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COMO COBRAR HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PASSO A PASSO DE O GUIA Tempo estimado de leitura: 15min. Os itens do índice são todos clicáveis. Ao clicar no assunto de interesse, você será redirecionado para o início do capítulo correspondente. Quando o texto estiver assim, significa que ele é um link que levará para uma página externa. Pode clicar sem medo! Está vendo esses botões aqui embaixo? São para compartilhar o eBook nas principais mídias sociais! Se você gostou do conteúdo, não deixe de clicar e compartilhar ;) DICAS PARA LEITURA DESTE EBOOK A Aurum Software é uma empresa brasileira líder no desenvolvimento de software jurídico. Há 20 anos no mercado, possui unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis. Com o objetivo de ser o braço direito do advogado e grande aliado dos escritórios de advoca- cia, a Aurum entrega o que há de melhor em soluções tecnológicas e informativas para facilitar a rotina, melhorar a gestão, simplificar os processos de trabalho e otimizar o tempo dos profissionais do direito. QUEM SOMOS Introdução Capítulo 1 Os diferentes tipos honorários e seus significados Honorários contratuais ou convencionais Honorários sucumbenciais Honorários arbitrados judicialmente Capítulo 2 Honorários têm limites Quando e como usar a tabela de honorários da OAB? O que levar em consideração na hora de fixar honorários? Limites mínimo e máximo para honorários advocatícios contratuais Capítulo 3 Como cobrar honorários contratuais Afinal de contas, o que é considerado custo e despesa? E lucro, o que é? Como calcular honorários contratuais, a fórmula Como calcular a sua hora de trabalho ÍNDICE Capítulo 4 Dicas mão na massa para seu contrato de honorários 1. Se você atende empresas, não trabalhe com escopo fechado 2. Negocie com o seu cliente 3. Sobre a cláusula de êxito 4. Facilite a vida do seu cliente 5. Diminua o risco de inadimplência 6. Preveja os próximos passos 7. Leia o contrato de honorários com seu cliente 8. A nova cláusula sobre redes sociais Conclusão 6 INTRODUÇÃO Viver da própria advocacia é, antes de tudo, um grande desafio. Afinal, além de dominar as matérias do direito, é preciso entender minimamente sobre assuntos como administração, marketing jurídico, atendimento ao cliente e finanças. Essa última, em especial, incomoda os novos advogados como uma pedrinha no sapato. Muitos profissionais recém chegados ao mercado se sentem extremamente desconfortáveis com a tarefa de precificar seu trabalho e elaborar um contrato de honorários. E não é por menos! Além da pouca experiência, as instruções sobre o assunto durante a fase de estudos também são escassas. Diante desses cenários, é normal se sentir inseguro e perdido na hora de fixar um valor para a sua advocacia e até, eventualmente, “pagar para trabalhar”. Sem falar que, quando você não planeja sua precificação, acaba descobrindo que está no prejuízo só no fim do mês, ao notar que o faturamento não supera os custos de manutenção do seu negócio jurídico. Mas é possível diminuir os riscos e facilitar o processo! Preparamos este eBook para ajudar você a criar um sistema de cobrança de honorários prático e sustentável. 2016 7 Nas próximas páginas, você vai entender melhor os diferentes tipos de honorá- rios e quando eles se aplicam, descobrir como e quando usar a tabela da OAB, além de ter acesso a uma fórmula simples de cálculo de honorários. Tudo isso e muito mais em quatro capítulos especialmente desenvolvidos para descompli- car sua rotina financeira! Então, procure uma posição confortável e tenha uma ótima leitura. 2016 CAPÍTULO 1 OS DIFERENTES TIPOS DE HONORÁRIOS E SEUS SIGNIFICADOS 9 Se você se esqueceu que existe mais de uma forma de cobrar pelos seus serviços, o art. 22 da Lei de 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB) mostra que há três espécies diferentes de honorários advocatícios: • Os contratuais, também conhecidos como convencionais; • Os sucumbenciais; • E os arbitrados judicialmente. Mas como eles funcionam na prática? HONORÁRIOS CONTRATUAIS OU CONVENCIONAIS São chamados de convencionais por serem os mais praticados por advogados e escritórios, e se referem aos honorários combinados entre o profissional e o cliente, mediante contrato escrito e assinado pelas duas partes. Por ser fruto de um acordo mútuo, nesse caso, os honorários podem ser cobrados de várias formas. Por exemplo: 1. Um valor fechado acertado no início do processo; 2. Um valor fixo mensal a ser pago enquanto durar o processo; 3. Um valor ao final do processo, normalmente representado por uma por- centagem sobre o êxito do cliente; 4. A combinação de alguns ou de todos os itens acima. 