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Aula 6 Teorias Economicas Aplicadas

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Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
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Teorias Econômicas Aplicadas à 
Contabilidade 
 
 
Aula 6 
 
 
Prof. Clecio S. Steinthaler 
 
 
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Conversa Inicial 
Uma das grandes questões do mundo é o dilema entre o crescimento e o 
desenvolvimento econômicos. São dois tópicos interligados, mas que diferem 
essencialmente na condução do processo econômico. Enquanto o crescimento 
representa ganhos de produtividade, expansão de mercados; o desenvolvimento 
considera a elevação do padrão de vida. Então, haverá sempre o dilema: 
primeiro crescer e depois desenvolver ou desenvolver para crescer 
autossustentado? 
 
Contextualizando 
Como podemos medir o crescimento e o desenvolvimento de um país? 
Relativo à melhoria do bem-estar da população, o conceito de desenvolvimento 
econômico o IDH é medido através de três indicadores principais: renda, 
educação e longevidade. A aplicabilidade de políticas de desenvolvimento eleva 
os indicadores sociais, tornando o país desenvolvido. 
 
Tema 1: Conceitos fundamentais de crescimento e 
desenvolvimento econômico 
O crescimento econômico é o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), ou 
seja, uma elevação da produção do país. O PIB é calculado através da soma, a 
preços correntes, de todos os produtos e serviços finais de um país em um 
determinado período. O conceito de desenvolvimento econômico está 
relacionado à melhoria do bem-estar da população. 
 
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O desenvolvimento econômico é medido através do Índice de 
Desenvolvimento Humano (IDH) que considera três indicadores principais: 
renda, educação e longevidade. 
IDH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://festasefandangos.blogspot.com.br/2015/05/brasil-patria-sem-educacao.html>. 
Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços finais 
produzidos no país. O Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE) calcula 
a quantidade e os valores de tudo o que é produzido, como carros, pães e 
salários. 
Para evitar contagens repetidas de um mesmo bem, as matérias-primas 
são desconsideradas. Bens usados e revendidos também são excluídos porque 
o objetivo é medir apenas a produção do ano de referência. 
A medição abrange todos os setores da economia – agricultura, comércio, 
serviços, indústria e governo. Exportações e importações de bens e serviços 
também são registradas. 
 
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PIB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://g1.globo.com/economia/pib-o-que-e/platb/>. 
 
Com base nesse valor, chega-se ao PIB nominal. Para chegar ao 
crescimento real da economia, o IBGE precisa ainda descontar a inflação em 
relação ao ano anterior, o que faz o cálculo considerar apenas a variação nas 
quantidades produzidas. 
 
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Fonte: <http://bemblogado.com.br/site/110-graficos-sobre-evolucao-dos-indicadores-
economicos-e-sociais/>. 
O IDH é um dado estatístico criado pelo Programa das Nações Unidas 
para o Desenvolvimento (PNUD) para contrapor os dados puramente 
econômicos utilizados para medir a riqueza dos países e analisar o 
desenvolvimento a partir da inclusão de outros fatores. Atualmente, o cálculo do 
IDH é efetuado a partir de três aspectos principais da população: renda, 
educação e saúde. Assim, quanto mais esses três aspectos apresentarem 
melhorias, melhor será o IDH. 
No quesito saúde, para o cálculo do IDH, considera-se a expectativa de 
vida, no sentido de que esse fator observa o quão “longa e saudável” é a vida 
das populações. Já no âmbito da educação, é avaliado o índice de alfabetização 
de adultos e também os níveis de escolarização da população, os anos médio 
de estudos e o tempo esperado de escolaridade. 
 
