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1 RAZOES FINAIS APARECIDO AN1

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA 17ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA – GOIÁS
Reclamação:	RTOrd-0012260-76-2016.5.18.0017
Assunto:	Memoriais
MM Juiz
		____________
LMS CONSTRUTORA LTDA-ME, já qualificada nos autos da Reclamatória Trabalhista proposta por APARECIDO FERRAZ DE OLIVEIRA, por intermédio de seus procuradores, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, na forma deferida em audiência, tempestivamente, apresentar suas razões finais, na forma de memoriais:
– RESUMO DOS AUTOS
Em 29 de agosto de 2017, realizou-se audiência relativa ao processo em epígrafe, sendo colhido o depoimento pessoal do Reclamante, bem como procedido o interrogatório das testemunhas, restando, ao final, demonstrada a incoerência dos pedidos elencados na exordial, em razão das contradições expressas no depoimento do Reclamante.
Foram interrogadas duas testemunhas arroladas pelo Reclamante e uma conduzida pela Reclamada.
Ademais, como já demonstrado nos autos pela Reclamada, a empresa cumpriu todas as obrigações trabalhistas, incluindo o pagamento das devidas verbas rescisórias não tendo que se falar em valores devidos por labor informal, nem em horas extras não remuneradas, tendo em vista que todas as alegações colacionadas aos autos pelo Reclamante restaram inconclusas, uma vez que o Reclamante não foi apto a comprovar nenhuma de suas alegações.
– DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO
Conforme delienado na peça contestatória, a empresa não reconhece os períodos trabalhados do final de 2011 até o dia 03/02/2012, alegados pelo Reclamante. De forma semelhante, a Reclamada nega os períodos de 03/02/2014 a 06/10/2014, apresentados pelo Reclamante como períodos em que não havia sido anotada sua CTPS.
Deve-se ressaltar que o Reclamante não prestou labor em nenhum desses momentos. No que se refere ao ano de 2011, é crucial evidenciar que o Reclamante sequer sabe as datas em que laborou, limitando-se a indicar que foi no “final” de 2011.
Isso apenas foi comprovado em audiência de instrução, quando o comprovado tal desconhecimento no depoimento prestado, em que o depoente indica o “mês de dezembro” como início do trabalho, mas não fornecendo dados precisos sobre o suposto labor.
Além disso, o Reclamante, em seu depoimento pessoal, confessa que entre dezembro de 2012 e outubro de 2014 não teria prestado serviços para a Reclamada. Evidencia-se o completo desencontro de informações quando o depoente alega que esteve afastado entre dezembro de 2012 a outubro de 2014, não trabalhando em outro local por estar aguardando a reclamada, contudo contradiz afirmando que tal condição ocorreu somente por seis meses. A declaração é tão incongruente que o reclamante alega estar afastado inclusive em meses em que solicita o vínculo empregatício, demonstrado a intenção maldosa em receber verbas que não lhe são devidas.
Ainda em relação ao ocorrido na audiência, o Reclamante trouxe uma testemunha que em nada estava relacionada ao seu contrato de trabalho e que, por relação de vizinhança e claro relacionamento em razão do labor da primeira testemunha do Reclamante na escola em que o filho deste estuda pode ter criado fatos. Expressa a contrariedade da Reclamada em relação à inquirição da referida testemunha, foi esta ouvida como informante.
Vale destacar que o depoimento da referida testemunha, senhora Edna Aparecida de Sousa, não contribui para a comprovação de nenhuma das alegações do Reclamante. Isso porque a testemunha se baseia em afirmações sem qualquer fundamento, apenas o que “ouve dizer”. Desse modo, não houve nenhuma comprovação nem do vínculo nem de nenhuma das outras alegações trazidas pelo Reclamante em razão da inaptidão da testemunha para tanto.
Do mesmo modo, a segunda testemunha trazida pelo Reclamante, senhor Vanderlei Monteiro de Faria, também foi contraditada, por não ter qualquer relação com a Reclamada. Em razão da rejeição da contradita, foi ouvida a testemunha sem qualquer ressalva. Entretanto, quanto ao conteúdo trazido pela referida testemunha, não há qualquer fato que comprova as alegações autorais.
