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Direito Constitucional III

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DIREITO CONSTITUCIONAL III
1 – ESTADO:
Estado Unitário Puro – Não existe, pois não tem condições de exercer de maneira eficiente (é aquele em que o governo nacional assume exclusivamente a direção de todos os serviços públicos, centralizando o poder, mesmo que esse Estado esteja dividido em circunscrições).
Estado Unitário Descentralizado Administrativamente – Decisões políticas centralizadas, mas administrativamente tem uma extensão do Governo central (O estado federal, como os Estados Unidos, o Brasil, a Suíça, a Alemanha e outros, é um estado soberano constituído de estados federados (estados-membros) dotados, não de soberania, mas apenas de autonomia, os quais têm poder constituinte próprio, decorrente do poder constituinte originário que fez a federação).
Estado Unitário Descentralizado Administrativa e Politicamente – Europa “Autonomia Mitigada” (é a forma de Estado mais comum na atualidade, principalmente entre os países da Europa. Nela, no momento em que as decisões políticas do Governo Central são executadas, os entes responsáveis por isso gozam de certa autonomia política para decidir qual o melhor procedimento a ser aplicado no caso concreto).
OBS.: 
Elementos do Estado:
Soberania – Poder de autonomia para disciplinar o povo e se igualar a outros Estados soberanos.
Finalidade – Organiza as próprias estruturas (auto-organização) + Segurança Social.
Povo – Elemento constitutivo do estado (Obs.: Lembrando que Povo é Diferente de População. Pois Povo é o conjunto de indivíduos, ligados a um determinado território por um vínculo chamado nacionalidade. No conceito de povo estão incluídos os brasileiros natos e naturalizados. Distingue-se do conceito de população, pois neste incluem-se, além dos natos e naturalizados, os estrangeiros e os apátridas).
Território – Área que delimita o poder do Estado.
Definição de Estado: A ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território.
Formas de Governo: República e Monarquia
Sistemas de Governo: Presidencialismo e parlamentarismo 
Forma de Estado: Unitário e Federativo
2 – ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
O Brasil adotou a Federação como forma de organização do Estado (Forma de organização do Estado: Maneira pela qual o Estado se Organiza internamente).
O Art. 1º, CF diz:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
“República (Forma de governo) Federativa (Forma de Estado) do Brasil”
A forma de Estado escolhida foi Federação que é uma aliança de Estados para a formação de um Estado único, em que as unidades federadas preservam parte da sua autonomia política, enquanto a soberania é transferida para o Estado Federal; dentro da atual organização do Estado brasileiro, existem as seguintes entidades federativas: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
2.1 – FEDERAÇÃO:
Origem dos EUA (Agregação) – Movimento Centrípeto.
Origem do Brasil (Desagregação) – Movimento Cehntrifugo.
Tipologias do Federalismo:
Por Agregação e Desagregação – Essa classificação leva em conta a formação histórica, a origem do federalismo em determinado Estado.
Ex.: Por agregação = EUA / Por desagregação = BRASIL
Federalismo Dual e Cooperativo – Separação de atribuições de competências 
Dual: Separação extremamente rígida. Ex.: EUA 
Cooperativo: Flexibilização. Ex.: Brasil
Simétrico ou Assimétrico – Está relacionado a cultura, desenvolvimento, língua e etc. 
Simétrico: Brasil, pois fala 1 língua, tem 1 cultura forte e central de um Estado.
Assimétrico: Canadá, pois fala 2 línguas, possui mais de 1 cultura de um Estado.
Federalismo de Integração – Preponderância do Governo Central sobre os demais entes.
Federalismo de 2º Grau – Tríplice estrutura do Estado brasileiro – união + estados + municípios.
O município deve observar 2 Graus: a Constituição federal e a Estadual.
Características da Federação:
Descentralização Política.
Repartição de Competência.
Constituição rígida com base Jurídica.
Inexistência de Direito de Secessão.
Soberania do Estado Federal.
Intervenção.
Auto-organização dos estados membros.
Órgão representativo dos estados membros.
Guardião da Constituição (STF).
Reparação de Receitas.
Federação Brasileira: Surgiu com o decreto nº 1 de 15/11/1899, junto com a forma republicana de governo.
Composição e Sistematização conceitual: Art. 1º e Art. 18, CF.
Fundamento da República Federativa do Brasil: 
Art. 1º - FUNDAMENTOS.
Art. 3º - OBJETIVOS.
Art. 4º - PRINCÍPIOS.
Idioma Oficial e símbolos da República Federativa do Brasil: 
Idioma Oficial: Língua Portuguesa – Art. 13, Caput, c/c Art. 210, §2º, CF
Símbolos: Bandeira, Hino, Armas e o Solo Nacional – Art. 13, §§1º e 2º, CF; Art. 32, §6º, Lei 9394/96, LDB; Lei 5700/71;
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
Vedação Constitucionais impostas a União, ao Estado, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
3 – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS:
A questão fundamental do federalismo é a repartição de competências entre o governo central e os Estados-Membros; em uma Federação, a repartição de competência é feita pelas atribuições dadas pela Constituição a cada uma das entidades federativas; o princípio geral da repartição de competências é o da predominância de interesses; onde prevalecer o interesse geral e nacional a competência será atribuída à União, onde preponderar o interesse regional a competência será concedida aos Estados, onde predominar o interesse local a competência será dada aos Municípios; na repartição das competências materiais (é a prática de atos de gestão) e legislativas (é a faculdade para a elaboração de leis sobre determinados assuntos), a Constituição brasileira optou por enumerar as atribuições da União (Arts. 21 e 22) e dos Municípios (art. 30) e reserva o restante, as remanescentes, aos Estados (art. 25, § 1°); não existe qualquer hierarquia entre as leis editadas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em assuntos da competência exclusiva de cada entidade federativa; considerando o modelo federativo de repartição de competência, existem no Brasil quatro grandes espécies de leis: a) nacionais (são editadas pela União, aplicando-se a todas as pessoas, órgãos e instituições no Brasil - legislação penal, civil, comercial, processual etc.), b) federais (são promulgadas pela União e aplicáveis apenas a ela e a seus agentes, órgãos e instituições - ex.: Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União), c) estaduais (são editadas pelas respectivas pessoas jurídicas de direito público interno no exercício de suas atribuições constitucionais) e d) municipais (são editadas pelas respectivas pessoas jurídicas de direito público interno no exercício de suas atribuições constitucionais).
