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CASOS CONCRETOS DIREITO DE FAMILIA 2017 2

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AULA 7
Thiago e Deise se casaram em maio deste ano, mas no processo de habilitação esqueceram de informar que Thiago adotaria o sobrenome de Deise. Realizado e registrado o casamento Thiago ainda pode pedir a inclusão do sobrenome da esposa? Em caso afirmativo, como deveria ele proceder? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas.  Sim. Thiago pode pedir o acréscimo do sobrenome da esposa ao seu sobrenome a qualquer tempo devendo promover uma ação de retificação de nome demonstrando que o casal ainda está casado e que é consensual o pedido para absorção do sobrenome do consorte, na forma do art. 57 e 109 da Lei 6015/73 ? LRP)
​Questão objetiva (DPE-SC Técnico Administrativo 2013) Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Civil brasileiro.
a.     Poderá ser anulado o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública. b.     As convenções antenupciais começam a vigorar desde a data do casamento. c.      É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de 60 anos. d.     É admissível alteração do regime de bens, mediante pedido motivado de ambos os cônjuges ao juiz, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
Aula 8
Aline e Carlos são casados pelo regime legal desde 2005 e durante o casamento constituíram considerável patrimônio. Decidem dissolver o casamento mas entram em litígio por conta da partilha de bens do casamento. O casal adquiriu durante o casamento dois imóveis e dois automóveis, mas o primeiro imóvel foi adquirido com o produto da venda de um terreno que pertencia a Carlos antes do casamento mas tal fato não restou consignado no título aquisitivo do imóvel. Aline alega que o bem terá que ser igualmente dividido e Carlos alega que o bem deverá ter seu valor proporcionalmente dividido, abatendo-se do valor total o correspondente ao que ele integralizou em decorrência da venda do referido terreno. Analise a questão sob a ótica das regras aplicáveis ao regime de bens,  informado justificadamente a quem assiste razão.
O caso concreto aborda o regime da comunhão parcial de bens, regime legal. Os bens adquiridos na constância do casamento, com ou sem esforço comum, em regra serão objeto de meação. O art. 1659 do CC, elenca hipóteses em que o bem adquirido onerosamente na constância do casamento regido pela comunhão parcial de bens seria incomunicável com o cônjuge, portanto, compondo o patrimônio particular, dentre os quais a hipótese dos bens anteriores ao casamento que forem sub-rogados aos bens adquiridos na sua constância. Ocorre que Carlos não fez constar na escritura a origem da aquisição por sub-rogação e desta forma, o posicionamento majoritário é no sentido de admitir tal bem como patrimônio integrante da meação. Assim, assiste razão a Aline que terá direito de meação também sobre o referido imóvel.
​Questão objetiva (TJPR 2013) Tendo em vista as disposições da lei civil com relação ao regime matrimonial de bens, assinale a alternativa INCORRETA:
a.     O regime de bens entre os cônjuges, seja o legal seja o contratual, este estabelecido por meio do denominado pacto antenupcial, somente começa a vigorar desde a data do casamento. b.     Mesmo não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. c.      Nada interferindo no regime de bens, pode qualquer dos cônjuges, livremente, independente um da autorização do outro, reivindicar os bens comuns, sejam móveis sejam imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino. d.     Estabelecido o regime matrimonial de bens, por força de pacto antenupcial ou adoção do regime legal, não é possível, por conta da imutabilidade, a alteração posterior do regime matrimonial de bens.
Aula 9
Lucas e Juliana casaram-se no Brasil em 2010 e, logo após o casamento, Lucas recebeu irrecusável oferta de emprego que levou o casal a ir morar na Espanha. Passados três anos, o casal percebeu que entre eles não há mais amor e decidiram se divorciar. O casal não possui filhos e lhe pergunta: para se divorciarem precisam vir ao Brasil ou podem fazer o pedido na Espanha mesmo? Uma vez que o casal ainda não está separado de fato e que existem bens a partilhar, podem eles pedir o divórcio extrajudicialmente? Explique suas respostas em no máximo seis linhas.
Não, para se divorciarem Lucas e Juliana não precisam vir ao Brasil, pois com a entrada em vigor da Lei nº 12.874/2013, a Lei de Introdução Às normas do direito Brasileiro foi alterada, possibilitando desde março de 2014 que o divórcio consensual de brasileiros residentes no exterior seja realizado por meio das autoridades consulares, através de escritura pública. Os requisitos a serem observados são: que as partes estejam assistidas por advogado, que na escritura pública conste a descrição da partilha de bens (caso existam bens a partilhar), que haja disposição sobre a prestação de alimentos e que haja disposição sobre a retomada ou não do nome de solteiro. Além destes requisitos também deve ser observado a inexistência de filhos menores ou incapazes e o consenso entre as partes.
Questão objetiva 1 (Defensor Público AM 2013) O divórcio:
a.     não pode ser concedido sem prévia partilha dos bens.
b.     demanda prévia separação judicial, há pelo menos um ano, ou de fato, há pelo menos dois.
c.      só pode ser requerido se comprovada culpa de um dos cônjuges.
d.     pode dar ensejo à obrigação de prestar alimentos, a qual não se extingue com novo casamento do alimentante.
e.     não importa restrição aos direitos e deveres decorrentes do poder familiar, salvo na hipótese de casamento de qualquer dos pais.
