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Caderno-do-Professor-Educação-Física-7-Ano-vol -1

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6a SÉRIE 7oANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR 
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
6a SÉRIE/7o ANO
VOLUME 1
Nova edição
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta 
Coordenadora de Gestão da 
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de 
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação, 
Monitoramento e Avaliação 
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e 
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e 
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o 
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que 
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula 
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com 
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação 
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste 
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização 
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações 
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca 
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso 
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. 
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São 
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades 
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, 
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade 
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas 
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam 
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a 
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. 
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu 
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar 
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. 
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
Orientação sobre os conteúdos do volume 6
Tema 1 – Esporte – Modalidade individual: atletismo (corridas e saltos) 8
Situação de Aprendizagem 1 – Vamos correr para conhecer o atletismo? 10
Situação de Aprendizagem 2 – Jogos de corrida 13
Situação de Aprendizagem 3 – Quiz ludo: corrida virtual 15
Atividade Avaliadora 16
Situação de Aprendizagem 4 – Vivenciar e conhecer o saltar 16
Situação de Aprendizagem 5 – Quiz ludo: salto virtual 21
Atividade Avaliadora 29
Proposta de Situações de Recuperação 29
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 30
Tema 2 – Atividade rítmica – Manifestações e representações da 
cultura rítmica nacional 32
Situação de Aprendizagem 6 – Desde os primórdios até hoje em dia 33
Situação de Aprendizagem 7 – Ela dança para mim ou eu danço para ela? 38
Atividade Avaliadora 39
Proposta de Situações de Recuperação 40
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 40
Tema 3 – Organismo humano, movimento e saúde – Capacidades físicas: aplicações 
no atletismo e na atividade rítmica 42
Situação de Aprendizagem 8 – O Se-Movimentar e as capacidades físicas 44
Atividade Avaliadora 48
Proposta de Situações de Recuperação 48
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 49
SUMÁRIO
5
Tema 4 – Esporte – Modalidade coletiva: basquetebol 50
Situação de Aprendizagem 9 – Iniciando a sistematização do basquetebol 54
Situação de Aprendizagem 10 – A desconstrução e a reconstrução do basquetebol 58
Atividade Avaliadora 67
Proposta de Situações de Recuperação 67
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do 
tema 68
Tema 5 – Organismo humano, movimento e saúde – Capacidades físicas e aplicações no 
basquetebol 70
Situação de Aprendizagem 11 – Como ser capaz no basquetebol? 71
Situação de Aprendizagem 12 – Como ser mais capaz no basquetebol? 72
Atividade Avaliadora 74
Proposta de Situações de Recuperação 74
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do 
tema 75
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 76
6
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Professor, este volume foi elaborado 
para servir de apoio ao seu trabalho peda-
gógico cotidiano com a 6a série/7o ano do 
Ensino Fundamental. Os temas deste vo-
lume são enfocados a partir da concepção 
teórica da disciplina, já explicitada anterior-
mente, fundamentada nos conceitos de Cul-
tura de Movimento e Se-Movimentar.
Assim, pretende-se que as Situações de 
Aprendizagem aqui sugeridas para os temas 
“Esporte – modalidade individual”, “Ativida-
de rítmica”, “Esporte – modalidade coletiva” 
e “Organismo humano, movimento e saúde” 
possibilitem que os alunos diversifiquem, sis-
tematizem e aprofundem suas experiências do 
Se-Movimentar no âmbito das culturas lúdica 
e esportiva, tanto para proporcionar novas ex-
periências, como para dar novos significados a 
experiências já vividas. Espera-se que o enfoque 
adotado para o desenvolvimento dos conteúdos 
deste volume seja compatível com as intenciona-
lidades do projeto político-pedagógico de cada 
escola.
No primeiro tema, o atletismo será a mo-
dalidade tomada como exemplo e a ênfase 
estará nos princípios técnicos e táticos, nas 
principais regras e no processo histórico. No 
segundo tema, “Atividade rítmica”, terão 
destaque o processo histórico das manifesta-
ções e das representações da cultura rítmica 
nacional, as danças folclóricas e regionais e 
a questão de gênero associada à dança. No 
terceiro tema, “Organismo humano, movi-
mento e saúde”, será enfatizada a compreen-
são inicial sobre algumas capacidades físicas 
necessárias para a prática do atletismo e de 
algumas manifestaçõesda atividade rítmica.
O quarto tema tratará a modalidade cole-
tiva basquetebol, a partir de uma abordagem 
que trabalha com seus princípios técnico-tá-
ticos, suas principais regras e seu processo 
histórico. O projeto político-pedagógico da 
escola poderá optar pelo desenvolvimento 
da modalidade voleibol neste volume. No 
quinto tema, “Organismo humano, movi-
mento e saúde”, a ênfase estará na compreen-
são inicial sobre as capacidades físicas – re-
sistência muscular localizada dos membros 
superiores e do tronco, resistência aeróbia e 
anaeróbia – necessárias para a prática de vá-
rias modalidades esportivas coletivas e ma-
nifestações da Cultura de Movimento.
As estratégias escolhidas – que incluem a re-
alização de gestos/movimentos, participação em 
jogos, encenações, busca de informações, análise 
de vídeos, entrevistas, análise de dados, vivência 
Por Cultura de Movimento entende-se o conjunto de significados, sentidos, símbolos e códigos que 
se produzem e reproduzem dinamicamente nos jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas, 
ginásticas etc., os quais influenciam, delimitam, dinamizam e/ou constrangem o Se-Movimentar dos 
sujeitos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros.
O Se-Movimentar é a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma Cultura de Movimento; 
é a relação que o sujeito estabelece com essa cultura a partir de seu repertório (informações, conhe-
cimentos, movimentos, condutas etc.), de sua história de vida, de suas vinculações socioculturais e 
de seus desejos.
7
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
de exercícios físicos, elaboração de materiais al-
ternativos – procuram ampliar as possibilidades 
de aprendizagem e compreensão dos alunos no 
âmbito da Cultura de Movimento.
A avaliação é proposta de modo integrado 
ao processo de ensino e aprendizagem, sem res-
tringir-se a procedimentos isolados e formais 
(como uma prova, por exemplo). Sugere-se 
privilegiar a proposição de atividades avalia-
doras que, integradas ao percurso da apren-
dizagem, favoreçam a elaboração de sínteses 
relacionadas aos temas e conteúdos aborda-
dos e a aplicação, em situações-problema, das 
habilidades e competências que se pretende 
que os alunos adquiram. As Atividades Ava-
liadoras devem favorecer a geração, por parte 
dos alunos, de informações ou indícios – qua-
litativos e quantitativos, verbais e não verbais 
– que serão interpretados pelo professor, nos 
termos das competências e habilidades que 
se pretende desenvolver em cada tema. Nesse 
sentido, o professor pode valer-se de observa-
ções sistemáticas sobre interesse, participação 
e capacidade de cooperação por parte do alu-
no, autoavaliação, trabalhos e provas escritas, 
resolução de situa ções-problema, elaboração e 
apresentação de situações táticas nos esportes, 
dramatizações. O professor também pode lan-
çar mão de questionamentos dirigidos aos alu-
nos ao longo das aulas, visando a verificar a 
compreensão dos conteúdos e a aquisição das 
competências e das habilidades propostas. 
Por fim, é importante lembrar que a avalia-
ção não tem como finalidade primeira atribuir 
conceitos e notas aos alunos, mas conscientizá-
-los sobre suas aprendizagens, assim como pro-
blematizar e aperfeiçoar a prática pedagógica.
As orientações e sugestões a seguir têm a 
intenção de oferecer-lhe subsídios, com o obje-
tivo de facilitar o desenvolvimento dos temas e 
conteúdos apresentados. Não pretendem definir 
as Situações de Aprendizagem como únicas a 
serem realizadas, nem restringir sua criativida-
de para outras atividades ou para variações na 
abordagem dos mesmos temas.
As Situações de Aprendizagem aqui pro-
postas também poderão ser enriquecidas com 
leitura de textos (adequados ao nível do Ensi-
no Fundamental). Sugestões para esse fim são 
apresentadas ao longo deste volume.
Isso posto, professor, bom trabalho!
8
TEMA 1 – ESPORTE – MODALIDADE INDIVIDUAL: 
ATLETISMO (CORRIDAS E SALTOS)
Professor, neste volume 1 da 6a série/7o ano 
abordaremos a modalidade individual atletis-
mo, integrante do tema “esporte”, com destaque 
para as corridas rasas (pista e rua, velocidade e 
resistência) e para as provas de salto. 
Na atualidade, é no atletismo, sobretudo, 
que são realizados e estimulados movimentos 
como correr, saltar e lançar ou arremessar 
objetos a distância, embora sistematizados e 
incorporados à maioria das modalidades es-
portivas, a exemplo do futebol, basquetebol, 
voleibol, handebol entre outras.
A iniciação ao atletismo, tal como em 
outros esportes, ocorre (ou deveria ocorrer), 
principalmente, na escola, como atividade 
curricular pertencente à disciplina de Edu-
cação Física. No entanto, sabemos que essa 
modalidade está pouco presente nas aulas e, 
quando isso ocorre, busca-se um melhor ren-
dimento técnico em detrimento de um pos-
sível valor pedagógico-educacional, o que a 
torna pouco atrativa para muitos professores 
e para os próprios alunos.