3.1 – COMPETENCIA CONSTITUCIONAL:
Conceito: É a faculdade juridicamente atribuída à uma entidade, órgãoou agente do poder público, para emitir decisões. Competências são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades para realizar suas funções.
Predominância do Interesse: 
 Ente Federativo Interesse
União ----------------------------------- Geral;
Estados --------------------------------- Regional;
Municípios ----------------------------- Local;
Distrito Federal ----------------------- Local/Regional;
Competência Administrativa:
Exclusivo:
Poderes Enumerados (União – Art. 21 / Município – Art. 30)
Poderes Reservados (Estado – Art. 25, §1º)
Comum:
Cumulativa ou paralela – Art. 23 (União/Estado/Distrito Federal/Município)
O Art. 21 traz competências exclusivas à União. (Competência exclusiva não há delegação, já no privativo há delegação).
Municípios (Competência Administrativa): No Art. 30 a competência passa a existir à partir do inciso III.
CUIDADO: Com o parágrafo único do Art. 23 da CF. Apenas foi criada a Lei complementar 140/2011, que trata sobre temas ambientais.
Competência Legislativa:
União:
Competência Privativa (Art. 22).
Possibilidade de delegação (Art. 22, §Ú).
Competência Concorrente – União/Estado/Distrito Federal (Art. 24).
Estado:
Competência Remanescente (Art. 25, § 1º).
Competência Remanescente (Art. 22, §Ú).
Distrito Federal:
Competência Reservada (Art. 32, §1º).
Município:
Competência exclusiva (Art. 30, I).
Competência Suplementar (Art. 30, II).
4 – INTERVENÇÃO:
(Consiste em Medido excepcional de supressão temporária de um determinado ente federativo, fundada em hipótese taxativamente prevista no texto constitucional e que visa a unidade e preservação e soberania do estado federal e das autonomias da União dos Estados do distrito Federal e Municípios).
É a interferência de uma entidade federativa em outra, a invasão da esfera de competências constitucionais atribuídas aos Estados-Membros ou aos Municípios; a regra geral é a não-intervenção em entidades federativas, em respeito à autonomia de cada um dos entes componentes do Estado Federal, característica essencial do próprio federalismo; só se admite a intervenção federal (é a da União nos Estados e nos Municípios localizados em Territórios Federais) ou estadual (é a dos Estados em seus Municípios; a União não pode intervir em Municípios situados em Estados-Membros, por falta de previsão constitucional nesse sentido; somente é possível a intervenção do Estado em Municípios situados em seu território) nas hipóteses taxativamente previstas na Constituição Federal; a competência para decretar e executar a intervenção é do Chefe do Poder Executivo.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Intervenção Federal:
Espontânea:
Defesa da Unidade Nacional (Art. 34, I e II).
Defesa da Ordem Pública (Art. 34, III).
Defesa da Finanças Públicas (Art. 34, V).
Provocado:
Por solicitação: Defesa dos poderes Executivo ou Legislativo local (Art. 34, IV) + Art. 36, I, 1ª Parte.
Por Requisição:
STF (Art. 34, IV – Poder judiciário) + Art. 36, I.
STF, STJ ou TSE (Art. 34, VI) ordem ou decisão judicial + Art. 36, II.
STF (Art. 34 VI, 1ª Parte e VII – Execução de Lei federal e ADI interventiva + Art. 36, III, 2ª Parte).
Obs.: Solicitação – Discricionariedade do Presidente da República.
Requisição – O Presidente da República está vinculado ao Ato.
Decretação e execução:
Art. 84, X, CF + Art. 90, I (Conselho da República);
Art. 918, I e II, CF;
Obs.: Não há vinculação.
Controle exercido pelo Congresso Nacional:
Art. 36, §1º e 2º, CF – Denominado de Controle Político.
Art. 49, IV, CF – Seção de atribuições do Congresso. 
Sim, Intervenção (Ato Vinculado).
Não, Sem intervenção (Ato Vinculado).
Se o Presidente da República descumprir a Ordem do Congresso Nacional, ele responderá pelo crime de responsabilidade.
Crime de Responsabilidade – Art. 85, II, CF.
Dispensa do Congresso Nacional (Art. 36, §3º).
Obs.: Se o decreto presidencial não for suficiente para reestabelecer a normatividade, o presidente decreta intervenção e esse deve ser apreciado pelo Congresso Nacional.
Afastamento das Autoridades (Art. 36, §4º, CF).
Intervenção Estadual (Art. 35, CF):
Decretação e Execução pelo Governador do Estado;
Controle Exercido pelo Legislativo;
Controle político pela Assembleia Legislativa;
Hipótese de dispensa do Controle Político (Art.36, §3º, CF);
Afastamento das Autoridades (Art. 36, §4º, CF);
5 – UNIÃO:
É a entidade federativa voltada para os assuntos de interesse de todo o Estado brasileiro; a União não se confunde com o Estado brasileiro que é dotado de soberania, pessoa jurídica reconhecida internacionalmente, abrangendo tanto a União como as demais entidades federativas; a União é pessoa jurídica de direito público interno, dotada de autonomia e do poder de agir dentro dos limites traçados pela Constituição; a União apresenta uma dupla face dentro da organização político-administrativa do Estado brasileiro: a) entidade federativa dotada de autonomia política, b) órgão de representação da RF do Brasil.