10 Observação: O item 3 é conhecido como cláusula quota litis, quando a remu- neração do advogado depende diretamente do seu sucesso na demanda. Embora não recomendada como forma única de acerto de honorários, a ado- ção dessa cláusula é possível, quando praticada em caráter excepcional (com- binada a outros itens ou em causas especiais). HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS São praticáveis quando, em um processo, a parte perdedora deve pagar um valor ao advogado da parte ganhadora. Os honorários de sucumbência e os contratu- ais são independentes um do outro, de maneira que o profissional pode receber ambos. Os honorários sucumbenciais são fixados pelo juiz que presidiu o processo e, apesar de não serem tabelados, costumam variar de 10% a 20% sobre o valor da condenação. HONORÁRIOS ARBITRADOS JUDICIALMENTE São praticados quando o advogado e o cliente não combinam previamente os honorários contratuais, ou combinam apenas verbalmente e depois discordam. Nessas situações, um juiz analisa o caso e fixa um valor que entende como cor- reto, de acordo com o trabalho, o valor econômico da questão e os limites da tabela de honorários da OAB. CAPÍTULO 2 HONORÁRIOS TÊM LIMITES 12 Tudo tem limite nessa vida, inclusive os honorários. Brincadeiras à parte, os limi- tes legais dos honorários advocatícios é um tema muito sensível aos advogados, principalmente os iniciantes, e está diretamente ligado à importância de um entendimento real da tabela da OAB. Então, vamos por partes para entender como esses limites funcionam e de que forma usar a tabela da OAB pode ajudar você a precificar seu trabalho. QUANDO E COMO USAR A TABELA DE HONORÁRIOS DA OAB? É muito comum usar a tabela da OAB como referência para elaborar os primei- ros contratos de honorários. Todos os estados têm o seu próprio quadro de valores para cada tipo de serviço. Mais do que um balizador de honorários, a tabela da OAB é útil para orientar quem não sabe o valor mínimo fixado para as atividades jurídicas. Além de ser uma obrigação legal, respeitar o piso descrito na tabela é fundamen- tal para evitar que, na tentativa de sobreviver ao mercado e conquistar novos clientes, a prática individual do advogado não desvalorize o trabalho de toda uma classe. Já imaginou se, por exemplo, um grupo de operadores do direito começa a cobrar honorários inferiores ao previsto na tabela? Os clientes terão a falsa impressão de que os honorários advocatícios são flexíveis e facilmente negociáveis, ignorando a regulamentação da profissão. 13 O QUE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO NA HORA DE FIXAR HONORÁRIOS? Antes de explicar melhor sobre os limites mínimo e máximo dos honorários, é importante ressaltar que os valores apresentados na tabela da OAB podem ser ajustados de acordo com os seguintes aspectos: • A complexidade do caso; • O tempo estimadopara a duração do processo; • A dedicação ao cliente, se é exclusiva ou não; • O tipo de cliente, se é frequente ou pontual; • O prestígio e o nível de especialização do advogado; • A relevância e o valor da causa; • A praxe da região. Por isso, a recomendação aos iniciantes é para não se limitarem à tabela, mas sempre usá-la como um comparativo para criar seus próprios modelos, até que os processos de cobrança se tornem mais orgânicos. LIMITES MÍNIMO E MÁXIMO PARA HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS A profissão da advocacia é regulada principalmente por duas normas: • O Código de Ética e Disciplina da OAB (artigos de 48 a 54) e; • Pela Lei 8.906/94 do Estatuto da Advocacia. 