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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 4 CONCLUSÃO............................................................................................................. 11 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 12 3 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo realizar o exercício de leitura de imagens, estabelecer a relação entre as imagens e o contexto em que foram produzidas. Uma vez que ao longo do decorrer desta disciplina podemos observar exemplos de textos verbais e não verbais para treinarmos o nosso olhar em relação aos diversos tipos de imagem e as informações que cada uma delas traz consigo. O que será de suma importância para o nosso futuro cotidiano. 4 2 DESENVOLVIMENTO Tanto em textos estéticos quanto em utilitários, o signo visual aparece como coadjuvante de uma mensagem, e, não raro, como a própria mensagem. Lembremos da onipresença do elemento visual na publicidade, nas artes, nos livros didáticos modernos, entre outros (MORATO, 2008). O mesmo autor afirma que o signo visual acompanha os diversos tipos/gêneros de texto e – acrescentamos – a grande maioria possui uma visualidade decorrente de sua apresentação gráfica. É nessa perspectiva que procuramos localizar ou situar a importância da semiótica plástica no âmbito dos estudos lingüísticos. Assim, a semiótica plástica se coloca nos estudos da linguagem como mais uma possibilidade de se compreender a significação e também de se (re)pensar o conceito de texto. Do ponto de vista da relação entre conteúdo e expressão, há dois tipos de texto, aqueles que têm função utilitária (informar, convencer, explicar, documentar, etc.) e os que têm função estética. Se alguém ouve ou lê um texto com função utilitária não se importa com o plano de expressão. Ao contrário, atravessa-o e vai diretamente ao conteúdo, para entender a informação. No texto com função estética, a expressão ganha relevância, pois o escritor procura não apenas dizer o mundo, mas recriá-lo nas palavras, de tal sorte que importa não apenas o que se diz, mas o modo como se diz. (FIORINI,2003). O texto é um produto histórico construído em uma dada conjuntura social e que, inevitavelmente, guarda traços da situação na qual foi produzido, situação de produção que podemos entender como contexto. Para a semiótica, embora o contexto sóciohistórico e ideológico (contexto tomado em sentido amplo) não seja negado, não constitui uma categoria de análise. Não se trata de um desprezo epistemológico pelo contexto, mas de uma concepção segundo a qual o texto já traz o contexto em seu interior (OLIVEIRA, 2004, p.17). Morato (2008), destaca que no que se refere especificamente à análise de textos visuais, constatamos que essa proposta já é discutida por muitos autores e no verbete semiótica planar, a qual é incluída pelos autores nas semióticas visuais, caracterizando-se por seu emprego de um significante bidimensional (como, por exemplo, a fotografia, o cartaz, os quadros 5 esquemáticos, o desenho, a planta arquitetônica e mesmo a escrita caligráfica).. Para o autor, a semiótica plástica consistiria na realização, em certos tipos de substância – a substância visível –, da semiótica poética, a qual é autônoma quanto à sua organização formal e à sua significação. Apesar de o autor mencionar a “semiótica poética”, não se restringe essa abordagem a uma semiótica da arte. Trata-se, portanto, de analisar o substrato visual da semiótica poética. Já para Fiorini (2003), assim como o poeta recria o conteúdo na expressão, a articulação entre os dois planos contribui para a significação global do texto. A compreensão de um texto com função estética exige que se entenda não somente o conteúdo, mas também o significado dos elementos da expressão. Ao estudarmos um dos conceitos de beleza relacionados à estética percebemos que todo tipo de obra estabelece uma relação com o público, uma troca de sentido e significado, um testemunho histórico, social, cultural e religioso. Dessa forma, ao apreciar uma obra de arte é importante saber analisar os elementos presentes nela para que ocorra essa troca da melhor maneira possível e o espectador compreenda, então, o que o artista quis transmitir (DRESSER,2014). A comunicação objetiva, primordialmente, o entendimento entre as pessoas. Ela tem papel preponderante em toda sociedade, seja na forma não- verbal, com gestos, sons, imagens ou outros, seja na verbal, com a oralidade ou o seu código substitutivo escrito. Isso porque, desde os tempos imemoriais, o homem emprega, em primeiro lugar, a expressão oral e depois a escrita (GUIMARÃES, 2003). Dresser (2014) refere-se a leitura de uma obra é uma atividade tão importante quanto a produção artística, pois possibilita a interpretação das imagens, compreensão e apreensão de informações (DRESSER,2014). Em nossa atual sociedade cercada de informações não verbais sejam imagens, sons e animação, não somente meios de sinalizações, mas também um mundo repleto de charges, comerciais e revistas e que objetivam que o leitor descubra o que o texto quer mostrar, muito ao contrário do texto escrito. 