Em países como o Quênia, a prática do 
atletismo tem grande destaque sociocultural, 
em especial as corridas de meio-fundo e fun-
do, o que motiva os alunos em idade escolar 
a se envolverem com o universo do atletismo 
desde cedo. No Brasil, verifica-se a predile-
ção por modalidades esportivas coletivas, que 
possibilitam maior relação interpessoal, além 
de possuírem caráter altamente lúdico, com 
destaque para as modalidades que têm a bola 
como objeto/implemento principal.
Torna-se necessário, portanto, criar estraté-
gias de ensino para que o atletismo faça sentido 
na vida do aluno, mobilizando seus desejos e 
potencialidades, sem se restringir ao aspecto do 
rendimento técnico, embora o treino ou o exer-
cício continuado de determinadas habilidades 
também seja importante na realização de al-
gumas tarefas e atividades, visto que “servem, 
também, para corrigir deficiências ou fragili-
dades no condicionamento físico e não apenas 
técnico” (KUNZ, 2006, p. 141).
No caso particular do atletismo, o signifi-
cado central do Se-Movimentar no salto em 
distância e no salto em altura é deslocar-se o 
mais longe e o mais alto possível, e não cor-
rer ou arremessar para vencer outra pessoa. 
Além disso, deve-se aliar uma perspectiva 
lúdica ao ensino dessas habilidades e do atle-
tismo em geral dentro do ambiente escolar.
As corridas e os saltos têm significados, 
sentidos e intencionalidades que não se res-
tringem ao universo do atletismo, visto que 
o desenvolvimento de seus fundamentos 
técnicos pode ser transferido a várias mo-
dalidades esportivas, bem como à resolução 
de situações relacionadas com atividades da 
vida diária (deslocar-se rapidamente para 
atravessar uma rua ou avenida, vencer obs-
táculos ao andar em calçadas etc.). 
O ensino do atletismo como elemento 
da Cultura de Movimento no meio escolar 
também esbarra, segundo muitos profes-
sores, na impossibilidade de desenvolver 
seus conteúdos pela ausência de espaço e 
materiais específicos. Entretanto, essa di-
ficuldade poderia ser atenuada mediante 
a adaptação de espaços comuns à maioria 
das escolas (quadras, pátios), bem como 
pela utilização de materiais alternativos 
para confecção dos implementos próprios 
do atletismo e utilização de espaços da co-
9
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
munidade no entorno da escola. Tais adap-
tações devem envolver a colaboração parti-
cipativa e criativa dos alunos na elaboração 
Possibilidades interdisciplinares
Professor, o assunto atletismo poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas de 
Ciências e História, pois aborda conceitos de resistência do ar e atrito e envolve conteúdos relacio-
nados à história do atletismo e suas modalidades, em diferentes contextos. Converse com os profes-
sores responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitaráa compreensão dos 
conteúdos de forma mais global e integrada pelos alunos.
Figura 1 – Corridas de revezamento.
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de condições que favoreçam a vivência do 
atletismo na escola, tornando-os também 
agentes desse processo educacional. 
10
Conteúdo e temas: corridas de velocidade e corridas de resistência.
Competências e habilidades: conhecer e identificar variações em formas, ritmos e intensidades 
de corridas conforme a distância a ser percorrida; identificar a importância da corrida em 
atividades da vida diária.
Sugestão de recursos: cronômetro; computador com acesso à internet. 
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 
VAMOS CORRER PARA CONHECER O ATLETISMO?
A proposta é possibilitar aos alunos experiências nas quais eles percebam as diferenças entre 
uma corrida de velocidade e uma corrida de resistência.
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 1
Professor, antes de iniciar a Eta-
pa 1, você pode trabalhar as ativi-
dades a seguir. Assim, os alunos 
poderão resgatar alguns conheci-
mentos prévios, o que auxiliará no desenvolvi-
mento desta Situação de Aprendizagem.
Como foi dito anteriormente, os gregos já 
praticavam atletismo na Antiguidade. É isso 
mesmo! Há quem diga que os egípcios (Áfri-
ca) e os chineses (Ásia) daquela época tam-
bém praticavam modalidade semelhante. Mas 
será que o atletismo daquela época era igual 
ao de hoje? Que tal fazer uma pesquisa para 
conferir? 
Você pode pesquisar em livros, revistas e 
também na internet. Procure materiais que tra-
tem da história da modalidade e veja se você 
encontra informações sobre o atletismo do pas-
sado e o do presente.
Coloque as informações no quadro da 
próxima página e, depois, compare com os 
resultados encontrados por seus amigos. 
Pode ser que você encontre informações di-
ferentes das deles, pois as pessoas costumam 
pesquisar em fontes diversas (jornais, livros, 
revistas, sites).
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Figura 3 – Estádio Ninho dos Pássaro 
(vista externa) – Pequim/China, 2008.
Figura 4 – Estádio Ninho dos Pássaro 
(vista interna) – Pequim/China, 2008. 
Figura 2 – Jogos Olímpicos da Antiguidade 
– Grécia.
11
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
Pontos pesquisados Atletismo ontem Atletismo hoje
Local das competições
Provas masculinas
Provas femininas
Tipo de premiação
Alguns nomes famosos
Curiosidades
Resultados da pesquisa sobre as mudanças no atletismo ao longo da história.
Agora, vamos desenvolver um 
tema relacionado a um esporte so-
bre o qual o Brasil tem muita histó-
ria para contar, o atletismo, que 
pertence à categoria dos esportes individuais. 
Composto por diferentes tipos de provas, o 
atletismo, durante grandes eventos, como os 
Jogos Olímpicos, recebe uma atenção especial 
da mídia, que acompanha os atletas nas con-
quistas de medalhas e na quebra de recordes. 
Será que você conhece alguma coisa desse es-
porte, que já era praticado na Grécia Antiga? 
Vamos conferir?
1. Você já viu ou praticou atletismo alguma 
vez? Onde? 
Resposta pessoal.
2. Quais tipos de provas você viu ou praticou?
Resposta pessoal.
3. Você sabe o nome de algum atleta brasi-
leiro que pratica ou praticou atletismo? 
Qual o nome dele?
Espera-se que o aluno consiga citar o nome de pelo menos um 
dos expoentes do atletismo, seja ele um integrante da repre-
sentação nacional atual, seja do passado. Se algum aluno citar 
um nome de atleta desconhecido, valorize essa contribuição, 
pois pode se tratar de um representante do bairro ou da cidade.
4. Há alguma diferença quando corremos rá-
pido ou devagar? Se houver, qual é?
Espera-se que o aluno perceba que, em relação ao organis-
mo, há diferença nas frequências cardíaca e respiratória, por 
exemplo. Ele também pode notar que em um dos casos a 
duração da corrida é menor do que no outro em razão da 
fadiga que ocorre nas corridas de velocidade; que o apoio 
dos pés é diferente nas corridas de velocidade e de fundo.
5. Quais os tipos de salto que podemos reali-
zar? Há diferença entre eles?
Espera-se que o aluno consiga citar pelo menos os saltos 
mais conhecidos: em altura e distância. Os alunos poderão 
se referir ainda às diferenças quanto à utilização ou não de 
equipamentos para a realização desses saltos, citando, por 
exemplo, os saltos com e sem vara. 
As respostas podem variar, pois a proposta permite que o aluno se refira à Grécia Antiga ou ao início dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.
12
Você sabe se no seu bairro há algum lugar 
em que as pessoas praticam atletismo? Que tal 
perguntar para seus pais, parentes ou amigos? 
Caso haja, verifique, se possível, o que se pra-
tica ali: corridas, saltos, arremessos etc.
Etapa 1 – Eu corro, você corre, nós 
corremos!
Divida os alunos em dois grupos e propo-
nha duas formas de corrida: uma de resistên-
cia e outra de velocidade. Na primeira, peça 
aos alunos para correrem em volta da quadra 
ou outro espaço apropriado na escola (ou em 
outro lugar do bairro, se as condições permi-
tirem) durante 5, 10 ou 15 minutos sem inter-
rupção. O tempo de duração deverá ser esti-
pulado respeitando as características pessoais 
dos alunos. Depois sugira que descansem al-
guns minutos (tempo de recuperação). 
Para a corrida de velocidade, peça aos alu-
nos para darem alguns “piques” no compri-
mento da quadra ou em algum outro lugar ade-
quado. Depois, invertem-se as tarefas entre os 
dois grupos. O objetivo não é estabelecer uma 
competição, mas fazer que cada um corra de 
acordo com sua capacidade. Alunos com difi-
culdades (restrições) sérias para corridas de lon-
ga duração poderão apenas caminhar o mais 
rápido que puderem. Pode-se adaptar também 
as formas de correr para os alunos com outras 
dificuldades, por exemplo, os cadeirantes.
Etapa 2 – Ajustando o tempo
O objetivo desta atividade é identificar a 
velocidade necessária para percorrer um es-
paço (distância) em um tempo determinado. 
Isso é especialmente requisitado em corridas 
de longa duração, em que a percepção da in-
tensidade em relação ao tempo contribui de 
maneira importante para o resultado. Solicite 
que os alunos se organizem em dois grupos e 
se posicionem na linha de fundo da quadra, 
em lados opostos. Estipule um tempo de 30 
segundos, por exemplo, para que invertam as 
posições. Os grupos devem tentar chegar ao 
lado oposto no tempo solicitado (nem antes e 
nem depois). Questione sobre possíveis atra-
sos ou adiantamentos e repita a atividade para 
que façam o ajuste necessário. Vá diminuindo 
o tempo estipulado para o mesmo percurso 
(20 segundos, 15 segundos, 10 segundos).
