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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE GOIÂNIA – GO.
                  
Edir, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº..., CPF nº..., residente e domiciliado na Rua..., vem, por seu advogado, infra-assinado, conforme procuração anexa e endereço profissional na Rua 10, nº 225, Setor Central, Goiânia-Go., onde recebe as intimações, vem a presença de Vossa Excelência, propor 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER PARA ENTREGA DE MEDICAMENTOS CUMULADA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
Em face da União Federal, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ nº..., com sede na Rua..., pelos fatos e fundamentos a seguir.
DO CABIMENTO
É cabível a propositura da presente ação com fulcro no Art. 282 e seguintes, c/c 273, do Código de Processo Civil, por se tratar de violação a direito fundamental do Autor.
DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
O Art. 273, do Código de Processo Civil, estabelece como requisitos para concessão dos efeitos da tutela as alegações e o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação decorre do fato de que a Autora é pessoa idosa, muito doente, e a ausência do medicamento “A”, prescrito pelo médico do SUS, e do tratamento adequado pode provocar o agravamento da doença e, consequentemente, colocá-la em risco de vida.
As alegações a princípio, baseia-se no laudo médico que atesta que a Autora é portadora de grave doença degenerativa, cujo tratamento consta de protocolo clínico e da diretriz terapêutica estabelecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS); bem como pelo fato de que Edir foi informada pelo médico Domênico, Profissional do SUS, sobre a existência do medicamento “A” que, segundo relatório de estudos clínicos oficiais, é muito mais eficaz no tratamento de sua doença do que aqueles já prescritos.
Logo, o referido medicamento deve ser imediatamente fornecido à Autora, tendo em vista a existência do risco de que ela venha a ter sua situação clínica agravada e não mais possível à reversão.
DOS FATOS
Edir, pessoa idosa que vive com a ajuda de parentes e amigos, é portadora de grave doença degenerativa, cujo tratamento consta de protocolo clínico e da diretriz terapêutica estabelecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Seu tratamento é acompanhado por profissionais do SUS em hospital público federal especializado nessa doença, contando com o fornecimento regular dos medicamentos 1, 2 e 3. Enquanto realizava consulta de acompanhamento, Edir foi informada pelo médico Domênico, profissional do SUS, de que existia um novo medicamento disponível no mercado (o “medicamento A”), que seria muito mais eficaz, conforme relatório de estudos clínicos oficiais, no tratamento de sua doença do que aqueles já prescritos. Contudo, a paciente foi informada de que o “medicamento A” não seria fornecido gratuitamente pelo SUS, haja vista que o referido medicamento não consta ainda do protocolo clínico e da diretriz terapêutica interna do SUS para o tratamento da doença, além de não ter sido incorporado às listas de medicamentos. A condição clínica de Edir foi atestada em laudo médico assinado pelo profissional do SUS Domênico, o qual também recomendou o uso do referido medicamento e advertiu sobre o sério risco de vida com o agravamento da doença do paciente em razão do não fornecimento do “medicamento A”.
DO MÉRITO
Primeiramente, o Art. 196, da Constituição Federal, estabelece o dever do Estado de garantir a saúde de todos, mediante políticas públicas sociais e econômicas que visem à redução dos riscos de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde. Vejamos:
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
No mesmo sentido, os artigos 5º, caput, e 230, da Carta Magna, assegura a inviolabilidade do direito à vida e à saúde, bem como estabelece a obrigatoriedade aos entes públicos de fornecerem os medicamentos necessários à preservação da vida.
Na situação apresentada, o não fornecimento do medicamento “A” viola as regras constitucionais acima citadas, bem como ao princípio da dignidade da pessoa humana, tendo em vista que é dever do Poder Público, por meio do Sistema Único de Saúde, o fornecimento do tratamento e medicamento necessário a Edir, em razão do direito fundamental à vida e à saúde da Autora.
Ademais, os direitos e garantias constitucionais não podem ser limitados por listas, protocolos clínicos ou por razões orçamentárias dos entes estatais.
Além disso, o próprio profissional do SUS emitiu laudo médico atestando a condição clínica da paciente Edir e prescreveu o uso do medicamento “A”; situação esta que vincula o Poder Público ao fornecimento do referido medicamento, nos termos dos referidos dispositivos constitucionais.
Outrossim, não se pode olvidar-se de que a Lei nº 10.741/2003, estatuto do idoso, artigos 2º e 15º, assegura à pessoa idosa o direito à vida e a saúde, assim como todas as oportunidades e facilidades para sua preservação, atribuindo ao Sistema Único de Saúde – SUS, essa obrigatoriedade.
Diante disso, não é lícito ao Estado negar o medicamento “A”, que, comprovadamente, é mais eficaz no tratamento de Edir.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto requer:
a) a citação do Réu, na pessoa do Advogado-Geral da União, para que, querendo, contestar o feito;
b) a concessão da tutela antecipada com o fornecimento do medicamento “A”;
c) a confirmação da tutela antecipada determinando o fornecimento dos medicamentos a Edir com a garantia do direito ao recebimento contínuo e ininterrupto do medicamento “A”;
d) a produção de todos os meios de provas admitidos em direito e necessários à solução da controvérsia, inclusive a juntada dos documentos anexos;
e) a condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e aos honorários advocatícios.
Dá-se à causa o valor de R$...
Nesses termos, pede deferimento.
Goiânia, 31 de Outubro de 2017
Kelia
Vanessa
Joice
OAB/...

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