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Dezembro de 2002, UFRGS, Porto Alegre - RS
ANÁLISE DAS VANTAGENS NA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ARMAZENAGEM DE PRODUÇÃO DE CONVENCIONAL PARA AUTOPORTANTE EM UMA COOPERATIVA DE LATICÍNIOS NA REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS
Willian Rosty de Souza[1: Acadêmico do Curso Bacharelado em Administração, Faculdade Sagrada Família, willian_rosty@hotmail.com]
Adriano Mesquita Soares[2: Professor do Curso de Administração da Faculdade Sagrada Família, Doutourando em Engenharia de Produção – Universidade Tecnologica Federal do Paraná (UTFPR), adrianosoares711@hotmail.com]
 
RESUMO: 
Este artigo tem como objetivo analisar as vantagens na instalação de armazenagem de produção de convencional para autoportante em uma cooperativa de laticínios, na região dos Campos Gerais, levantando os custos na aquisição do sistema autoportante, apontando seus benefícios, mostrando os dados a fim de manter cada sistema operante avaliando os custos que a cooperativa terá com cada sistema e qual é, por fim, qual é o mais vantajoso. Quanto aos procedimentos foi utilizado pesquisas: Metodológicos, básica, descritiva, estudo de caso e quantitativa e qualitativa. O sistema autoportante, mesmo tendo um maior investimento em comparação ao convencional, torna-se, a longo prazo, mais vantajoso e com custos operacionais menores. Por meio destes dados, chegou-se a conclusão de que o sistema autoportante é mais vantajoso que o sistema convencional de armazenagem de produção, visto que têm-se ganhos maiores o mesmo, embora trate-se de um sistema automatizado.
PALAVRAS-CHAVE: Autoportante. Armazenagem de Produção. Cooperativa.
MODEL (ARTICLE TITLE)
ABSTRACT:
 
.
KEYWORDS: 
1 INTRODUÇÃO
Com a inovação constante dentro das grandes empresas, a forma de armazenagem da produção se torna uma ferramenta importante para se ganhar espaço e agilidade nas empresas.
Os estoques figuram-se, normalmente, em lugares como armazéns, pátios, chão de fábrica, equipamentos de transporte e em armazéns das redes de varejo. O custo de manutenção desses estoques pode representar de 20 a 40% do seu valor por ano (BALLOU, 2006).
Sendo assim, dentro de uma conjuntura econômica instável e, muitas vezes adversa, é fundamental que o gerente de materiais tenha capacitação para responder às novas exigências de mercado, às variações dos preços de venda de seus produtos e dos preços das matérias-primas (DIAS, 2009).
O estoque deve ser considerado em cada um dos níveis de planejamento e, por isso, faz parte do planejamento da produção, do Master Program Schedule (MPS) e do Manufacturing Resource Planning (MRP). O planejamento da produção se relaciona ao estoque total, o MPS a itens finais e o MRP às peças componentes e matéria-prima (ARNOLD, 2009).
Desta forma, a pesquisa apresenta a seguinte problemática: quais as vantagens na instalação de um sistema de armazenagem de produção autoportante em relação ao sistema de armazenagem convencional?
Para responder à problemática desta pesquisa, faz-se necessário atingir alguns objetivos. O objetivo central consiste na analise das vantagens na instalação de armazenagem de produção, de convencional para autoportante, em uma cooperativa de laticínios, na região dos Campos Gerais. E como complemento da pesquisa, abordam os seguintes dados: o levantamento dos custos na aquisição do sistema autoportante e seus benefícios: o apontamento dos dados de manutenção do sistema operante, a avaliação dos gastos com cada sistema, por parte da cooperativa e qual o mais vantajoso sob o ponto de vista financeiro.
Justifica-se o estudo pela necessidade de inovação de uma cooperativa de laticínios com a instalação de um novo sistema de armazenagem, saindo de um modelo de armazenamento convencional de estocagem de produção para um sistema autoportante, um sistema automático propicia ganhos com espaço, agilidade nos armazenamentos dos produtos, rotatividade, e retorno de investimento em curto prazo após a instalação (OLIVEIRA, CAMARGO e SOARES, 2016).
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ESTOCAGEM DE MATERIAIS
Os estoques são acumulações de matérias-primas, componentes, materiais em processo e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de produção e logística das empresas (BALLOU, 2006).