Uma alternativa para esta atividade é au-
mentar a distância, mantendo o tempo.
Etapa 3 – Conversas sobre as corridas
Concluídas as atividades de corrida de 
resistência e de velocidade, converse com os 
alunos sobre os inúmeros aspectos relaciona-
dos à sua movimentação, propondo à turma 
as seguintes questões:
 f Em qual das formas de corrida vocês se sen-
tiram mais à vontade?
 f Qual a diferença entre as duas formas de 
corrida?
 f Quais as demandas ambientais e os aspectos 
pessoais e interpessoais envolvidos em cada 
tipo de corrida?
 f Qual a relação entre variação de velocidade, 
ambiente e distância percorrida?
 f Vocês se percebem mais velozes ou mais 
resistentes?
 f Reconhecem situações do cotidiano em que 
a velocidade de deslocamento (caminhando 
ou correndo) interfere de maneira positiva 
ou negativa em suas ações?Para finalizar, solicite aos alunos que pes-
quisem na internet ou em outras fontes sobre 
o processo histórico do atletismo, a evolução 
técnica e as regras das corridas rasas, bem 
como sobre os campeões brasileiros (mascu-
lino e feminino) nessas provas (individuais 
e revezamentos). No decorrer das etapas se-
guintes, você poderá fazer referência e/ou so-
licitar essas informações, que serão retomadas 
na Atividade Avaliadora sugerida.
13
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
Conteúdo e temas: evolução técnica das provas de corridas rasas; princípios técnicos e táticos 
das corridas de revezamento; trabalho em equipe nas corridas de revezamento; velocidade de 
deslocamento nas diferentes distâncias percorridas.
Competências e habilidades: identificar alterações ocorridas no processo de evolução técnica 
das corridas rasas, relacionando-as com os resultados alcançados na atualidade; compreen-
der a importância do trabalho em equipe; identificar alguns princípios técnicos das provas de 
corridas rasas.
Sugestão de recursos: fitas de tecido de diferentes comprimentos; jornal; papel crepom; folhas 
de papel sulfite; bonés; viseiras; giz; trena; bastões de madeira.
Figura 5 – Corrida.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 
JOGOS DE CORRIDA
Dois exemplos de jogos são sugeridos, os quais permitem apresentar de forma gradual as regras 
e técnicas relativas às provas rasas de corrida.
14
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 2
Etapa 1 – Corrida mais veloz
Os alunos deverão vivenciar diferentes 
possibilidades para conseguir a velocidade 
máxima durante as corridas em distâncias 
curtas que não ultrapassem 50 metros, sem se 
preocupar em ganhar dos colegas ou superar 
alguma marca.
Utilize a quadra no sentido longitudinal 
ou um outro espaço possível. Para a ativi-
dade são necessárias fitas de comprimento, 
largura e textura variados; cada fita deverá 
ser presa à parte de trás de um boné ou de 
uma viseira. Os alunos devem tentar man-
ter a fita elevada enquanto correm. A cada 
nova corrida, uma pessoa experimenta uma 
fita de tamanho diferente. Pode-se utilizar 
tiras de papel de diferentes tipos, como o 
crepom ou ainda jornal, sulfite ou papelão 
em vez das fitas. 
Em seguida, proponha que os alunos ini-
ciem a corrida adotando a “saída baixa” (po-
sição de largada), comum nas provas rasas 
de velocidade de 100, 200 e 400 metros. Os 
alunos podem ser motivados com algumas 
orientações verbais feitas pelo professor: “às 
suas marcas” ou “aos seus lugares”, “pron-
tos” ou “preparar” e “já”, ou com o som do 
apito. Ao final do jogo, peça que os alunos 
identifiquem em que situação eles consegui-
ram manter a fita no ar durante a corrida. 
Continue a conversa até que os alunos con-
cluam que a velocidade aplicada na corrida 
faz as fitas permanecerem suspensas horizon-
talmente no ar.
Etapa 2 – Zona de caça
Os alunos organizam-se em duplas, separa-
dos por uma distância de 15 metros. Os que fi-
cam no início dessa demarcação são chamados 
de “caçadores”, enquanto os posicionados ao 
final são chamados de “caça” e devem portar 
uma tira de tecido ou de papel presa à parte de 
trás da bermuda, calção, short ou calça. Uma 
marca de controle deve ser feita com giz ou 
com um objeto qualquer a uma distância de 5 
metros do local de saída da caça. Após o sinal 
de largada, o caçador sai em velocidade e, ao 
chegar à marca de controle, a caça também 
parte em velocidade até uma meta estabelecida 
por você, localizada alguns metros à frente. O 
caçador deve tentar alcançar a caça e retirar a 
tira antes que a caça atinja a meta. Ao repetir 
a atividade, invertem-se as posições entre caça 
e caçador. 
Após algumas tentativas propostas, o jogo 
passa a ser um trabalho em equipe entre as 
duplas, em que o caçador (agora denominado 
“passador”), ao alcançar a caça (chamada de 
“receptor”), dá o sinal de “já” para que esta 
leve a mão para trás e o passador a acerte com 
uma palmada, simulando a “passagem do bas-
tão” das corridas de revezamento. Novamente, 
repete-se a Situação de Aprendizagem com a 
inversão de posições e a dupla passa a ajustar 
a marca de controle para realizar a passagem 
do bastão dentro da zona de caça. Ao final, 
pode-se utilizar um bastão improvisado. Por 
exemplo, pequenos pedaços de cabos de vas-
soura serrados ou folhas de jornal enroladas 
no formato de bastão.
Encerrada a atividade, converse com os alunos 
sobre o que praticaram. Espera-se que eles:
 f associem o sinal de “já” à passagem de 
bastão que ocorre nas corridas de reve-
zamento;
 f percebam a importância da cooperação 
entre as duplas para o êxito do jogo, ou 
seja, a importância do trabalho em equipe.
15
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 3
Etapa 1 – Perguntas, respostas: corridas
Os alunos formam equipes, de preferên-
cia mistas, e um representante de cada uma 
torna-se peça de um jogo de tabuleiro. Com 
um giz, desenhe um percurso dividido em 
“casas” no chão da quadra. Faça um percur-
so para cada grupo, de maneira que fiquem 
lado a lado. Cada representante se posicio-
nará diante do seu percurso e avançará uma 
casa para cada resposta correta de sua equipe 
a perguntas apresentadas por você, relacio-
nadas à evolução técnica, ao processo histó-
rico e às principais regras das corridas rasas 
no atletismo. 
Depois de explicar as regras do jogo, 
inicie as perguntas, uma para cada equipe 
sucessivamente. A cada resposta correta, o 
representante avança uma casa. As pergun-
tas serão de múltipla escolha e poderão ser 
feitas oralmente ou por escrito. As respostas 
devem ser discutidas dentro de cada grupo 
antes de serem apresentadas a você. Caso 
a resposta esteja incorreta, não há avanço. 
Será vencedora a equipe que estiver mais à 
frente ao final das perguntas. Caso haja em-
pate, perguntas extras serão feitas até que 
uma equipe acerte a resposta.
Após a conclusão do jogo, comente as 
questões em que houve erro, apresentando e 
justificando as respostas corretas.
Conteúdo e temas: evolução técnica do atletismo; processo histórico; principais regras das 
corridas rasas no atletismo.
Competências e habilidades: analisar e relacionar informações sobre corridas rasas.
Sugestão de recursos: giz; papel sulfite; canetas; computador com acesso à internet; matérias 
de jornais e/ou revistas sobre atletismo.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 
QUIZ LUDO: CORRIDA VIRTUAL
Professor, esta Situação de Aprendi-
zagem pode ser utilizada para estimular a 
pesquisa dos alunos em fontes sugeridas 
durante as aulas. Indique textos de fácil 
compreensão, que contenham informações 
sobre as corridas no atletismo ou apresente 
uma matéria de jornal ou de site que trate 
de alguma competição importante com a 
participação de atletas brasileiros.
Os alunos vivenciarão um jogo em equipe no qual terão a oportunidade de analisar e relacio-
nar as informações e os conhecimentos relativos às características das corridas rasas de veloci-
dade e de resistência.
16
Ao longo da Situação de Aprendiza-
gem, concentre a sua atenção para verifi-
car em que medida as atividades propostas 
concorrem para que os alunos diversifi-
quem, sistematizem e aprofundem as expe-
riências vivenciadas. Proponha aos alunos 
questões como:
 f Quais as principais diferenças entre corri-
das de velocidade e resistência?
 f Em quais situações do cotidiano utiliza-
mos a corrida?
 f A corrida pode ser percebida em outras 
modalidades esportivas? Quais? Exem-
plifique as características das corridas 
realizadas em diferentes modalidades 
esportivas.
 f Quais as maiores dificuldades para realizar 
as corridas de velocidade?f Quais são as provas que constituem as cor-
ridas de velocidade e de resistência?
 f Na história do atletismo nacional e interna-
cional, o Brasil possui atletas que se desta-
caram nas provas de corrida rasa?
 f Nas corridas de revezamento, quais são 
as características técnicas para conseguir 
correr e passar o bastão de maneira ade-
quada?
 f Existem provas de corridas para pessoas 
com deficiência? Quais são?
