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Unidade IV INTRODUÇÃO AO AGRONEGÓCIO Prof. Rogério Traballi O mundo econômico agrícola Fonte: Autoria própria. O mundo econômico agrícola Aproximadamente 70% de toda a água do mundo é utilizada para práticas agrícolas. Na irrigação agrícola, a quantidade é tão significativa que seria capaz de atingir as necessidades de água doméstica de 9 bilhões de pessoas, ou seja, abasteceria todas as pessoas do mundo e ainda sobraria água. O mundo econômico agrícola Fonte: Autoria própria. O mundo econômico agrícola A produção de gado utiliza cerca de 70% de terras agrícolas, 30% das terras do mundo e é responsável pela emissão de 18% das emissões de gases estufa. 75% das pessoas em condições de pobreza vivem em áreas rurais. 2,5 bilhões dos habitantes rurais desenvolvem atividades agrícolas e 1,5 bilhão deles vive em pequenas propriedades. Diante de todo esse cenário, qual é a importância dos profissionais do agronegócio? Quais caminhos devem ser seguidos para melhorar e reverter os dados apresentados? Potencial do agronegócio Fonte: Autoria própria. Potencial do agronegócio Seguindo os moldes da sustentabilidade, os incentivos à agricultura sustentável garantiriam maiores resultados sociais, econômicos e ambientais. Os pequenos produtores, responsáveis por grande parte da produção do alimento do nosso país e que ocupam quase um terço da população mundial, ainda têm um potencial inexplorado, uma vez que, segundo previsões, a demanda global por alimentos deve aumentar em 70% até 2050. Para que essa meta seja concretizada, é necessário fornecer acesso a bens, mercados, gerenciamento de crédito e risco (como seguro da safra e proteção social), pesquisa e tecnologia a esses pequenos produtores. Incentivo ao agronegócio Fonte: Autoria própria. Incentivo ao agronegócio Os investimentos deverão ser feitos por meio do financiamento de soluções inovadoras por parte do setor privado e da parceria entre os setores público-privados. Por isso, instituições como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Grupo Consultivo de Pesquisa Agrícola Internacional e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola são de extrema importância para a discussão e a resolução de questões problemáticas envolvendo a área agrícola. Cooperação internacional para o agronegócio Fonte: Autoria própria. Cooperação internacional para o agronegócio Uma revolução agrícola sustentável precisará de esforços renovados para reduzir as barreiras ao comércio internacional de produtos agrícolas, ou seja, nesse aspecto, pode-se analisar a importância da Organização Mundial do Comércio (OMC), particularmente a conclusão da rodada de desenvolvimento de Doha. Rodada Doha – principal elemento do comércio mundial Fonte: UIPI Rodada Doha A Rodada Doha (principal elemento do comércio mundial), é uma sequência de exaustivas negociações entre as maiores potências comerciais do mundo, com o objetivo de diminuir as barreiras comerciais, focando o livre comércio. Leva o nome de Doha, capital do Qatar, porque foi nessa cidade que os países deram início às discussões sobre a abertura do comércio mundial. Países em desenvolvimento esperam que a União Europeia e os Estados Unidos diminuam os subsídios, proporcionando a redução dos custos de produção. Os países desenvolvidos esperam, em troca, a abertura aos produtos industrializados europeus e americanos. Importância da extensão rural Fonte: Autoria própria. Importância da extensão rural Um ponto que merece especial atenção é a atualização dos serviços de extensão, que precisam ser sensíveis às condições locais e culturais, como o fato de que a maior parte dos pequenos agricultores é composta por mulheres e há uma forte ênfase na introdução de inovações sustentáveis e de investimentos muito maiores em pesquisa e desenvolvimento agrícolas. Importância da pesquisa para a produtividade Fonte: Autoria própria. Importância da pesquisa para a produtividade O Brasil teve grande destaque no setor agrícola e ganhou notoriedade internacional. A Embrapa deu sua contribuição nessa conquista marcante, pois apoiou as pesquisas e contribuiu para a mudança e para a melhoria da produção agrícola brasileira. Por meio de investimentos em pesquisa, o Brasil aumentou sua produção em aproximadamente 70%, saltando de menos de 90 milhões para quase 150 milhões. Isso contando que a área