BENS DA UNIÃO PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
- terrestres
- superficial (solo)
- terras devolutas da União
- terrenos de marinha e acrescidos
- sítios arqueológicos e pré-históricos
- terras tradicionalmente de indígenas
- subterrâneo (subsolo)
- recursos minerais
- cavidades naturais
- hídricos
- marítimos
- mar territorial
- zona econômica exclusiva
- plataforma continental
- praias marítimas
- fluviais
- rios interestaduais (limítrofes e sucessivos)
- rios internacionais (limítrofes e sucessivos)
- terrenos marginais
- praias fluviais
- lacustres
- lagos interestaduais
- lagos internacionais
- insulares
- externo
- ilhas marítimas – oceânicas e costeiras, excluídas as que já estiverem incorporadas ao domínio dos Estados, Municípios ou terceiros.
- interno
- ilhas fluviais – limítrofes com outros países.
- ilhas lacustres – limítrofes com outros países.
COMPETÊNCIAS DA UNIÃO: a União concentra um grande número de competências no Estado brasileiro;a própria enumeração das competências, tanto pela quantidade como pela qualidade, evidencia que as principais atribuições pertencem ao governo federal; a União possui competências exclusivas (art. 21), privativas (art. 22), comuns (art. 23) e concorrentes (art. 24).
Art. 21. Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
 X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidro energéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploraçãode recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
 I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
6 – ESTADOS FEDERADOS:
Os Estados federados são dotados somente de autonomia política, poder de agir dentro dos limites fixados pela própria Constituição Federal; não possuem soberania, por isso não lhes são atribuídas competências internacionais; autonomia política importa em: auto-organização (compete a cada Estado elaborar a sua própria Constituição Estadual), autolegislação (compete a cada Estado elaborar as leis estaduais dentro de sua autonomia política, ou seja, nos limites das competências fixadas pela Constituição), autogoverno (compete a cada Estado a organização de seus próprios Poderes, bem como a escolha de seus integrantes, o que deve ser feito de acordo com o modelo federal, respeitado o sistema constitucional da separação de Poderes e o regime presidencialista; o Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado; o Poder Legislativo Estadual é exercido, de forma unicameral, pela Assembléia Legislativa, composta de Deputados Estaduais) e auto-administração (compete a cada Estado organizar, manter e prestar os serviços que lhe são próprios).
6.1 – FUNÇÃO DOS ESTADOS FEDERADOS (MEMBROS):
Art. 18, §3º, CF:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.  
São 4 hipóteses de alterabilidade divisional interna do território brasileiro.
Incorporação: 
Fusão (A+B=C); ¹
Subdivisão: 
Cisão (A=B+C); ¹
Desmembramento:
Anexação; ² 
Firmação; ²
¹ Os Estados originais deixam de existir;
² Os Estados originais existindo, mas com alteração do território;
Processo de Criação dos Estados:
Art. 18, §3º e Art. 48, XI, CF:
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida está para o especificado nos Arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
VIII - concessão de anistia;
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal;
X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b;
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os Arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. 
Plebiscito: A população interessada deverá aprovar a formação do Estado novo. Se sim continua o processo, se não for aceito pela população se encerrará o processo.
Projeto de L.C: Art. 4º, §1º, Lei 9709/98 – 
“A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Estados, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas.
§ 1o Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração territorial prevista no caput, o projeto de lei complementar respectivo será proposto perante qualquer das Casas do Congresso Nacional.”
Verificamos em qualquer casa do congresso nacional.
Audiência das Assembléias Legislativas: Art. 48, VI, CF e Art. 4º, §2º, Lei 9709/98 – 
“Art. 48, VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;”
“Art. 4, § 2o À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido no parágrafo anterior compete proceder à audiência das respectivas Assembléias Legislativas.” 
CUIDADO – PARECER NÃO VINCULATIVO.
Aprovação pelo Congresso Nacional: Discricionariedade do Congresso Nacional e do Presidente da República.
Criação de novo Estado:
Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as seguintes normas básicas:
 I - a Assembleia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a população do Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro, se igual ou superior a esse número, até ummilhão e quinhentos mil;
II - o Governo terá no máximo dez Secretarias;
III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber;
IV - o Tribunal de Justiça terá sete Desembargadores;
V - os primeiros Desembargadores serão nomeados pelo Governador eleito, escolhidos da seguinte forma:
a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em exercício na área do novo Estado ou do Estado originário;
b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e advogados de comprovada idoneidade e saber jurídico, com dez anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na Constituição;
VI - no caso de Estado proveniente de Território Federal, os cinco primeiros Desembargadores poderão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do País;
VII - em cada Comarca, o primeiro Juiz de Direito, o primeiro Promotor de Justiça e o primeiro Defensor Público serão nomeados pelo Governador eleito após concurso público de provas e títulos;
VIII - até a promulgação da Constituição Estadual, responderão pela Procuradoria-Geral, pela Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado advogados de notório saber, com trinta e cinco anos de idade, no mínimo, nomeados pelo Governador eleito e demissíveis "ad nutum";
IX - se o novo Estado for resultado de transformação de Território Federal, a transferência de encargos financeiros da União para pagamento dos servidores optantes que pertenciam à Administração Federal ocorrerá da seguinte forma:
a) no sexto ano de instalação, o Estado assumirá vinte por cento dos encargos financeiros para fazer face ao pagamento dos servidores públicos, ficando ainda o restante sob a responsabilidade da União;
b) no sétimo ano, os encargos do Estado serão acrescidos de trinta por cento e, no oitavo, dos restantes cinquenta por cento;
X - as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos mencionados neste artigo, serão disciplinadas na Constituição Estadual;
XI - as despesas orçamentárias com pessoal não poderão ultrapassar cinquenta por cento da receita do Estado.
Bens dos Estados membros:
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
6.2 – REGIÕES METROPOLITANAS, ALGOMERAÇÕES URBANAS E MICRORREGIÕES:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Legitimados – propõe as criações das regiões metropolitanas.
Requisito Formal – Lei complementar aprovada na assembleia legislativa do Estado.
Requisito Natural – Agrupamento de municípios limítrofes. 
Finalidade – Integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse Comum.
Função Pública de interesse Comum – Política pública ou ação nela inserida, cuja realização por parte de um município, isoladamente seja inviável ou cause impacto em um município limítrofe (Art. 2º, II da lei 13089/15).