O estoque é necessário para que o processo de produção/vendas da empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os materiais em estoques podem ser de três tipos básicos: matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados. O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque e o investimento financeiro envolvido (DIAS, 2009).
Os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o processo de produção. Todas as em empresas e instituições precisam manter estoques (ARNOLD, 2009).
Existem cinco categorias distintas de estoques, estoque em canal, que são estoques em trânsitos entre os elos do canal de suprimentos, estoque para fins de especulação, que são mantidos com essa finalidade, mas continuam fazendo parte da base de estoque a ser administrada, estoques de natureza ou cíclica, que são estoques necessários para suprir a demanda média durante o tempo transcorrido entre sucessivos reabastecimentos, estoque de segurança, é um acréscimo ao estoque normal para suprir a demanda média e do prazo de entrega médio e estoque obsoleto, morto ou evaporado, que é o estoque que se deteriora, fica ultrapassado ou acaba sendo perdido/roubado durante um armazenamento prolongado (BALLOU, 2006).
“Em uma empresa industrial os principais tipos de estoques são: matérias-primas, produtos em processo, produtos acabados, peças de manutenção e matérias auxiliares” (DIAS, 2009, p. 14) 
Para organizar um setor de controle de estoques, inicialmente deveremos descrever suas funções principais, que são oito, determinar o número de itens que devem permanecer no estoque, determinar o reabastecimento do estoque periodicamente, quantidade de compras será necessário para determinado período, solicitar o departamento de compras para a aquisição de estoque, receber e armazenar os materiais de acordo com as necessidades, controlar a quantidade de materiais e valor, manter periodicamente o inventário para avaliação dos materiais estocados e avaliação de quantidades e retirar itens danificados ou obsoletos do estoque. (DIAS, 2009)
2.2 TIPOS DE ARMAZENAGEM DE PRODUÇÃO
O objetivo principal da movimentação de materiais é fazer fluir, de maneira ordenada e eficiente, as mercadorias dos fornecedores para pontos-de-venda (BOWERSOX E CLOSS, 2010)
Quadro 1 – Sistema de Armazenagem Convencional / Manual.
	Equipamentos
	Tipo de Material
	Principais Características
	Estantes portapaletes convencional
	Carga de paletes
	Boa segurança na armazenagem dos produtos
	Prateleira de acesso normal
	Carga de paletes
	Acesso com empilhadeiras de garfo em uma só direção
	Prateleiras de entrada livre
	Carga de paletes
	Acesso com empilhadeiras de garfo em duas direções
	Prateleira de grande altura
	Carga de paletes
	Alta densidade de armazenagem e oferece vantagens nas estruturas sustentadas pela próprias prateleiras
	Prateleira de cantiléver
	Rolos ou cargas longas
	Usada para cargas de formatos diferentes e cada prateleira pode armazenar um tipo de produto
	Estruturas de empilhamento de paletes
	Peças frágeis ou de formato especial
	Empilhamento de cargas difíceis e pode ser desmontado quando não usado
	Prateleira de empilhamento
	Pecas que podem quebrar ou que tem formato diferente
	Empilhamento de cargas difíceis e e pode ser empilhado quando não usado
	Prateleira de deslizamento por gravidade
	Produtos em geral
	Deslizamento por gravidade, sistema “FIFO” de armazenagem ou sistema “LIFO”
	Prateleira simples
	Pequenas cargas
	Baixo custo de armazenagem.Gavetas
	Ferramentas ou peças pequenas
	Fácil acesso as peças, segurança.
	Prateleiras moveis 
	Paletes, materiais soltos ou caixas
	Reduz a área para armazenamento, e são equipadas com sistema de segurança
Fonte: Adaptado de Bowersox e Closs (2010, p 360)
A segunda forma de armazenagem de produção é a autoportante, que diferente do sistema de armazenagem convencional, seu processo de armazenamento de produtos é todo automatizado (BOWERSOX e CLOSS, 2010).
Quadro 2 - Sistema de Armazenagem Autoportante.
	Equipamentos
	Tipo de Material
	Principais Características
	Cargas unitizadas ASRS
	Paletes e volumes de diferentes tamanhos
	Controle automatizado
	Carrinhos de percurso fixo
	Paletes e cargas diversas
	Alta densidade de armazenagem
	ASRS pequenas cargas
	Peças pequenas
	Controle automatizado, alta densidade de armazenagem, flexibilidade, pode apresentar configurações diferentes
	Carrosséis horizontais
	Peças pequenas
	Acesso fácil as peças, pode empilhar 
	Carrosséis verticais
	Peças pequenas e ferramentas
	Alta densidade, separação na instalação, andares múltiplos.