plantada no Brasil aumentou de 40 milhões de hectares para pouco menos de 50 milhões. Com isso, contrariando as previsões dos “agropessimistas”, houve aumento da produtividade do Brasil, que passou a ser considerado um modelo a ser seguido por países em condições semelhantes. Organização Mundial do Comércio (OMC) Fonte: Ricerca tramite immagine Organização Mundial do Comércio (OMC) A OMC é uma organização que tem a função de supervisionar e liberalizar o comércio internacional, trabalhando para a regulamentação do comércio entre os seus países-membros e fornecendo uma estrutura para negociação e formalização de acordos comerciais para um processo de resolução de conflitos, visando reforçar a adesão dos participantes aos acordos da OMC, que são assinados pelos representantes dos governos dos Estados Unidos e ratificados pelos parlamentos nacionais. Interatividade O que é a Rodada Doha? a) É uma forma de simular negociações entre as maiores potências comerciais do mundo. b) É uma sequência de reuniões que justificam milhares de dólares gastos para sua realização. c) Negociações entre as menores potências do mundo, com o objetivo de criar barreiras comerciais, focando na independência de seu comércio. d) É uma série de negociações entre as maiores potências comerciais do mundo, tem o objetivo de diminuir as barreiras comerciais, focando no livre comércio. e) Nenhuma das anteriores. Gerenciamento de recursos Fonte: Autoria própria. Revolução Verde do século XXI: gerenciamento de recursos A Revolução Verde foi um programa que teve início em meados do século XX, quando o governo mexicano convidou a Fundação Rockefeller a fazer estudos sobre a fragilidade de sua agricultura. A partir daí, cientistas criaram novas variedades de milho e trigo de alta produtividade que fizeram o México aumentar de forma vertiginosa sua produção. Essas sementes foram, em seguida, introduzidas e cultivadas em outros países, também com ótimos resultados. Gerenciamento de recursos Fonte: Autoria própria. Revolução Verde do século XX: gerenciamento de recursos Esse ciclo de inovações iniciou-se com os avanços tecnológicos do pós-Segunda Guerra Mundial e, desde essa época, pesquisadores de países industrializados prometiam, por meio de um conjunto de técnicas, aumentar consideravelmente as produtividades agrícolas e resolver o problema da fome nos países em desenvolvimento. No entanto, ao contrário do que se esperava, além de não resolver o problema da fome, aumentou a concentração fundiária e a dependência de sementes modificadas, alterando significativamente a cultura dos pequenos proprietários. Revolução Verde: introdução dessas técnicas em países menos desenvolvidos. Fonte: Autoria própria. Consequências da Revolução Verde A introdução dessas técnicas em países menos desenvolvidos provocou um aumento brutal na produção agrícola de países não industrializados, como o Brasil e a Índia. Aqui, passou-se a desenvolver tecnologia própria, tanto em instituições privadas quanto em agênciasgovernamentais (como a Embrapa) e universidades. A partir da década de 1990, a disseminação dessas tecnologias em todo o território nacional permitiu que o Brasil vivesse um surto de desenvolvimento, com o aumento da fronteira agrícola, a disseminação de culturas em que o país é recordista de produtividade (como soja, milho, algodão, entre outros), atingindo recordes de exportação. Há quem chame esse período da história brasileira de Era do Agronegócio. Consequências da Revolução Verde: a agricultura tornou-se altamente dependente de insumos baseados em combustíveis fósseis Fonte: Autoria própria. Consequências da Revolução Verde Apesar de a Revolução Verde ter evitado a fome em massa, também levou a uma maior pressão sobre os recursos que têm sido, desde então, reconhecidos como insustentáveis. A agricultura tornou-se altamente dependente de insumos baseados em combustíveis fósseis e, em consequência, vulnerável aos altos preços do petróleo. Também frequentemente usou água prodigamente, de modo que ela é, agora, responsável por 70% do uso global de água doce. Agora, faz-se necessária uma Revolução Verde do século XXI, que não apenas aumente a produtividade, mas também reduza drasticamente a intensidade dos recursos e, ao mesmo tempo, proteja a biodiversidade. Crescimento verde Fonte: Autoria própria. Crescimento verde O crescimento verde, conceito