Conceitos:
Regiões Metropolitanas: São conjuntos de municípios limítrofes com certa continuidade urbana, que se reúnem em torno de um município polo, também denominado de município mãe.
Microrregiões: Também constitui-se por municípios limítrofes que apresentam características homogêneas e problemas em comum, mas que não se encontram ligados por certa continuidade urbana. Aqui será estabelecido um município sede.
Aglomerados Urbanos: São áreas urbanas de municípios limítrofes sem um polo ou mesmo sede. Caracterizam-se pela grande densidade de gráfica e continuidade urbana. Ex.: Aglomeração Urbana do Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Qual é a natureza jurídica das regiões metropolitanas?
R: Não tem Personalidade
7 – MUNICÍPIOS:
Os Municípios são entidades federativas voltadas para assuntos de interesse local, com competências e rendas próprias; como toda entidade federativa, são dotados de autonomia política, ou seja, do poder de agir dentro dos limites fixados pela CF, o que importa em auto-organização (os Municípios são regidos por Leis Orgânicas, votadas em dois turnos, com o intervalo mínimo de 10 dias, e aprovadas por 2/3 dos membros da Câmara Municipal; Lei Orgânica Municipal é uma espécie de Constituição municipal), autolegislação, autogoverno (o Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito Municipal; o Poder Legislativo Municipal é exercido pela Câmara Municipal, composta por Vereadores) e autoadministração.
Organização Política – administrativa:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Pessoa Jurídica de direito público, interno e autônomo:
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição;
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes;
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os Arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município;
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município;
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembleia Legislativa;
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;
XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; 
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; 
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. 
STF: Julgou várias ADI’s declarando inconstitucionalidade as leis estaduais que criariam municípios, sem a existência de lei complementar federal. Mas, não pronunciou nulidade dos atos. (Julgado nas ADI’s 2240e ADO 3682).
Congresso Nacional promulgou a emenda constitucional, nº 57, de 18/12/2008, acrescentando o Art. 96 ao ADCT.
8 – DISTRITO FEDERAL:
O Distrito Federal é uma entidade federativa, dotada de autonomia política, com atribuições e rendas próprias fixadas na Constituição; como entidade dotada de autonomia política, possui auto-organização (é regido por Lei Orgânica), autolegislação, autogoverno (o Poder Executivo é exercido pelo Governador do DF; o Poder Legislativo é exercido por Deputados Distritais) e auto-administração; compete à União organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Obs.: 
Impossibilidade de divisão do Distrito Federal em municípios – Art. 32, Caput.
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
Autonomia parcialmente tutelada pela União. Art. 32, §4º; Art. 144, §6º e Art. 21, XIV.
Art. 32, § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.
9 – TERRITÓRIOS, REGIÕES METROPOLITANAS E REGIÕES DE DESENVOLVIMENTO:
TERRITÓRIOS: são meras autarquias, entidades administrativas da União, não dotadas de autonomia política, administrativa e judiciária; atualmente, não existe no Brasil.
REGIÕES METROPOLITANAS: são entidades administrativas, instituídas pelos Estados, mediante lei complementar, envolvendo diversos Municípios, com continuidade urbana em torno de um pólo comum, visando a integração, a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum; certos encargos, como água, esgoto e transporte coletivos intermunicipais, por se referirem a problemas comuns a diversos Municípios, não podem ser resolvidos de forma isolada por um deles, exigindo ação comum e a fixação de uma política única; possuímos nove regiões metropolitanas: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém, Fortaleza e Rio de Janeiro.
REGIÕES DE DESENVOLVIMENTO: são entidades administrativas, instituídas pela União, mediante lei complementar, abrangendo áreas de diversos Estados situadas em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando ao seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais, mediante a composição de organismos regionais e a concessão de diversos incentivos - ex.: SUDENE, SUDAM. 
10 – ORGANIZAÇÃO DOS PODERES:
INTRODUÇÃO: o poder político do Estado é uno e indivisível; oque se divide não é ele, mas sim as funções estatais básicas, que são atribuídas a órgãos independentes e especializados.
TEORIA GERAL DA SEPARAÇÃO DE PODERES: 
Concepção e evolução da teoria da separação dos poderes:
Concebida por Aristóteles, na Antiguidade (Obra Política)
Montesquieu entre os séc. XVII-XVIII, na sua obra “O Espírito das Leis” concebeu os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário como encarregados das funções do Estado (Identificou a divisão funcional e orgânica – Teoria do Sistema de Freios e Contrapesos).
FUNÇÕES ESTATAIS BÁSICAS:
- legislativa – elaboração de leis, de normas gerais e abstratas, impostas coativamente a todos.
- executiva – administração do Estado, de acordo com as leis elaboradas pelo Poder Legislativo.
- judiciária – atividade jurisdicional do Estado, de distribuição da justiça e aplicação da lei ao caso concreto, em situações de litígio, envolvendo conflitos de interesses qualificados pela pretensão resistida.
- cada função estatal básica é atribuída a um órgão independente e especializado, com a mesma denominação, respectivamente, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS
Existem algumas funções que são, tradicionalmente, atribuídas a cada um dos poderes; são as chamadas funções típicas; existem outras que, embora tradicionalmente pertençam a um Poder, são atribuídas a outro, pela Constituição, justamente para estabelecer a harmonia entre os três poderes.
São elas:
	Poder
	Típicas
	Atípicas
	Legislativo
	Legislar Controlar Fiscalizar
	Julgar: Presidente, Vice, Ministros de Estado e Comandantes das três forças, em crime de responsabilidade (art. 52, I); Ministros do STF, PGU e AGU, em crimes de responsabilidade (52, II)
Administrar: aprovar indicação cargos - art. 52, III; exercer o autogoverno (elaborar e aprovar seu próprio Regimento Interno; elaborar proposta orçamentária; exercer a administração do Poder)
	Executivo
	Administrar
	Legislar:
Expedir	MP´s	(art.62), 	Decretos	 (art.84, VI) 	e	leis delegadas (art.68);
Iniciar processo legislativo (art.84, III); Vetar projetos de leis (art.84, V)
Julgar: o contencioso administrativo
	Judiciário
	Exercer a jurisdição
	Legislar: iniciar processo legislativo em matéria de sua competência (art. 96, II); provimento de cargos de juiz (art. 96, I, c); declaração da constitucionalidade e inconstitucionalidade das leis
Administrar: exercer o autogoverno (elaborar e aprovar seu próprio Regimento Interno; elaborar proposta orçamentária; exercer a administração do Poder)
Estudo da expressão “Tripartição de Poderes”: O Poder é Uno, Indivisível. O poder é um só, onde se manifesta por meio de órgãos que exercem função.
SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS: a separação de Poderes não é rígida, pois existe um sistema de interferências recíprocas, em que cada Poder exerce suas competências e também controla o exercício dos outros; a separação de Poderes não é absoluta; nenhum Poder exercita apenas suas funções típicas; o Poder Executivo edita medidas provisórias com força de lei e participa do processo legislativo, tendo matérias de iniciativa legislativa privativa e amplo poder de veto; todavia, esse veto não é absoluto, pois pode ser derrubado pelo Poder Legislativo; os Tribunais, por sua vez, podem declarar a inconstitucionalidade de leis elaboradas pelo Poder Legislativo e de atos administrativos editados pelo Poder Executivo; o Chefe do Poder Executivo escolhe e nomeia os Ministros dos Tribunais Superiores, após prévia aprovação pelo Senado Federal; se o Presidente da República e outras altas autoridades federais cometerem crime de responsabilidade, o processo de “impeachment” será julgado pelo Senado Federal sob a presidência do Presidente do STF.
11 – ESTUDO DOS PODERES: 
	
	Federal (da União)
	Estadual
	Distrital
	Municipal
	Legislativo
	Congresso Nacional
	Assembleia
Legislativas
	Câmaras Legislativas
	Câmaras Municipais
	Executivo
	Presidente	da
República
	Governador do Estado
	Governador do Distrito
Federal
	Prefeito Municipal
	Judiciário
	STF,
Tribunais Superiores, Justiça Federal,
Justiça do Trabalho e Justiça Eleitoral
	Tribunais de Justiça e Juízes Estaduais
	Tribunal de Justiça e Juízes do DF/T*
	------------------
11.1 – PODER LEGISLATIVO:
INTRODUÇÃO: tem como função típica a elaboração de leis, de normas gerais e abstratas a serem seguidas por todos; além do exercício de sua função legislativa do Estado, compete-lhe a importante atribuição de fiscalizar financeira e administrativamente os atos do Executivo.
COMPOSIÇÃO: na esfera federal, é exercido, no Brasil, pelo Congresso Nacional, que é composto por duas Casas Legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
CÂMARA DOS DEPUTADOS: é composto de representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional, sendo assegurado a cada Estado o número mínimo de 8 e o máximo de 70 Deputados Federais, bem como o fixo de 4 para cada Território; os Deputados Federais são eleitos para mandatos de 4 anos; número máximo de 513 representantes.
SENADO FEDERAL: é composto de 3 representantes dos Estados e do DF, eleitos pelo princípio majoritário; os Senadores (81) são eleitos para mandatos de 8 anos, com 2 suplentes; a renovação desse órgão legislativo é feita de forma alternada, de 4 em 4 anos, por 1/3 e 2/3.
SISTEMAS ELEITORAIS:
- majoritário – a representação cabe ao candidato que obtiver o maior número de votos. 
- simples – a eleição realiza-se em um único turno, bastando a maioria relativa para a escolha do representante da vontade popular; no Brasil é adotado para a eleição de Senadores e Prefeitos e Vice-Prefeitos nos Municípios com 200.000 ou menos eleitores.
- qualificada absoluta – exige-se a realização de um segundo turno com os 2 candidatos mais votados, caso nenhum dos concorrentes tenha obtido a maioria absoluta já no primeiro turno de votação; no Brasil é utilizado para a eleição do Presidente e Vice-Presidente da República, dos Governadores e Vice-Governadores dos Estados e dos Prefeitos e Vice-Prefeitos nos Municípios com mais de 200.000 eleitores. 
- proporcional – a representação no órgão colegiado varia de acordo com a quantidade de votos obtidos pelo partido ou coligação partidária; é o sistema geralmente adotado para a representação no Poder Legislativo, por possibilitar a expressão política das minorias; é utilizado no Brasil para a eleição de Deputados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores. 
LEGISLATURA: é o período legislativo de 4 anos que corresponde ao mandato dos Deputados Federais; Senadores são eleitos por 2 legislaturas; cada legislatura é dividida em 4 sessões legislativas ordinárias; estas, por sua vez, são subdivididas em 2 períodos legislativos, o primeiro de 15.02 a 30.06 e o segundo de 01.08 a 15.12.
MESAS OU MESAS DIRETORAS: a Mesa do Congresso Nacional é presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos são exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO - CPI: instituída para apuração de fato determinado por prazo certo, com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, sendo as conclusões encaminhadas ao MP para que seja promovida a apuração da responsabilidade civil e criminal dos infratores; trata-se de uma das formas mais significativas de atuação do Poder Legislativo no exercício de seu poder de fiscalização sobre os demais Poderes.
11.1.a – FEDERAL (art. 44, CF):
Bicameralismo Federativo (congresso Nacional)
Senado (Estado)
Câmara dos Deputados (Povo)
11.1.b – ESTADUAL:
Unicameralismo – Assembleia Legislativa – Deputados Estaduais (Povo).
Nº de Deputados: 
	Nº DE DEPUTADOS FEDERAIS (X)
	Nº DE DEPUTADOS Estaduais (Y)
	FORMULAS
	8
(Número Mínimo de Dep. Federais).
	24
	Para saber o número de Dep. Estaduais é só encontrar o TRIPOde Deputados Federais
	13
	37
	Quando o número de Dep. Federais é Acima de 12 se usa a Formula:
Y=X+24
	70
(Número Máximo de Dep. Federais).
	99
	Quando o número de Dep. Federais é Acima de 69 se usa a Formula:
Y=X+24
11.1.c – MUNICIPAL:
Unicameralismo – Câmara municipal – Vereadores – Povo.
