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DIREITO CONSTITUCIONAL Objeto do direito constitucional O direito constitucional tem por objeto as normas que constituem um Estado, a constituição política de um Estado. Exemplo: estrutura do Estado, organização dos poderes. Índice do crfb/88 Título I: princípios fundamentais Título II: direitos e garantias fundamentais Título III: organização do Estado Título IV: organização dos poderes Título V: da defesa do Estado e das instituições democráticas Título VI: da tributação e do orçamento Título VII: da ordem econômica e financeira Título VIII: DA ORDEM SOCIAL. ALOCAÇÃO DO DIREITO CONSTITUCIONAL Dicotomia ( durante muito tempo foi apenas direito público, depois se subdividiu entre público e privado). Fazem parte do direito público: Direito administrativo Direito Urbanístico Direito Ambiental Direito Penal O direito privado tem sofrido influência do direito constitucional ( art. 1 III CF/88) Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana; SÃO PONTOS DE DISCUSSÃO CONSTITUCIONAL NO DIREITO CIVIL: Direito Civil Constitucional Eficácia horizontal dos Direitos Fundamentais ( Direito da pessoa humana e Direito de propriedade em igualdade) Decodificação do Direito Civil ( Normas civis de acordo com a Constituição) Microssistemas ( ECA, Lei Maria da penha, Estatuto do idoso = Ligados ao Direito da pessoa humana) Despatrimonialização do Direito Civil (Patrimônio e direito à vida em igualdade) Constitucionalismo Limitação do poder e supremacia da lei com fins garanteístas Alguns Estados usam da arbitrariedade para ir além do poder. O Estado não pode ir além da dignidade da pessoa humana O constitucionalismo é um regime político no qual o poder executivo é limitado por uma constituição. O que acontece no constitucionalismo? Separação dos poderes Garantia dos direitos individuais e sociais Fases do constitucionalismo Constitucionalismo na antiguidade Constitucionalismo na idade média Revolução da nobreza contra o rei João sem terra Constitucionalismo norte americano Carta americana de 1787- instituindo o federalismo. Era rígida a separação dos poderes e o presidencialismo. Constitucionalismo Francês De 1791, 1º constituição escrita da Europa, onde limitou os poderes reais e estabeleceu o princípio da separação dos poderes. Constitucionalismo moderno As constituições passaram a ser escritas e formais. Passaram a conter as funções do Estado e o princípio da separação dos poderes. Aplicou-se o sistema democrático representativo. Constitucionalismo contemporâneo atual Constitucionalismo do futuro (baseado em valores) Verdade Solidariedade Consenso Participação Integração Universalização neoconstitucionalismo Também conhecido como constitucionalismo pós- moderno ou pós-positivismo ( Constituição mais humanizada que respeita a dignidade humana) Movimento teórico de revalorização do direito constitucional constituição Centro do sistema Norma jurídica imperativa e superior Carga valorativa (axiológica), dignidade à pessoa humana e direitos fundamentais Eficácia irradiante em relação aos poderes e particulares Concretização dos valores constitucionalizados Garantia das condições mínima Marcos fundamentais históricos Estado Constitucional Documentos após a 2º grande guerra Redemocratização Marcos fundamentais filosóficos Pós- positivismo Direitos Fundamentais Direito Ético Marcos fundamentais teóricos Força Normativa Supremacia Constitucional Nova dogmática da interpretação transconstitucionalismo Entrelaçamento de ordens jurídicas diversas oriundas de diálogo entre vários países Entrelaçamento de ordens jurídicas diversas, tanto estatais, como transnacionais, internacionais e supranacionais, em torno dos mesmos problemas de natureza constitucional Fontes do DIREITO CONSTITUCIONAL Direta Originária ( A própria constituição, preexistente à norma jurídica, genuína, de 1º grau, inaugural) Direta Delegada ( são normas atribuídas pelo constituinte originário à outros órgãos. Ex: órgãos públicos que criam suas próprias leis) Indireta, mediata ou derivada (Leis que complementam o ordenamento jurídico, princípios reais do direito, doutrina e jurisprudência) Estudo das constituições Conceito- norma fundamental de organização do Estado que determina a divisão dos poderes políticos, os