6 Sendo assim é muito mais fácil prender a atenção do leitor através do texto não verbal. Ao analisar um texto não verbal é nítido perceber que o plano de conteúdo e o plano de expressão estão totalmente ligados, pois o plano de conteúdo que é o significado ou ainda a tematização do texto será representado no plano da expressão por meio de diversas formas como um quadro, um desenho, uma pintura, musica e etc. Pode ser classificada de forma linear, pictórica dentre outras, passando assim a informação sem necessidade obrigatória de algo escrito (CARVALHO, 2008). Para ler imagens ou alfabetizar-se visualmente, é preciso desenvolver a observação de aspectos e de traços constitutivos presentes no interior da imagem, sem extrapolar para pensamentos que nada têm a ver com ela. Assim como um texto, uma imagem pode produzir várias leituras, mas não qualquer leitura. Dessa forma, as questões-chave, base para a leitura de imagens, são: Como as imagens se apresentam? Como indicam o que querem indicar? Qual é o seu contexto de referência? Como e por que as imagens significam? Como as imagens são produzidas? Como elas pensam? Quais são seus modos específicos de representar a realidade que está fora dela? De que modo os elementos estéticos, postos a serviço da intensificação do efeito de sentido, provocam significados para o observador? Desta forma, o presente trabalho procurou refletir como se processa a leitura de imagens registrando o percurso e as questões necessárias para realização do trabalho. E trás como enunciado a ser desenvolvido o seguinte texto: A consciência da visibilidade – uma estratégia da imagem Realize um exercício de leitura de imagem, registrando o percurso desta leitura e as questões que você utilizou para dialogar com as obras. Sinta-se à vontade para elaborar quantas questões julgar necessárias para que você, como leitor de 7 imagem, consiga identificar os símbolos presentes nas imagens, descrevendo os detalhes que você consegueperceber. Não se esqueça de comparar as imagens e o contexto em que elas foram produzidas, bem como seus títulos e respectivos temas. Elabore ainda um relato sobre sua experiência com esta atividade. A partir da observação e leitura da imagem é possível perceber uma preocupação com a posição de cada elemento na imagem. Sendo composta Madonna. Rafel. Ano: 1506. Dimensões: 113 x 88 cm Material: óleo sobre tela. Estilo: Renascimento italiano Local: Museu Kunsthistorisches – Viena/ Áustria Disponível em:. Acesso em: 11 mar. 2016. 8 por 3 indivíduos posicionados a frente da imagem, e ao fundo é possível identificar um relevo sobreposto a outro. Um lago encontra-se em frente a uma cidade ao fundo da imagem. Pequenas flores de cores fortes se destacam próximos aos personagens a frente, o céu com algumas nuvens não revelam um céu claro e límpido. Nesta imagem ressalta-se a diferença das cores utilizadas sendo que a personagem recebe cores fortes e intensas enquanto o restante da imagem recebe cores frias e límpidas. Assim como se destaca a sensibilidade e do renascimento assim como uma imagem expressiva e ao mesmo tempo doce. Luz e sombras são muito utilizadas também pelo autor. Sendo que este nos passa a impressão de que se trata de uma imagem com resquícios de santidade, visto que um dos meninos apresenta auréola, assim como a nudez do outro menino que nos remete aos anjos e/ou querubins, elemento sacro muito comum ao renascimento. 9 A segunda imagem analisada como proposta do trabalho: Através da observação dessa imagem o primeiro dado que chama atenção é a figura de uma mulher negra com uma criança no colo representada no centro da imagem. Os personagens encontram-se na parte frontal da imagem envolto de figuras aparentemente com formas quadradas e que representam construções e edificações. Nas laterais estão dispostos coqueiros e/ou palmeiras extremamente proporcionais e distante um do outro, assim como a figura apresenta outros dois tipos de vegetação próximos da personagem frontal, um ao lado direito e outra vegetação ao lado esquerdo, ambas apresentam agora tons frios. Ao fundo e ao lado esquerdo da imagem pode se identificar um relevo redobrado com uma espécie de construção, assim como do lado oposto Morro Vermelho. Lasar Segall, 1926. Óleo sobre tela: 115 X 95. Disponível em:. Acesso em: 11 mar. 2016. 10 apresenta-se o mar com vertente ao horizonte, uma porção de relevo e uma outra construção. Todas as cores da imagem são quentes e intensas, do mesmo modo o céu representado por cores fortes apresenta algumas nuvens. 11 CONCLUSÃO Após o término do trabalho acerca da analise dessa duas imagens e identificação da relação entre as imagens e o contexto que foram criadas, dessa forma é possuir concluir que cada imagem oferece uma interpretação rica em detalhes, semelhanças e diferenças de acordo com o que autor se propôs a repassar ao público em sua imagem ou obra, assim como cada imagem é capaz de ter muitos olhares e ainda conseguir realizar a comunicação entre os seres humanos, do ponto de vista de cada cultura, crença e religião de países ou culturas diferentes. 12 REFERÊNCIAS CARVALHO, Anneliese. A relação entre o plano da expressão e o plano do conteúdo no processo de referenciação e produção de sentidos no texto publicitário. SIGNUM: Estudos da Linguagem., Londrina, n. 11/1, p. 55-73, jul. 2008 FIORIN, José Luiz. Três questões sobre a relação entre expressão e conteúdo Itinerários, Araraquara, n. especial, 77-89, 2003. GUIMARÃES, Lealis Conceição .Leitura e Comunicação. Terra e cultura, Ano XIX, Nº 37. 2003.p.56-64. GAYDECZKA, Beatriz. A importância da leitura de imagens no ensino. Educação em revista. vol.29 no.3 Belo Horizonte Sept. 2013 MORATO, Elisson Ferreira. Do Conteúdo à expressão: uma análise semiótica dos textos pictóricos de mestre Ataíde. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Faculdade de Letras – UFMG – Belo Horizonte, p. 117. 2008. OLIVEIRA, Ana Cláudia de. Semiótica plástica ou semiótica visual? In: OLIVEIRA, Ana Cláudia de. (org.). Semiótica plástica. São Paulo: Hacker Editores, 2004. p.11-25.
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