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A Tristeza Parasitária Bovina trabalho

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A Tristeza Parasitária Bovina é um conjunto de doenças causadas por infecções com Babesia e Anaplasma, transmitidas por carrapatos (Boophilus microplus) e moscas hematófagas (Stomoxys calcitrans, tabanídeos, culicídeos), respectivamente, um fator de declinação no desenvolvimento da pecuária nos países tropicais e subtropicais inclusive no Brasil (DE VOS, 1992).
A babesiose é uma doença causada por um protozoário do filo Protozoa, subfilo Apicomplexa, da classe Sporozoasida, ordem Piroplasmida, gênero Babesia (GUGLIELMONE, 1995; SEQUEIRA; AMARANTE, 2001; BROWMAN, 2006).
O ciclo dessa doença ocorre entre diferentes ínstares (larva ou ninfa se infecta e transmite ao estádio subsequente – ninfa ou adulta) denominada transestadial mas pode ocorrer de outra forma via transovariana (infecção na forma adulta que após replicação no intestino da fêmea, transmitir para a próxima geração) (MARTINS, 2002; BROWMAN, 2006). Outra forma para ocorrer a transmissão seria pelo carrapato macho, este se infecta em bovino portador e transmite para outro bovino sadio (KESSLER, 2001). 
O tratamento da babesiose é feito destruindo os protozoários no paciente com aplicação de medicamentos à base de aceturato de diminazeno, dipropionato de imidocarb, diisetionato de amicarbalina, fenamidina, sendo que o mais utilizado é o dipropionato de imidocarb devido seu efeito ser prolongado devido a sua metabolização ser lenta, porém seus efeitos colaterais como: diarreia, cólica e salivação são mais severas (MELO; CARVALHO NETA, 2009).
Em alguns animais os sinais clínicos observados causados pela babesiose em equinos e bovinos apresentam semelhanças entre os mesmos podendo, em função do estágio da infecção, apresentar: sintomas neurológicos, déficit na produção, inchaço (edema) na região ventral, manchas hemorrágicas na gengiva e conjuntiva ocular, taquicardia, taquipnéia, khemoglobinemia, hemoglobinúria, aborto e morte (BLOOD & RADOSTITS,1991).
No Brasil essa doença tem grande destaque na região sudeste, região endêmica, a maior incidência é acentuada em bovinos de até oito meses de idade e em animais adultos que são doentes de áreas livres de vetores. Portanto, a recomendação para a babesiose bovina é o controle adequado do Boophilus microplus (HAWKINS et al., 1982).
Existe um fator limitante na pecuária bovina causada pela A. Marginale que é responsável por uma infecção no animal, isso determina significativas perdas econômicas na pecuária bovina do Brasil (MADRUGA et al., 1984).
 No Estado de Minas Gerais, a anaplasmose foi relatado uma incidência da doença de maior importância, constituindo- se em fator limitante à criação de bezerros causando prejuízo econômico (RIBEIRO et al., 1983). Anaplasmose é transmitida pelo carrapato ou mecanicamente pela picada de mosquitos e moscas hematófagas.
Os sinais clínicos observados nos animais doentes pela anaplasmose são: anemia hemolítica, icterícia, dispnéia, taquicardia, febre, fadiga, lacrimejamento, sialorréia, diarreia, poliúria, anorexia, levando a morte do animal (VIDOTTO; MARANA, 2001; ARAÚJO et al., 2003).
O diagnóstico dessas doenças, babesioses e anaplasmose bovina pode ser realizado com base nos sinais clínicos e na visualização dos parasitos no interior das hemácias em esfregaços sanguíneos delgados corados pelo Giemsa (LIMA et al., 1999; VIDOTTO; MARANA, 2001; OKASI et al., 2002; CARELLI et al., 2007).
 O controle dessa doença pode ser feito através profilaxia empregados para as hemoparasitoses são: o controle dos vetores, a quimioprofilaxia, a premunição e o uso de vacinas) (RIBEIRO et al., 1995).