direitos e garantias fundamentais e a ordem social e econômica. Controle de constitucionalidade= é comparada com a constituição para ser ou não recebida. Natureza jurídica: contrato social (Rousseau) concepções Sociológica é a soma de fatores sociais que regem a sociedade. Jurídica leva em consideração a posição de superioridade jurídica da norma constitucional. Política decisão política fundamental que estabelece a distinção entre constituição à leis constitucionais. Estrutural liga a constituição à realidade social, interpretando o seu sentido. Histórica advém de um processo histórico de valores normativas. Normativa observa o contexto social e político, determinando a sua força. Jusnaturalista complexo de princípios do Direito natural. Historicista aquela que advém de fatos históricos, compondo assim seu conteúdo aplicável. Jusposistivistas conjunto de normas do Direito positivo sem apreciação de nenhum elemento de valor. Marxista trata-se de supra estrutura ideológica condicionada à infraestrutura econômica. Institucionalista é a manifestação de ideias duradouras existentes na sociedade. Dirigente é um programa de atuação dos poderes públicos a ser implementado no futuro. Constituição de 1988- composta por : Preâmbulo =não é considerado norma constitucional, mas sim uma carta de intenção da constituição. 9 títulos ADCT = os Atos das Disposições Constitucionais Transitórias versam a transição de regime constitucional ou sobre normas que possuem caráter temporário. Constituintes = responsáveis por elaborar e alterar a constituição classificação Promulgada Reduzida = por ser genérica Analítica Formal Escrita Dogmática Eclética = abrange inúmeros assuntos Rígida = para mudar a lei, passa por inúmeras etapas e comissões “PRAFEDER” Classificação continuação Normativa Principiológica Definitiva Dirigente Garantista Socialista expansiva São elementos: Orgânicos normas que regulam o poder do Estado e sua estrutura O Estado regula o Direito e a sociedade busca o seu exercício. III, IV, V (Capítulos II e III ) e IV. Limitativos manifestam-se nas normas que compõe o elenco dos direitos e garantias fundamentais, limitando a atuação dos poderes estatais A constituição de 1988 tem uma preocupação maior com a esfera social. Títulos II ( Capítulo II) VII e VIII. Estabilização constitucional destinados a assegurar a solução de conflitos constitucionais, sua defesa, do Estado e das instituições democráticos. Sempre que houver conflitos entre leis, órgãos, etc. devem obedecer hierarquicamente a constituição federal. Artigos: 102 “a” (ADIN) 59, I e 60 ( processo de E.C) 102 e 103 (jurisdição constitucional) limita os poderes. Títulos V ( defesa do Estado e instituições democráticas) Formais de aplicabilidade normas que estabelecem regras de aplicação das constituições (limita o poder do Estado) Histórico atemporal das constituições 1821 D. João VI retorna à Portugal, contrariando interesses brasileiros ( vai defender o trono português contra os espanhóis) 1822 primeira convocação da assembleia nacional constituinte (dissolvida) o imperador faz essa manobra pra manter o seu poder. No mesmo ano ocorre nova convocação para elaboração de constituição independente que buscava o anticolianismo, o liberalismo e o classicismo. Ocorre nova dissolução e a criação de conselho do Estado ( determinado por D João) composta por 10 juristas renomados para a elaboração de constituição de acordo com os interesses reais. Nasce a primeira constituição do império (1822). 1889 elaboração de nova constituição, onde há : tripartição dos poderes, liberdade de culto e ampliação de direitos individuais. Marechal Deodoro da Fonseca aplica um golpe militar, afasta D. Pedro e a família real do poder, banindo-os do Brasil, e implantando o federalismo como forma de Estado e a república como forma de governo (Estados Unidos do Brasil) Federalismo = cada estado têm suas regras e constituição, mas todas subordinadas à república. 1890 são eleitos deputados e senadores formando a ANC, elaborando a primeira constituição republicana. 1934 crise econômica (política do café (sp) e leite (mg), onde há: sistema cooperativo de federação ( os estados se ajudavam); incorporação dos direitos sociais; e inclusão de novos direitos (MS/ ação popular) mandado de segurança – serve para garantir direitos e líquidos certos. 