14 Além da abordagem geral sobre o assunto, os documentos trazem questões relativas ao piso (valor mínimo permitido) e ao teto (valor máximo permitido) da categoria. Vejamos: Limite mínimo É isso mesmo que você entendeu. Advogados estão obrigados a cobrar um valor mínimo por seus serviços. O artigo 39 do Código de Ética determina que a cobrança abaixo da tabela é considerada “captação de clientes”, prática entendi- da como infração disciplinar pelo artigo 34, inciso VI, do Estatuto da Advocacia. O que implica dizer que, o profissional que opta por ir na contramão da regu- lamentação da advocacia, pode acabar recebendo um processo disciplinar por infração ética, com risco de ser punido com multa, censura, suspensão e até exclusão. Limite máximo Assim como existe a fixação de um valor mínimo para a cobrança de honorários, há também um limite máximo a ser respeitado. O artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB prevê que os honorários advocatícios, somados os contra- tuais e os sucumbenciais, nunca devem ser superiores ao valor que o cliente receberá em razão do processo. Em uma leitura crua da Lei, pode-se dizer que o advogado é autorizado a rece- ber até 50% sobre o êxito do cliente. No entanto, tomando como base o esta- 15 do de Santa Catarina, de acordo com a prática do mercado e as decisões judi- ciais recentes, essa porcentagem não costuma ser superior a 30% sobre a causa ganha. Honorários acima desse valor podem ser considerados abusivos. Observação: Para a prática legal, as custas processuais – valores pagos ao Esta- do, de acordo com uma tabela fixada que varia conforme a região – não se fundem com os honorários. Os custos dos processos devem ser transmitidos aos clientes. Achou confuso? Esse assunto está melhor explicado no próximo capítulo deste eBook. CAPÍTULO 3 COMO COBRAR HONORÁRIOS CONTRATUAIS 17 Se você aprendeu que todo advogado iniciante precisa pagar para trabalhar, vai gostar de saber que não é – e nem precisa ser – exatamente assim. Os honorários devem remunerar todos os serviços do advogado, desde as horas de estudo do caso e o valor pago para iniciar o processo até seus possíveis desdobramentos. Existem diferente maneiras de sistematizar a cobrança de honorários e todas elas valorizam o lucro do profissional. Nesse eBook vamos nos ater a apenas duas formas principais de precificação. Assim, você conseguirá estipular o valor da sua hora de trabalho e descobrir uma fórmula simplificada de cobrança de honorários contratuais. AFINAL DE CONTAS, O QUE É CONSIDERADO CUSTO E DESPESA? Para evitar que você fique no prejuízo, é importante entender a relação entre custo e lucro. Para isso, é necessário levantar todos os custos fixos do seu negó- cio jurídico e estabelecer um valor para seu trabalho intelectual. Mas o que sig- nifica tudo isso? Os custos podem ser divididos da seguinte forma: • Custos fixos são gastos mensais necessários para o desenvolvimento do seu trabalho, como aluguel, energia, internet, funcionários, entre outros. O ideal é dividir esses custos pelo número de clientes que você tem, a fim de simplificar a cobrança; 18 • Custas ou despesas processuais são as taxas judiciárias cobradas pela prestação de serviços públicos para o julgamento de uma ação ou recurso; • Tributação são as taxas e impostos que incidem sobre as notas fiscais emitidas; • Despesas geradas se referem aos gastos que você terá com o seu cliente ao longo do processo, como cópias, impressões, deslocamentos, viagens, etc. Todos os custos fixos, processuais e tributários devem ser repassados ao cliente para que você consiga, finalmente, lucrar com o seu trabalho. Sabendo a média de custos mensais, fica mais fácil dividir a cobrança entre todos os clientes. É importante ressaltar que não há incidência de impostos sobre as custas ou despesas processuais e o ressarcimento do valor pode ser feito pela emissão de uma nota de débito. Já as despesas geradas podem ser cobradas junto aos honorários ou à parte, após a conclusão do trabalho na forma de ressarcimento, e também em paga- mentos mensais. Essa última alternativa costuma ser aplicada a clientes perma- nentes ou processos longos. São taxas mínimas, apenas para cobrir os custos gerados ao longo do processo. Essa estratégia, além de ser sustentável, fun- ciona também como uma forma de manter um relacionamento constante com seus clientes, que receberão mensalmente um boleto do seu escritório. 