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Já o fator “renda” apresenta o foco no padrão de vida por pessoa, e é 
medido pelo PIB per capita, que seria o PIB dividido pela população, além da 
Paridade do Poder de Compra (PPC), que executa os cálculos no sentido de 
excluir as diferenças entre a valorização das diferentes moedas dos países. 
Assim, para que o IDH seja calculado, realiza-se uma ponderação média entre 
esses três fatores, que devem possuir o mesmo peso, pois considera-se que 
saúde, educação e renda são elementos igualmente importantes para a garantia 
do desenvolvimento humano da população. O resultado varia de 0 a 1, de forma 
que, quanto mais próximo do valor máximo, maior é o desenvolvimento humano 
de uma determinada localidade. 
A seguir, podemos observar as categorias sob as quais são divididos os 
países com base em seus respectivos IDHs: 
 IDH baixo – reúne todos os países que apresentam IDH abaixo de 0,500; 
 IDH médio – países com IDH entre 0,500 e 0,799; 
 IDH alto – países com desenvolvimento humano entre 0,800 e 0,899; 
 IDH muito alto – países cujo índice encontra-se igual ou acima de 0,900. 
Os dados do IDH são divulgados em relatórios anuais pela Organização 
das Nações Unidas (ONU), podendo apresentar grandes variações de um ano 
para outro, principalmente se houver alterações nos métodos matemáticos 
empregados. 
 
 
 
 
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Fonte: <http://www.sindisaude.com.br/home/banner-noticias/brasil-mantem-crescimento-do-
idh.html>. 
Os três países com os maiores IDH são Noruega, Austrália e Nova 
Zelândia, sendo apenas dez os países que apresentaram um IDH considerado 
muito alto. O Brasil ocupa a 73ª posição, sendo considerado, portanto, médio. 
Entre os países com IDH baixo, quase todos são do continente africano, com 
destaque para os últimos colocados: Níger, República Democrática do Congo e 
República Centro-Africana. 
 
Tema 2: Crescimento econômico e a concentração de renda 
Quanto ao crescimento econômico e a concentração de renda, um fator 
de destaque a ser mencionado é que a população, nos últimos anos, teve 
crescimento superior ao crescimento da produção. Esse paradoxo favorece a 
concentração de renda, aumentando a desigualdade entre ricos e pobres. E, por 
via de consequência, a um menor crescimento econômico. 
 
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Com o crescente empobrecimento da população, a economia entra em 
processo de estagnação porque o empobrecimento conduz a um processo de 
menor consumo, que leva a uma menor produção. A opção seria uma forte 
política de exportação, com um processo de industrialização que proporcionasse 
ganhos de produtividade, mas, no Brasil, ainda possuímos um forte modelo de 
exportação agroexportador, o que causa uma dependência permanente de 
países desenvolvidos. 
Países subdesenvolvidos 
 Exportam produtos primários 
 Importam produtos acabados 
 Importam tecnologia 
Países desenvolvidos 
 Importa produtos primários 
 Exportam produtos acabados 
 Exportam tecnologia
A alteração dessa base estrutural passa obrigatoriamente por uma 
transformação estrutural, de dois tópicos: urbanização e industrialização. Para 
compreendermos a dimensão desse dilema, vamos nos concentrar em dois 
pontos: a concentração de renda e a tributação. 
A concentração de renda mundial alcançou níveis tão críticos quanto o do 
mundo industrializado antes da Primeira Guerra Mundial. Considerando a 
pirâmide social, podemos afirmar que a base da pirâmide tem, atualmente, mais 
gente. A tributação brasileira é um dos fatores que agrava essa situação, pois 
encarece a contratação da mão de obra, eleva os preços finais, e cobra da 
sociedade deforma indistinta um alto preço. 
O Brasil possui uma tradição de pouco tributar a propriedade e a riqueza, 
ao contrário do que ocorre pelo mundo. Essa opção afeta os mais pobres, pois 
eles pagam os mesmos impostos que os ricos em todas as suas compras – de 
carne, de roupa, de celular etc. 
 
 
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A tributação no Brasil e no Mundo 
 
 
 
 
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Distribuição da carga tributária no Brasil 
 
 
 
 
 
O maior tributo do Brasil 
Em relação aos tributos isoladamente, pode-se notar que, apesar da 
grande diversidade de impostos, a arrecadação se concentra em apenas alguns. 
Observa-se que o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 
é o tributo de maior arrecadação, responsável pela fatia em torno de 22% de 
toda a arrecadação tributária. 
Agora que descobrimos a forte tributação, vamos ver como fica a renda 
média do Brasileiro. A Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares (POF), onde 
se coletam dados sobre as fontes e os usos de recursos por parte das famílias 
brasileiras, destaca que num período de 1933 a 2013, o 1% mais rico do país 
deteve 27% de toda a renda gerada. 99% da população têm 83% restantes da 
renda. 
 