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 
VIVENCIAR E CONHECER O SALTAR
ATIVIDADE AVALIADORA
Conteúdo e temas: características dos saltos triplo, em altura e com vara; formas de desloca-
mento e aproximação, impulsão e queda nas diferentes modalidades de salto; importância 
das características pessoais na realização dos diferentes saltos.
Competências e habilidades: conhecer e compreender as diferentes modalidades de saltos; 
perceber a relação entre a velocidade de deslocamento e aproximação e a realização dos 
diferentes saltos; identificar os princípios técnicos básicos relacionados às provas de salto.
Sugestão de recursos: corda elástica ou comum; bexigas; bolas de borracha ou de meia; 
barbante; arcos ou bambolês; giz; colchões ou colchonetes; vara de bambu flexível; pneus.
Os alunos vivenciarão algumas possibilidades para compreender os diferentes tipos de saltos 
existentes no atletismo. Alguns exemplos são sugeridos. No decorrer das atividades, apresente pau-
latinamente as regras e técnicas relativas às provas de salto.
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 4
Etapa 1 – Cabeceio
Estenda uma corda presa a uma altura de 
aproximadamente um metro acima da média de 
altura dos integrantes da turma. Ao longo da 
corda, devem ser fixados balões ou sacos plás-
ticos contendo bolas de borracha ou de meia, 
presos em alturas variáveis. 
Os alunos devem saltar livremente, tentan-
do cabecear os balões ou as bolas em diferentes 
17
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
níveis. Após algumas tentativas, oriente-os a 
impulsionar-se sobre um único pé, a partir de 
uma linha demarcada no chão, simulando a 
“tábua de impulsão”, mantendo o objetivo do 
cabeceio em diferentes alturas e aterrissando 
sobre os dois pés. 
A atividade deve ser repetida trocando-se 
a perna de impulsão, variando também a dis-
tância da tábua de impulsão. 
Após a atividade, converse com os alunos a 
respeito de suas percepções da atividade: 
 f Utilizaram ambos os membros inferiores 
para realizar a impulsão?
 f Conseguiram identificar a melhor perna 
para executar a impulsão?
 f Compreenderam a importância do impulso 
para o salto?
Etapa 2 – Triplo amarelinha
Demarque os espaços de um jogo de ama-
relinha no chão da quadra, com giz, aros, 
bambolês ou cordas de cores diferentes. 
Os alunos deverão se deslocar um por um en-
tre esses espaços, dando saltos, inicialmente 
de forma livre e posteriormente conforme as 
orientações descritas a seguir.
As várias cores de giz ou arcos, bam-
bolês ou cordas indicarão a sequência de 
utilização dos pés, simulando a técnica do 
salto triplo no impulso realizado dentro de 
cada área. Deve-se definir que, em espaços 
de mesma cor, deve ser utilizado o mesmo 
pé. Entretanto, se as cores forem diferentes, 
troca-se o pé de impulsão. A modificação 
na distância entre os espaços também per-
mitirá a variação na intensidade entre os 
impulsos. Cada passagem pela amarelinha 
deverá ser efetuada no mínimo duas vezes, 
alternando a perna que inicia cada sequên-
cia de saltos. 
Ao final da atividade, pergunte aos alu-
nos se conseguiram compreender a lógica 
da sequência do salto triplo, se foi possí-
vel identificar a melhor perna para a im-
pulsão, se chegaram mais longe após vá-
rios saltos e se perceberam que deve haver 
equilíbrio na distância entre as três passa-
das do salto triplo.
Figura 6 – Saltando longe: salto em distância.
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Figuras 8 e 9 – João do Pulo saltou 17,89 m e foi detentor da marca sul-americana na prova por 32 anos, de 1975 a 2007.
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Figura 7 – Adhemar Ferreira da Silva, brasileiro 
especialista em salto triplo, bicampeão olímpico em 
1956 (Melbourne/Austrália).
19
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
Etapa 3 – Escalada
Fixa-se uma das extremidades de uma 
corda a uma superfície elevada alguns metros 
em relação ao solo, por exemplo, trave, aro 
do basquete, poste da rede de vôlei, e prende-
-se a outra extremidade no solo, mantendo a 
corda estendida em diagonal. Ao longo dela, 
devem ser amarrados barbantes ou fitas, dis-
tantes, aproximadamente, um metro entre si, 
delimitando zonas de passagem sobre a cor-
da de diferentes alturas. 
Inicialmente, os alunos são orientados a 
saltar livremente sobre a corda sem a tocar, 
passando de um lado para o outro, experi-
mentando diferentes zonas de passagem. Em 
seguida, os alunos devem correr ao lado da 
corda, tomando impulso para o saltar com a 
perna mais distante da corda, realizando-se 
uma espécie de “tesourada” no ar, em que a 
perna contrária ultrapassa a corda e aterrissa 
do lado oposto, antes da perna de impulsão, 
caracterizando o estilo tesoura de salto. 
Essa atividade poderá ser repetida utili-
zando-se a impulsão com a perna contrária. 
Depois disso, solicite que o impulso para o 
salto seja realizado sobre o pé mais próxi-
mo à corda, com a perna contrária fazen-
do o ataque, estabelecendo um giro com o 
corpo no ar, aterrissando do outro lado da 
corda, sobre o pé oposto ao de impulsão, 
caracterizando o estilo “rolo ventral” do salto 
em altura. Por fim, peça que os alunos procu-
rem realizar ambos os estilos de salto sobre a 
zona de passagem mais elevada possível. 
Ao final da atividade, discuta com os alu-
nos sobre sua percepção das formas de salto 
em altura realizadas: 
 f Qual a forma mais eficaz?
 f Quais as dificuldades e vantagens de cada 
uma?
 f Qual a importância da corrida e do impul-
so para o salto em altura?
Também se lembre de falar aos alunos 
sobre a forma mais utilizada atualmente 
nas competições de salto em altura, o estilo 
fosbury flop, e a necessidade de materiais 
específicos para praticá-la, como colchões 
apropriados para evitar lesões ou acidentes. 
Figura 10 – Diferentes tipos de salto em altura.Figura 10 Diferentes tipos de salto em altura
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Figuras 11 e 12 – Aída dos Santos, quarto lugar no salto em altura nas Olimpíadas de Tóquio (1964), com a marca de 
1,74 m, e medalhista de bronze no pentatlo nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (1967) e de Cali (1971); observa-se a 
utilização do estilo “rolo ventral” no salto.
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Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
Etapa 4 – Voo na corda
Fixe uma corda em cada suporte da tabe-
la de basquetebol ou outro espaço adaptado. 
Peça ao aluno que se distancie e, a partir de 
uma corrida prévia, segure a corda com as 
duas mãos e procure projetar os membros in-
feriores unidos e estendidos à frente, de ma-
neira que atinja a maior distância possível. 
Variações: colocar obstáculos flexíveis de 
alturas variadas para serem transpostos pe-
los alunos.
Observação: alguns alunos talvez não con-
sigam realizar o salto com os membros infe-
riores estendidos. Nesse caso, peça que o fa-
çam de forma grupada (joelhos flexionados). 
Etapa 5 – Voo livre com vara
Segurando uma vara, preferencialmente 
de bambu, que não ultrapasse 2,5 metros 
e seja forte o suficiente para suportar seu 
peso, os alunos devem correr uma distância 
de cinco a sete metros até um encaixe para 
a vara (colchonete, carpete ou capacho) que 
não deslize após o contato.Ao atingir o encaixe, os alunos devem reali-
zar a impulsão sobre uma das pernas e suspen-
der o corpo com o auxílio da vara, buscando 
atingir as zonas de queda demarcadas com giz, 
cordas, pneus, arcos ou colchonetes à frente 
do encaixe, alinhadas em relação à corrida. A 
sustentação do corpo no ar deve ser feita com 
ambas as mãos e a queda sobre os dois pés. 
Os saltadores são orientados a aterrissar 
na zona de queda mais afastada possível, o 
que requer mais tempo de sustentação do cor-
po no ar e uma empunhadura/pegada mais 
elevada na vara. 
Ao final da atividade, discuta com os 
alunos as características do salto com vara, 
procurando garantir a compreensão da cor-
rida, da empunhadura e pegada, do encai-
xe da vara de impulsão como variáveis que 
permitem sustentar melhor o corpo no ar e 
alcançar maior distância no salto. 
Se o ambiente físico da escola não ofere-
cer condições para a realização dessa etapa, 
proponha um local da comunidade (como 
uma praça ou um campo de futebol) que ga-
ranta a vivência por parte dos alunos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 
QUIZ LUDO: SALTO VIRTUAL
Conteúdo e temas: evolução técnica do atletismo; processo histórico; principais regras e ca-
racterísticas das provas de salto no atletismo.
Competências e habilidades: analisar e relacionar informações sobre as provas de salto.
Sugestão de recursos: giz; folha de sulfite; canetas.
Os alunos vivenciarão um jogo em equipe no qual terão a oportunidade de analisar e rela-
cionar as informações e os conhecimentos sobre as características das diferentes modalidades 
de saltos do atletismo.
22
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 5
Etapa 1 – Perguntas e respostas sobre saltos
Os alunos formam equipes, de preferência 
mistas, e um representante de cada equipe 
torna-se uma peça de um jogo de tabuleiro. 