19 E LUCRO, O QUE É? Por último, mas não menos importante: o lucro é o valor referente ao seu ganho efetivo. Você pode lucrar fixando um percentual sobre o valor do custo do serviço integral ou sobre a sua atividade intelectual. É aqui que entram o valor da sua hora de trabalho e a porcentagem que você irá cobrar em cima do êxito do cliente. Basicamente, após cobrir os custos, tudo o que vier é lucro. Portanto, muita atenção nessa hora: os custos são inegociáveis! Qualquer negociação de valor entre você e seu cliente deve ser feita exclusivamente em cima do lucro. Caso contrário, você estará perdendo dinheiro. COMO CALCULAR HONORÁRIOS CONTRATUAIS, A FÓRMULA Agora que você entendeu a teoria, vamos para a prática? Valor = Custo do serviço + Despesas geradas + Lucro Gabriel, o nosso advogado autônomo fictício, abriu seu planejamento de honorá- rios para nos ajudar a entender toda essa teoria na prática. Confira como o Gabriel usou a fórmula acima para calcular seus honorários: 20 Custos do serviço: • Valor da atividade intelectual ou pró-labore: R$ 5.000,00 (+) • Custos fixos para cada cliente: R$ 250,00 (+) • Custo tributário (imposto sobre Nota Fiscal): R$ 250,00 (+) • Despesas iniciais (custas processuais): R$ 500,00 (+) = R$ 6.000,00 -> Inegociáveis Previsão de despesas geradas: • Cópias, impressões, deslocamentos: R$ 300,00 Lucro: • 30% de lucro sobre o trabalho intelectual ou pró-labore: R$ 1.500,00 -> Negociáveis Valor = R$ 6.000,00 + R$ 300,00 + R$ 1.500,00 Valor = R$ 7.800,00 (preço final) Quer fazer esse cálculo de forma automática? Acesse nossa calculadora de honorários! Observação: Você não precisa abrir para o seu cliente como chegou a esse valor. Ao acordar com ele, você só precisa ter em mente a sua margem de negociação, sabendo que apenas o lucro é negociável. No caso do Gabriel, no exemplo acima, a margem de negociação é de R$ 1.500,00. 21 COMO CALCULAR A SUA HORA DE TRABALHO É possível e legítimo simplificar a sua precificação estabelecendo valores para determinados serviços, como palestras, consultorias, consultas jurídicas e outras atividades passíveis de terem o esforço e o tempo de dedicação calculados. Ainda que os valores sofram variações conforme a demanda, essa prática, além de facili- tar a sua organização interna, agiliza a comunicação de valor sobre a sua advocacia. Existem várias maneiras de precificar a sua hora de trabalho. Escolhemos a queconsideramos mais simples para servir como um ponto de partida: Valor da Hora = Custo do serviço / Horas de trabalho por mês Para precificar a hora de trabalho, o advogado deve considerar o custo fixo do escritório, somá-lo ao valor atribuído para a sua atividade intelectual ou pró-la- bore e dividir pelas horas de trabalho do mês. Ex: O custo fixo total do escritório do Gabriel é de R$ 4.000,00. Ele atribuiu para a atividade intelectual dele o valor de R$ 5.000,00 e costuma trabalhar aproxi- madamente 160 horas por mês (o equivalente a 8 horas semanais). Aplicando a fórmula, chegamos ao valor de R$ 56,25 para a hora de trabalho do Gabriel. Assim: Valor da hora = R$ 4.000,00 + R$ 5.000,00 / 160h Valor da hora = R$ 56,25 22 CAPÍTULO 4 DICAS MÃO NA MASSA PARA SEU CONTRATO DE HONORÁRIOS 23 Agora que você já entendeu como esquematizar a cobrança dos honorários con- tratuais, chegou a hora de elaborar o documento para apresentar ao cliente. É um momento delicado, que requer muita atenção. Por isso, listamos algumas dicas para te ajudar nos primeiros contratos de honorários. 1. Se você atende empresas, não trabalhe com escopo fechado A realidade da empresa pode mudar rapidamente. Hoje, por exemplo, ela pode ter meia dúzia de processos e, daqui a seis meses, estar com mais de cem. Com pouco tempo de trabalho e de vigência do contrato, fica difícil renegociar os honorários com o cliente. Nesse caso, a sugestão é cobrar uma taxa fixa para cada processo ativo. Ex: Seu honorário fixo é de R$ 2.000,00 mensais e você cobra uma taxa de R$ 100,00 para cada processo ativo. Atualmente, a empre- sa tem dez processos em andamento. Então, o seu honorário mensal será de R$ 2.000,00 + R$ 1.000,00. 2. Negocie com o seu cliente Um bom negócio deve beneficiar as duas partes. Sabendo disso, procure nego- ciar com seu cliente uma parcela inicial para começar o trabalho. Normalmente, o valor praticado para a entrada varia de 15% a 30% do valor total dos honorá- rios. Essa prática é importante para evitar a famosa cilada de pagar para traba- lhar ou de ficar de mãos vazias caso o seu cliente decida trocar de advogado. 