O senhor Vanderlei, a segunda testemunha, apenas informa que procurou os serviços do Reclamante em 2013, sem se lembrar do mês nem a data, quando o Reclamante alegou que não poderia prestar serviços ao depoente em razão de estar trabalhando em outra obra. Ora, essas alegações em nada corroboram os pleitos autorais.
Em primeiro lugar, restou claro que a testemunha estava procurando a prestação de serviços do Reclamante no modelo de autônomo, como fica claro quando o depoente informa que “solicitou os serviços do Reclamante e ele disse que não sabia quando poderia atender o depoente”. Esse
		era o mesmo modo de trabalho que o Reclamante prestava serviços para Reclamada quando a CTPS não estava assinada.
Em segundo lugar, também é evidente que a testemunha foi inteiramente imprestável para comprovar o vínculo, tendo em vista que o fato de o Reclamante estar prestando serviço em uma obra no Jardim Petrópolis não indica que, necessariamente, o Reclamante estivesse prestando serviços para a Reclamada e, do mesmo modo, não indica qualquer característica do vínculo empregatício.
Como já exaustivamente apontado nesse processo, a Reclamada, quando a CTPS do Reclamante não estava anotada, contratava o Reclamante como autônomo, como mero prestador de serviços, sem subordinação, sem habitualidade, podendo o Reclamante ir trabalhar em qualquer momento, sendo contratado para realizar determinados serviços, inclusive com a consequente 
emissão de nota fiscal e apresentação de recibos.
O que é importante recordar é que o próprio Reclamante em seu depoimento pessoal deixou claro que não trabalhou para a Reclamada entre dezembro de 2012 e outubro de 2014, o que apenas corrobora que não havia qualquer vínculo empregatício em período fora do que já foi devidamente anotado na CTPS do Autor.
Portanto, diante de todo o conjunto probatório constante nos autos, resta evidente que as alegações autorais restaram incomprovadas.
– DAS SUPOSTAS HORAS EXTRAS LABORADAS
Atendo-se ao depoimento, o reclamante afirmou que trabalhou das 7h às 11h e das 12h às 17h, de segunda a sexta-feira, com folgas aos sábados e domingos, sendo tal jornada realizada tanto na construção das casas quanto dos sobrados.
Ora, não há que se falar em pagamento de horas extras se estas não foram realizadas. Além de não ter produzido nenhuma prova que demonstrasse tal direito, o próprio reclamante afirmou trabalhar em jornada diferente da alegada na inicial demonstrando a falta de nexo o relato apresentado e contradições dos fatos alegados.
A jornada efetivamente laborada, das 7h às 11h e das 12h às 17h de segunda a sexta-feira, e das 7h às 11h e das 12h às 16h na sexta- feira não corresponde a jornada extraordinária.
Na verdade, a jornada em uma semana laborada nesses horários corresponde a 44 (quarenta e quatro) horas semanais, não havendo motivo, portanto, para que o Reclamante requeira horas extras.
Vale destacar que essa jornada foi apresentada pelo Reclamante sem a devida consideração da redução de jornada na sexta-feira, o que foi devidamente apresentado pela testemunha da empresa, senhor Adão Cardoso de Sousa.
Em razão da quantidade de empregados da Reclamada, que é inferior a dez, não há necessidade de apresentação de controle de jornada, razão 
pela qual restaria ao empregado a tentativa de comprovar sua jornada, o que não logrou fazer no caso dos autos, principalmente tendo em vista que a testemunha da Reclamada apresentou as efetivas condições de trabalho dos empregados da Reclamada.
– DA REMUNERAÇÃO, RESCISÃO E DEMAIS VERBAS TRABALHISTAS
Considerando o depoimento pessoal do Reclamante e das testemunhas, entende-se que não foi apresentado qualquer fato que sustenta as alegações de pagamento extrafolha e ausência de registro na CTPS. Por outro lado, não foram apresentadas provas documentais pelo Reclamante que fundamentasse os valores ora almejados.