	Equipamentos manuais
	Peças pequenas
	Flexível, pode ser com prateleiras de grande altura e gavetas.
Fonte: Adaptado de Bowersox e Closs (2010, p 360)
2.3 TECNOLOGIAS DE ARMAZENAGEM DE PRODUÇÃO
Os tipos de estocagem de produção podem ser divididos em dois, segundo (MOURA, 1998), o primeiro seria o de estrutura porta-paletes com trânsito , que seria o sistema no qual permite o acesso de empilhadeiras em seu meio para guardar os paletes. Estes por sua vez podem ser divididos em dois tipos de estruturas, o “drive-in” que é onde o acesso com a empilhadeira é feito por somente um lado estrutura e o “drive-throgh” que seria o tipo de estrutura onde as empilhadeiras poderiam fazer a movimentação dos paletes pelos dois extremos. Esse tipo de sistema de armazenagem é indicado para todos os tipos de cargas, e suas vantagens são que podem operam com empilhadeiras convencionais, bom aproveitamento de espaço, baixo preço de aquisição se comparado a outros sistemas de armazenagem, e com algumas limitações como a baixa seletividade se caso precisar de um palete é preciso movimentar primeiro os que estão a sua frente, além dos paletes ter uma resistência para suportar o peso das laterais e também só pode trabalhar com o sistema “LIFO” (último a entrar e primeiro a sair).
O segundo sistema de armazenagem apontado por Moura (1998) é o sistema automático para armazenagem integrada, onde a estocagem dos paletes e movimentação são todas automatizadas sem o uso de empilhadeiras, sendo assim seu meio é constituído por transelevadores onde o operador dá o comando de onde guardar ou retirar o palete e o sistema faz todo o processo automático. Este sistema é completo automatizado e usado também em operações onde o contato humano com os produtos é limitado, sua principal vantagem seria a eliminação dos corredores que no sistema convencional é preciso para que se possa movimentar os paletes com as empilhadeiras, sendo assim se ganha uma maior área para se estocar produto e com esse sistema se pode usar o “FIFO” (primeiro a entrar, primeiro a sair), e por ser tratar de um sistema automático requer equipamentos projetados para este fim elevando assim seu custo de aquisição.
 
2.4 BENEFÍCIOS DE UM SISTEMA AUTOPORTANTE EM RELAÇÃO AO SISTEMA CONVENCIONAL DE ARMAZENAMENTO DE PRODUÇÃO 
O sistema autoportante apresenta 11 benefícios relação ao sistema convencional de armazenamento. (OLIVEIRA, CAMARGO e SOARES, 2016).
Os benefícios são:
1º Benefício: A otimização de espaço entre o sistema autoportante e o sistema convencional na área onde está sendo construída. Exemplo: Em um galpão onde a capacidade de armazenagem é de 17.760 posições o sistema autoportante necessita de uma área de 3.473m² , enquanto o sistema convencional de 10.340m². 
2º Benefício: A redução de custo operacional direto devido a ser um sistema autoportante a quantidade de operadores será menor que no convencional.
3º Benefício: Redução na utilização de paleteiras, empilhadeiras, coletores e afins.
4º Benefício: Redução no custo de energia e iluminação, por se tratar de um sistema autoportante não necessita de luz para ver o que está fazendo, diferente do sistema convencional que os operadores precisam de iluminação em todos os corredores para não ter acidentes durante a movimentação dos paletes.
5º Benefício: Automação das operações de entrada e saída de produtos, sendo que no sistema autoportante os paletes são armazenados e retirados para expedição através de transportadores e transelevadores, diferente do sistema convencional que necessita de empilhadeiras e paleteiras para o transporte do mesmo.
6º Benefício: A entrada e saída de produtos no sistema autoportante é feite em tempo real e automaticamente de acordo com a entrada e saída de produtos, já no sistema convencional é tudo feito manualmente.
7º Benefício: Eliminação de erros, devido a ser tudo automático e pré-definido os transelevadores se movimentam com endereço pré-definido e com sensores anti-colisão.
8º Benefício: Melhoramento no controle de estoque devido a ser automático ele sabe a posição de cada produto que entrou, já nos sistema convencional esse apontamento de estoque é feito pelos operadores, podendo ocasionar o esquecimento de onde está o produto ou até mesmo o vencimento do mesmo.
