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Aula 6 Processo Legislativo (1)

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Processo Legislativo
O processo legislativo é o conjunto de regras procedimentais, constitucionalmente previstas, para a elaboração das espécies normativas.
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Qual a importância do devido processo legislativo?
- a lei ao violar o devido processo legislativo ela será declarada inconstitucional. Inconstitucionalidade formal ou orgânica.
Basicamente o processo legislativo é constituído por três fases: iniciativa, constitutiva e a complementar.
Fase de iniciativa
Regra geral: Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Iniciativa privativa (reservada ou exclusiva) é a indelegável! Só pode ser exercida por determinada ou determinadas pessoas sob pena de configurar vício de iniciativa. Art. 61 §1º iniciativa privativa presidencial.
A sanção presidencial convalida vício de iniciativa?
Não.
Iniciativa popular
O art. 14 da CRFBR prevê que a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal, ... e iniciativa popular.
Art. 61 § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
A iniciativa popular apenas inicia o processo legislativo, apresentando projetos de leis ordinárias ou complementares.
Devido a dificuldade do seu trâmite, hoje existem apenas 4 projetos de iniciativa popular aprovados.
Fase constitutiva
Apreciação pelas comissões.
Iniciado o processo legislativo, o projeto de lei passa à apreciação das Comissões: temática e CCJ.
Após os pareceres das comissões o projeto será enviado ao Plenário para votação se o parecer for positivo
Se negativo o parecer da CCJ é terminativo, das comissões temáticas é opinativo o que não impede a análise da matéria pelo Plenário.
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. 
Processo de votação
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. 
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
Rejeitado o projeto pela casa iniciadora, será arquivado.
Se aprovado seguirá para a casa revisora para aprová-lo, rejeitá-lo ou emendá-lo.
Aprovado em ambas as casas o projeto segue para deliberação executiva – Sanção ou veto.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. 
Sanção
Em caso de concordância, de aquiescência quanto ao projeto de lei, o Presidente da República o sancionará.
Sanção é o mesmo que anuência, aceitação.
A sanção poderá ser tácita ou expressa.
Será expressa quando ele manifestar sua concordância, contudo será tácita, se ele permanecer inerte pelo prazo de 15 dias úteis.
Veto
Em caso de discordância, poderá o Presidente da República vetar o projeto de lei, total ou parcialmente.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. 
Regras gerais sobre o veto
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. 
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção. 
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto. 
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República. 
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
Promulgação e publicação
A promulgação é um atestado da existência válida da lei e da sua executoriedade.
Cuidado! Promulga-se a lei, não o projeto de lei.
Promulgada a lei, ela deverá ser publicada, para levar a conhecimento de todos o seu conteúdo. 
Não promulgação pelo Presidente
Art. 66 § 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
Análise de matéria rejeitada.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. 
Das espécies normativas
Conforme pode-se observar no art. 59 da CRFBR, são várias as espécies normativas.
Elas seguem as regras gerais vistas até então, contudo, algumas espécies possuem procedimentos específicos que serão analisados pontualmente ao estudarmos cada uma das espécies.
Das emendas constitucionais
Conforme estudado em Direito Constitucional I, as emendas constitucionais consistem me mecanismos pontuais de alteração do texto constitucional, sendo exercidas pelo poder constituinte derivado nos Estados que adotam constituições rígidas.
Ao contrário do Poder Constituinte originário que é ilimitado, o Poder Constituinte derivado reformador é condicionado, e submete-se a algumas limitações.
1.	Limitações Circunstanciais
Muitos confundem com as limitações temporais.
 As temporais impedem a modificação da Constituição durante um período de tempo.
As circunstanciais impedem a modificação da Constituição em determinadas situações especiais, excepcionais. 
Ou seja, o impedimento aí, é com relação a uma circunstância.
A finalidade desta limitação é totalmente diferente da anterior (dar estabilidade à Constituição). 
Aqui, a finalidade é evitar que a livre manifestação do poder reformador seja ameaçada.
São circunstâncias graves e se você permitir que a CRFBR seja modificada nesse período, pode levar a mudanças precipitadas. 
É como se o constituinte dissesse: espera passar esse período de extrema gravidade.
Art. 60
“§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa (art.136) ou de estado de sítio (art. 137)”.
2.	Limitações Formais ou Processuais ou Procedimentais ou Implícitas
2.1.	Limitações formais subjetivas (Art. 60, I a III)
	Quem são aqueles que podem propor emenda? Vamos lembrar que no art. 61 existe uma regra, que é a regra geral de iniciativa. 
“Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição
1º Legitimado: Presidente da República
 Qual é o único legitimado que pode propor leis e emendas, que tem as duas legitimidades? 
É o Presidente da República. 