Desenhe com giz, no chão da quadra, um 
percurso dividido em “casas”. Faça um per-
curso para cada grupo, de maneira que fi-
quem lado a lado. Cada representante se po-
sicionará diante do seu percurso e avançará 
uma casa para cada resposta correta da sua 
equipe a perguntas realizadas por você, sobre 
a evolução técnica, o processo histórico e as 
principais regras dos saltos no atletismo. 
Professor, esta atividade pode ser utilizada para estimular a pesquisa dos alunos em fontes sugeri-
das durante as aulas. Indique textos de fácil compreensão, que contenham informações sobre os saltos 
no atletismo, ou uma matéria de jornal ou sites sobre alguma competição importante com a participa-
ção de atletas brasileiros.
Depois de explicar as regras do jogo, ini-
cie as perguntas, uma para cada equipe, su-
cessivamente. A cada resposta correta, o re-
presentante avança uma casa. As perguntas 
serão do tipo múltipla escolha e poderão ser 
apresentadas oralmente ou por escrito. Cada 
grupo deve discutir as respostas antes de se-
rem apresentadas a você. Caso a resposta es-
teja incorreta, não há avanço. Será vencedo-
ra a equipe que avançar mais casas ao final 
das perguntas. Em caso de empate, perguntas 
extras serão feitas até que uma equipe saia 
vencedora.
Após o término do jogo, comente as ques-
tões em que houve erro, apresentando e justi-
ficando as respostas corretas.
Professor, agora é hora de retomar 
o Caderno do Aluno.
Meu álbum, corridas e saltos 
inesquecíveis! 
Procure em revistas, jornais ou na inter-
net fotos de atletas que se destacaram nos 
Jogos Olímpicos de 2012. Será que temos 
atletas brasileiros que se destacaram nas cor-
ridas? Quem são e de quais corridas partici-
param? Separe os atletas segundo o tipo de 
corrida que você está estudando: corridas de 
velocidade (rasas e com barreiras) e corridas 
de resistência (meio-fundo e fundo). Identi-
fique os atletas que participaram das provas 
de saltos, separando-os por tipo de salto que 
realizaram (salto em altura, em distância, 
com vara e triplo). Usando um caderno ou 
folhas avulsas de sulfite, crie seções para cada 
tipo de prova do atletismo, escrevendo o títu-
lo (prova); em seguida cole as fotos, identifi-
cando cada atleta pelo nome. As característi-
cas das corridas e dos saltos (ou algum tipo 
de curiosidade) também podem ser valoriza-
das ou, se você preferir, use um computador 
para organizar as imagens e os tipos de pro-
vas no seu álbum. Quando concluído, leve 
seu álbum para a escola e mostre-o a seus 
colegas e a seu professor de Educação Física.
Espera-se que o aluno elabore a tarefa com, pelo menos, um 
atleta por categoria de prova ou apresente a característica de 
uma prova (de corrida ou salto) realizada por um atleta em 
determinado evento que lhe chamou a atenção.
23
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
Parte A:
Associe a letra correspondente ao tipo de corrida nas imagens dos atletas: 
A – Corrida de fundo C – Corrida de revezamento 
B – Corrida de velocidade D – Corrida com barreiras
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Desafio! 
 a) ( D ) b) ( B )
 c) ( A ) d) ( C )
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Parte B:
Escreva, em cada imagem, que prova de salto o atleta está realizando.
a) Salto em distância b) Salto em altura
c) Salto com vara d) Salto triplo
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Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
1. Quando se comparam o 
tempo de corrida e os batimen-
tos do coração nas corridas de 
velocidade e de resistência, ob-
serva-se que, nas corridas de velocidade, o 
tempo de corrida é:
a) maior e os batimentos do coração são 
mais acelerados. 
b) menor e os batimentos do coração são 
menos acelerados.
c) maior e os batimentos do coração são 
menos acelerados. 
d) menor e os batimentos do coração são 
mais acelerados. 
2. Nos saltos em distância, o mais impor-
tante é:
a) alcançar maior altura. 
b) alcançar maior distância. 
c) ultrapassar o sarrafo.
d) realizar uma boa corrida em semicírculo.
3. Nas corridas, os atletas geralmente estão 
sozinhos, procurando superar a si mesmos 
e os demais corredores. Entretanto, há um 
tipo de corrida em que os atletas trabalham 
em equipe. Essa corrida é conhecida como:
a) maratona.
b) de resistência.
c) de revezamento.
d) com obstáculos.
4. São corridas de meio-fundo as provas 
de (assinale mais de uma alternativa, se 
necessário):
 ( ) 200 m. ( ) 400 m. ( X ) 800 m.
 ( X ) 1 500 m. ( ) 3 000 m. ( ) 5 000 m.
5. São provas masculinas as de (assinale mais 
de uma alternativa, se necessário):
 ( X ) 200 m. ( ) 100 m com barreiras.
 ( X ) 1 500 m. ( X ) 800 m. 
 ( X ) 400 m. ( X ) 200 m com barreiras.
Desafio! 
Una as letras por uma linha, tentando formar diferentes palavras. Quanto maior o número de 
palavras formadas, maior é o seu vocabulário. Depois de formadas, procure identificar quais pala-
vras podem ser relacionadas à prática do atletismo. 
Exemplo: caixa – tem relação com a caixa de salto, em que o atleta finaliza o salto em extensão.
I A T R O A
X C O I S O
A S L M P U
R R A B E L
G A F O T S
A D A L A O
Algumas palavras que podem ser formadas e que estão 
associadas ao atletismo: caixa, tiro, sarrafo, taco, largada, 
impulso, tempo e salto.
26
Professor, você pode propor um momento de leitura, para ampliar os conhecimentos dos 
alunos.Para isso, utilize as atividades a seguir.
O decúbito ventral não é recomendado, 
pois traz sérios prejuízos ao pescoço. 
O decúbito dorsal pode ser adotado com 
alguns cuidados. O travesseiro não deve ser 
alto e recomenda-se usar um outro travessei-
ro sob os joelhos para deixá-los semiflexio-
nados, acomodando melhor a região lombar. 
Dessa maneira, as costas ficam totalmente 
encostadas no colchão.
O decúbito lateral também requer cuida-
dos. Usar um travesseiro para apoiar o joelho 
da perna que está por cima alivia as tensões 
das costas e deixa o corpo mais relaxado. As 
figuras a seguir mostram duas posições dei-
tadas em decúbito lateral. Compare as duas 
e tenha especial atenção à posição que é mais 
saudável e confortável para você. Cuidado 
para não transformar uma boa postura em 
uma postura ruim!
Decúbito lateral: mais recomendável. 
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Ficar de lado, mas “encolhido”, prejudi-
ca a região lombar.
Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos. 
São Paulo: Summus, 2005, p. 79.
Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos. 
São Paulo: Summus, 2005, p. 87.
Para você não perder a postura!
O corpo pode assumir centenas de posi-
ções diferentes. É só imaginar o que fazemos 
o dia inteiro, a quantidade de brincadeiras 
que realizamos. Na Educação Física, por 
exemplo, cada modalidade esportiva exige 
uma posição corporal particular. Veja no 
atletismo, que acabamos de estudar. Depen-
dendo do tipo de salto (em distância, em al-
tura, com vara ou triplo), o corpo assume 
posições diferentes em cada fase do movi-
mento. E os adultos, durante as tarefas do 
dia a dia e no trabalho, têm posturas especí-
ficas, chamadas posturas ocupacionais (pos-
turas de trabalho).
Exatamente porque o corpo tem de as-
sumir tantas posições diferentes é que os 
prejuízos posturais podem aparecer. Às ve-
zes, realizamos movimentos incorretos por 
muito tempo, sem perceber os riscos que 
corremos.
Para você entender melhor, observe as 
três posturas básicas do corpo humano: a 
posição deitada, a posição sentada e a po-
sição em pé. Aprenda os cuidados que deve-
mos ter em cada uma dessas posições.
Posição deitada
A posição deitada é também chamada 
de decúbito e, normalmente, está relacio-
nada ao repouso.
Podemos dormir de diversas maneiras: 
em decúbito ventral (barriga para baixo), 
em decúbito dorsal (barriga para cima) 
ou em decúbito lateral (deitado de lado). 
Porém, algumas dessas posições são mais 
prejudiciais do que outras.
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Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
Dicas para a posição deitada
O travesseiro sob a cabeça deve ter a lar-
gura do ombro e o pescoço e a cabeça têm 
de estar alinhados com o restante da colu-
na vertebral. É inadequado usar um traves-
seiro muito alto ou baixo demais. Usar um 
travesseiro entre as pernas, na posição de 
decúbito lateral, ajuda a manter a coluna 
lombar (parte de baixo) sem rotação, pois a 
torção da coluna não é recomendada. 
Essa dica é boa para quem quer apren-
der a deitar corretamente e prevenir pro-
blemas posturais no futuro. Se alguma 
pessoa da sua família sente dor nas costas, 
a dica de uso dos travesseiros também é ex-
celente para ela. Vamos ajudar os outros, 
ensinando o que aprendemos na escola!
Posição sentada 
Nesta posição, a carga maior está sobre 
a coluna lombar e os ossos da cintura pél-
vica (ísquios). Para que o tronco e a cabeça 
fiquem equilibrados, precisamos dos mús-
culos que sustentam essas partes do corpo. 