TRIBUTOS
FEDERAIS
69%
TRIBUTOS
ESTADUAIS 26%
TRIBUTOS
MUNICIPAIS 5%
 
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Tema 3: Desenvolvimento econômico 
O pensamento econômico brasileiro, que busca compreender o processo 
histórico de desenvolvimento da economia brasileira ao longo da primeira 
metade do século, é estruturado em várias fases que fizeram parte da realidade 
brasileira. Vamos ver as principais correntes que dominaram a formação 
econômica do Brasil: 
a) A tese desenvolvimentista 
O desenvolvimentismo caracteriza-se por defender que o desenvolvimento 
nacional só pode ocorrer por um forte processo de industrialização, em 
detrimento de outras opções econômicas. 
b) A tese cepalina 
O conceito de “dependência”, no qual os países periféricos são dependentes 
econômica, tecnológica e politicamente (aceitação das influências geopolíticas) 
de ações tomadas pelos países desenvolvidos, promove deterioração dos 
 
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termos de troca, pois é crescente e desfavorável aos países periféricos, pois são 
obrigados a exportarem produtos primários a menores preços e comprar 
produtos industrializados, que têm preços maiores. 
Com isso, ao longo do tempo, os periféricos têm que dar mais produtos primários 
para comprar a mesma quantidade de produtos industrializados, ou então, 
comprar cada vez menos produtos industriais. 
c) A teoria da substituição das importações 
Atribui grande importância às políticas econômicas internacionais do governo 
para a promoção da industrialização, através de investimentos (infraestrutura), 
de proteção tarifária (impostos de exportação e importação, e impostos sobre a 
produção), incentivos financeiros (crédito e juros) e subsídios. 
Vamos dar uma olhada no perfil do desenvolvimento econômico e social do 
Brasil nos últimos anos? Até os anos 1970, o desenvolvimento econômico era 
sinônimo da implantação de setores industriais tradicionais, como o siderúrgico, 
cimento e o automobilístico. Enquanto que o agronegócio era tido como atividade 
econômica típica de países em estágios iniciais do processo de 
desenvolvimento. Mas, com as inovações tecnológicas e o aumento de 
produtividade, o setor agropecuário vem ganhando novos contornos. 
De acordo com levantamento realizado pela Organização para Cooperação de 
Desenvolvimento Econômico (OCDE), o cenário da produção de alimentos prevê 
a necessidade de crescimento de 20% até 2020 para atender à crescente 
demanda mundial. Nesse contexto, a Organização das Nações Unidas para a 
Alimentação e a Agricultura (FAO) prevê que a União Europeia contribua com 
um aumento de 4% em sua produtividade, a Austrália com 7%, os EUA e Canadá 
com 15%, a Rússia e China com 26% e o Brasil com 40%. 
 
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Os segmentos empresariais mais bem-sucedidos e mais promissores da 
produção nacional são aqueles que interagem melhor com o ambiente 
competitivo internacional, com a busca de um padrão tecnológico de ponta, seja 
em relação a produtos, processos produtivos ou técnicas de gestão, como é o 
caso do agronegócio brasileiro. Todavia, cabe ao governo fazer a sua parte, 
reestruturando a política agrícola nacional de maneira a reduzir a volatilidade da 
renda dos produtores rurais e permitir uma mobilidade positiva e progressiva dos 
mesmos, em especial das classes C e D/E para classes superiores. 
 
Tema 4: Políticas de desenvolvimento econômico 
A Comissão Econômica para a América latina e Caribe (CEPAL), criada 
em 1949, tem por objetivo realizar estudos visando promover o desenvolvimento 
de determinadas regiões. A CEPAL liderou a maior corrente de pensamento 
desenvolvimentista da história das nações. O pensamento cepalino para países 
com forte tendência agrícola é de que só através do desenvolvimento industrial 
e tecnológico o país pode crescer economicamente, gerando maiores produções 
agrícolas, pois com equipamentos modernos a produção tende a aumentar, e as 
exportações também. 
O desenvolvimento econômico é um fenômeno que se caracteriza pelo 
aumento sustentado da produtividade, acompanhado por sistemático processo 
de acumulação de capital e incorporação de novos progressos tecnológicos. 
Uma vez iniciado, o desenvolvimento econômico tende a ter crescimento 
constante, num processo automático de realimentação, que não 
necessariamente será igualitário para todos, sempre haverá setores que, por 
problemas estruturais, tenderão a um crescimento menor, ou até mesmo a uma 
estagnação. 
 