Nº de Vereadores: Art. 29, IV, CF.
Mandato – 4 anos.
Inviolabilidade ou Imunidade material: Art. 29A, CF.
Remuneração – Subsídio: Art. 29, V e VI e Art. 29A, CF.
11.1.d – DISTRITO FEDERAL:
Unicameralismo – Câmara Legislativa – Deputados Distritais – Povo.
As mesmas características dos Estados, Art. 32, §3º, CF.
11.1.e – TERRITÓRIOS FEDERAIS:
Art. 33, §3º e Art. 45, §2º, CF.
Cada território elegerá 4 deputados.
11.1.2 – PROCESSO LEGISLATIVO:
CONCEITO: é o conjunto de atos realizados para a elaboração de um ato legislativo.
FORMA DE REALIZAÇÃO ADOTADA PELO BRASIL: o Brasil adota, em regra, o processo legislativo representativo (as leis são elaboradas por representantes legitimamente eleitos pelo povo, como Senadores, Deputados ou Vereadores), mas admite que determinadas medidas aprovadas pelo Congresso Nacional sejam submetidas ao referendo popular.
FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO:
- é utilizado para a elaboração de leis ordinárias, o ato legislativo típico.
- iniciativa – entende-se a legitimidade para apresentação de proposições legislativas. 
- emenda – são proposições apresentadas por parlamentares visando alterações no projeto de lei. 
- votação ou deliberação – a deliberação geralmente é precedida de discussões e estudos técnicos e jurídicos desenvolvidos em diversas comissões de cada Casa Legislativa; após ser discutido pelas comissões, o projeto de lei é encaminhado para discussão e votação em Plenário, podendo ser aprovado ou rejeitado; as leis ordinárias são aprovadas por maioria simples, as leis complementares por maioria absoluta, enquanto emendas constitucionais, por maioria qualificada de 3/5 dos votos; o autografo é o instrumento formal definitivamente aprovado pelo Congresso Nacional. 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
- procedimento legislativo ordinário: o projeto de lei aprovado em uma das Casas Legislativas, deve ser encaminhado para revisão na outra Casa do Congresso Nacional, dado que adotamos o sistema do bicameralismo na esfera federal; nessa outra Casa, denominada pela CF “Casa revisora”, 3 hipóteses se descortinam:
- o projeto é aprovado sem emendas pela Casa revisora em um só turno de discussão e votação, sendo encaminhado para sanção ou veto do Presidente da República.
- o projeto é rejeitado pela Casa revisora, devendo ser arquivado.
- o projeto de lei é aprovado com emendas pela Casa revisora; nesta hipótese, deve retornar à Casa iniciadora unicamente para apreciação das emendas aprovadas; se elas forem também aprovadas o projeto será encaminhado para sanção ou veto do Presidente da República, com as nova proposições; se as emendas forem rejeitadas pela Casa iniciadora, prevalece o projeto de lei original, sem as modificações introduzidas pela Casa revisora; a CF acaba por estabelecer, dessa forma, para a Câmara dos Deputados, no processo legislativo, uma certa prevalência, pois os projetos de iniciativa do Presidente da República e dos Tribunais Superiores, assim como os de iniciativa popular, dever ter início nessa Casa legislativa.
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- procedimento legislativo sumário (abreviado ou em regime de urgência): o Presidente da República poderá solicitar urgência na apreciação dos projetos de sua iniciativa; trata-se de uma forma de evitar a obstrução do Poder Executivo pelo Legislativo; é certo que o Presidente da República não se tem utilizado dessa prerrogativa, preferindo utilizar a estratégia da reedição de sucessivas medidas provisórias nos assuntos de seu interesse; a Câmara dos Deputados e o Senado Federal devem manifestar-se, sucessivamente, em até 45 dias sobre a proposição apresentada pelo Poder Executivo; caso não o façam nesse prazo, a proposição será incluída na ordem do dia de votação da Casa Legislativa onde o projeto de lei se encontra, sobrestando a deliberação sobre qualquer outro assunto até que se conclua o processo de votação.
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- sanção ou veto – são atos de competência do Presidente da República; sanção é a aquiescência do Presidente da República ao projeto de lei elaborado pelo Congresso Nacional e encaminhado para sua apreciação; veto é a discordância do Presidente da República com o projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo e encaminhado para sua apreciação.
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- características do veto: é sempre fundamentado; é relativo, limitado ou condicional, pois pode vir a ser derrubado pelo Poder Legislativo; é suspensivo ou superável, pois impede a entrada em vigor da norma vetada, impondo uma nova apreciação pelo Congresso Nacional, podendo ser rejeitado pela maioria absoluta dos parlamentares; é irretratável.
- quanto a amplitude, o veto pode ser: total (incide sobre a integralidade do projeto de lei) ou parcial (recai sobre parte dele, mas deve incidir sobre texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea).
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- promulgação – é o ato pelo qual se atesta a existência de uma lei. 
- publicação – é a comunicação feita a todos, pelo Diário Oficial, da existência de uma nova lei, assim como de seu conteúdo; uma lei começa a vigorar em todo o território nacional 45 dias após a sua publicação, salvo disposição em contrário. 
PROCEDIMENTOS LEGISLATIVOS ESPECIAIS: a CF estabelece procedimentos especiais a elaboração de emendas constitucionais, leis delegadas, medidas provisórias, leis complementares e leis financeiras.
CONTROLE JUDICIAL DO PROCESSO LEGISLATIVO: o STF tem admitido, em caráter absolutamente excepcional, o controle judicial incidental da constitucionalidade do processo legislativo, desde que a medida seja suscitada por membro do Congresso Nacional.
ATOS LEGISLATIVOS:
- emendas à Constituição:
- conceito – são alterações do próprio Texto Constitucional; trata-se de uma manifestação do poder constituinte derivado de reforma; essa função, no Brasil, foi atribuída pelo poder constituinte originário ao Poder Legislativo; a Constituição brasileira é classificada como rígida, quanto à estabilidade, pois é possível a modificação de normas constitucionais, desde que observado um procedimento mais rigoroso do que o previsto para as demais normas infraconstitucionais. 