1937 nova constituição , onde: o poder é transferido para o governo central; pena de morte para crimes políticos; e Getúlio Vargas implanta ditadura do Estado novo. 1946 nova constituição , onde: surgem movimentos de redemocratização, retomada dos direitos suprimidos pela constituição anterios 1967/69 nova constituição, onde: segurança nacional como grande preocupação; redução de direitos individuais; e esvaziamento do legislativo e fortalecimento do executivo ( general- golpe militar) 1969 instituição de junta militar (AI 12/69) para impedir presidente civil; e outorgada a EC/1 sem a assinatura do presidente da república. Preâmbulo : não é considerado norma constitucional, mas sim uma carta de intenção da constituição refletindo a ideologia do texto constitucional. ADCT: os atos das disposições constitucionais transitórios versam sobre a transição de regime constitucional ( art. 16 e 34/ADCT) ou sobre normas que possuem caráter temporário. Normas de caráter temporário são aquelas que se esgotam tão logo ocorra o evento previsto em que seu texto. As normas do ADCT possuem a mesma hierarquias que as demais normas do corpo da constituição. Poder constituinte Concreto: poder que cria a constituição de um Estado ou país, assim como a modifica. Não há norma superior à constituição. Poder constituinte x poder constituído Poder constituinte: cria e reforma as constituições (refere-se a própria constituição) Poder constituído: exerce as funções atribuídas ao Estado(a constituição dá poder e cria o poder legislativo, executivo e etc. Poder constituinte se divide em: P.C formal: estabelece normas com força jurídica peculiar à constituição. (Poder formal; escrito; cria leis e regras para dentro da constituição.) P.C material: poder de autorregulação e auto organização do Estado. (O poder constituinte cria as polícias, mas não diz como se deve regular.) Origem: surge em 1789, as vésperas da revolução francesa O estado absolutista e teocrático deveria ceder espaço à vontade da nação. Buscavam retirar parte do poder dos: 1º estado: clero 2º estado: monarquia 3º estado: burguesia Quanto ao 3º estado, esse movimento ficou conhecido como a teoria da soberania nacional (poder nas mãos do povo) Titularidade e exercício : na idade média prevalecia a teoria da soberania divina. Posteriormente surgiu a teoria da soberania monarca Com a mudança dessa teoria em 1789, a titularidade passa para as mãos do povo. O exercício do poder constituinte está dividido em: Direito: quanto a elaboração/ reforma é popular ( aclamação em revolução) Indireto: quando a elaboração/ reforma é representativa (assembleia constituinte) Misto: combinação dos dois exercícios anteriores (plesbicito) os políticos e representantes do povo decidem a constituição. Natureza jurídica: P.C derivado: é um poder de direito, pois sua previsão está nas constituições. Deriva da constituição. P.C originário: não está positivado e por isso, surgem três posições doutrinárias sobre o assunt.( não é poder escrito, mas poder essencial a povo (emana do povo) Poder de direito: tal poder é natural, antes do surgimento do Estado (jurídico) natural= do povo. Poder de fato: poder que se auto legitima superando o direito positivo (extrajurídico) não precisa ser positivado, escrito em lei. Poder político: sua existência e ação independem de previsão no direito Espécies de poder constituinte P. supracional: poder de reorganização dos Estados soberanos que aderem a um direito comunitário ( advém do poder comunitário. Poder discutido entre países signatários; países com acordo internacional, essa união deve respeitar a constituição de cada país) P. originário: se manifesta de 3 formas: Movimento revolucionário: revolução francesa Assembleia nacional constituinte: do povo para o povo ANC PURA: os membros são políticos e antigos políticos. NAC CONGRESSUAL: membros estão no congresso atualmente. Plebiscito/ referendo: a validade do texto constitucional fica na dependência da aprovação popular. Características: Inicial: instaura nova ordem jurídica Autônoma: estruturação autônoma Ilimitado juridicamente: não respeita limites anteriores Poder político de fato: força nacional de natureza pré- jurídica. (alterar= jurídica; criar= pré-jurídica) Permanente: