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DISFAGIA

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DISFAGIA
5ª Etapa
Brian Hidalgo, Bruna Paes, Fabiana Necer, Ilana Prado, João Paulo Dourado, Ligia Padilha, Talita Cardoso
Definição
Desordem do mecanismo de deglutição orofaríngea ou esofágica decorrente de problemas anatômicos ou fisiológicos.
Não é uma patologia
Sintoma clínico de diversas doenças
Epidemiologia
16-22%, acima de 50 anos
20-40%, trauma craniano, AVC, doença de Parkinson
Classificação
Disfagia orofaríngea
Disfagia de transferência
Inabilidade na propulsão do bolo alimentar da faringe para o esôfago pela transição faringoesofágica
Disfagia esofágica
Deficiência na passagem do bolo alimentar do esôfago para o estômago
Anatomia
Fisiologia
Fisiologia
Fases da Deglutição
Fase oral preparatória
Voluntária, mistura com a saliva, formado bolo alimentar, impulso para faringe e esôfago. 
Língua papel importante: deslocar o alimento em direção aos dentes. 
Elevação da língua em direção ao palato duro
M. digástrico, genioglosso, genio-hióide, milo-hióide)
Contato palato mole base da língua 
Fisiologia
Fases da Deglutição
Fase Oral
Voluntária
Elevação e impulsão posterior do bolo alimentar (m. estiloglosso) em direção aos pilares amigdalianos e à faringe
Início do reflexo de deglutição
Receptores: pilares amigdalianos, base da língua, epiglote, seios piriformes
Vias aferentes V, IX e X pares cranianos, o estímulo chega aos centros da deglutição do córtex e tronco cerebrais.
Fisiologia
Fases da Deglutição
Fase Faríngea
Reflexo faríngeo (estímulo motor – IX e X)
Fase mais complexa, rápida (alguns segundos)
Osso hioide: movimento anterior e superior levando a movimento da laringe nessas direções em encontro com a base da língua que se projeta posteriormente, empurrando e horizontalizando a epiglote sobre a supraglote.
É gerado pressão negativa na faringe que somada a aumento da pressão supraglótica causam inibição da respiração e gradiente pressórico favorável para a passagem do bolo para faringe e esôfago, protegendo as vias aéreas inferiores.
Conforme o alimento se dirige à faringe: contrações do músculo constritor da faringe e elevação do palato mole fechando a nasofaringe e relaxamento do m. cricofaríngeo (esfíncter esofágico superior.
Fisiologia
Fases da Deglutição
Fase Esofágica
Autônoma
Mediada pelo nervo vago e gânglios simpáticos cervicais e torácicos
Início pós passagem pelo esfícnter esofágico superior
Bolo impulsionado pela musculatura esquelética do esôfago cervical e torácico.
Duas ondas peristálticas
Primária: inicia na faringe e vai por todo o esôfago.
Secundária: inicia no corpo do esôfago e continua até o estômago.
O término da passagem do bolo alimentar se dá na transição esôfago-gástrica, após a passagem pelo esfíncter esofagiano inferior. 
Etiologia da disfagia orofaríngea
MECÂNICA
DISTÚRBIOSDO MOVIMENTO
Neoplasia de cabeça e pescoço
Doençasneurodegenerativas
Trauma facial ou cervical
Esclerose Lateral Amiotrófica
Intubação orotraqueal/traqueostomia
Torcicolo ediscinesias
Prótesesdentárias mal adaptadas
Doençade Alzheimer/demência
NEUROGÊNICA
Neuropatias,miopatias emiastenia gravis
Neoplasiasdo encéfalo
Esclerose múltipla
AVE
Infecções do SNC
Doença de Parkinson
Encefalopatias metabólicas
Traumatismocranioencefálico
PSICOGÊNICA
Paralisia cerebral
Etiologia da disfagia orofaríngea
SECUNDÁRIA A DROGAS
DOENÇASSISTÊMICAS
Sedativos: benzodiazepínicos,opiáceos, neurolépticos
DPOC
Toxina botulínica
Diabetesmellitus
Miopatia secundária
Hipotireoidismoou hipertireoidismo
Corticosteroides
Insuficiência renal crônica
Xerostomia: anticolinérgicos, antidepressivos
Insuficiência cardíaca congestiva
ENVELHECIMENTO
FUNCIONAL
Presbifagia
Recémnascidos prematuros
Quadro Clínico
Manifestações clínicas de disfagia orofaríngea
Redução do prazer da alimentação;
Diminuição da ingestão por via oral;
 Modificação da consistência e volume da ingestão por via oral;
Pneumonias de repetição;
“Voz Molhada” ;
Tosse; Engasgo; Pigarro;
Regurgitação nasal;
Dificuldade para iniciar a deglutição;
Dificuldade no manejo da saliva e secreções;
Alteração na elevação laríngea;
Xerostomia e
Desconforto respiratório
Possíveis complicações da disfagia orofaríngea
Risco de aspiração ocasionando pneumonias de repetição;
Desidratação;
Deficiência Nutricional;
Diminuição do prazer para alimentação;
Depressão e ansiedade;
Isolamento social.