Por isso é tão importante fazer exercícios 
que ajudem a fortalecer os músculos res-
ponsáveis por esse trabalho.
Agora, faça essa experiência!
Observe os desenhos seguintes. Eles vão 
ajudar você a localizar o osso correto utili-
zado para sentar.
Primeiro, sente delicadamente sobre a pal-
ma de uma das mãos. Tente localizar uma sa-
liência óssea na parte inferior do glúteo.
Esse é o osso que devemos apoiar na ca-
deira para que a bacia fique na vertical e aju-
de na sustentação da coluna vertebral.
Você também pode utilizar uma boli-
nha de tênis, um cabo de vassoura ou um 
espaguete de piscina para identificar os 
dois ísquios. 
Faça isso e você vai perceber que é mais 
fácil e saudável ficar em boa postura.
Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos. São Paulo: Summus, 2005. p. 55.
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28
Conferindo a postura quando se traba-
lha no computador:
 f observe o ângulo de 90° dos membros infe-
riores e superiores (pernas e braços);
 f mantenha os olhos na altura do monitor e 
evite flexionar (abaixar) a cabeça;
 f lembre-se da boa colocação dos ísquios 
(ossos do quadril);
 f evite cruzar as pernas quando estiver 
sentado.
Curiosidade
Você sabia que há carteiras cujo tampo 
se ergue para que os alunos não tenham de 
inclinar tanto a cabeça? Pense nisso quando 
estiver praticando somente a leitura – seja 
criativo! Apoie o livro que você está lendo 
em outros para erguê-lo e, dessa forma, evi-
tar dores nas costas. Você vai cansar menos 
os músculos da região do pescoço (cervical). 
Veja o exemplo na figura que se segue.
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Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos. 
São Paulo: Summus, 2005. p. 67.
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Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um 
guia para todos. São Paulo: Summus, 2005. p. 99.
Em casa ou na escola, preste bem aten-
ção na cadeira em que você se senta. Verifi-
que se as costas estão apoiadas no encosto 
e se você consegue colocar a planta dos pés 
por inteiro no chão. Se a resposta for sim, 
a cadeira está adequada a sua altura. Se 
os seus pés não encostarem por inteiro no 
chão, você pode colocar alguma coisa para 
apoiá-los (um pedaço de madeira, por exem-
plo). Se a cadeira é muito baixa, pergunte se 
não é possível conseguir uma cadeira mais 
alta. Ah, nada de dar aquela “escorregadi-
nha” para frente e se “sentar com as costas”!
Isso também vale para quando você es-
tiver teclando no computador. Não abuse 
do tempo em que fica sentado. Quando 
estiver difícil manter essa boa postura, dê 
uma pausa. Faça alguns alongamentos 
(você já aprendeu alongamento nas aulas 
de Educação Física) ou outras atividades 
mais movimentadas.
29
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
Posição em pé
A postura em pé pode ser estática, quan-
do ficamos parados no lugar, ou dinâmica, 
quando estamos em movimento. A postura 
estática é mais cansativa do que a dinâmi-
ca, ela requer que o coração trabalhe muito 
mais para fazer o sangue circular de uma ex-
tremidade a outra do corpo. 
Gostamos de ficar em pé, mas ninguém 
quer ficar parado. Quem gosta de filas?
Um conselho para quem precisa tra-
balhar em pé, na postura estática: faça 
pequenos movimentos (oscilações) ou sol-
turas do corpo. Você pode fazer um peque-
no balanço para a frente e para trás, para 
a direita e para a esquerda, para o alto e 
para baixo (pequenas e rápidas flexões e 
extensões dos joelhos e tornozelos). De-
pois, tente achar uma posição equilibrada, 
harmoniosa e confortável, nem muito des-
locada para a frente, nem muito para trás. 
Distribua o peso do corpo entre o lado 
direito e o esquerdo. Pode experimentar e 
você verá que esse exercício o ajudará na 
manutenção da postura!
ATIVIDADE AVALIADORA
Ao longo da Situação de Aprendizagem, 
apresente aos alunos algumas questões:
 f Em quais situações do cotidiano costuma-
mos saltar?
 f Qual a diferença entre saltar mais longe e 
saltar mais alto?
 f Qual a importância e como deve ser feita a 
impulsão para as várias formas de salto no 
atletismo?
 f Há outras modalidades esportivas em que 
ocorramsaltos em diferentes alturas?
 f Quais as maiores dificuldades para 
realizar os saltos?
 f Quais as provas de salto que compõem o 
atletismo?
 f Na história do atletismo nacional e in-
ternacional, o Brasil possui atletas que se 
destacaram nas provas de salto?
 f Quais são as características técnicas neces-
sárias para conseguir realizar adequada-
mente os diferentes tipos de saltos sobre 
obstáculos?
 f Quais foram as estratégias necessárias para 
realizar os diferentes tipos de salto?
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
Durante o percurso pelas Situações de 
Aprendizagem, alguns alunos poderão não 
apreender os conteúdos da forma esperada. 
É necessário, então, que novas Situações de 
Aprendizagem sejam propostas, permitindo 
ao aluno revisitar de outra maneira o pro-
cesso. Tais estratégias podem ser desenvol-
vidas durante as aulas ou em outros mo-
mentos, com todos os alunos ou apenas os 
que apresentaram dificuldades. Podem ser 
realizadas individualmente ou em pequenos 
grupos. Por exemplo:
 f roteiro de estudos com perguntas elabora-
das por você para posterior entrega de ma-
terial escrito;
 f apreciação e análise de filmes ou documen-
tários, orientada por você;
30
 f apreciação e registro, por parte do aluno, de 
movimentos próprios e também dos colegas;
 f reapresentação da Atividade Avaliadora de-
senvolvida em outra linguagem, por exemplo: 
descrever verbalmente e/ou com desenhos as 
atividades realizadas na quadra;
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR 
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
 f atividade-síntese de um determinado con- 
teúdo, em que as várias Situações de 
Aprendizagem sejam refeitas em uma úni-
ca aula e discutidas posteriormente, por 
exemplo: circuito que contemple diferen-
tes formas de corridas e saltos.
Livros
FROMETÁ, Edgar R.; TAKAHASHI, 
Kiyoshi. Guia metodológico de exercícios em 
atletismo: formação, técnica e treinamento. Por-
to Alegre: Artmed, 2004. Apresenta o proces-
so de iniciação nas diferentes modalidades 
que compõem o atletismo. 
GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; 
ZAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas 
do condicionamento físico. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2005. Extensa abordagem 
sobre as diversas capacidades físicas, caracte-
rizando sua relação com a condição de saúde 
e seu desenvolvimento ao longo da vida, des-
tacando aspectos relacionados à infância, à 
adolescência e ao envelhecimento.
KUNZ, Elenor. Reflexões didáticas a partir de 
práticas concretas. In: ______. Transformação 
didático-pedagógica do esporte. 7. ed. Ijuí: Uni-
juí, 2006. p. 117-151. O capítulo sugere uma 
ressignificação das experiências com o atletis-
mo, na intenção de possibilitar que os alunos 
superem os limites das vivências.
MATTHIESEN, Sara Q. (Org.). Atletismo se 
aprende na escola. Jundiaí: Fontoura, 2005. 
Sistematização das experiências de um gru-
po de estudos cuja preocupação é estudar e 
ressignificar pedagogicamente o atletismo no 
cotidiano das aulas de Educação Física.
MATTHIESEN, Sara Q.; GINCIENE, Guy. 
Histórias corridas. Jundiaí: Fontoura, 2013. Vo-
lume 1. O livro apresenta, nesse volume, infor-
mações relevantes a respeito do processo histó-
rico e desenvolvimento das diferentes provas de 
corrida, permite compreender as provas como 
elas acontecem atualmente.
ORO, Ubirajara. Iniciação ao atletismo no 
Brasil: problemas e possibilidades didáticas. In: 
KIRSCH, August; KOCH, Karl; ORO, Ubira-
jara. Antologia do atletismo. Rio de Janeiro: Ao 
Livro Técnico, 1984. Apresenta critérios para o 
trabalho pedagógico com o atletismo em dife-
rentes faixas etárias, permitindo contextualizar a 
modalidade esportiva nas várias séries da Educa-
ção Fundamental.
SCHMOLINSKY, G. Atletismo. Lisboa: Es-
tampa, 1982. Apresenta métodos de treina-
mento para diferentes provas do atletismo, com 
indicações que variam desde a iniciação à moda-
lidade esportiva até as exigências mais rigorosas 
de rendimento.
SILVA, R. F.; SEABRA JR., Luiz; ARAÚJO, 
P. F. Educação Física adaptada no Brasil: da his-
tória à inclusão educacional. São Paulo: Phorte, 
2008. O livro apresenta conteúdo que avalia a 
reflexão sobre a pessoa com deficiência e as pos-
sibilidades no ambiente escolar.
31
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
Artigos
IORA, Jacob A.; MARQUES, Carmen Lúcia. 
O atletismo escolar: proposta de organização 
de aulas a partir da proposta crítico-emancipa-
tória e didática comunicativa. Pensar a Prática, 
Goiânia, v. 16, n. 2, p. 550-567, 2013. Dispo-
nível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.
php/fef/article/view/17178/14627>. Acesso em: 
31 jul. 2013. Apresenta critérios para o traba-
lho pedagógico com o atletismo em diferen-
tes faixas etárias, permitindo contextualizar 
essa modalidade esportiva nas várias séries da 
Educação Fundamental.
