou em parte, a coisa ou o direito controvertidos.
Se o terceiro não promover a oposição, ainda assim, poderá utilizar-se de demanda autônoma posteriormente.  Se agir apenas no final, corre o risco de sofrer danos dos efeitos ultra partes da sentença,  e, certamente, ainda,  terá  o ônus de  convencer o juiz do desacerto do julgado anterior. Via de regra, a oposição proporciona economia processual.
Oposição Interventiva, incompatível, convergente.
A oposição é interventiva, se deduzida antes de iniciada a audiência, ou autônoma, se promovida depois da audiência.   Em ambas, os opostos possuem autonomia de ação e as demandas seguem procedimentos diferentes.
A oposição é incompatível com a ação civil pública e com a ação direta de constitucionalidade ou inconstitucionalidade. Não cabe no procedimento sumário ( salvo para contrato de seguro ),  e nos processos de competência do Juizado Especial Cível. Inadmitida, ainda, nos processos de execução, nos embargos à execução e no processo cautelar.   Não vem sendo aceita em “juízos universais”, que abrangem número indefinido de pessoas, como é o caso da ação de usucapião.
As oposições convergentes ( várias oposições pleiteando no mesmo processo,  o bem querido pelo autor oposto ) geralmente são aceitas.  Já as   oposições sucessivas (oposição à oposição) podem não ser admitidas se comprometerem a celeridade e  o desenvolvimento normal do processo.
A oposição não se confunde com a ação de embargos de terceiro, pois nessa o embargante postula provimento jurisdicional que afaste constrição judicial, enquanto naquela o opoente visa sentença de mérito que exclua o  direito ou a coisa sobre o qual controvertem autor e réu.

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