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Os dois fatores fundamentais que determinam o processo de 
desenvolvimento econômico são a taxa de acumulação de capital e a capacidade 
de incorporação de progresso técnico à produção. O crescimento da 
produtividade de um país depende diretamente da acumulação de capital e da 
incorporação de progresso técnico à produção. 
Quando uma economia está em processo de crescimento é porque existe 
uma estratégia nacional de desenvolvimento, que as diretrizes governamentais 
estão direcionadas para a competição econômica com as demais nações. 
Quando uma economia começa a crescer muito lentamente, ou até mesmo a 
estagnar ou regredir, em comparações com períodos anteriores, é sinal evidente 
de que as diretrizes governamentais estão desajustadas, e que o país perdeu a 
ideia de nação. 
As políticas de desenvolvimento brasileiro iniciam-se ainda no tempo do 
Brasil colônia, quando o seu modelo de exportação era agrário – exportador, 
passando por diversos ciclos como o do pau-brasil, açúcar, café, ouro, borracha 
e algodão. Esse modelo inicial não permitiu ao Brasil desenvolver-se, pois 
exportava produtos agrários e importava produtos industrializados da metrópole, 
suas riquezas como metais preciosos eram transferidos para Portugal, onde 
passavam a integrar as riquezas da metrópole. 
O desenvolvimento do comércio exterior ocorreu com incentivos do 
governo através de isenções fiscais e modernização dos órgãos públicos. As 
importações eram dificultadas para desestimular a compra desses produtos. Os 
instrumentos de atuação para a promoção do desenvolvimento econômico estão 
vinculados aos instrumentos da política macroeconomia. Eles analisam a 
economia como um todo, assim procuram interferir na renda e produto nacional, 
nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de 
juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio.Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
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Metas de política macroeconômica: 
a) Alto nível de emprego 
Antes da crise mundial dos anos 1930, a questão do desemprego não 
preocupava a maioria dos economistas, pelo menos nos países capitalistas. Isso 
porque predominava o pensamento liberal, que acreditava que os mercados sem 
interferência do Estado conduziriam a economia ao crescimento. Dessa forma, 
milhões de consumidores e milhares de empresas, como que guiados por uma 
“mão invisível”, determinariam os preços e a produção de equilíbrio, e todos 
viveriam felizes para sempre. 
De fato, desde a Revolução Industrial, em fins do século XVIII, até o início do 
século XX, o mundo parece ter funcionado mais ou menos assim. O grande 
problema surgiu com a crise americana de 1929, quando houve a quebra da 
Bolsa de Nova Iorque, e uma crise de desemprego atingiu todos os países do 
mundo ocidental nos anos seguintes. Milhares de desempregados e uma onda 
enorme de pobreza se estabeleceu, exigindo dos governos políticas para 
resolução da crise. 
b) Estabilidade de preços 
Representa uma conquista econômica, pois a inflação é a elevação dos preços, 
diminuindo o poder de compra da população. Nos países industrializados, o 
problema central é o desemprego, e nos países em vias de desenvolvimento é 
a inflação. 
c) Distribuição equitativa de renda 
Na economia brasileira, embora tenha crescido razoavelmente em alguns 
períodos, verifica-se uma disparidade muito grande no nível de renda, tanto a 
nível pessoal como a nível regional. 
 
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d) Crescimento econômico 
Está voltado para um aumento da renda nacional per capita, ou seja, em colocar 
à disposição da sociedade uma quantidade de mercadorias e serviços que 
supere o crescimento populacional, melhorando o padrão de vida da população. 
Para o Brasil recuperar suas condições de desenvolvimento sustentável em 
níveis mundiais, necessita manter, por cerca de 20 anos, uma taxa anual de 
crescimento econômico não inferior a 6% a.a. Mas, contrastando com essa 
necessidade, o país tem apresentado taxas insignificantes de crescimento anual. 
 
