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Case 2 - CIA AP (FÁBRICA DE CERÂMICA) Etapa 1: IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA Ultimamente a fabrica de cerâmica está enfrentando sérios problemas com relação ao índice de satisfação de clientes. A Meta, estabelecida é de 95% de satisfação de clientes e, há algum tempo, este índice está abaixo de 75%. O índice de satisfação de Produtos é mensurado para as duas linhas de produtos. Algumas das reclamações dos clientes são: - Azulejos quebram-se facilmente; - Vemos desnível ao colocar azulejos na parede, eles têm espessuras diferentes; - Os azulejos têm extremidades arredondadas; - Os azulejos têm riscos. Etapa 2: OBSERVAÇÃO Na etapa de observação pode-se analisar uma planilha da empresa de cerâmicas sobre o índice de satisfação sobre suas duas linha do portfólio, a reta e a curvada. Como a tabela abaixo: Tabela 01: índice de Satisfação Reta Curvada 1º Trimestre 2009 93% 90% 2º Trimestre 2009 92% 92% 3º Trimestre 2009 95% 97% 4º Trimestre 2009 97% 98% 1º Trimestre 2010 98% 97% 2º Trimestre 2010 94% 96% 3º Trimestre 2010 92% 93% 4º Trimestre 2010 90% 90% 1º Trimestre 2011 91% 90% 2º Trimestre 2011 87% 88% 3º Trimestre 2011 85% 91% 4º Trimestre 2011 80% 85% 1º Trimestre 2012 77% 79% 2º Trimestre 2012 70% 68% Esse decaimento ocorre pelas falhas no processo de produção e a quantidade de defeitos gerado nas suas linhas Reta e curvada. Segundo os clientes algumas das reclamações dos clientes são: Azulejos quebram-se facilmente, vemos desnível ao colocar azulejos na parede, eles têm espessuras diferentes, os azulejos têm extremidades arredondadas e os azulejos têm riscos. Segundo esse gráfico abaixo pode-se observar o decaimento de satisfação das suas duas linhas de produto (Reta e Curvada). Esse índice decresce durante o 2ª Trimestre de 2010 chegando a 68% de confiabilidade na linha Curvada e 70% na linha Reta. GRAFICO DE PARETO IMAGEMMM Conforme demonstra o gráfico de pareto, o defeito maior expressividade é o risco, em função da não adoção do procedimento correto de trabalho. Ainda na analise da etapa de observação os dados estabelecidos na tabela abaixo esquecidas no meio de inúmeras planilhas de controle revela uma relação forte entre o tempo de treinamento dado aos funcionários e a quantidade de defeitos realizada no turno especifico com cada equipe. Tabela 2: Quantidade de Defeitos do 2º Trimestre de 2012, para cada uma das Equipes de Produção. Equipe Tempo de Treinamento (Hrs) Quantidade de Defeitos 1 (1º Turno) 40 1582 2 (2º Turno) 20 2971 3 (3º Turno) 12 4845 4 (1º Turno) 55 1089 5 (2º Turno) 48 1304 6 (3º Turno) 30 2383 7 (1º Turno) 50 1274 8 (2º Turno) 55 1096 9 (3º Turno) 15 4131 Com essas informações pode-se montar um gráfico e ajudando a visualizar essa relação forte entre essas variáveis: Com esse gráfico é visível a relação forte inversamente entre o Tempo de Treinamento dado a cada turno das equipe e o Número de Defeitos ocorridos. No 3º Turno vê explicitamente a falta de tempo de treinamento, como 12 horas na equipe 3, 30 horas na equipe 6 e 15 horas na equipe 9. Isso traz a quantidade de defeitos muito alta nessas equipes que estão no 3º turno. Para ter certeza desses dados adquiridos na planilha de qualidade, orientamos a usar uma ferramenta chama Correlação, para entender como essas duas variáveis se comporta. Gerando um gráfico de dispersão como mostra abaixo: No gráfico relacionado acima vê um alinhamento entre esses pontos, onde a variável dependente é o tempo de treinamento e a variável independente é a quantidade de defeitos. Esse alinhamento gera uma reta que pode ser usado não só como um dado a mais, mas mostra previsões de quanto a empresa tem que investir