- iniciativa – podem apresentar propostas de emendas constitucionais (as denominadas PEC): 1/3, no mínimo, dos Deputados ou Senadores; o Presidente da República; e mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, por maioria simples.
- procedimento – uma emenda constitucional para ser promulgada precisa ser discutida, votada e aprovada em ambas as Casas do Congresso Nacional em dois turnos, exigindo-se maioria qualificada de 3/5; no procedimento de aprovação de emendas constitucionais, há possibilidade de membros do Congresso Nacional apresentarem emendas, proposições feitas para alteração da proposta original, que serão posteriormente votadas em conjunto. 
- promulgação – as emendas constitucionais aprovadas são promulgadas conjuntamente pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; em razão do elevado quorum exigido para aprovação de emendas à Constituição, não estão sujeitas à sanção ou veto do Presidente da República.
- publicação– promulgada a emenda constitucional, a nova norma constitucional deverá ser publicada no Diário Oficial para chegar ao conhecimento de todos.
- cláusulas pétreas, cerne fixo ou partes imutáveis da Constituição – a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; os direitos e garantias individuais.
- leis complementares:
- conceito – são leis aprovadas por maioria absoluta em hipóteses especialmente exigidas pela CF.
- procedimento – seguem o mesmo procedimento das leis ordinárias para serem aprovadas, inclusive com a fase de sanção ou veto do Presidente da República, mas com a exigência de aprovação por maioria absoluta.
- leis ordinárias: é o ato legislativo típico; é aprovado por maioria simples; pode dispor sobre toda e qualquer matéria, vedadas as reservadas à lei complementar e as de competência exclusiva do Congresso Nacional ou de suas Casas Legislativas, que são tratadas por decretos legislativos e resoluções; é considerada lei ordinária toda aquela que não for apresentada como “complementar” ou “delegada”.
- leis delegadas:
- conceito – são leis elaboradas pelo Presidente da República, em virtude de autorização concedida pelo Poder Legislativo. 
- procedimento – as leis delegadas dispensam a sanção presidencial, pois o Presidente da República já recebeu autorização do Congresso Nacional para legislar sobre determinada matéria; contudo, o Congresso pode determinar a sujeição do projeto de lei delegada elaborado pelo Presidente da República à aprovação pelo Poder Legislativo, em votação única, vedada qualquer emenda.
- medidas provisórias:
- conceito – são atos editados pelo Presidente da República, com força de lei, em situações de relevância e urgência, devendo ser submetidas de imediato ao Congresso Nacional, sob pena de perda de eficácia, se não forem aprovadas no prazo de 30 dias.
- medidas provisórias e decretos-leis – a medida provisória veio substituir o antigo decreto-lei, que era aprovado por decurso de prazo, caso não apreciado no período de 45 dias. 
- eficácia derrogatória – as medidas provisórias são atos editados pelo Presidente da República com força de lei; como é do conhecimento de todos, uma lei somente é revogada por outra; a medida provisória apenas suspende a eficácia de lei anterior que disponha sobre o mesmo tema; caso aprovada, com a conversão da medida provisória em lei, ocorrerá a revogação da lei anterior.
- vedações de medidas provisórias – em matéria penal; em matéria sujeita a lei complementar; regulamentação de emendas constitucionais e matérias que não possam ser objeto de delegação.
- decretos legislativos: são os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, não sujeitos à sanção ou veto do Presidente da República, geralmente com efeitos externos, utilizados nas hipóteses previstas no art. 49 da CF; não devem ser confundidos com os antigos decretos-leis, nem com os decretos expedidos pelo Poder Executivo.
- resoluções: são os atos de competência privativa do Congresso Nacional, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, geralmente com efeitos internos, utilizados nos demais casos previstos na CF e nos Regimentos Internos respectivos.
11.1.3 – ESTUDO DO CONGRESSO NACIONAL:
As atribuições do Congresso Nacional:
Art. 48, CF: Necessita de sanção do Presidente da República.
Art. 49, CF: Assuntos deliberados para discussão no Congresso sem sanção do Presidente da República. 
11.1.4 – CÂMARA DOS DEPUTADOS:
São os representantes do povo.
Eleição: Sistema proporcional: relacionado com o número da população do Estado (Art. 45, §1º, CF).
Mandato: 4 anos, permitida a reeleição (Art. 44, §Ú).
Requisitos para a candidatura: Brasileiros natos ou Naturalizados.
Art. 14, §3º +Art. 12, §3º - dizem que o Presidente tem que ser brasileiro nato, pois está na sucessória da Presidência, acima de 21 anos (Art. 14, §3º, IV, CF), pleno exercícios dos direitos políticos (Art. 14, §3º, II), Alistamento eleitoral (Art. 4, §3º, III), domicilio eleitoral na circuncisão (Art. 14, §3, IV, Filiação Partidária (Art. 14, §3º, V). 
Competência privativa da Câmara dos Deputados (Art. 51, CF), não necessita de sanção da Presidência da República; Instrumento por resolução.
11.1.5 – SENADO FEDERAL: 
Representantes do Estado e do Distrito Federal.
Territórios Federais não terão representantes (Senadores);
Eleição: Princípio Majoritário.
Nº de Senadores: 3 por Estado e cada senador terá 2 suplentes.
Mandato: 8 Anos.
Renovação de 1/3 a 2/3 por Estado.
Requisitos para candidatura: Semelhantes aos Deputados Federais, com a diferença na Idade que é maior de 35 anos para o Senador.
Competência privativa do Senado Federal: Sem Sanção Presidencial embasado.
11.1.6 – REUNIÕES:
Art. 57, Caput
Reuniões:
Sessão Ordinária (Art57, Caput).
Sessão Extraordinária (Art57, §6º).
Sessão conjunta (Art57, §3º).
Sessão Preparatória (Art57, §4º).
Obs.: Comissão representativa do Congresso Nacional - Art. 58, §4º.
