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Universidade Estácio de Sá – Resende	
Aluna: Danielle de Sousa Corrêa 
Gestão Financeira e Controladoria
Estudo de caso – WorldCom
	O estudo de caso da WorldCom relata o ágil crescimento da empresa no ramo de telecomunicações. O sistema de telecomunicações dos Estados Unidos era formado por pequenas empresas de telefonia local operando com chamadas locais  e as grandes empresas que operavam com chamadas a longa distância. As empresas  AT&T (fundada em 1983) e  a LDDS, em 1984 (Serviços de Longa Distância com Desconto) esta precursora da gigante WorldCom.  Estas eram pequenas empresas regionais que ofereciam serviços locais e neste contexto existia a MCI,  uma empresa bem estabelecida, que realizava ligações a longa distância, mas que ainda não tinha participação expressiva nos estados do Sul. A LDDS apareceu e como diferencial ofertava  a seus clientes, chamadas a longa distância, entretanto, para realizar esse feito, contratava os serviços das pequenas empresas regionais de telefonia de longa distância. Dessa maneira, conseguia ofertar aos seus clientes ligações a longa distância, através do elo criado entre pequenas e grandes telefônicas. As ligações à longa distância saiam por  custos elevados, pois era pago por cada operadora que participava no serviço prestado.
  Um problema nas finanças da empresa já no início das operações, desde quando a LDDS iniciou as atividades com um capital de $ 650 mil dólares e logo acumulou uma dívida de $ 1.5 milhão de dólares, atribui-se ao pouco conhecimento técnico para lidar com complexas contas de grandes empresas. Assim, entra em cena um dos investidores, Ebbers para dirigir a empresa, e apesar de deter pouco conhecimento empresarial, em pouco tempo torna a  empresa altamente lucrativa.  No ano de 1993 a LDDS consegue tornar-se a quarta maior operadora de longa distância nos EUA, e dois anos depois através de uma votação recebe oficialmente o nome de WorldCom. Segue assim crescendo, e em 1996, novas aquisições foram feitas, com a compra da MFS Communications Company, já em 1997 mais uma grande aquisição na compra da MCI, segunda maior operadora de longa distância do país.  Na tentativa de uma nova fusão, no ano de 1999, a WorldCom foi impedida pelo Departamento de Justiça dos EUA, este fato no entendimento dos executivos revelava que este canal já não era mais garantia de viabilidade de expansão do negócio. Ao Diretor Ebbers faltou um sentido estratégico de direção e foi quando a empresa começou a declinar.
A cultura empresarial, era uma verdadeira mistura de pessoas e culturas, a estrutura dos departamentos eram postos distantes um do outro, Ebbers não valorizou os advogados corporativos da empresa e nem as suas informações. Os funcionários não podiam questionar seus superiores, apenas deveriam obedecer as ordens. Se alguém tivesse opinião contraria do seu chefe, era criticado com frequência  e até mesmo ameaçado. Sendo, portanto, inexistente um canal de comunicação aberta e independente para os empregados expressarem suas preocupações sobre políticas ou comportamento da empresa.
Para aumentar o valor de mercado da companhia, os gestores tinham como foco prioritário, o crescimento da receita  e para isto  chegavam a fazer muitos gastos de longo prazo, em projetos que não viabilizaria  a obtenção de ganhos a curto prazo. Criavam uma expectativa de vendas de linhas, mas essa não existiram e além disso as companhias de comunicação estavam declinando. A relação de receita e despesas D/R da WorldCom era em torno de 42% no primeiro trimestre de 2000, e manter esse patamar era a meta do trimestres seguintes. Como essa meta não tinha como ser atingida o CFO Sullivan utilizou-se da manipulação de dados contáveis para chegar. Esses movimentos foram feitos muitas vezes e milhões de dólares foram  movimentados nesta contabilidade fraudulenta de 1999 ao ano de 2000. 