Aula 10
Maria e João constituíram união estável a partir de julho de 2010 mas não formalizaram através de contrato escrito para regular as relações patrimoniais decorrentes da aludida entidade familiar. Maria era divorciada e João apenas separado de fato de sua esposa Janaína. Em maio de 2015, Maria recebeu R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) de herança de seu tio e com este valor adquiriu em julho de 2015 um imóvel em Saquarema ? Rio de Janeiro, fazendo constar na escritura a origem do valor pago pelo imóvel, bem como consta na sua declaração de imposto de renda. Em fevereiro de 2017, João e Maria se separam dissolvendo assim a união estável. João procura um advogado indagando se tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Maria em Saquarema em julho de 2015. Qual a orientação correta a ser dada a João. Responda justificadamente.
Na falta de contrato escrito dispondo de forma divers, a união estável é regida pelo regime da comunhão parcial de bens e desta forma somente os bens adquiridos onerosamente durante a união seriam objeto de patrimônio comum e consequentemente meação. Como a aquisição do imóvel se deu em decorrência do que Maria recebeu a título gratuito, estaria excluída da comunicação patrimonial com João. Além do que, Maria fez constar a sub-rogação do valor da herança. Logo, João não terá qualquer direito a meação do imóvel de Saquarema.
Questão objetiva (MPES 2013) Considerando as normas que regem o instituto da união estável e o entendimento jurisprudencial dominante, assinale a alternativa correta.
a.     A pessoa casada, mas separada de fato, está impedida de constituir união estável até que se divorcie de seu cônjuge.
b.     A união estável constituída quando um dos companheiros é maior de 70 (setenta) anos não prejudica a comunicação dos bens adquiridos na constância da união.
c.      Ao contrário do casamento, os companheiros não podem pedir uns aos outros alimentos de que necessitem
d.Na união estável, aplica​se às relações patrimoniais o regime de comunhão universal de bens, salvo contrato escrito.
e.     As causas suspensivas para contrair casamento não impedem a constituição de união estável.
AULA 11
Roberto e Marcela, divorciados, são os pais de João. Quando João completou 18 anos, Roberto, que se encontrava desempregado, de imediato parou de pagar pensão alimentícia sem prévia autorização judicial. A conduta praticada por Roberto foi por ele justificada sob o argumento de que cessa automaticamente o dever de assistência dos pais em relação aos filhos quando estes atingem a maioridade. João, que necessita da prestação alimentícia é estudante cursando o primeiro período da graduação em Direito, procura advogado para saber se a conduta e os argumentos utilizados por Roberto procedem e qual seria a medida cabível a ser aplicada. Qual a orientação correta a ser dada no caso concreto?  Justifique sua resposta.
A conduta de Roberto foi equivocada pois deveria promover a devida ação de exoneração de pensão alimentícia, não podendo se auto exonerar pela maioridade do filho. O dever de sustento dos filhos menores é apenas uma das causas que determinam o pensionamento, mas mantendo-se a necessidade do alimentando e a possibilidade do alimentante, é possível que a prestação alimentícia seja estendida. No caso concreto, o filho de Roberto está cursando nível superior o que fortalece o entendimento de que os alimentos serão devidos até que o mesmo complete 24 anos (podendo estender-se por período maior, dependendo das nuances da situação casuisticamente considerada, embora não seja comum, para não fomentar a ociosidade),.
Questão objetiva (MPE ?SC -2013)  Com relação ao tema alimentos, marque a opção correta:
a) Fixados judicialmente os alimentos gravídicos, com base na análise da necessidade da parte autora e das possibilidades da parte ré, estes perdurarão somente até a data do nascimento da criança, devendo a parte interessada buscar, após essa data, através de nova ação, o pensionamento alimentar.​
b) Os alimentos pagos deverão ser restituídos se for desconstituído o título que serviu de base para o pagamento.
c) A obrigação dos avós de prestar alimentos aos netos é sucessiva e complementar, podendo o alimentado, diante do mero inadimplemento da prestação alimentícia pelo genitor, pleitear alimentos diretamente dos avós.
d) De acordo com o Código Civil, a pretensão de cobrança de um crédito alimentar prescreve em dois anos a partir do vencimento de cada prestação.
AULA 12
Dra. Ana Carolina, Jorge é meu enteado desde que tinha mais ou menos dois anos de idade. Sua mãe faleceu no parto e desde pequeno sempre cuidei dele como se fosse meu filho. Temos um relacionamento muito próximo e agora que ele já possui 19 anos gostaríamos de documentar nosso parentesco. Consultei outro advogado que disse-me que a única opção para reconhecê-lo como filho seria realizar a adoção, o que implicaria, automaticamente na retirada do nome da mãe biológica dele da certidão de nascimento. Mas não é isso que queremos. Quero ser reconhecida como a mãe afetiva de Jorge, sem que isso implique necessariamente a exclusão da mãe biológica em respeito à sua memória. Não há nenhuma outra alternativa para a nossa situação? O que você aconselharia à sua cliente? Explique sua resposta em até dez linhas.