Impõe-se, assim, esclarecer uma questão: por que são mantidas taxas de 
crescimento extremamente baixas e, especialmente, quais condições permitirão 
o país acelerar seu crescimento econômico? Essa pergunta pode ser respondida 
sob duas óticas: 
1. Questões internas 
a) Uma ampla e profunda renovação das instituições reguladoras da vida política 
do país e, em decorrência, da classe política e dos partidos políticos, permitindo 
uma estabilidade política, que é a base de novos investimentos; 
 
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b) Substituição do atual modelo econômico de equilíbrio estático, que tem por 
base um forte apelo social, onde promove-se em grande escala a ajuda social, 
mas não um modelo de geração de empregos e de produção, que possa 
assegurar um crescimento sustentavelmente anual não inferior a 6%; 
c) Prioridade para a uma reforma social e de educação, permitindo uma redução 
das diferenças sociais e permitindo a formação de um importante setor de alta 
competência cultural e técnica. 
2. Quanto aos itens de ordem internacional, eles se referem à necessidade 
a) Uma importante revisão do nosso relacionamento com o mercado financeiro 
e internacional; 
b) Uma formação de um ambiente internacional favorável; exigindo, para tanto, 
a consolidação do Mercosul e da Comunidade Sul-americana, tendo por base 
uma sólida, confiável e reciprocamente benéfica aliança estratégica do Brasil 
com seus parceiros comerciais. 
 
Tema 5: Indicadores sociais 
Dão informações sobre a qualidade de vida da população de um país. São 
exemplos de indicadores sociais: 
 Esperança de vida da população ao nascer; 
 Médicos e leitos hospitalares por habitante; 
 Acesso a água potável e esgoto 
 Taxa de alfabetização 
 Quantidade média de anos na escola etc. 
 
 
 
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Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. 
 
 
Fonte: <http://www.odmbrasil.gov.br/os-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio>. 
Os indicadores sociais são meios utilizados para designar os países como 
sendo ricos (desenvolvidos), em desenvolvimento (economia emergente) ou 
pobres (subdesenvolvidos). Os organismos internacionais assim analisam os 
países: 
 Expectativa de vida – é a média de anos de vida de uma pessoa em 
determinado país; 
 Taxa de mortalidade – corresponde ao número de pessoas que 
morreram durante o ano; 
 Taxa de mortalidade infantil – corresponde ao número de crianças que 
morrem antes de completar 1 ano; 
 Taxa de analfabetismo – corresponde ao percentual de pessoas que não 
sabem ler e nem escrever; 
 Renda Nacional Bruta (RNB) per capita – baseada na paridade de poder 
de compra dos habitantes; 
 Saúde – refere-se à qualidade da saúde da população; 
 Alimentação – refere-se à alimentação mínima que uma pessoa 
necessita, cerca de 2.500 calorias, e se essa alimentação é balanceada; 
 Condições médico-sanitárias – acesso a esgoto, água tratada, 
pavimentação etc.; 
 
 
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 Qualidade de vida e acesso ao consumo – correspondem ao número 
de carros, computadores, televisores, celulares, acesso à internet entre 
outros. 
 
Vamos ver o Brasil em gráficos? 
Fonte: <http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-o-planalto/caderno-destaques/edicoes-
anteriores-lista-de-pdf/old/copy_of_brasil-em-numeros/novosindicadoressociais/novos-
indicadores-sociais>. 
 
 
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Fonte: <http://brasilgeografado.weebly.com/1/archives/02-2014/1.html>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://alfanumericus.blogspot.com.br/2011/12/indicadores-sociais-do-ceara-muito-
ser.html>. 
 
 
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22 
Fonte: <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/11/29/um-em-cada-cinco-
jovens-de-15-a-29-anos-nao-estuda-nem-trabalha-diz-ibge.htm>. 
Fonte: <http://marinasilva.org.br/programa/>. 
 