A auditoria externa comandada por Arthur Andersen, este meio que fez vista grossa aos fatos ocorridos na empresa, não dedicou-se como deveria e deixou passar o montante de fraudes nesta empresa, pois tinha receio de prejudicar o relacionamento com a sua maior cliente WorldCom. O conselho administrativo não desempenhou bom papel, pois não avaliavam fatos importantes, mas fatos superficiais em suas curtas análises realizadas durante as reuniões. Segundo investigações o Conselho Administrativo estava  “distante e alheio ao funcionamento da companhia”. Apresentou-se como órgão da empresa sem muita importância, era sem vida, sem direção para cultura empresarial da WorldCom. 
Quando a WorldCom revelou que havia descoberto uma fraude contábil de US $ 3,8 bilhões, Foi um dos maiores escândalos. Investidores, analistas e o público ficaram perplexos, pois viram os lucros anteriormente relatados de repente se transformarem em perdas. Como isso foi possível? Como poderia uma empresa tão estabelecida ter escondido tais despesas enormes do público investidor? 
	No texto percebemos que a empresa era totalmente fragmentada e que cada departamento tinha um estilo de gerência, e como o poder era centralizado pelo CEO Ebbers, que julgava itens importantes como a elaboração de códigos de conduta como perda de tempo. Devido à fragmentação dos departamentos a empresa era carente de controle internos em contabilidade, juridico e governança coorporativa, itens fundamentais para o gerenciamento da empresa e operações. Através destes controles é que a empresa elabora estratégias, acompanha metas, estabelece e monitora objetivos. Neste ponto vale ressaltar a importância de organização e a participação dos colaboradores nos assuntos, pois assim conhecem as dificuldades e pontos de melhoria na operação da empresa. 
	Muito podemos aprender nesta história de sucesso e fracasso. A rápida expansão da empresa sem o devido planejamento. Uma empresa que  alicerçou sua base de crescimento apenas no patrimonial e alta lucratividade, mas sem estável e firme base de sustentabilidade. Sua estratégica  foi a expansão desmedida e não se definiu bem no mercado não considerou sua missão, visão e valores mostrando claramente que não houve um plano bem definido de negócio. O próprio Ebbers desconsiderou o possível código de ética, mostrando assim sua conduta e o que era a cultura da empresarial. Não valorizou a importância do capital humano e do capital intelectual. Correndo desesperado atrás de resultados orquestrou a equipe transloucada em busca de receita e definhou quando encontrou na fraude contábil a saída para a sua falta de controle e de aceitação da realidade mercadológica. Enquanto o mercado sinalizava declínio a WorldCom desafiava a todos com seu enigmático resultado. Enquanto alguns funcionários se sujeitaram a realizar tarefas inaceitáveis, outros como a auditora Cynthia Cooper, não temeu e foi fundo na revelação da fraudulenta equipe comandada por Sullivan. 
	Em resumo consta que, através da auditoria interna, uma tarefa que não é simples, pois se alguém quer esconder coisas dos auditores, provavelmente encontra um meio, os auditores muitas vezes adotam uma estratégia baseada nos riscos, e examinam as áreas que acreditam serem mais suscetíveis a erros. É impossível verificar cada transação com o mesmo nível de detalhamento. Por isso é de grande importância, e foi através dela que foram identificados na WorldCom gastos injustificados pela diretoria, capital impróprio, falta de gestão, ausência de liderança, pouco envolvimento dos colaboradores e o pior fraudes. A empresa fracassou e suas ações perderam o valor.
	Neste contexto a ética profissional opera condizente com a justiça de que em cada ação há uma reação. Alguns foram para a cadeia e outros beneficiados pelo reconhecimento e coragem. Conclusivamente nesta analise, foi possível averiguar o nascimento, crescimento e desaparecimento de um órgão vital no capitalismo, ou seja, uma gigantesca corporação. E que muitas variáveis essencialmente importantes como agora mencionado ainda são ignoradas pelas grandes empresas. Prova-se que não basta ser grande, ter mercadoem expansão para uma empresa durar, mas é preciso pessoas preparadas, planejamento estratégico, estratégias adequadas, inovação, readaptação, e principalmente, valores, missão e visão para uma empresa equilibrar-se no mercado. A empresa poderia ter alcancado o susseso, mas, pela seguência de erros e falhas fracassou.

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