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Custo e disponibilidade dos Modais de Transporte Escolher o modal de transporte mais adequado para a distribuição dos produtos levará em conta dois grandes fatores: custo e característica do serviço. Esses dois elementos serão apresentados a partir de uma simplificação do texto de Fleury (2008, p. 252-3). Custo É a principal vertente para tomada de decisões. O custo do transporte é responsável por mais de 50% dos custos logísticos de uma negociação. Dessa forma, é compreensível porque ele é o primeiro elemento que surge na discussão da estratégia logística da empresa. Clique no link a seguir e leia um interessante texto que trata dos custos dos modais de transporte. http://tudosobrealogistica.wordpress.com/tag/custos-dos-modais-de-transporte/ A busca incessante por menores custos é uma questão de sobrevivência para as organizações. Se uma empresa, por exemplo, decide distribuir seus produtos por todo o país (no caso do Brasil, que é considerado um país continental), os custos do transporte podem inviabilizar a chegada dos produtos nas áreas de vendas. Além disso, os custos operacionais internos à organização (fixos e variáveis) também impactam diretamente no desempenho das operações. O ideal é conhecer todos os custos que compõem o bem, desde a sua fase de concepção, produção, armazenagem e distribuição, para identificar possibilidades de redução e controle. Clique no link a seguir e leia um texto que trata do transporte como função logística: http://tecioleite.blogspot.com.br/2011/01/transporte-como-funcao-logistica.html Características dos serviços É claro que se o gestor pudesse levar em conta apenas a função custo no momento da decisão da escolha do modal, a maioria das operações comerciais seriam distribuídas pelos modais de menor custo operacional. Mas, como nem sempre esses modais estão disponíveis em determinadas regiões, outros fatores também são avaliados, tais como: Velocidade: refere-se ao tempo médio de entrega. Essa dimensão é importante para os planejadores para determinar volumes de estoques de segurança e até mesmo para se comprometer com prazos de entrega para o cliente. Mas é interessante ponderar que, quanto mais veloz for o modal de transporte, mais alto é o seu custo (forte característica do modal aeroviário). Consistência: refere-se à variabilidade do tempo de entrega. Esse fator também impacta no volume de estoques e no comprometimento comercial, pois se o modal de transporte utilizado não consegue manter padrão de prazo de entrega, não é possível confiar nele (forte característica do modal dutoviário, pois é o mais confiável em termos de cumprimento de prazos, pois não depende de condições climáticas, como o aéreo, e condições das vias, como o rodoviário). Capacitação: refere-se à capacidade de o modal operar com diferentes volumes e variedade de produto. A flexibilidade de transportar produtos de natureza e volume diferenciados é uma forte característica do modal hidroviário (os modais aéreos e dutoviário apresentam restrições de tipos de cargas a serem transportadas). Disponibilidade: refere-se à quantidade de localidades que o modal está disponível. Essa informação é extremamente relevante para o gestor, pois normalmente uma grande fábrica não está localizada geograficamente próxima do seu público consumidor, o que gera a necessidade de transporte eficiente. Em relação aos modais, sabe-se que nem todos estão disponíveis em qualquer lugar do Brasil, então, nesse caso, o rodoviário é o único que consegue atender essa premissa. Frequência: refere-se ao número de vezes em que o modal pode ser utilizado em determinado período de tempo. As empresas precisam identificar qual modal oferece frequência compatível com sua necessidade, pois, em termos teóricos, o dutoviário é o melhor, já que está disponível vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, mas se sabe que esse modal não transporta todos os tipos de produtos. Ao analisar as dimensões apresentadas, percebe-se que o fator custo é diretamente proporcional ao nível de serviço que se espera de cada modal de transporte. Isso significa dizer que: quanto mais rápido, mais flexível e mais disponível, mais altos serão os custos operacionais. E isso é mais um fator de peso nas decisões dos profissionais de logística. Síntese A distribuição é um assunto que merece atenção devido a sua importância no contexto organizacional, pois é imprescindível compreender quais os principais fatores de impacto para delinear a estratégia de abastecimento do mercado. Devido a isso, foram apresentados de forma resumida quais os motivos que levam as empresas a ter seus próprios Centros de Distribuição. Foi abordado também que, para conceber um Centro de Distribuição, é necessário investir em ativos (prédios, tecnologias e infraestrutura) e também em parcerias estratégicas com empresas profissionais de Logística, como os Operadores Logísticos. Outra informação pertinente que foi apresentada foram os conceitos de Modais de Transporte e suas variáveis de impacto. Os assuntos foram abordados de forma simples e resumida, mas com essência suficiente para os gestores compreenderem quão importantes são os arranjos logísticos que suportam as estratégias de distribuição de uma organização. Referências BANZATO, Eduardo et al. Atualidades na Armazenagem. São Paulo: IMAM, 2003. BURSZTEIN, Valéria. Operador logístico, sim senhor! Revista Tecnologística. Junho/2014. Disponível em: http://abolbrasil.org.br/pdf/0Tecnologistica3.pdf. Acesso em: 21 maio 2015. CONSELHO Nacional de Trânsito. Boletim Estatístico – CTN. Agosto, 2012. Disponível em: http://www.cnt.org.br/Imagens%20CNT/PDFs%20CNT/Boletim%20Estat%C3%ADstico/Boletim%20Estat istico%20CNT%20-%20ago_2012.pdf. Acesso em: 21 maio 2015. CUSTOS dos modais de transporte. Disponível em: http://tudosobrealogistica.wordpress.com/tag/custos- dos-modais-de-transporte/ Acesso em: 21 maio 2015. FLEURY, Paulo Fernando et al. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São Paulo: Atlas, 2008. ONDE localizar os centros de distribuição? Disponível em: http://www.imam.com.br/consultoria/component/docman/doc_view/99-onde-localizar-os-centros-de- distribuicao?Itemid=52. Acesso em: 21 maio 2015. O transporte de cargas. Disponível em: http://www.imam.com.br/logistica/artigos/serie-transporte-de- cargas/1525-o-transporte-de-cargas-no-brasil. Acesso em: 21 maio 2015. RAZZOLINI, F. E. Logística empresarial no Brasil: tópicos especiais. Curitiba: IBPEX, 2012. RODRIGUES, Gisela Gonzaga; PIZZOLATO, Nélio Domingues. Centros de Distribuição: armazenagem estratégica. XXIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR0112_0473.pdf. Acesso em: 21 maio 2015. RODRIGUES, Enio Fernandes et al. Logística Integrada Aplicada a um Centro de Distribuição: Comparativo do Desempenho do Processo de Armazenagem Após a Implementação de um Sistema de Gerenciamento de Armazém (wms). VIII SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2011. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos11/1351497.pdf. Acesso em: 21 maio 2015. TRANSPORTE como função logística. Disponível em: http://tecioleite.blogspot.com.br/2011/01/transporte-como-funcao-logistica.html. Acesso em: 21 maio 2015.
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