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Rúmen: caracterização e microbiota EE gordura CNE grãos e sub- produtos Minerais & Vitaminas FORRAGENS Uréia Grãos Minerais & Vitaminas Proteína Gordura Aditivos Alimentação do Ruminante • Ruminante = potencial para transformar capim em produtos de alto valor nutricional (carne & leite). COMO UMA VACA CONSEGUE DIGERIR CAPIM???? 30.000.000.000.000.000 microrganismos Teixeira, 2001 Rúmen - Retículo SIMBIOSE MUTUALISTICA MICRORGANISMOS ANIMAL RUMINANTE CONTRATO ENTRE AS PARTES: Microrganismos X Ruminante Fornecer energia Fornecer proteína Inativar compostos tóxicos Fornecer ambiente de crescimento e comida COMO ????? 2 a 3 Kg/dia passam para o ID Relembrando ... Rúmen - Retículo • Temperatura = 38 a 42º C • Redox = - 250 a - 450 mV • pH = 5,5 a 7,0 • Fluxo lento e constante de ingesta • Umidade (MS = 10 a 18%) • Remoção constante de produtos • Gases (CO2, CH4, N2, H2, O2) • AGLANDULAR = Crescimento microbiano Fase LAG ou colonização* Fase LOG ou exponencial Fase estacionária Declínio T Aonde estão os microrganismos ??? Gas Fase sólida 1 Fase líquida + sólida 2 • Parede do rúmen • Líquido ruminal (25%) • Aderidas a fração sólida (75%) • MISTURAR digesta + microrganismos • Mover digesta pelo orifício retículo-omasal • Contato dos produtos com as papilas • Possibilita a eructação Movimentação do Rúmen Ovinos: 1 a 2 mm Bovinos: 2 a 4 mm – 60 a 80 % CO2 – 20 a 40 % CH4 • Bovinos: 25 L/h • Ovinos: 2,5 L/h Ecossistema do rúmen –BACTÉRIAS (1010-1011 células/mL) – PROTOZOÁRIOS (104-106/mL) – FUNGOS (103-105 zoósporo/mL) (Kamra, 2005) Protozoários Fungos Bactérias Microrganismos ruminais: muitos ou poucos no mundo ??? Fungos Vírus Humanos na Terra Micoplasma Protistas Bactérias • Classificação: utilização de substratos ou características fermentativas Bactérias • Procariontes: – unicelulares – não possuem núcleo organizado – Não possuem DNA em cromossomos • Tamanho: de 0,5 a 5 μm “Crescimento” bacteriano BACTÉRIAS • Bactérias: – > 400 espécies diferentes (22 gêneros) • 63 espécies identificadas • 20 espécies em > proporção (107/g) – Atividade metabólica MUITO intensa (<30 min) – Principais responsáveis pela fermentação – Aderidas ao rúmen ou livres – Colonização do substrato após 1-2 min da entrada do alimento no rúmen – Predomínio de espécie de acordo com a dieta Classificação das Bactérias Ruminais Celulolíticas Hemicelulolíticas Amilolíticas Utilizadores de Açúcares Simples Utilizam Ácidos Proteolíticas Produtoras de Amônia Produtoras de Metano LIpolíticas BACTERIA MODELO DA DIGESTÃO DA PAREDE CELULAR Teixeira, 2005 MODELO DA DIGESTÃO DA PAREDE CELULAR BACTERIA Teixeira, 2005 MODELO DA DIGESTÃO DA PAREDE CELULAR BACTERIA Teixeira, 2005 PROTEOLÍTICAS = utilizam aa como fonte de energia primária METANOGÊNICAS = retiram H do rúmen Hábito de crescimento de acordo com CHO fermentado: • Microrganismos que fermentam CELULOSE e HEMICELULOSE (carboidratos fibrosos), crescem lentamente e utilizam amônia para sintetizarem proteína RUSSELL et al. (1992) • Microrganismos que fermentam AÇÚCARES, AMIDO e PECTINA (carboidratos não fibrosos), crescem mais rapidamente e utilizam amônia, peptídeos e aminoácidos para sintetizarem proteína RUSSELL et al. (1992) Hábito de crescimento de acordo com CHO fermentado: Amilolíticas vs Celulolíticas • Fermentação RÁPIDA • AGV = Propionato • T = 0,25 a 4 h • A:P:B = 55:25:15 • aa • Fermentação LENTA • AGV = Acetato + CH4 • T = 18 h • pH = 6,2 a 6,8 • A:P:B = 70:15:10 • NNP Degradação ruminal de CHO Maximizar celulolíticas • > 1% N • Presença de CHO facilmente digestíveis • Minerais (8 a 15% S) • Proteína verdadeira Aderência • Bactéria se “gruda” à partícula de alimento – Contato bactéria - partícula – Adesão (glicocálix) – Reconhecimento da partícula (ligante) – Formação do biofilme • Aproximação de enzimas presentes na superfície externa da membrana das células bacterianas aos substratos Tempo de colonização Bactérias Partícula sendo degradada Processo de Digestão Bacteriana Manutenção