Prova:
Art. 24, §1º, 2º, 3º e 4º:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
 I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
CUIDADO COM O Art. 22, §Ú, CF:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da DefensoriaPública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
CUIDADO COM O Art. 24, §2º ao 4º, CF:
Art.24:
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
OBS.: O MUNICÍPIO PODE LEGISLAR SOBRE AS MATÉRIAS NO ART. 24, DESDEQUE DE FORMA SUPLEMENTAR OU INTERESSE LOCAL.
11.2 – PODER EXECUTIVO:
INTRODUÇÃO: a função tradicional é administrar o Estado de acordo com as leis elaboradas pelo Poder Legislativo.
SISTEMA DE GOVERNO: o Brasil adota o presidencialismo como sistema de governo; o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estados; o Presidente acumula as funções de Chefe de Estado (representação externa e interna do Estado) e Chefe de Governo (liderança política e administrativa dos órgãos do Estado).
DATA DAS ELEIÇÕES: no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente, em primeiro turno; caso haja necessidade de um segundo turno entre os dois candidatos mais votados, as eleições serão realizadas no último domingo de outubro. 
REQUISITOS: ser brasileiro nato; estar no pleno gozo de direitos políticos; possuir mais de 35 anos de idade. 
SUCESSORES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: é sucessor do Presidente da República, em suas ausências e impedimentos, o Vice-Presidente; no caso de impedimento ou vacância de ambos os cargos, a CF estabelece a seguinte ordem de sucessão: Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e Presidente do STF; ordem semelhante de sucessão deve ser fixada nas Constituições Estaduais: Vice-Governador do Estado, Presidente da Assembléia Legislativa e Presidente do Tribunal de Justiça. 
PERDA DO CARGO: condenação proferida pelo Senado Federal, por 2/3 de votos, em processo de “impeachment”, pela prática de crime de responsabilidade, após ter sido admitida a acusação pela Câmara dos Deputados, também pelo mesmo quorum qualificado; condenação proferida pelo STF pela prática de crime comum, após ter sido admitida a acusação, por 2/3 dos votos, pela Câmara dos Deputados; declaração da vacância do cargo por não tomarem posse dos cargos para os quais foram eleitos no prazo de 10 dias; ausência do País por período superior a 15 dias sem licença do Congresso Nacional. 
VACÂNCIA DOS CARGOS DE PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA: na hipótese de vacância dos cargos de Presidente e de seu sucessor natural, o Vice-Presidente da República, com a posse de um dos sucessores indicados no Texto Constitucional, obedecida a ordem estabelecida no art. 80, deverá ser realizada eleição 90 dias depois de aberta a última vaga; será eleito um Presidente e um Vice-Presidente da República para completar o mandato; trata-se do denominado “mandato tampão”; se essas vagas ocorrerem nos dois primeiros anos de mandato, será realizada uma nova eleição pelo voto direto, em dois turnos; ocorrendo vacância nos dois últimos anos de mandato, a eleição será feita pelo próprio Congresso Nacional; trata-se da única hipótese de eleição pelo voto indireto prevista na CF.
FACULDADE DE REGULAMENTAR: regulamento (ato normativo expedido pelo Poder Executivo; não pode contrariar lei, nem criar direitos e obrigações); decreto (é o meio pelo qual o Presidente da República pratica os atos de sua competência; todos os seus atos, inclusive os regulamentos, que contêm disposições gerais, são editados na forma de decretos). 
CRIMES DE RESPONSABILIDADE E O PROCESSO DE “IMPEACHMENT” (IMPEDIMENTO): crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas cometidas pelo Presidente da República e outras altas autoridades (Vice-Presidente, Ministros de Estados e do STF e pelo Procurador-Geral da República), punidas com a perda do cargo e a inabilitação por 8 anos para o exercício da função pública; de acordo com o princípio republicano de governo, todas as autoridades exercem o poder político na medida conferida pela CF, devendo prestar contas dos atos praticados no exercício da função pública para os demais cidadãos; caso desrespeitem a “res publica”, cometendo uma infração político-administrativa prevista em legislação especial, podem ser afastado do cargo pelo processo de “impeachment”. 
PRERROGATIVAS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: na vigência de seu mandato, não poderá ser preso antes do trânsito em julgado de sentença condenatória, nem responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções; não se trata de irresponsabilidade penal absoluta; por crimes cometidos em razão do exercício de suas funções o Presidente da República poderá vir a ser processado criminalmente perante o STF, desde que obtida a indispensável licença da Câmara dos Deputados, por 2/3 dos votos; somente não poderá ser processado, durante seu mandato, por crimes cometidos antes da investidura no cargo, bem como por delitos praticados na sua vigência, mas estranhos à função presidencial.
MINISTROS DE ESTADO: são auxiliares do Presidente da República na direção superior da Administração federal; são cargos de livre nomeação e exoneração do Presidente da República; a referenda do Ministro de Estado em atos e decretos expedidos pelo Presidente da República nos assuntos de competência de sua pasta é considerada indispensável para a validade do ato.
11.3 – PODER JUDICIÁRIO:
INTRODUÇÃO: compete ao Poder Judiciário a função jurisdicional do Estado, ou seja, de distribuição de justiça, de aplicação da lei em caso de conflito de interesses.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: princípio da inércia (só se manifesta quando provocado); princípio do devido processo legal (a prestação jurisdicional deve ser prestada com a obediência de todas as formalidades legais); efeitos “inter partes” (a decisão judicial, em rega, somente produz efeitos “inter partes”, isto é, coisa julgada para as partes do processo; só excepcionalmente prestações jurisdicionais geram efeitos “erga omnes”, em relação a todos).
SELEÇÃO DOS MEMBROS: a regra de ingresso dos membros do Poder Judiciário de primeira instância, no Brasil, é o concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as suas fases, obedecendo-se nas nomeações a ordem de classificações; para os tribunais, a nossa CF estabelece a nomeação de alguns cargos pelo Chefe do Poder Executivo; 1/5 dos Tribunais Regionais Federais e dos Tribunais Estaduais (Tribunais de Justiça, Tribunais de Alçada e Tribunais da Justiça Militar) é composto de membros

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