9º Benefício: Por se tratar de um sistema inteiro automatizado sua manutenção é baixa e a vida útil desses equipamento é extensa e seu funcionamento seguro.
10º Benefício: Se tem um alto rendimento para se trabalhar com um sistema autoportante em lugares que se considera difícil a movimentação dos objetos.
11º Benefício: Controle altamente efetivo dos processos que estão sendo feitos pelos transelevadores, por se tratar de um sistema automáticos os relatórios de produção são feitos em tempo real e mostra o que cada transelevador está fazendo e também todas as movimentações feitas por eles durante todo o turno.
3 METODOLOGIA
As classificações apresentadas por Collis e Hussey (2005), Gil (2009), Santos Filho (2001) e Vergara (2009), classificam essa pesquisa em:
Quanto à natureza: básica;
Quanto aos fins: descritiva;
Quanto aos meios: estudo de caso;
Abordagem do problema: qualiquantitativa.
 “A pesquisa básica é considerada a forma mais acadêmica de pesquisa, visto que o principal objetivo é fazer uma contribuição para o conhecimento, em geral para o bem comum, em vez de resolver um problema específico para uma organização” (COLLIS e HUSSEY, 2005, p. 27) 
A pesquisa descritiva tem como objetivo a primordial descrição das características de determinadas populações e fenômenos e uma das suas principais características está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionário e observação sistemática. (GIL, 2009).
O procedimento técnico foi o estudo de caso que: “é o circunscrito de uma ou poucas unidades, entidades essas como pessoas, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país, tem caráter de profundidade e detalhamento, pode ou não ser realizado no campo”. (VERGARA, 2009)
Quanto a abordagem do problema será qualitativo e quantitativo, pois “a pesquisa quantitativa e qualitativa se completam, por serem duas visões diferentes: a quantitativa é mais idealista e subjetiva, já a qualitativa é mais realista e objetiva” (SANTOS FILHO, 2001) 
3.1 COLETA DE DADOS
Os presentes dados a respeito da instalação do novo armazém e dos dados sobre o antigo armazém de estocagem de produção foram concedidos por meio de uma entrevista semiestruturada realizada com o gerente de projetos da cooperativa. Através da entrevista e da coleta de dados documental conseguimos levantar um comparativo entre os dois sistemas de armazenagem e saber se realmente o sistema autoportante será o mais vantajoso para a empresa. 
As perguntas estão descritas no Quadro 3:
 Quadro 3 – Questões de pesquisa.
	QUESTÕES QUE NORTEARAMA ENTREVISTA.
	1. Qual o tamanho do espaço para construir a nova estrutura?
	2. Quais as vantagens na instalação de um sistema autoportante para a cooperativa?
	3. Qual a mão de obra necessária para operar o sistema autoportante na cooperativa 24 horas por dia?
	4 Qual o valor estimado com equipe por ano?
	5. Qual o valor de manutenção e energia de um sistema autoportante em relação ao sistema convencional de armazenagem?
	6. Qual o valor investido para a construção de um sistema autoportante?
Fonte: Autoria própria (2016)
4 ANALISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
4.1 INFORMAÇÕES GENÉRICAS SOBRE A EMPRESA
Em 1951 imigrantes holandeses se estabeleceram no Paraná e criaram a Colônia e a Cooperativa Agropecuária Castrolanda, união do nome do município de Castro com o país de origem. Juntos trouxeram a infraestrutura - gado leiteiro, tratores, implementos e equipamentos para uma indústria de laticínios.
Começaram do zero e com trabalho árduo criaram em 1954 a Cooperativa Central de Laticínios do Paraná. A qualidade inigualável dos produtos Batavo possibilitou o impulso a produção de pecuária e leiteria. A Cooperativa Castrolanda juntamente às cooperativas Batavo e Capal-Arapoti, mantem-se a Fundação ABC, que através de pesquisas tecnológicas avançadas mantem as atividades produtivas agropecuárias entre as mais altas do Brasil.
A pesquisa limitou-se ao estudo do projeto de implantação de um sistema de armazenamento de produção autoportante versus o sistema convencional de armazenagem da cooperativa de laticínios Castrolanda a qual vem crescendo exponencialmente. No ano de 2015 como apresentado no Gráfico 1, ela foi considerada a 5ª entre as 15 maiores empresas de laticínios do Brasil. Dado este crescimento a cooperativa galga patamares mais elevados e tecnológicos. Desta forma, desenvolveu-se um comparativo entre os dois sistemas de armazenamento de produção.