pioneiro, desenvolvido na República da Coreia e em outros países, visa promover o crescimento e o desenvolvimento econômico ao mesmo tempo em que assegura que os recursos naturais e serviços ambientais sejam protegidos e mantidos. A abordagem privilegia a tecnologia e a inovação – desde os sistemas smart grid e de iluminação de alta eficiência até as energias renováveis, inclusive energia solar e geotérmica – e também objetiva aumentar os incentivos para o desenvolvimento e a inovação da tecnologia. Nova revolução agrícola Fonte: Autoria própria. Nova revolução agrícola A nova revolução agrícola deve se concentrar na intensificação sustentável (práticas com baixos insumos externos, emissões e resíduos) e na diversificação das culturas e resiliência à mudança climática. Novas biotecnologias verdes podem desempenhar um papel valioso ao permitir aos agricultores a adaptação à mudança climática, melhorar a resistência contra pragas e doenças, restaurar a fertilidade do solo e contribuir para a diversificação da economia rural. Importância da pesquisa Fonte: Autoria própria. Importância da pesquisa Se os governos e as organizações internacionais concentrassem esforços em criar uma nova Revolução Verde – uma “revolução sempre verde” – para o século XXI, ampliando investimentos em pesquisa e desenvolvimento agrícola, para assegurar que pesquisas avançadas sejam rapidamente levadas do laboratório para o campo, seria possível dobrar a produtividade, diminuir drasticamente o uso de recursos e evitar a perda adicional de biodiversidade, reduzindo as perdas do solo, o esgotamento e a contaminação da água. Participação governamental Fonte própria Fonte: Autoria própria. Participação governamental Os governos poderiam trabalhar para chegar a um acordo sobre os princípios globais para negócios sustentáveis e responsáveis, fazendo investimentos em terras e água, incluindo esforços contínuos para promover o Investimento Agrícola Responsável (IAR) e dando ênfase particular na proteção dos direitos dos menos favorecidos enquanto visa atingir a sustentabilidade ambiental. Para que essa nova revolução ocorra, os governos precisam estabelecer e aumentar os esquemas de gerenciamento integrado de recursos hídricos, tendo em mente que a água tem papéis multifacetados, incluindo bebida, saneamento, indústria, agricultura e energia. Moçambique Fonte: https://terrasdemozambique.wordpress.com/2012/08/22/mocambique-construcao-de-um- estado-socialista-problemas-decorrentes-e-atualidade/#jp-carousel-480 Exemplo de empreendimento em energia alimentar, em Moçambique Várias empresas privadas criaram uma parceria com as autoridades locais de Moçambique para estabelecer um novo negócio de energia alimentar integrado que substituirá milhares de fornos à base de carvão por fornos de etanol, mais limpos. O modelo de negócio pretende aumentar a renda dos agricultores, proteger aproximadamente 9.000 acres de florestas nativas todos os anos e reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa. Visa, também, suprir 20% dos domicílios locais na capital, Maputo, com uma alternativa ao carvão, limpa e competitiva, que ajuda a proteger vidas da perigosa fumaça da queima da lenha. Moçambique Fonte: Autoria própria. Exemplo de empreendimento em energia alimentar, em Moçambique O objetivo é proporcionar aos fazendeiros a oportunidade de fazer a transição da agricultura de corte, queima e produção de carvão para o cultivo de diversos produtos agrícolas e árvores. A produção de uma linha mais diversificada de produtos alimentares, bem como o uso de etanol para cozinhar, feito de mandioca, a ser vendido nos mercados urbanos, deverá melhorar significativamente os níveis de renda e nutrição, ao mesmo tempo em que reabilitará os solos degradados e melhorará a biodiversidade. Gerenciamento de riscos no agronegócio Fonte: Autoria própria. Gerenciamento de riscos no agronegócio Risco é aquilo que não se pode ter certeza quanto ao resultado, quando, apesar de fazer algo esperando um resultado, há possibilidades de que eles não sejam atingidos. Um gerenciamento de risco (GRIS) realiza-se com a adoção de melhores práticas de infraestrutura, políticas e metodologias, permitindo uma melhor gestão dos limites de risco aceitáveis do capital, da precificação e do gerenciamento da carteira. Ganhos consideráveis tornam-se possíveis com o gerenciamento de risco, no aceite de