O salário percebidopelo Reclamante foi o mesmo que estava registrado na carteira de trabalho. Do mesmo modo, as verbas rescisórias foram devidamente pagas, considerando o valor correto da remuneração e dos direitos do Reclamante na rescisão.
A Reclamada sempre cumpriu com os deveres a ela inerentes, realizando o acerto adequado ao Reclamante, mesmo quando se tratava de mera prestação de serviços pelo Reclamante, com a respectiva emissão de recibos e notas fiscais, além de sempre cumprir com o pagamento de suas obrigações no tempo correto.
Desse modo, o que se percebe é que o Reclamante não trouxe aos autos comprovação de suas alegações no sentido de que havia pagamento extrafolha. Pelo contrário, a Reclamada demonstrou nos autos que sempre cumpriu com suas obrigações, mesmo sendo ônus da prova do Reclamante, que não se desincumbiu dessa responsabilidade em momento algum no processo.
– DOS DANOS MORAIS
Da condição dos banheiros
Como já apresentado pela Reclamada, observa-se que o Reclamante não comprova nenhuma situação concreta que pudesse amparar suas pretensões, tampouco demonstra a ocorrência de qualquer dano ou prejuízo.
Ao contrário, verifica-se nos autos provas que demonstram a existência de banheiro na obra tais como fotos e o próprio depoimento da testemunha da Reclamada, senhor Adão Cardoso De Sousa, que informou que “havia um banheiro no local que era utilizado pelos empregados; que o
empregado que não quisesse usar o banheiro não era obrigado; que havia um banheiro na área da obra, de um barracão que foi desmanchado; que também havia um banheiro no escritório, ao lado da obra, separado
 apenas por um portão”.
Somada a tal disponibilidade foi evidenciado na peça de contestação, mediante imagem georeferenciada, a proximidade da residência do reclamante caso este preferisse utilizar seu próprio sanitário, inclusive o próprio Reclamante confessou que fazia uso o banheiro de sua moradia.
Desse modo, tendo em vista que o banheiro era fornecido a todos os empregados da Reclamada, com condições dignas, e, além disso, que o Reclamante poderia ir para sua casa para usar o banheiro, caso se negasse a utilizar o banheiro da empresa, não resta dúvida de que não há dano moral em relação à absurda alegação autoral de fornecimento de banheiro em péssimas condições.
Do Fornecimento de EPIs
Quanto aos EPI’s, restou comprovado que foram devidamente entregues, mediante fotos, notas fiscais de aquisição e pela declaração da testemunha Adão Cardoso de Sousa, que relatou que “a empresa tinha EPI’s
 disponíveis para os empregados; que não usavam os EPI’s aqueles que não
 quisessem”.
Desse modo, todo o conjunto probatório dos autos contraria o alegado pelo Reclamante. É importante destacar que a empresa sempre fiscalizava o uso dos equipamentos entregues, entretanto, é impossível que a empresa esteja vinte e quatro horas ciente da utilização de tais equipamentos, razão pela qual, se o Reclamante optou por não utilizar os equipamentos, não tendo a empresa ciência disso, mesmo com a fiscalização, não pode ser esta responsabilizada pela conduta displicente do empregado.
Diante disso, não merece prosperar esse pedido absurdo de dano moral em relação ao fornecimento de equipamentos de proteção individual.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, reiterando o alegado na peça contestatória e de acordo com as provas constantes nos autos, requer a Vossa Excelência, que a ação seja julgada improcedente nos pedidos autorais, condenando-se a Reclamante ao pagamento das custas processuais, além de condená-lo na obrigação de fazer de apresentar os recibos dos serviços autônomos prestados, bem como a LITÍGÂNCIA DE MÁ-FÉ por ter alterado a verdade dos fatos conforme ficou comprovado em audiência de instrução, principalmente em relação ao segundo período que ele pleiteia o vínculo empregatício, sendo que ele mesmo confessou que ficou afastado.
Nestes Termos,
Pede-se deferimento.
Goiânia, 29 de agosto de 2017.
Kelia Marçal – OAB/GO 22.230
Gisely Morais – OAB/GO 22.350

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