MATTHIESEN, Sara Q. Atletismo para 
crianças e jovens: relato de uma experiência 
educacional na Unesp-Rio Claro. Lecturas: 
Educación Física y Deportes, Buenos Aires, v. 10, 
n. 83, 2005. Disponível em: <www.efdeportes.
com/efd83/unesp.htm>. Acesso em: 20 set. 2012. 
Relato de experiência que, entre outros aspectos, 
procura desmistificar, por meio de uma prática 
educativa, a imagem transmitida pela mídia 
que, na maioria das vezes, faz do atletismo um 
esporte para poucos e bem-dotados campeões.
Sites
Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível em: 
<http://www.cpb.org.br/>. Acesso em: 4 out. 
2013. Apresenta informações a respeito de pro-
vas de corrida e demais modalidades do atletis-
mo para pessoas deficientes.
Confederação Brasileira de Atletismo. Dispo-
nível em: <www.cbat.org.br>. Acesso em: 23 
maio 2013. Apresenta informações sobre o 
histórico das provas, regras oficiais, ídolos bra-
sileiros, recordes nacionais, mundiais e olímpi-
cos, artigos técnicos e normas antidoping.
Federação Paulista de Atletismo (FPA). Dis-
ponível em: <http://www.atletismofpa.org.br/
default.aspx>. Acesso em: 23 maio 2013. Apre-
senta informações e notícias sobre o atletismo 
no Estado de São Paulo, no Brasil e no mundo. 
Traz links diversos, dados sobre projetos desen-
volvidos pela FPA, calendário, resultados, re-
cordes, galeria de fotos etc.
Filmes
Campeões! Espanha, Televisión de Catalunya, 
1990. Disponível no Acervo da Secretaria da 
Educação do Estado de São Paulo. Série de 
39 vídeos educativos (veiculados pela TV Es-
cola) que apresenta as bases técnicas de várias 
modalidades esportivas, com regras e treina-
mentos específicos. Consulte os vídeos no 33 
– Atletismo: velocidade (13 min), no 34 – Atle-
tismo: salto em altura e salto com vara (13 
min) e no 36 – Atletismo: salto em distância e 
salto triplo (13 min).
Filhos do paraíso (Bacheha-Ye aseman). Direção: 
Majid Majidi. Irã, 1997. 88 min. História de um 
casal de irmãos de família pobre que vive em 
Teerã, no Irã. O enredo gira em torno do rou-
bo dos sapatos do menino. Os esforços para 
descobrir quem os roubou envolvem até mes-
mo uma maratona cujo prêmio para o terceiro 
colocado é um par de calçados novos.
Iniciação esportiva. Espanha, Imagen y De-
porte, S. L., 1996. Disponível no Acervo da 
Secretaria da Educação do Estado de São 
Paulo. Série de 29 programas que apresenta 
as bases técnicas e as regras de diversas mo-
dalidades esportivas, além do momento ade-
quado para a iniciação esportiva. Consulte os 
vídeos no 6 – Iniciação ao atletismo 1 (31 min) 
– e no 7 – Iniciação ao atletismo 2 (37 min).
32
Espera-se que os alunos cheguem à 6a 
série/7o ano com certa compreensão do que 
é atividade rítmica, disponham de noções ge-
rais sobre ritmo e tenham se envolvido em jo-
gos rítmicos tanto na escola como fora dela. 
Por isso, propõe-se, nesse momento, o apro-
fundamento dessa compreensão ao tratar da 
cultura rítmica brasileira, suas manifestações 
e representações.A própria formação de nosso país é contro-
versa e, por isso, para analisar nossa cultura rít-
mica é necessário reconhecer as contradições, 
forjadas ao longo do processo histórico, que 
a levaram a caracterizar-se do modo como é 
atualmente. Pensamos que, para contextualizar 
a pluralidade da cultura rítmica brasileira, os 
alunos necessitam conhecer os costumes rítmi-
cos dos nativos (civilizações indígenas que ha-
bitavam o Brasil antes do século XV, cuja maior 
parte já não existe), dos invasores (as civilizações 
que, competindo economicamente entre si, se 
impuseram pela violência em partes do territó-
rio brasileiro desde o século XVI: portugueses, 
espanhóis, franceses, holandeses e ingleses), dos 
escravizados (civilizações africanas escravizadas 
até o século XIX e seus descendentes), dos imi-
grantes (civilizações europeias, asiáticas e outras 
em menor escala que, com incentivo financeiro 
do governo brasileiro, vieram voluntariamente 
ao Brasil a partir de meados do século XIX, em 
sua maioria, para o Sul do país e para a região 
oeste do Estado de São Paulo) e dos migrantes 
(sobretudo do campo para os centros urbanos 
e econômicos a partir da segunda metade do 
século XX). 
Na história do Brasil, a partir do século XVI 
– desconsiderando, portanto, a história ante-
rior dos nativos e de seus antepassados – , cinco 
grupos majoritários formaram o que podemos 
chamar de cultura rítmica nacional: (1) povos 
indígenas nativos; (2) povos europeus invasores; 
(3) povos africanos escravizados; (4) população 
descendente de imigrantes europeus, asiáticos e de 
outros continentes; e (5) população de migrantes 
brasileiros que vivem nos diferentes Estados.
Quando interpretamos ou enfatizamos de-
terminados costumes rítmicos nas aulas, cor-
remos o risco de fazê-lo conforme certos inte-
resses e representações, especialmente quando 
se trata de algum tema em evidência na mídia 
ou por ocasião de datas comemorativas. Nas 
danças folclóricas pode ocorrer um apelo exa-
gerado por algo exótico, pois o folclore (folk 
= povo; lore = costume, tradição) tende a ser 
visto desse modo por quem desvaloriza os 
costumes populares das diferentes regiões do 
Brasil. Nesse sentido, é importante que os alu-
nos vislumbrem danças regionais do Norte, 
Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste e, neste 
último caso, que aprofundem a pluralidade de 
manifestações existentes dentro do próprio Es-
tado de São Paulo.
Confrontar a história “oficial” de algumas 
danças e atividades rítmicas (por exemplo, o 
forró, o xaxado, o maculelê e a catira) com a 
história de vida de quem vivenciou essas ma-
nifestações em diferentes contextos pode cau-
sar impacto ou estranhamento na interpreta-
ção dos alunos. Saber que não há apenas uma 
versão para as representações rítmicas pode 
contribuir para a relativização dos próprios 
conteúdos e culminar na crítica que os alunos 
poderão fazer sobre as representações ideoló-
gicas associadas às diferentes regiões do país. 
Os alunos podem aprender e compreender, por 
exemplo, como o xaxado associava-se à agressi-
vidade nas lutas travadas no agreste nordestino 
e como o carnaval se constituiu no evento turís-
tico mais rentável no Brasil.
TEMA 2 – ATIVIDADE RÍTMICA – MANIFESTAÇÕES E 
REPRESENTAÇÕES DA CULTURA RÍTMICA NACIONAL
33
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
A questão de gênero presente em certas dan-
ças também é relevante ao tratarmos das ativi-
dades rítmicas. O controle do ritmo (o homem é 
o condutor nas danças em pares) ou até mesmo 
a exclusividade da dança pelo gênero masculino, 
como ocorre no xaxado, são aspectos que po-
dem ser analisados sob o ponto de vista do pre-
conceito ou da timidez com relação ao dançar.
Possibilidades interdisciplinares
Professor, o tema atividade rítmica poderá ser desenvolvido de modo integrado com as discipli-
nas de História, Geografia, Arte, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol) e Língua Portuguesa, 
na medida em que envolve conteúdos relacionados às manifestações rítmicas das diferentes regiões 
do Brasil e seus grupos étnicos majoritários. Converse com os professores responsáveis por essas 
disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais 
global e integrada pelos alunos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6 
DESDE OS PRIMÓRDIOS ATÉ HOJE EM DIA
Os alunos terão a oportunidade de trocar informações e conhecimentos a respeito das 
diferentes manifestações rítmicas regionais e nacionais, além de pesquisar e vivenciar algumas des-
sas manifestações.
Conteúdo e temas: manifestações rítmicas nacionais (diversidade de ritmos); processo histó-
rico e construção social e cultural dos diferentes ritmos brasileiros.
Competências e habilidades: compreender o processo histórico das manifestações e represen-
tações da cultura rítmica nacional; criar e identificar atividades rítmicas que contemplem 
diferentes sentidos e intencionalidades.
Sugestão de recursos: caneta; folhas de sulfite; computador com acesso à internet; acervo da 
biblioteca; aparelho de CD/DVD; CDs e DVDs de músicas típicas. 
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 6
Professor, antes de iniciar a Etapa 1, 
você pode trabalhar as atividades a 
seguir. Assim, os alunos poderão 
resgatar alguns conhecimentos pré-
vios, o que auxiliará no desenvolvimento desta 
Situação de Aprendizagem.
Você se recorda das aulas sobre ritmo de-
senvolvidas no ano passado? Pois é, agora 
vamos estudar um pouco mais sobre esse as-
sunto, mas desta vez tentando identificar se 
todo mundo conhece, escuta, dança, canta 
ou toca as mesmas coisas. Será que a idade 
das pessoas ou o lugar em que elas nasceram 
e viveram pode modificar o gosto quanto ao 
tipo de música que preferem ouvir, dançar 
34
ou cantar? Para aquecer, responda às se-
guintes perguntas:
1. A sua família é brasileira? 
2. Em caso afirmativo, de que cidade ou Es-
tado brasileiro seus pais são? Caso não se-
jam brasileiros, seus pais são descendentes 
de pessoas de outra nacionalidade ou são 
nascidos em outro país? Qual?