3. Sobre a cláusula de êxito Negocie com o seu cliente um percentual em cima do sucesso da causa, tanto para valores recebidos quanto sobre redução de dívidas. Para ter uma margem 24 de negociação maior, de acordo com o valor da causa, combine com seu cliente de fazer essa porcentagem constar no seu lucro total. Um jeito de fazer isso é cobrar, por exemplo, apenas 20% do seu trabalho intelectual e, no caso de sucesso da demanda, mais 10% em cima do valor total da causa. 4. Facilite a vida do seu cliente Seu cliente topou pagar um valor de entrada, nada mais justo do que facilitar para ele dividindo o restante em parcelas. Outro pon- to importante é não fugir da realidade processual e nem cobrar mais do que seu cliente pode pagar. Antes de aceitar uma causa, calcule o custo/benefício do negócio para você e para o seu escritório. 5. Diminua o risco de inadimplência Sabe aquele cliente que você já sabe que vai dar trabalho? Antes de começar o serviço, cobre dele o valor correspondente aos custos do serviço e das despesas geradas. Deixe o lucro para o fim do processo. Assim, se o cliente sumir, você pelo menos não fica no prejuízo. Importante: Faça constar no contrato de hono- rários desse cliente que os custos gerados – aqueles que surgem no decorrer do processo – devem ser pagos antecipadamente e não na forma de reembolso. Para isso, você terá que fazer uma previsão de gastos. 6. Preveja os próximos passos Você não tem bola de cristal, mas possui conhecimento suficiente para prever pos- síveis recursos, embargos e apelações. Se antecipe e faça um planejamento de custos e atividades. Com o tempo, esse exercício o tornará mais experiente para calcular a média de honorários para cada processo. 25 7. Leia o contrato de honorários com seu cliente Antes de dar o documento para o cliente assinar, leia junto com ele. Vá passan- do item por item, explicando o teor de cada cláusula. Ao final, pergunte se há alguma dúvida. Só então, peça a assinatura. 8. A nova cláusula sobre redes sociais Se você costuma sofrer interferências fora do horário de trabalho ou quer evi- tar receber mensagens de clientes pelo WhatsApp ou Facebook fora do expe- diente, pode inserir uma cláusula no seu contrato de honorários estabelecendo limites para esse tipo de interação. Mais ou menos assim: “Cláusula Quinta: A utilização de mensagens por celular, WhatsApp ou qualquer outro meio de mídia social será desconsiderada e em caso de insistência será cobrado o valor de hora da consulta nos termos da tabela da OAB/SC. Aplica- -se a mesma medida para ligações telefônicas fora do horário de expediente e finais de semana ou feriados.” Porém, além de constar no documento, é importante que você comunique aos seus clientes seu horário de atendimento e os canais adequados para o contato. Obviamente, essa cláusula aborda questões genéricas. Seus clientes também devem ser orientados sobre como contatar você em casos de urgência. E o con- ceito de “urgência” deve estar bem alinhado entre o advogado e o cliente. 26 Saber planejar a cobrança dos seus honorários é fundamental para que seu negócio jurídico seja sustentável e lucrativo. A partir do entendimento do que é despesa e o que é lucro, é possível comunicar melhor o valor do seu trabalho para os clientes, ganhar certa flexibilidade na hora de negociar valores e elabo- rar um contrato de honorários muito mais claro e assertivo. Afinal, você sabe até onde pode ir para não acabar no prejuízo. Preparamos este material para facilitar a sua rotina. Esperamos que ele seja útil e ajude você a advogar e empreender com mais qualidade. Lembre-se sempre que sugestões não são regras e, por isso mesmo, podem ser adaptadas de acor- do com a sua realidade. O importante é encarar seu planejamento de honorários com seriedade e comprometimento. Muito sucesso! CONCLUSÃO MELHORE SUA ADVOCACIA Um bom sistema de gestão ajuda a otimizar sua rotina para que você se preocupe apenas em advogar. Conheça o software jurídico mais moderno do mercado. Experimente o Astrea gratuitamente! QUERO CONHECER
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