Bacteriana • Primárias: – Amilolíticas – Celulolíticas • Secundárias: Composição das bactérias proteína microbiana % da MS PB 62,5 CHO 21,1 EE 12,0 Cinzas 4,4 (Russel et al., 1992) PROTOZOÁRIOS DO RÚMEN Protozoários CILIADOS • Entodiniomorfos – Partículas insolúveis e suspensas – Dietas = forragens • Holotriquias – Partículas solúveis e grânulos de amido – Dietas = grãos/cereais “Faunados” Protozoários Ruminais • Não patogênicos • 10 a 100x maiores do que bactérias • Compõe 40 a 60% da biomassa microbiana • pH acima 6,5 (mto sensíveis a acidez) • Importantes mas NÃO ESSENCIAIS Protozoários • Utilizam Amido (estabillidade do pH) • São “proteínas” de alto valor biológico • Ajudam na digestão de celulose, amido, lipídios e proteínas • ↓ ácido lático (acidose) • ↓ susceptibilidade à diarreia e Cu • ↑ atividade proteolítica • ↑ atividade metanogênica • Predadores de bactérias Avaliação de Saúde Ruminal Animais à pasto recebendo suplementação múltipla (2007) Fungos • “NÃO ESSENCIAIS” • Função pouco estudada – estruturas foliares (cutina) – estrutura molecular (celulose cristalina) • Até 8% da biomassa ruminal ↑ fibra dieta = ↑ fungos INCREMENTO NO CONSUMO VOLUNTÁRIO PELA INCORPORAÇÃO DE FUNGOS Consumo (g/d) Sem fungos Após inóculo MO 628 877 FDA 264 373 Digestibilidade (%) MO 50,3 57,3 FDA 46,5 55,0 Bactérias totais x 10 9 1,4 1,6 Protozoários x 10 5 3,0 4,8 (GORDON ET AL., 1993) Van Soest, 1994 Atkin, 1986 Principais produtos: acetato, lactato, succinato, CO2 e H2 Convivência Harmônica ???????? Interações entre populações da microbiota ruminal • Predação – ↓ colonização = ↓ digestão da fibra – ↓ fluxo de N para ID • Competição – Propriedades quitinolíticas • Mutualismo • Antibiose – Produção de bactériocinas São microrganismos ruminais se ... 1. Anaeróbico 2. Isolado 10 x em 2 (ou mais) animais 3. Isolado em 2 localidades geográficas ≠ 4. Produzir subprodutos encontrados no rúmen É bom ser ruminante ??? VANTAGENS DESVANTAGENS Ruminante nasce ruminante?? Não há passagem de anticorpo através da placenta (exceção: primatas) “Contaminação” do recém nascido – Contato entre animais – Consumo de alimentos “contaminados” – Contaminação ambiental (fezes e aerossóis) Desenvolvimento dos Estômagos Desenvolvimento dos Estômagos Nascimento – 2 semanas 8 semanas Desenvolvimento dos Estômagos 3 – 4 meses adulto Secreção no trato digestivo Dividi-se o desenvolvimento da digestão gástrica em 4 fases: 1) Recém nascido (0 – 24 horas) 2) Fase pré-ruminante (1 dia - 3 semanas) 3) Fase de transição(3 - 8 semanas) 4) Fase de pré-desmame e pós-desmame (> 8 semanas) Secreção no trato digestivo 1) Fase de recém-nascido (0 a 24 horas) • Pré-estômagos são pequenos e não funcionam (39% do tamanho adulto) • Dieta = colostro • O pH alto no abomaso de neonato + carência de pepsina = conservação de proteínas • Ruminante recém nascido depende da absorção das imunoglobulinas do colostro para o fornecimento da imunidade passiva • Colostro = fator anti tripisina (intestino) Diagrama do estômago de bezerros ao nascer 2) Fase pré-ruminante (1 dia a 3 semanas) ►Alimento = leite + alimentos sólidos ►O reflexo de sucção/leite = fechamento do sulco reticular ► O ato de sugar + presença de leite no abomaso = enzimas proteolíticas, renina, quimiosina e HCl Secreção no trato digestivo Goteira esofágica • Goteira = “CALHA” GOTEIRA ESOFAGICA • Reflexo para contração de goteira se produz sempre que são ingeridos sais e proteínas do leite; Secreção no trato digestivo 3) Fase transicional (3 a 8 semanas) • ↓ ingestão de leite • ↑ ingestão de alimentos fibrosos = secreção salivar e desenvolvimento rumino-reticular • Fermentação microbiana (fibra) = ↑ AGV = desenvolvimento das papilas rumino reticulares e folhas omasais • O pepsinogênio nas secreções abomasais Leite Leite e Grão Leite e Feno Desenvolvimento do Rumen com 6 semanas de idade DESENVOLVIMENTO DESEJAVEL DE PAPILA RUMINAL (12 SEMANAS) Localização ruminal Inspeção do contorno abdominal Fonte: José R. Borges
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