não se esgota com a edição de nova constituição ( uma vez constituinte, sempre constituinte) Formas de expressão: Outorga: caracteriza-se pela declaração unilateral do agente revolucionário. ANC/ convenção: nasce da deliberação da representação popular (promulgada) o povo escolheu dar poder ao representante para alterar ou criar. P.C derivado: criado e instituído pelo P.C originário devendo obedecer regras impostas que limitam e condicionam sua atuação. ( recebe ordem do PC. Originária. Seu papel é delegado) Se subdivide em: Derivado de reforma/reformador – alteração constitucional qualquer. Derivado decorrente Derivado difuso- mistura os dois. D. de reforma: chamado de competência reformadora, pois tem a capacidade de modificar a constituição por meio de procedimento específico, sem que haja revolução. P.C originário > P.C derivado = reforma (ajuste, melhora) Sua natureza jurídica é de poder político com força social. Pode ser manifestado através de emenda constitucional. D. difuso: caracteriza-se pelo poder de fato e serve como fundamento para os mecanismo de atuação da mutação constitucional ( por questões sociais, políticas e econômicas, a interpretação da lei muda, a lei não) Sobre mutação constitucional: Se instrumentaliza de modo formal e espontâneo, pois decorre dos fatores sociais, políticos e econômicos Trata-se de um processo informal de mudança da constituição alterando seu sentido interpretativo e não o seu texto, completando os vazios constitucionais. A nova constituição x ordem jurídica anterior Trata-se de estudo do Direito intertemporal que analisará o passado, presente e futuro das normas constitucionais. Ab-rogação: revogação absoluta. Derrogação: revogação parcial. Recepção : a norma infraconstitucional que não contrariar a nova ordem, será recepcionada. Todas as normas que forem incompatíveis com a nova constituição, serão revogadas por ausência de recepção. Repristinação: uma norma constitucional anterior, revogada por uma segunda norma, volta a ter validade diante da edição de uma terceira norma. Desconstitucionalização: a norma constitucional anterior, compatível com a nova ordem permanece e vigor, mas com status de norma infraconstitucional, hierarquicamente menor ( era lei constitucional, se torna lei ordinária) Desconstitucionalização x Recepção Desconstitucionalização: norma pré-constitucional é aceita com status infraconstitucional. Recepção: norma anterior à constituição é admitida mantendo seu status constitucional. Norma constitucional Conceito: significados extraídos de enunciados jurídicos, caracterizados pela superioridade hierárquica, natureza da linguagem, conteúdo específico e caráter político. Superioridade hierárquica= as normas constitucionais como fundamento de validade de todas as demais normas positivadas, seja de forma mediata ou imediata. Natureza da linguagem = irradia por todos os ramos do direito (maior abertura) e a concretização das normas constitucionais (menor densidade) seu texto deve atingir todos os ramos do direito. Conteúdo específico = preceitos que só existem na constituição, como norma orientadora. Caráter político = a constituição legitima o poder transferido pela sociedade aos representantes, bem como limita o poder do Estado ante a sociedade. classificação Quanto ao conteúdo Normas materialmente constitucionais: aquelas que versam sobre o assunto constitucional, independentemente do diploma em questão expostos. A norma pode estar em outro ordenamento, mas se referir a constituição. Normas formalmente constitucionais: aquelas elaboradas por processo mais solene, mais dificultosa que as leis ordinárias. Exemplo: emenda constitucional. Quanto à vinculação do legislador Norma constitucional preceptiva/mandatória: por serem essenciais, obrigam ao cumprimento, vinculando o legislador infraconstitucional. Norma constitucional diretiva/diretória: o legislador pode dispor de forma diferente, não gerando inconstitucionalidade infraconstitucional. Quanto a eficácia e aplicabilidade Eficácia : produção de efeitos da norma ( produz efeitos, mas e a durabilidade?) Aplicabilidade- materialização da eficácia Há uma subdivisão desse tipo de classificação. São elas: Classificação bipartida Normas constitucionais aplicáveis: aquelas que independe da atuação do