Ele pode tomar a iniciativa, tanto da proposta de lei, quanto da proposta de emenda. 
Muita atenção com relação a participação
do Presidente da República. Isso foi questão de prova recente no TJ/RS
O Presidente só participa da proposta da emenda através da iniciativa. 
Ele não sanciona, não veta, não promulga, não publica.
 Com exceção à proposta, ele não participa de nenhuma outra etapa. É comum colocarem na prova que o Presidente sanciona emenda. 
Não há veto e sanção de emenda constitucional.
2º Legitimados: 1/3 da Câmara ou 1/3 do Senado
3º Legitimado: Assembléias Legislativas
A CRFBR fala que a proposta de emenda poderá ser apresentada por mais de 50% das assembléias legislativas das unidades da federação manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. 
Na prova de primeira etapa existem questões desse tipo. 
O art. 60 há de ser memorizado.
Esta é uma hipótese curiosa. 
Desde a primeira Constituição republicana brasileira, de 1891, existe essa previsão. 
Sabe quantas propostas de emenda foram apresentadas até hoje por esses legitimados? Desde 1891? 
Nenhuma.
Cabe INICIATIVA POPULAR de emenda à Constituição?
Questão de prova: existe previsão expressa de iniciativa popular de emenda à Constituição?
Não. A iniciativa popular está prevista expressamente no art. 61, § 2º, mas é iniciativa popular de lei e não de emenda.
O projeto de lei de iniciativa popular tem que ser apresentado por, pelo menos, 1 % do eleitorado nacional, dividido em pelo menos 5 Estados e, em cada um desses 5 Estados tem que ter a assinatura de, pelo menos, 3/10 % dos eleitores de cada um deles.
Mas será que eu poderia admitir iniciativa popular de emenda, mesmo sem previsão expressa na Constituição?
 José Afonso da Silva sustenta que sim. Para ele, nós podemos e devemos fazer uma interpretação sistemática da Constituição.
 Nessa interpretação sistemática, por analogia, utilizaríamos o procedimento previsto para a lei, para a emenda constitucional.
O posicionamento majoritário não admite iniciativa popular. 
Por que não admite? 
A regra geral de iniciativa é a do art. 61.
 De acordo com os princípios da interpretação, normas excepcionais devem ser interpretadas de que maneira? Restritivamente. 
Como o art.60 é exceção à regra geral do art. 61, deve ser interpretado restritivamente.
	3.2.	Limitações formais objetivas (Art .60, § 2º, § 3º e § 5º)
Procedimento especial e quorum especial (§§ 2º e 3º) – Após a proposta de emenda ser apresentada, ela vai para o plenário, para ser discutida e votada em cada uma das casas. 
A discussão e a votação não acontecem em um turno, como a lei ordinária. 
Será em 2 turnos: dois na câmara e dois no senado. 
E qual o quorum? 3/5 dos votos dos membros de cada uma dessas casas.
Aprovada, vai para a promulgação.
Vamos imaginar que essa proposta foi alterada no Senado em um ponto. O que volta para a Câmara? Só o que o Senado alterou ou toda a proposta de novo? 
Não precisa voltar tudo. O que volta é apenas a parte que sofreu modificação, a emenda sofrida no Senado. 
Essa emenda tem que ser votada em dois turnos e com 3/5 dos membros. 
A câmara pode alterar a emenda do Senado? Fazendo uma subemenda na emenda? 
Não. Ou a Câmara aprova ou rejeita. Ela não pode emendar a emenda.
Quem promulga emenda à Constituição?
Ela é discutida, votada e depois de aprovada não vai para a sanção ou veto. Vai direto para a promulgação.
 Quem promulga emenda à Constituição? Questão de prova da magistratura/MG .
A promulgação é feita pela Mesa da Câmara dos Deputados e Mesa do Senado Federal. Não pode ser apenas uma. Tem que ser as duas. 
Reapresentação de emenda rejeitada
“§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.”
O que é uma sessão legislativa? 
A ordinária é a que está prevista no art. 57: começa no dia 02 de fevereiro, vai até o dia 17 de julho. Depois reinicia no dia 1 de agosto e vai até o dia 22 de dezembro.
3.	Limitações Materiais ou Substanciais
3.1.	Cláusulas Pétreas EXPRESSAS 
Estão consagradas no § 4º, do art. 60, da Constituição. São quatro cláusulas pétreas expressas: 
Forma federativa de Estado
Separação dos Poderes
Voto 
Direitos e garantias individuais (cuidado! Não são coletivos)
3.2 Cláusulas Pétreas IMPLÍCITAS
a)	Direitos sociais
b)	Limitações ao poder reformador – art. 60, da Constituição
c)	Dupla Revisão
d)	Sistema Presidencialista e Forma Republicana de Governo
São cláusulas explícitas?
