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MDL ambiental

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MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) é um dos mecanismos de flexibilização criados pelo protocolo de Quioto para auxiliar o processo de redução de emissões de gases de efeito estufa ou de captura de carbono. Visa o alcance do desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, a partir da implantação de tecnologias mais limpas. Os países pertencentes do protocolo de Quioto São divididos em dois sub grupos: aqueles países que necessitam diminuir suas emissões e podem tornar-se compradores de créditos provenientes do MDL, como a Alemanha, Japão, Países Baixos; e os países que estão em transição econômica e por isso podem ser anfitriões de projetos do tipo Implementação conjunta (que é outro mecanismo de flexibilização do Protocolo de Quioto), como a Ucrânia, Rússia, Romênia, etc. No Brasil, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo tem uma relevância considerável para a promoção do desenvolvimento sustentável no território, para a mitigação da mudança global do clima. A contribuição das atividades de projeto MDL para o desenvolvimento sustentável é avaliada por meio de critérios como: contribuição para a sustentabilidade ambiental local, contribuição para o desenvolvimento de condições de trabalho e criação de emprego, contribuição à distribuição de renda, contribuição para a capacitação e o desenvolvimento tecnológico, contribuição para a integração regional e para as relações setoriais.
O Brasil não é um dos países constantes no Anexo I do Protocolo de Quioto, países na maioria desenvolvidos, obrigados pelo protocolo na redução de emissão de gases poluentes conhecidos como Gases de Efeito Estufa – GEE. O Brasil participa de forma voluntária contribuindo para o Protocolo apenas na modalidade de MDL. O Brasil teve a oportunidade de ter o primeiro projeto de MDL registrado no mundo, o Nova gerar, aterro sanitário de Nova Iguaçu no Rio de Janeiro. Também foram registrados no Brasil vários outros projetos bem sucedidos como o projeto do Aterro Bandeirantes em São Paulo, também aterro sanitário, um dos maiores da América Latina. Cabe mencionar que existem diversos Projetos de Leis Federais no âmbito das Mudanças Climáticas: projeto de instituir uma Política Nacional de Mudanças Climáticas, a criação de um Fundo Nacional de Mudanças Climáticas, a concessão de benefícios fiscais às atividades de MDL e o reconhecimento da natureza jurídica e o valor mobiliário dos créditos de carbono para que finalmente possa se oficializar a sua comercialização na Bolsa de Mercadorias e Futuros.
Cada país não Anexo I definiu suas prioridades de implantação de projetos de MDL. No Brasil estas prioridades estão em projetos de fontes renováveis de energia, eficiência/conservação de energia, reflorestamento ou estabelecimento de novas florestas e outros projetos de redução de emissão, como projetos de aterros sanitários e projetos agropecuários. Segundo o Governo brasileiro são estes os projetos que podem contribuir para a mitigação da mudança do clima. O Brasil não tem compromissos formais de redução ou com a limitação de suas emissões antrópicas de gases de efeito estufa estabelecidas no Protocolo de Quioto, no entanto, o Protocolo de Quioto é importante para os países em desenvolvimento porque possibilita a aplicação do princípio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas, adotado na Convenção.

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