oportunidades de investimentos não tão atrativos sem o conhecimento prévio dos riscos e de suas medidas. Gerenciamento de riscos no agronegócio Fonte: Autoria própria. Gerenciamento de riscos no agronegócio Gerenciar riscos no agronegócio é entender como ele funciona e quais são os setores que estão mais suscetíveis a fatores externos, que não podem ser facilmente resolvidos, mas que podem ser mitigados se apoiados de forma coerente no cenário que se apresenta. O risco de produção deve ser reduzido por meio da tecnologia, processos e informações cada vez mais aperfeiçoados. Essa é a essência do trabalho do zoneamento agropecuário conduzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com a participação de diversas entidades de pesquisa. Interatividade O que é crescimento verde? a) É fazer com que plantas e todas as matérias vegetais cresçam o máximo que a genética permite. b) Promover o crescimento e o desenvolvimento econômico, ao mesmo tempo em que se assegura que os recursos naturais e os serviços ambientais serão protegidos e mantidos. c) Utilizar fertilizantes para aumentar a produtividade. d) Expandir as áreas verdes do planeta. e) Fazer com que todos tenham acesso a um ambiente natural. Tecnologia no agronegócio Fonte: Autoria própria. Tecnologia no agronegócio Lembre-se de como era a sua vida sem celular. Parece que faz muito tempo que isso aconteceu. Hoje, ele está tão integrado ao nosso cotidiano que fica até difícil lembrar de como era a vida sem essa tecnologia. Produtos e processos inovadores têm, historicamente, mudado vidas de milhões de pessoas para melhor, algunsexemplos são as vacinas, variedades de grãos mais produtivos e a própria internet. Tecnologia no agronegócio Fonte: Autoria própria. Tecnologia no agronegócio A globalização criou um clima de inovação favorável e os estrategistas empresariais têm mais oportunidades do que nunca para escolher as melhores práticas e recursos em todo o mundo e combiná-los de maneiras novas e inéditas. Nos próximos dez anos, veremos a chegada de uma avalanche de inovação tecnológica, particularmente nas áreas de Biotecnologia, Genética, Ciência da Computação, uso e eficiência de energia e recursos. Tecnologia e sustentabilidade Fonte: Autoria própria. Tecnologia e sustentabilidade Muitas dessas tecnologias poderiam ter funções altamente positivas, ajudando a impulsionar o desenvolvimento sustentável, por exemplo, melhorando a produtividade dos recursos, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e facilitando o acesso a serviços básicos, como água, energia e alimentação. Sistemas smart grid e tecnologias que economizam energia, bem como sistemas de energia renováveis, são exemplos promissores. Esforços globais Fonte: Autoria própria. Esforços globais Mais tecnologias serão desenvolvidas e penetrarão mais profundamente por meio da cooperação internacional. Em Cancun, México e Durban, África do Sul, no contexto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, os governos designaram o Centro e Rede de Tecnologia Climática para desenvolver e promover a difusão de tecnologias ambientalmente saudáveis. O Grupo Consultivo sobre Pesquisa Agrícola Internacional é uma parceria global que congrega organizações de pesquisa para agricultura sustentável, realizada por 15 centros, em colaboração com centenas de organizações parceiras. O agrupamento dos recursos – humanos e financeiros – permite fazer mais para superar os desafios globais atuais. Logística no agronegócio Fonte: Autoria própria. Logística no agronegócio Imagine que você seja dono de uma pequena propriedade e tenha decidido plantar uma cultura agrícola. Ao final do ciclo da planta, você obteve 100 kg de produção. Agora, imagine jogar 40 kg dessa produção no lixo e vender apenas 60 kg. Por que é que alguém teria o trabalho de plantar para jogar quase metade fora? Logística no agronegócio Fonte: Autoria própria. Logística no agronegócio Mas é exatamente isso que acontece nos países em desenvolvimento. Estudos indicam que mais de 40% das perdas de alimentos ocorrem nas etapas de pós-colheita e processamento. Nesses países, medidas de controle devem ser adotadas da perspectiva do produtor, por meio de técnicas pós-colheita adequadas, programas de conscientização, melhoria das instalações de armazenamento e distribuição da produção, pois essas perdas refletem de forma significativa na quantidade