Diagnóstico
Anamnese: idade, tipo de alimentação, sintomas associados, medi (dor, rouquidão, azia dentre outros)camentos em uso, localização da disfagia, tipo de alimento o qual consumido provoca o sintoma da disfagia, tempo e evolução, se já passou por alguma cirurgia principalmente na transição esofagogástrica
Alimento líquido – fase inicial da deglutição – indica origem neurogênica
Alimento sólido com progressão para líquidos – fase inicial da deglutição – origem mecânica
Alimentos sólidos e líquidos desde o início da deglutição – doença neurogênica degenerativa como miastenia grave e Doença de Parkinson
Exame clínico: higiene oral, tipo de mordida e oclusão dentária, uso de próteses, reflexos intraorais (vômito e palatal), sensibilidade da língua ao toque e do paladar. Avaliação vocal: aspiração laringotraqueal (voz molhada), possível paralisia de prega vocal ou fenda glótica (voz rouca ou soprosa).
Métodos para a avaliação da disfagia e distúrbios da deglutição
Ausculta Cervical: não invasivo, baixo custo, depende da experiência e acuidade auditiva do avaliador.
Sonar Doppler: Deglutição seca, líquida e pastosa de adultos e crianças, som transferido para um computador. Aspecto qualitativo e quantitativo dos distúrbios da deglutição. 
Videofluoroscopia da deglutição: radiográfico, visibilização de todas as fases da deglutição em incidências de perfil, anteroposterior e oblíqua. Radiologista e fonoaudióloga. 
Nasolaringoscopia da deglutição: Possibilita avaliar as estruturas da cavidade nasal, faringe e laringe e suas condições de repouso (estase de saliva ou de secreção) e na ingesta alimentar. 
Eletromiografia: Registra potenciais de ação, que ocorrem por meio da ativação voluntária do músculo ou da resposta à estimulação elétrica. 
Métodos Terapêuticos
Terapia indireta: técnicas utilizando somente a deglutição de saliva para aperfeiçoar a mobilidade, sensibilidade e força = pacientes com disfagia grave, com pouca capacidade de proteger as vias aéreas – 7 a 10 dias.
Terapia direta: oferta de alimentos, visando à compensação ou treinamento da eficácia da deglutição de alimento. Ex: manobras posturais.
Eletroestimulação: estimular a contração do músculo tiro- hioideo, de forma sincronizada, juntamente com a deglutição, em pacientes que apresentam disfagia resultante da elevação laríngea reduzida. 
Estimulação da deglutição com sondas: Feitas em sessões, com a introdução de sondas Hurst após anestesia local. 
Métodos Terapêuticos
Toxina botulínica: limitações – alto custo, dificuldade na técnica e duração inadequada do efeito terapêutico. 
Cricomiotomia: miotomia cirúrgica do músculo cricofaríngeo. Reservada para pacientes que não apresentam adequada progressão do bolo alimentar através do esfíncter superior do esôfago. 
Sonda de alimentação enteral, gastrostomia e jejunostomia: indicadas para pacientes incapazes de deglutir, quando ocorre falha dos outros métodos terapêuticos. 
Bibliografia
ZATERKA, Schlioma e EISIG, Jaime Natan. Tratado de Gastroenterologia da Graduação à Pós graduação. São Paulo. Editora Atheneu. 2011
CUENCA, Ronaldo Mafia, et al. Sindrome disfágica. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva.vol.20 nº.2 São Paulo Apr./June. 2007

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