legislador, podendo ser positiva ou negativa. Normas constitucionais não autoaplicáveis: precisam de atuação do legislador para que sejam aplicáveis, podendo ser interpretativas, declarativas e permissivas. Norma de aplicação: aquelas que estão aptas para produzir efeitos, não necessitando de complemento, podendo ser irregulamentáveis ou regulamentáveis. Normas de integração: aquelas que devem ser integradas e podem ser restringíveis e complementáveis. Classificação tripartida Norma constitucional de eficácia plena: aquelas que possuem aplicabilidade direita, imediata e integral. Não admitindo lei infraconstitucional que reduza seu alcance. Norma constitucional de eficácia contida: aquelas que possuem aplicabilidade direta e imediata, mas não integral, possibilitando que a lei infraconstitucional reduza seu alcance. Classificação quadripartida Norma constitucional de eficácia absoluta: aquelas que não podem ser abolidas do ordenamentos, são intocáveis ( cláusulas pétreas. Artigo 60 ) Norma constitucional de eficácia plena: aquelas que produzem efeitos imediatos Norma constitucional de eficácia relativa: aquelas que podem ser reduzidas pelo legislador. Norma de eficácia relativa complementável: aquelas que precisam de normas para a implementação do direito previsto no texto constitucional. Existe ainda outras normas importantes como: Norma constitucional de eficácia esvaída: aquelas que seu efeitos já se extinguiram ( regras aplicáveis nas olimpíadas) Desenvolvimento e efetivação de normas: aquelas que pretendem conferir direito subjetivos e exteriorizados aos destinatários. desenvolvimento e efetivação : aplicabilidade da finalidade de fato, seja pra dizer o que pode ou o que não pode ser feito Eficácia positiva: permite que seus beneficiários ou destinatários exijam prestações que constituem o objeto do direito subjetivo perante o poder judiciário Eficácia negativa: estipulam os fins a serem alcançados pelo Estado e sociedade sem estabelecer meios para conquistá-los, proibindo a implementação de políticas que ofendam seus preceitos e impossibilitem a revogação de normas infraconstitucionail. Quanto à finalidade: tem como finalidade organizar o exercício do poder político, definir os direitos fundamentais dos indivíduos e estabelecer os fins a serem alcançados pelo Estado. Se classificam como: Norma constitucional de organização: aquelas que tem por objeto organizar o poder político e se subdivide em: Norma constitucional de competência: Visa a distribuição de atribuições entre os órgãos públicos. Norma constitucional técnica: estipulam como se produz e se aplica as demais normas. Norma constitucional definidora de direito: buscam fixar direitos fundamentais do ser humano de forma vertical ou horizontal Norma constitucional programáticas: aquelas que objetivam traçar os fins públicos a serem alcançados pelo Estado, sem especificar os meios para alcançar os objetivos. Quanto à estrutura: aquelas que podem ser compreendidas como gênero de onde se extraem duas espécies Regras: utilizadas para aplicar leis extraídas de enunciado normativo reduzido grau de abstração e generalidade, prescrevendo condutas, descrevendo situação de fato (retirado da lei) Princípios: são multifuncionais, servindo para produzir, interpretar e aplicar leis ( pode ser retirado de caso concreto, doutrina ou da própria lei) Direitos e garantias fundamentais Localização: encontra-se no título II d CF e está dividido em grupos: Direitos individuais Direitos coletivos Direito de nacionalidade Direitos sociais Direitos políticos Partidos políticos A doutrina costuma classificar os direitos fundamentais em gerações ou dimensões do direito. Segundo a doutrina, são 5 dimensões de direitos. 1º dimensão: os direitos humanos marcam a passagem de um estado autoritário para um Estado de direito que busca o respeito ás liberdades individuais. Tais liberdades são frutos do pensamento liberal burguês do século XVIII e dizem respeito à: Liberdades públicas Direitos políticos e civis Possuem como titular o indivíduo, sendo oponíveis ao Estado, uma vez que ostentam subjetividade. 