de produto ofertado e na formação de preços finais. Logística no agronegócio Fonte: Autoria própria. Logística no agronegócio Por outro lado, em países industrializados as perdas também ocorrem, mas nas etapas do varejo e do consumo, em que mais de 40% é perdida, mas, geralmente, relacionadas ao próprio consumidor; nesse caso, as soluções direcionadas ao produtor passam a ter importância apenas marginal, uma vez que os consumidores é quem são os responsáveis por esse desperdício. Prejuízos Fonte: Autoria própria. Prejuízos No Brasil, um levantamento da Associação Brasileira de Exportadores de Cereais (Anec) mostra que os produtores podem ter tido prejuízos de até US$ 4 bilhões em 2013, decorrentes da situação caótica da logística para a exportação de soja e milho. Esse montante considera as perdas decorrentes das estradas esburacadas, da falta de armazéns e da burocracia nos portos. Para eles, o principal gargalo está na falta de opções para o escoamento da safra nos portos, uma vez que, por não haver rotas para embarcar a produção pelos portos do Norte do país, os agricultores mandam boa parte da carga para os portos do Sul e do Sudeste, mesmo tendo de percorrer milhares de quilômetros a mais, elevando os custos. Burocracia Fonte: Autoria própria. Burocracia Um dos pontos principais que precisam ser resolvidos é a agilidade do governo federal no processo de concessão dos portos brasileiros. Nenhum dos 159 terminais portuários passou por licitação, porque os editais estão em análise no Tribunal de Contas da União. Somente no Arco Norte, a ampliação das cinco unidades representaria o aumento de capacidade de 16 milhões de toneladas para 60 milhões até 2020. Atualmente, mais de 80% do que é produzido na região é escoado pelos portos do Sul e do Sudeste. Incentivos ?!? Fonte: Autoria própria. Falta de incentivo A Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra) cobra do governo federal que o Plano Nacional de Armazenagem, lançado em 2013, retome a taxa inicial de juros de 3,5% – em dezembro, a taxa foi ajustada para 6%. De acordo com a Acebra, menos de 10% dos cerealistas tiveram acesso ao crédito, que disponibilizou, ao todo, R$ 5 bilhões. Um armazém com capacidade média de 30 mil toneladas custa cerca de R$ 20 milhões. Malha Viária Fonte: Autoria própria. Problema da malha viária Estudos com o mapa da malha viária brasileira permitem que vejamos onde está o grande gargalo, pois sendo 62% da malha nacional de transporte com base rodoviária, apenas 12% é pavimentada, ou seja, os custos e a lentidão são facilmente explicados por esses dados tão discrepantes. Outro fator que deve ser analisado é a baixa representatividade do transporte ferroviário, cujo problema é a falta de uniformidade na rede, a qual, apesar de um potencial maior, não é homogênea, ou seja, um trem não pode passar por regiões onde os trilhos não são compatíveis com seu tamanho. Mesmo sabendo-se do potencial aquaviário do Brasil, apenas 11,7% do transporte é feito pelas hidrovias; trata-se de uma subutilização dessa que poderia ser uma boa alternativa para minimizar o uso das rodovias. Interatividade Qual o valor aproximados dos prejuízos que os produtores de soja e milho podem ter tido em 2013, decorrentes da situação caótica da logística? a) US$ 9 bilhões. b) US$ 24 bilhões. c) R$ 3 trilhões. d) R$ 4 trilhões. e) Até US$ 4 bilhões. Marketing no agronegócio Fonte: Autoria própria. Marketing no agronegócio “À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”. O autor da frase é um dos homens mais conhecidos da história, Caio Julio César (100 a.C./44 a.C.), líder militar e político romano. O entendimento dessa frase pode ser utilizado em diversos setores para enfatizar o quão importante é fazer algo bem feito e mostrar isso para os demais. Existe um universo de possibilidades de marketing inexploradas que aliadas à percepção positiva da população, têm motivado empresas a explicitar seus laços com o agronegócio, a fim de capitalizar com a boa imagem. Bancos, indústria química, energia, máquinas e serviços legais têm se movimentado para inaugurar, aproveitando a boa fase, uma nova imagem do setor no País. Marketing no agronegócio Fonte: Autoria própria. Marketing no agronegócio De acordo com a Pesquisa Nacional do Agronegócio 2013, realizada pelo Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), 81,3% da população brasileira acredita