 Portanto o controle do carrapato é realizado através da TPB e pode s9er empregado em dois níveis: erradicação e controle estratégico. A campanha de erradicação do carrapato B. microplus teve início nos Estados Unidos em 1906 e é mantida pela vigilância sanitária (RISTIC & MONTENEGRO-JAMES, 1988).  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DE VOS, A.J. Distribution, economic importance and control measures for Babesia and Anaplasma. In: WORKSHOP, ILRAD, Nairobi, Kenya, 1991. Proceedings… T.T. Dolan (Editor), 1992. 312 p. p. 3-15.
GUGLIELMONE, A. A. Epidemiology of babesiosis and anaplasmosis in South and Central America. Veterinary Parasitology, v. 57, n. 1-3, p. 109-119, 1995.
SEQUEIRA, T. C. G. O.; AMARANTE, A. F. T. Filo Protozoa. In: Parasitologia Veterinária: animais de produção. Rio de Janeiro: EPUB, 2001. cap. 3, p. 4774. 
MARTINS, J. R. Carrapato bovino. 2002. http://www.carrapatobovino.com/babesia. Acesso em 28 de junho 2016. 
BROWMAN, D. D. Artrópodes. In: Parasitologia Veterinária de Georgis. Barueri, SP: Manole, 2006. cap. 1, p. 1-81.
KESSLER, R. H. Considerações sobre a transmissão de Anaplasma marginale. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 21, n. 4, p. 177-179, 2001.
MELO, S. A.; CARVALHO NETA, A. V. Estratégias de controle na Babesia bovina. 2009. Disponível em: <http://www.beefpoint.com.br/estrategias-de-controle-na-babesiabovina. Acesso em 28 de junho 2016.
BLOOD, D. C.; RADOSTITS, O. M. Doenças causadas por protozoários. In: Clínica veterinária. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991. cap. 25, p.823-850. 
HAWKINS, J.A., LOVE, J.N., HIDALGO, R.J. Mechanical transmission of anaplasmosis by tabanids (Diptera: Tabanidae). American Journal Veterinary Reseach, v. 43, p. 732-734, 1982.
MADRUGA, C. R.; AYCARDI, E.; KESSLER, R.H.; SCHENK, M. A. M.; FIGUEIREDO, G. R.; CURVO, J. B. E. Níveis de anticorpos anti-Babesia bigemina e Babesia bovis em bezerros da raça Nelore, Ibagé e cruzamento de Nelore. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 19, n. 9, p. 1163-1168, 1984.
RIBEIRO, M.F.B., PATARROYO, J.H., FARIA, J.E. Inquérito de opinião com criadores da Zona da Mata do estado de Minas Gerais. I. Alguns fatores associados com a mortalidade de bezerros. Arquivo Brasileiro Medicina Veterinária Zootecnia, v. 35, p. 547-556, 1983.
VIDOTTO, O.; MARANA, E. R. M. Diagnóstico em anaplasmose bovina. Ciência Rural, v. 31, n. 2, p. 361-368, 2001.
VIDOTTO, O.; ANDRADE, G. M.; AMARAL, C. H. S.; BARBOSA, C. S.; FREIRE, R. L.; ROCHA, M. A.; VIDOTTO, M. C. Frequência de anticorpos contra Babesia bigemina, B. bovis e A. marginale em rebanho leiteiros da região de Londrina, Paraná. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 49, n. 5, p. 655-659, 1997
RIBEIRO, M. F. B.; LIMA, J. D.; GUIMARÃES, A. M.; SCATAMBURLO, M. A.; MARTINS, N. E. Transmissão congênita da anaplasmose bovina. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 47, n. 3, p. 297-304, 1995.
OLIVEIRA, P. R. Controle estratégico de Boophilus micropus em bovinos de propriedades rurais dos municípios de Lavras e entre Rios de Minas –MG. Belo Horizonte –MG, 1993. 97p. (Dissertação mestreado em Medicina Veterinária) - Curso de Pós Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Minas gerais,1993.

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