“Art.2º, do ADCT. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País.”
Leis complementares e leis ordinárias
O processo legislativo de constituição das leis complementares e das leis ordinárias consiste basicamente no que foi visto inicialmente em processo legislativo: fase iniciativa, fase constitutiva e fase complementar (promulgação e publicação).
Diferenças
Há basicamente duas diferenças:
1) Aspecto Material:
As hipóteses de lei complementar encontram-se taxativamente previstas no texto constitucional, eis que foram predeterminados.
A competência da lei ordinária é residual, isto é, o que não foi definido como matéria de lei complementar será tratado por lei ordinária.
2) Aspecto Formal
No tocante ao formalismo temos basicamente a diferença no quorum de aprovação.
A lei complementar é aprovada com quorum de maioria absoluta, ao passo que as leis ordinárias são aprovadas pelo quorum de maioria simples ou relativa.
Lei delegada
É uma exceção ao princípio da indelegabilidade de atribuições.
Esta espécie normativa demanda uma prévia solicitação por parte do Presidente da República. O Congresso não pode delegar sem que o Presidente faça o pedido!
Esta solicitação é chamada de iniciativa solicitadora, que é o ato do presidente de requerer ao Congresso Nacional autorização para inovar a ordem jurídica.
Esse ato se materializa em um oficio, uma mensagem.
Procedimento
O Presidente solicita ao Congresso Nacional -> o Congresso Nacional responde ao Presidente através de uma Resolução -> esta Resolução pode percorre 1 de 3 caminhos possíveis:
a) autorizo nos termos do pedido.
b) nego a autorização, não concordo com a delegação.
c) o Congresso Nacional autoriza mediante condição, isto é, o Congresso Nacional condiciona a delegação.
Há matérias que não podem ser objeto de delegação, são chamadas de limites materiais a delegação:
Art. 68 § 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
Forma de limites da delegação
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
Quais condições o congresso pode estabelecer?
Especificação de conteúdo e termos de exercício, por exemplo, prazo de 1 ano para elaboração!
Presidente nós autorizamos Vossa Excelência a legislar, mas queremos analisar o projeto de lei delegada antes que ele produza efeitos. Análise prévia da delegação.
§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
Com base no estabelecido na Resolução do Congresso Nacional teremos uma delegação:
- típica: quando não há novamente análise pelo Congresso Nacional, isto é, autorizado o Presidente da República elaborará a lei, promulgará e publicará.
- atípica: após a elaboração da lei, o Congresso Nacional apreciará a lei, podendo rejeitá-la ou aceitá-la.
Não há necessidade de sanção ou veto presidencial.
O presidente solicita ao congresso autorização para
legislar sobre X! o CN analisa o pedido e autoriza por meio de resolução X, nos termos em que foi pedido. O presidente, espertinho, legislou sobre X e Z. 
Ele exorbitou do poder de delegação. O que fazer?
Art. 49 V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
Curiosidade: De 88 para até hoje houve 2 leis delegadas! 
Isso porque o procedimento da MP é mais fácil! Mais de 5mil MPs.
Medida provisória
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
Pressuposto constitucional: relevância e urgência.
Prazo de duração
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.
Assim, ela tem vigência de 60 dias, prorrogável por igual período (60+60= 120)
É possível que uma MP vigore por mais de 120 dias?
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
Em havendo convocação extraordinária do Congresso Nacional, conforme visto em aula anterior, a MP será necessariamente analisada naquela oportunidade.
Eficácia da MP
Enquanto vigorar, a MP produz efeitos, portanto, seja 60 ou 120 dias.
Contudo, caso ela não seja convertida em lei ela perde a sua eficácia desde o momento da sua edição.
Tramitação
Há a edição da MP por parte do Presidente da República que será submetida de imediato a apreciação do Congresso Nacional.
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
Regime de urgência constitucional
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 
Reedição de MP
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
Editada a MP o Congresso Nacional poderá:
1) aprovar sem alteração de conteúdo: de acordo com o art.12 da Res.1/02-Congresso Nacional, “aprovada a MP sem alteração de mérito, será seu texto promulgado pelo Presidente do Congresso Nacional para publicação no DO”.
2) aprovação com alteração de conteúdo: art. 62 § 12. “Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto”.
3) não apreciação (rejeição tácita): de maneira totalmente contrária aos interesses da sociedade o art. 62 §11 estabelece que:
§ 11. “Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas”. 
Ora, a produção de efeitos é “ex tunc” ou “ex nunc”?!
4) rejeição expressa: expedição de Decreto Legislativo por parte do Congresso Nacional que retira todos os seus efeitos.
Limitação material a edição de MP
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I - relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;
III - reservada a lei complementar;
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
Decretos legislativos e resoluções

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