em treinamento para diminuir a quantidade de defeitos. A Correlação entre Tempo de Treinamento (Hrs) e Quantidade de Defeitos foi -0,95806, ou seja existe uma relação forte inversamente de -96% entre esses dados. Quanto menor o treinamento dado, mais aumenta a quantidade de defeitos no trimestre e vice versa. Etapa 3: ANALISE DAS CAUSAS BRAINSTORMING DE CAUSAS: Riscos: Foi identificado no processo de lixamento das peças a não adoção do procedimento correto de instrução de trabalho, que determina que a atividade seja realizada em movimentos circulares e não em linha reta. Racha e Calombo: Pela recente troca de fornecedores de matéria prima, a composição das peças deram origem a um produto mais frágil, aumentando o número de defeitos com rachaduras. Quebra: Um motivo pelo alto número de quebras juntamente com outros defeitos é o trabalho noturno, que compromete a saúde do trabalhador, deixando-o mais suscetível a erros. Acabamento e Outros: Com a redução do tempo de treinamento dos funcionários, o número de defeitos aumentou significativamente nos últimos anos. DIAGRAMA DE ISHIKAWA Etapa 4: PLANO DE AÇÃO Com o intuito de reduzir os defeitos da empresa cia AP e conseqüentemente aumentar a satisfação do cliente, foram propostas as seguintes medidas com base na ferramenta 5W1H: Revisão dos manuais de procedimentos operacionais padrão nos postos de trabalho. Treinamento de reciclagem acerca dos procedimentos operacionais em cada processo produtivo. Realizar testes com matéria prima antiga e verificar se o índice de defeitos volta a ter números mais baixos como nos anos anteriores. Realizar testes com novos equipamentos de proteções individuais a fim de garantir a segurança e conforto dos colaboradores. Criar rotinas de manutenção preventiva nas máquinas. Todos esses itens mencionados são para contribuir o aumento da demanda com melhoria no desempenho do negócio. Resultando um impacto positivo, pois o custo da não qualidade está impactando diretamente no resultado. Com a tabela abaixo apresenta a quantidade de produção por período: Tabela 04: Quantidade Produzida Reta Curvada 1º Trimestre 2009 80000 65000 2º Trimestre 2009 93000 76500 3º Trimestre 2009 83090 74950 4º Trimestre 2009 95000 72450 1º Trimestre 2010 87000 73300 2º Trimestre 2010 98000 72450 3º Trimestre 2010 94000 81600 4º Trimestre 2010 92000 79050 1º Trimestre 2011 90000 76500 2º Trimestre 2011 75000 76500 3º Trimestre 2011 87000 64800 4º Trimestre 2011 98700 70002 1º Trimestre 2012 108000 82002 2º Trimestre 2012 109010 82000 Etapa 6, 7 e 8: VERIFICAÇÃO DA EFICÁCIA, PADRONIZAÇÃO E CONCLUSÃO Na etapa de verificação das medidas propostas, na ordem supracitada, propõe-se: Verificar in loco como os trabalhos estão sendo feitos e revisar os procedimentos operacionais. Caso ainda não possua, criar uma instrução de trabalho envolvendo a supervisão, qualidade, operadores e auxiliares; Elaborar rotinas de treinamentos mensais principalmente no 3º turno, onde o problema com defeitos é maior, até que os números de defeitos comecem a cair significativamente, e posteriormente estender o intervalo de treinamentos para um período maior; Verificar com representantes de matérias primas a melhor solução para a composição das peças e apresentar os problemas que têm correlação com a má qualidade do material. Ao realizar testes com os novos EPI’s, monitorar seu uso e apontar o nível de satisfação dos colaboradores com o mesmo; Criar check lists de manutenção e uma rotina de manutenção preventiva, para diminuir o número de máquinas que estragam sem aviso prévio. Medir através de coleta de dados o número de defeitos e verificar se o problema diminuiu ou persiste.
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