​ Alguns tribunais brasileiros estão aceitando a coexistência da maternidade socioafetiva com a maternidade biológica em situações como a narrada. De fato a lei não prevê a possibilidade de vínculo pluri ou multi parental, no entanto, o reconhecimento dos nova arranjos familiares e a valorização dos vínculos afetivos permite sustentar a coexistência da maternidade biológica e da maternidade sócio afetiva, reconhecendo-se também a filiação decorrente desta.
Questão objetiva (TJRO 2012) Em relação ao registro de filhos, analise as assertivas em conformidade com o disposto no Código Civil.
I. A lei presume que os filhos de mulheres casadas há mais de 180 dias são do marido, sendo dispensável a presença do pai no dia do registro.
II. Para registrar o filho nascido após a morte do marido, será necessária a concordância dos herdeiros, não recaindo nenhum tipo de presunção.
III. O reconhecimento voluntário do filho pode ser tanto direto no registro, como em escritura pública apartada.
IV. O reconhecimento voluntário do filho pode ser anterior ao seu nascimento, e é por natureza irretratável.
Assinale a alternativa correta:​
a. São verdadeiras apenas as assertivas III e IV.
b. São verdadeiras apenas as assertivas I e II.
c. Todas as assertivas são verdadeiras.
d. São verdadeiras apenas as assertivas I, III e IV.
AULA 13
(X Exame OAB) Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato apresentado, responda aos seguintes itens.
a. Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? a) Luzia não tem legitimidade para propor a ação negatória de paternidade, pois se trata de ação personalíssima, conforme dispõe o art. 1601, caput, do Código Civil.
b. Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda? Qual o instituto processual aplicável ao caso? b) Luzia poderia prosseguir com a ação negatória de paternidade ajuizada por seu filho, caso este viesse a falecer no curso da demanda por sucessão processual, conforme art. 1601, parágrafo único do Código Civil.
Caso concreto
Luzia e Pedro são os pais da menor Isabela e encontram-se divorciados há cerca de um ano. Apesar do tempo transcorrido, o casal não consegue entendimento sobre o regime de convivência dos genitores com a filha, que se mantém residindo com a mãe e periodicamente, em horários estabelecidos exclusivamente pela genitora, recebe a visita do pai. Inconformado com a situação, principalmente porque sempre que visita a filha vê-se compelido a supervisão da genitora da menor que não deixa sozinhos em momento algum, Pedro promove uma ação de guarda compartilhada. Em repúdio a pretensão de Pedro, Luzia alega que a criança conta com pouca idade, apenas 3 anos, e que por isso depende excessivamente de seus cuidados e que se opõe por tais justificativas a fixação judicial da guarda compartilhada. Diante dos fatos narrados, e analisando a questão sob a perpectiva atualizada dos nossos tribunais, explique se procede a alegação de Luzia indicando os fundamentos legais.
Não procede a alegação de Luiza quanto a tenra idade da criança como argumento para não ser aplicada a guarda compartilhada entre os pais. Por força da Lei 13.058/14, a guarda é compartilhada como regra, senda a guarda unilateral uma exceção a ser aplicada quando houver fundado receio de violação ao princípio do melhor interesse do menor. Ressalte-se que é importante entender o que se considera guarda compartilhada no sentido de atribuir a ambos os pais as responsabilidades pelo direcionamento dos interesses pessoais e patrimoniais dos filhos menores.
O regime de convivência deve ser exercido de forma equilibrada entre os pais, o que não significa necessariamente em  igualdade de tempo.
O argumento da tenra idade da menor não deve prosperar posto que não há na referida legislação qualquer indicação etária para o início do exercício da guarda compartilhada.
Não merecem prosperar os argumentos de Luzia, devendo ser determinada a guarda compartilhada entre ela e Pedro.
Questão objetiva
(MPAP 2012) Mauro e José contam, respectivamente, com dezoito e treze anos de idade. Paulo declara-se pai de Mauro e José neste ano de 2012 e pretende reconhecê-los como filhos, pois ambos seriam frutos de um relacionamento de oito anos que manteve com Ana, genitora de Mauro e José. Nesta hipótese, de acordo com o Código Civil,Paulo:
a.     não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação.
b.     não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos dois anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação.
c.      precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento no prazo de até dois anos após à maioridade ou à emancipação.
d.     precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação.
e.     precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento no prazo de até três anos após à maioridade ou à emancipação.
Questão objetiva
(TJPR 2013) No que concerne ao poder familiar, assinale a alternativa correta.
a.     O pai ou a mãe que estabelecer nova união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos do poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo companheiro.
b.     Os pais, quanto à pessoa dos filhos menores, podem recomendar, não porém exigir, que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios da sua idade e condição.
c.      Durante o casamento ou a união estável, aos pais compete o poder familiar; na falta ou impedimento de um deles, dará o juiz tutor ou curador, conforme o caso.
d.     Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto permanecem seus vínculos de dependência econômica.

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