Gráfico 1 – As 15 maiores empresas de laticínios segundo o ranking Leite Brasil
Fonte: Ranking Leite Brasil (2015)
4.3 O CUSTO DE AQUISIÇÃO DO SISTEMA AUTOPORTANTE E SEUS BENEFÍCIOS
A partir deste tópico, será apresentado o custo para a aquisição e os benefícios que o sistema autoportante trará à cooperativa dentro da concepção do gerente de projetos.
 Para a aquisição e montagem do novo sistema de armazenamento o qual terá um volume de cargas para 18.144 posições de paletes será necessária uma área menor para instalação do sistema autoportante em relação ao sistema convencional já operante dentro da cooperativa e com um custo de aquisição relativamente menor. Com o ThroughtPut (entra/sai), igual entre os sistema, o que os diferenciam são os equipamentos que será usados para o ThroughtPut, e sobretudo a forma do inventário feita dentro da cooperativa que será mais rápida e objetiva com o novo sistema de armazenagem.
 Quadro 4 – Custo de aquisição do sistema autoportante.
	ITENS
	AUTOPORTANTE
	CONVENCIONAL
	18.144 posições paletes (dimensão necessária)
	3.444 m²
	28.000 m²
	ThroughtPut (entra/sai)
	25 Pal / Hora
	25 Pal / Hora
	ThroughtPut (equipamentos necessários)
	2 SRM
	3 Empilhadeiras
	Inventário
	Automático
	Manual
	Custo de aquisição
	R$ 24.900,00
	R$ 40.500,00
Fonte: Da pesquisa (2016)
4.4 LEVANTAMENTO DOS DADOS DE MANUTENÇÃO DO SISTEMA OPERANTE
Para manter o sistema autoportante operante a cooperativa terá de gastar 120% a menos em relação ao sistema convencional. Por se tratar de um sistema autoportante todo automatizado, os fatores terão um custo menor com manutenção e energia, não necessitando assim de luz para realizar as operações pré-determinadas pelo operador. Outro fator consideravelmente lucrativo para a empresa, a mão de obra que no sistema convencional precisa estar presente em 100% das ações feitas, diferentemente do sistema autoportante, onde o operador fará o papel de acionar os transelevadores, afim de levar a palete até o armazem ou traze-lo até a aréa de expedição.
Quadro 5 – Custo com manutenção e energia e mão de obra. (mensal)
	ITENS
	 AUTOPORTANTE
	 CONVENCIONAL
	Manutenção/Energia
	 R$ 41.666,67
	 R$ 66.666,67
	Mão de Obra (3 turnos)
	 8 pessoas 
	 20 pessoas
	Previsão de custo com equipe 
	 R$ 24.000,00
	 R$ 60.000,00
	Previsão custo total (mês)
	 R$ 65.666,67
	 R$ 126.666,67
Fonte: Da pesquisa (2016)
4.5 AVALIAR QUANTO A COOPERATIVA IRÁ TER DE GASTOS COM CADA SISTEMA DE ARMAZENAGEM E QUAL É MAIS VANTAJOSO
Levando em consideração a coleta de dados documentais e os dados fornecidos pelo gerente de projetos da cooperativa temos no Quadro 4, dados que norteiam os custos de aquisição de ambos os sistemas, inventários, equipamentos, e metros quadrados para construção de ambos os sistemas. No Quadro 5, apresentam-se os custos com manutenção, energia e mão de obra, o que nos mostra que a longo prazo o sistema autoportante é mais vantajoso que o sistema convencional, tendo um custo inicial para aquisição e implantação de menor custo. Assim sendo a longo prazo se tem ganhos com o consumo de energia, redução de colaboradores para manter o sistema operante, manutenção a qual torna-se consideravelmente baixa, rapidez e rotatividade dos produtos dentro do armazém.