que o agronegócio é muito importante para a economia do país e a profissão de agricultor é a 5ª mais valorizada entre as avaliadas. Os esforços de comunicaçãodo agronegócio ainda não são tão bem articulados quanto poderiam, mas existe certo alinhamento entre diferentes campanhas e a renovação da imagem agrícola brasileira é uma tendência. Atualmente, o foco passou a ser não apenas dar informações para defender o setor, mas também para mostrar à sociedade o que é, o que faz e qual a importância do agronegócio no Brasil. Global Agribusiness Forum Fonte: Autoria própria. Global Agribusiness Forum Uma dessas iniciativas é o Global Agribusiness Forum, um evento para discutir questões centrais para o setor, entre as quais comunicação e problemas de imagem. Posicionando-se de forma democrática e moderna, por participar de um debate no qual palestrantes e plateia podem interagir com uso de tecnologia de ponta, empresas do agronegócio podem começar a mudar a forma como o setor é visto. Percepção do agronegócio Fonte: Autoria própria. Percepção do agronegócio A antiga percepção da agricultura nacional como conservadora e retrógrada tem sido superada, em grande parte, em virtude do sucesso econômico e das transformações sociais que o setor propicia, num momento histórico em que sua participação no PIB supera 30% e a geração de empregos e a contribuição para o saldo da balança comercial proporciona fortes elementos para sustentação de planos de reconstrução e recuperação da economia. Potencial do marketing no agronegócio Fonte: Autoria própria. Potencial do marketing no agronegócio Apesar dessa realidade, a boa imagem da agricultura ainda tem sido pouco divulgada para a sociedade como um todo. De acordo com a Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio (ABMR&A), dos R$ 57 bilhões investidos em publicidade no primeiro semestre de 2013, somente R$ 94 milhões foram dedicados ao marketing da agropecuária, percentual ínfimo de aproximadamente 0,2%. Mudanças na economia mundial Fonte: Autoria própria. Mudanças na economia mundial A interconexão da economia mundial significa que nenhum país está imune a eventos na grande economia mundial. Ao mesmo tempo, os processos de tomada de decisão para a gestão da economia internacional estão mudando rapidamente e incluem agora novos atores e dinâmicas, como a criação do Grupo dos 20 (G20), o Conselho de Estabilidade Financeira e a reforma da quota do FMI. Um debate intenso está surgindo novamente em muitos locais sobre o equilíbrio entre mercados e regulamentação e entre cidadãos e Estado. Mudanças na economia mundial Fonte: Autoria própria. Mudanças na economia mundial Os efeitos adversos das crises econômicas globais não terminaram após 2008, ao contrário, tornaram-se mais multifacetados. Cada uma dessas crises tem o potencial de prejudicar o desenvolvimento sustentável por meio de choques econômicos graves. Atualmente, englobam diversos aspectos: 1. Uma crise da dívida soberana, originada principalmente nas economias da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas com implicações de longo alcance para todos os países por causa das reservas cambiais. Mudanças na economia mundial Fonte: Autoria própria. Mudanças na economia mundial 2. Uma crise financeira, vista em preços de ativos muito voláteis e grandes acúmulos não resolvidos de dívidas incobráveis. 3. Uma crise de crescimento, vista no crescimento anêmico de muitos países e na crescente preocupação com a possibilidade do que o Fundo Monetário Internacional (FMI) descreveu como a ameaça de uma espiral descendente para a economia mundial. Mudanças na economia mundial Fonte: Autoria própria. Mudanças na economia mundial 4. Uma crise de empregos, com alto desemprego em todo o mundo, especialmente entre os jovens e, aproximadamente, 15 bilhões de pessoas em empregos vulneráveis, com pouca segurança e poucos direitos trabalhistas. 5. Uma crise de governança, com os governos nacionais frequentemente enfrentando dificuldades para chegar a um acordo sobre a ação coletiva para gerenciar os riscos econômicos ou sobre maneiras de melhorar a regulação do setor bancário. Interatividade Qual a porcentagem de gastos com marketing para o agronegócio em 2013? a) Ainda não se tem dados. b) R$ 94 bilhões. c) R$ 57 bilhões. d) R$ 94 milhões. e) R$ 57 milhões. ATÉ A PRÓXIMA!
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