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Fonte: < http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/10/tres-em-cada-dez-brasileiras-ainda-nao-
tem-rendimento-proprio-diz-ibge.html>. 
 
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Fonte: <http://infograficos.oglobo.globo.com/economia/as-caracteristicas-dos-nem-nem.html>. 
 
 
 
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25 
Fonte: <https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2015/12/12/sis-2015-sintese-de-
indicadores-sociais/>. 
Fonte: <http://brasildebate.com.br/direito-social-e-o-setor-privado-o-ensino-superior-no-brasil/>. 
 
 
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Na Prática 
1. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um país é obtido através da 
média aritmética de três índices, cada um deles permitindo classificar o país em 
uma escala de 0 a 1. Os três índices classificam o país em termos do(a): 
a) número de óbitos por 1.000 habitantes, do percentual de pessoas abaixo da 
linha de pobreza e da participação infantil na força de trabalho. 
b) mortalidade infantil, da participação feminina na força de trabalho e do 
coeficiente de Gini. 
c) mortalidade infantil, do tempo de escolaridade e do Produto Interno Bruto. 
d) expectativa de vida ao nascer, do percentual de população urbana e do nível 
de instrução. 
e) expectativa de vida ao nascer, do tempo de escolaridade e da renda per 
capita. 
Resposta: letra E. 
2. Uma economia pode ser competitivae, ao mesmo tempo, promover o 
desenvolvimento. Analise os itens abaixo e assinale a opção errada. 
a) Competitividade é a característica do que é competitivo. Em termos 
econômicos, a competitividade vem dos preços das mercadorias, qualidade, 
disponibilidade, prazo de entrega etc. 
b) Competitividade espúria é a competitividade obtida com o uso de recursos 
ilícitos e imorais. 
 
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c) Competitividade autêntica é obtida com o uso adequado de recursos 
produtivos disponíveis e respeitando as leis trabalhistas, tributárias, ambientais 
etc. 
d) Competitividade é definida como os ganhos nas relações de comércio. 
Resposta: letra D. 
3. Leia as frases a seguir sobre o IDH e classifique-as como verdadeiras (V) ou 
falsas (F). Em seguida, assinale a alternativa correta. 
I. O IDH foi desenvolvido em 1990 pelo economista Mahbub ul Haq, com a 
colaboração de Amartya Sen, com a finalidade de medir o crescimento da 
população dos países. 
II. Trata-se de um índice que considera o PIB per capta ou renda per capta, a 
expectativa de vida e a educação como fatores importantes para entender o nível 
de desenvolvimento humano de um país. 
III. Deve-se mencionar que o IDH inclui indicadores importantes, como o respeito 
pelos direitos humanos, a democracia e a desigualdade socioeconômica. 
IV. O IDH varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (pleno 
desenvolvimento humano). 
V. Países com IDH de até 0,499 são de baixo desenvolvimento humano. De 0,5 
até 0,799, de médio desenvolvimento, e acima de 0,8, de alto desenvolvimento. 
Opções: 
a) F, V, F, V, V 
b) F, F, F, V, V 
c) F, V, V, V, V 
 
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d) F, V, F,F, F 
e) F, F, F, F, V 
Resposta: letra A. 
 
Síntese 
Estudamos os conceitos fundamentais de crescimento e desenvolvimento 
econômico, e a sua influência na concentração de renda. Analisamos a 
importância do Desenvolvimento Econômico e as políticas necessárias a sua 
implementação. Por final, observamos como as melhorias sociais se refletem 
nos indicadores sociais. 
 
Referências 
FERREIRA, Paulo W. Análise de Cenários Econômicos. Curitiba: 
InterSaberes, 2015. 
MICHELS, Erico. Fundamentos de Economia. Curitiba: InterSaberes, 2013. 
VASCONCELLOS, Marco A. S. Fundamentos de Economia. 2 ed. São Paulo: 
Saraiva. 
WESSELS, Walter. Economia. Tradução de Sara Gedanke. São Paulo: Saraiva, 
1998. 
VASCONCELOS, Marco A. S.; PINHO, Diva B. P. (Orgs). Manual de Economia. 
2 ed. São Paulo: Saraiva.

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