2º dimensão: impulsionado pela revolução industrial e europeia a partir do século XIX, os direitos sociais são fixados juntamente com os direitos culturais e econômicos (relação econômica e trabalhista) Também surgem os conceitos de direitos coletivos que correspondem aos direitos de igualdade. Com a 1º grande guerra, percebeu-se a necessidade de criação de leis que tratassem das relações de trabalho, destacando a criação da OIT através do tratado de Versalhes em 1919, regulamentando assim, as regras para o trabalho. 3º dimensão: período marcado pela alteração da sociedade e profunda mudança na comunidade internacional (transcender o direito individual atingindo a coletividade) São direitos transidividuais que transcendem os interesses dos indivíduos e passam a se preocupar com a proteção do gênero humano. Tais direitos podem ser exemplificados como: Direito ao desenvolvimento Direito à paz Direito ao meio ambiente Direito à propriedade e patrimônio comum da humanidade Direito à comunicação. 4º dimensão: decorre dos avanços no campo da engenharia genética ao colocarem em risco a própria existência humana A globalização política também pode ser identificada como de 4º dimensão, pois corresponde à fase institucionalizada do Estado social que destacou os direitos a: Democracia Informação Pluralismo 5º dimensão: nesse período, o direito que mais se destaca é o direito à paz, supremo direito da humanidade Direito se diferencia de garantia, da seguinte forma: Direito: são bens e vantagens prescritivos na norma constitucional. Garantia: são instrumentos através dos quais se asseguram exercícios dos aludidos direitos, caso violados. Características dos direitos e garantias constitucionais: Historicidade: passa por diversas revoluções e chega aos dias atuais Universalidade: destinam-se de modo indiscriminado à todos os seres humanos Irrenunciabilidade: não há possibilidade de renúncia Inalienabilidade: conferidos à todos, não podendo aliená-los por não terem conteúdo econômico-patrimonial Imprescritibilidade: como são sem exercível, há incorrência temporal de não exercício. Direitos fundamentais básicos São direitos inerentes à vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade, exercidos nos moldes do artigo 5º, caput, CF/88 Vida: apesar de não existir hierarquia entre os direitos, o direito à vida pode ser entendido como o mais importante deles por ser pressuposto dos demais. Existem algumas teorias sobre o início da vida humana: Teoria concepcionista: fecundação do óvulo pelo espermatozoide Teoria da nidação: após a fecundação, o óvulo se fixa nas trompas. Teoria do sistema nervoso central: a vida começa a partir do 14º dia depois da fecundação. Teoria da pessoa humana Tout Court- a vida começa entre as 24º semana de gestação Teoria natalista: a pessoa só passa a existir a partir do seu nascimento com vida. Aborto- são 6 subclassificações: Terapêutico: quando não houver meio de salvar a vida da gestante ( quando necessário) Sentimental: gravidez decorrente de estupro Econômico: quando os pais não possuírem meios econômicos de subsistência do filho. Eugênico: quando o nascituro tem doenças ou anamolias físicas e mentais Estético: quando a mãe não deseja sofrer os efeitos da gravidez em seu corpo. Honoris causa: quando a gestante não deseja a gravidez por causa da sociedade Liberdade: Ação ou omissão: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da lei (art. 5º, II, CF/88) Pensamento: é livre a manifestação do pensamento vedado o anonimato ( art. 5º, IV E V) Religiosa: é inviolável a liberdade de crença e consciência religiosa ( art. 5º, VI, VII e VIII) Igualdade: Formal: aquela descrita no texto da lei sem analisar particularidades Material: pessoas diferentes devem receber tratamentos diferentes Segurança: Das relações jurídicas Do domicílio Da comunicação Em matéria penal Em matéria tributária Propriedade: são tratamentos dado à propriedade Função social Intervenção do Estado-desapropriação Intervenção do Estado- requisição administrativa Bem da família Dos direitos e deveres coletivos Art. 5º, CR/88 Direitos coletivos> direitos individuais (salvo quando direito individual for inviolável Exemplo: direito à vida Direito de resposta proporcional ao agravo São invioláveis a intimidade, a vida privada, honra e a imagem das pessoas A casa é asilo inviolável (há excepcionalidades) É livre a locomoção em território nacional em tempo de paz.
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