Quadro 6 – Custos Totais
	ITENS
	AUTOPORTANTE
	CONVENCIONAL
	Custo de aquisição
	 R$ 24.900,00
	 R$ 40.500,00
	Manutenção/Energia (anual)
	 R$ 500.000,00
	 R$ 800.000,00
	Mão de Obra (3 turnos)
	 8 pessoas 
	 20 pessoas
	Previsão de custo com equipe (anual)
	 R$ 288.000,00
	 R$ 720.000,00
	Previsão custo total
	 R$ 812.900,00
	 R$ 1.560.500,00
Fonte: Da pesquisa (2016)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Após o levantamento dos dados de manutenção do sistema operante e os custos para implantação do sistema autoportante, é possível chegar ao objetivo central da pesquisa que foi analisar as vantagens na instalação de armazenagem de produção de estática para dinâmica em uma cooperativa de laticínios na região dos Campos Gerais, sendo assim ficou explicito que sistema autoportante é a melhor solução para a cooperativa, uma vez que para implanta-lo é preciso de um investimento menor ao convencional, e a longo prazo se torna mais vantajoso.
Em resposta ao primeiro objetivo específico: levantar os custos na aquisição do sistema autoportante e seus benefícios, aponta-se que para adquirir o sistema autoportante a cooperativa precisará de um menor investimento em relação ao convencional, e se tem os ganhos com espaço em área para construção, gastos com energia e manutenção que tem grande diferença em relação ao sistema convencional de armazenagem de produção.
A cooperativa irá investir o 50% menos para aquisição e instalação do sistema autoportante em relação ao convencional, de contra ponta terá um ganho significativo com mão de obra, manutenção e energia, mesmo se tratando de um sistema automatizado os transelevadores não precisam de luz para trabalhar, pois seus destinos são pré-definidos por computador, respondendo assim o segundo objetivo especifico.
A fim de avaliar o quanto a cooperativa irá ter de gastos com cada sistema de armazenagem e saber entre os dois sistema qual é o mais vantajoso entre os dois sistemas, sob o ponto de vista financeiro, o terceiro objetivo especifico fundamentou-se nos gastos totais para cada sistema, anualmente, considerando os dados obtidos com a cooperativa.
Com base nos dados levantados conclui-se que o sistema autoportante é mais vantajoso em relação ao sistema convencional de armazenagem de produção, mesmo sendo atribuído de início um menor investimento. A longo prazo torna mais econômico em relação ao convencional, atendendo as necessidades de uma empresa que está em fase de crescimento e expansão e se tem uma grande rotatividade de produtos dentro de seus armazéns.
REFERÊNCIAS 
ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais : Uma introdução / J. R. Tony Arnold ; tradução Celso Rimoi, Lenita R. Esteves. - 1. ed. - 8. reimpr.- São Paulo : Atlas 2009.BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial / Ronald H. Ballou ; tradução Raul Rubenich. - 5. ed. - Porto Alegre : Bookman, 2006. 616p. ; 28cm. 
BOWERSOX, Donald J. Logistica Empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento / Donald J. Bowersox, David J. Closs; tradução Equipe do Centro de Estudos em Logistica, Adalberto Ferreira das Neves; coordenação da revisão técnica Paulo Fernando Fleury, Cesar Lavalle. 1. ed. – 9. reimpr. – São Paulo: Atlas, 2010. 
COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em Administração: um guia prático para alunos de graduação pós-gradução. Trad. Lucia Simonini. 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. 
Cooperativa Agropecuária Castrolanda. Disponível em: http://www.castrolanda.coop.br Acessado em 10 de out. de 2016. 
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 6. Ed. – São Paulo: Atlas, 2009. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
MARTINS, Petrônio G. (Petrônio Garcia) Admininstração de materiais e recursos patrimoniais / Petrônio Garcia Martins e Paulo Renato Campos Alt. - 3.ed. rev. e atualizada. - São Paulo : Saraiva, 2009.
Milk Point. Disponivel em: http://www.milkpoint.com.br/industria/cadeia-do-leite/giro-de-noticias/ranking-leite-brasil-industrias-trabalharam-com-maior-ociosidade-em-2015-100131n.aspx Acessado em 07 de out. de 2016. 
MOURA, Reinaldo Aparecido, 1995 – Equipamentos de movimentação e armazenagem / Reinaldo A. Moura. - - 4. ed. rev. e amp. – São Paulo: IMAM, 1998. – (Série manual de logística; vol. 4) 
SANTOS FILHO, J. Camilo dos. Pesquisa quantitativa versus pesquisa qualitativa: o desafio paradigmático. In: SANTOS FILHO, J. Camilo dos; GAMBOA, Sílvio Sánchez. Pesquisa educacional: quantidade-qualidade. 4ª ed. São Paulo, 2001. 
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 11. ed. São Paulo : Atlas, 2009. 
8		Estudos qualitativos com o apoio de grupos focados

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