3. Que tipo de música eles costumam ouvir?
4. Eles gostam de dançar? Quando e que tipo 
de dança ou música eles dançam?
5. Como podemos explicar a existência de 
tantas músicas diferentes tocadas e canta-
das no rádio, na televisão e na internet?
Questões de 1 a 5 – As respostas são pessoais e têm a inten-
ção de sondagem.
A pluralidade da cultura rítmi-
ca brasileira formou-se, a partir 
do século XVI, da mescla de 
costumes e crenças de cinco 
grupos majoritários: (1) povos indígenas; (2) 
povos europeus invasores; (3) povos africa-
nos escravizados; (4) população descendente 
de imigrantes europeus, asiáticos e de outros 
continentes; e (5) população de migrantes 
brasileiros que vive nos diferentes Estados. 
Vamos tentar descobrir o tipo de manifesta-
ção rítmica que encontramos em cada região 
brasileira, uma vez que muitas famílias mu-
daram de cidade ou de Estado, mas não dei-
xaram de gostar da música e da dança de sua 
terra natal. 
Seu professor de Educação Física vai 
pedir que vocês se organizem em pequenos 
grupos e pesquisem as manifestações rít-
micas das regiões Norte, Nordeste, Centro-
-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Peçam ajuda 
aos outros professores, como os de Histó-
ria, Geografia, Arte, Língua Estrangeira e 
Língua Portuguesa ou outro que vocês quei-
ram, para dar algumas dicas nesta pesquisa.
Pesquisem em livros, revistas ou sites de 
busca quais são os principais ritmos brasilei-
ros, suas origens, os costumes de cada grupo 
étnico, a que grupo esses ritmos estão asso-
ciados, em que Estados se concentram, se têm 
relação com crenças ou religiões e se no seu 
bairro vivem pessoas dessas regiões ou que co-
nhecem esses ritmos. 
As respostas podem variar segundo a organização e a pro-
posta desenvolvidaspelo professor e os interesses dos alunos. 
Espera-se, entretanto, que os alunos tragam o maior número 
de informações a respeito da manifestação rítmica regional 
que pesquisarem.
Etapa 1 – Chamada temática ou chamada 
rítmica
Esta atividade pode ser implementada na 
aula introdutória ao tema ou pode ser adap-
tada no momento da chamada de cada aula. 
A chamada temática serve para que o conhe-
cimento prévio dos alunos seja verificado. 
Solicite que cada aluno diga algo rela-
cionado ao tema da aula ou que faça algum 
movimento que tenha relação com ele. Por 
exemplo, um aluno poderia dizer “tempo” 
ou estalar os dedos, repetidamente, em inter-
valos de tempo regulares ou, ainda, dizer o 
nome de algum jogo que tenha o ritmo como 
uma de suas características principais. É im-
portante que todos possam se manifestar e 
que você e/ou os próprios alunos registrem 
as respostas.
Etapa 2 – São mais de 500 anos de 
diferentes ritmos
Sugira que os alunos se reúnam em grupos 
com no mínimo cinco integrantes, de prefe-
rência compostos de meninos e meninas. 
35
Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
Solicite que cada membro seja responsável 
por pesquisar alguma manifestação rítmica 
de um dos grupos majoritários na formação 
da cultura rítmica nacional. Como alternati-
va, pode-se sugerir que cada grupo de alunos 
pesquise os costumes rítmicos de um deter-
minado povo ou grupo populacional. 
Eles podem usar a biblioteca, a internet, ques-
tionar professores de outras disciplinas, familiares 
e moradores da vizinhança, procurando conhe-
cer os ritmos típicos. Posteriormente, deve haver 
a apresentação de suas pesquisas por meio de 
dramatizações ou apresentações de breves coreo-
grafias dos ritmos típicos para a própria turma. 
Manifestações rítmicas regionais brasileiras
Carimbó (região Norte) – De origem africana, esse 
ritmo, que influenciou a lambada e o zouk, recebeu 
influências das danças portuguesas e incorporou à 
sua execução palmas e estalar de dedos. Na coreo-
grafia, os homens se dirigem às mulheres batendo 
palmas; estas, por sua vez, realizam movimentos 
circulares com a saia. 
Xaxado (região Nordeste) – Muito popular no 
sertão nordestino, não se tornou uma dança de 
salão por ser, tradicionalmente, praticada por ho-
mens. Foi assim batizada por representar o som 
reproduzido pelas sandálias dos cangaceiros, em 
uma referência explícita às comemorações do gru-
po de Lampião, o Rei do Cangaço.
Catira ou cateretê (região Sudeste) – De origem 
incerta, africanos e europeus dividem a suposta 
autoria desse ritmo executado com movimentos 
vigorosos de pés, mãos e saltos. De acordo com 
a região, a prática é, essencialmente, masculina. 
Inicia-se com o violeiro tocando o “rasqueado” 
para os dançarinos fazerem a “escova” (batida de 
pés, mãos e saltos). 
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Ao final, sintetize para a classe o proces-
so de formação da cultura rítmica nacional, 
destacando sua pluralidade e sua riqueza. A 
produção final de uma dramatização pode 
congregar várias disciplinas (Arte, História, 
Geografia e outras), mostrando as possibili-
dades de integração dos conteúdos. Se houver 
interesse maior dos alunos, as apresentações 
podem ser compartilhadas com outras turmas.
Etapa 3 – Dos filhos deste solo...
Organize grupos mistos, de preferência, 
de modo que cada um pesquise danças fol-
clóricas de uma das cinco regiões brasilei-
ras. Os grupos são responsáveis também por 
apresentar os elementos característicos de 
uma dança regional. Selecione, juntamente 
com os alunos, quais manifestações rítmicas 
poderão ser apresentadas. 
Sugere-se como exemplo o xaxado no Nor-
deste, o carimbó no Norte, o siriri no Centro-
-Oeste, a catira no Sudeste e a chula no Sul. 
Entretanto, é importante ressaltar que há ou-
tras expressões de dança em uma mesma re-
gião brasileira, além das citadas. 
O processo poderá culminar com uma 
apresentação dos grupos dentro da própria 
turma. Nesse caso, também há a possibilidade 
do trabalho interdisciplinar.
Etapa 4 – Isto é coisa de paulista
Cada região do Estado de São Paulo pos-
sui manifestações rítmicas típicas, transfor-
madas ao longo dos séculos. Algumas podem 
ser tratadas nas aulas: associadas à vida no 
interior, como a catira, à vida urbana, como 
os desfiles de carnaval, à região litorânea e sua 
cultura caiçara, como a xiba. Os costumes que 
envolvem cada manifestação podem ser pes-
quisados e apresentados pelos próprios alu-
nos, ampliando seus conhecimentos sobre as 
regiões do Estado de São Paulo.
Chula (região Sul) – Muito popular no Rio Gran-
de do Sul, essa dança masculina de movimentos 
vigorosos assemelha-se ao sapateado, cuja disputa 
se dá entre dois dançarinos. 
Dança do siriri (região Centro-Oeste) – É uma dan-
ça de roda que tem como elemento coreográfico ba-
ter as mãos espalmadas nas mãos dos dançarinos 
que estão à esquerda e à direita. É uma prática de 
estilo livre, sem coreografia definida e sem preferên-
cia de gêneros; é praticada por homens, mulheres e 
crianças. A música, sempre alegre, é acompanhada 
por viola e instrumentos de percussão. 
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As quatro etapas apresentadas podem ser trabalhadas conjuntamente. Os grupos pesquisarão e 
apresentarão os ritmos que criaram a cultura rítmica nacional e as manifestações rítmicas das regiões 
brasileiras; outros grupos poderão trabalhar com os ritmos do Estado de São Paulo. Ao final, pode-se 
ter um grande painel rítmico, com intenso envolvimento dos alunos.
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Educação Física – 6ª série/7º ano – Volume 1
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a)
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c)
d)
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f)
g)
h)
Desafio! 
Analise as imagens a seguir. O que elas lembram sobre o conteúdo deste volume? Recorde tudo o 
que você ouviu, leu e aprendeu sobre manifestações rítmico-culturais e associe as letras das imagens às 
manifestações culturais que elas representam.
Professor, agora é hora de retomar o Caderno do Aluno.
38
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 7
Etapa 1 – Qual é o nosso ritmo?
Proponha uma atividade rítmica em pa-
res nos quais um aluno ou uma aluna seja 
responsável pela condução dos movimen-
tos. Pode ser uma das danças já trabalhadas 
com a turma, em que o controle do ritmo 
tenha sido associado a um gênero, uma vez 
que a condução em diferentes danças reme-
te, frequentemente, ao domínio masculino. 
Agora, associe as letras das imagens aos nomes das manifestações rítmico-culturais.
Manifestação cultural Letra da imagem
Forró d
Quadrilha b
Siriri h
Catira a
Carimbó g
Bumba meu boi c
Chula f
Frevo e
Conteúdo e temas: a questão do gênero; da construção social e cultural nas manifestações 
rítmicas.
Competências e habilidades: perceber, compreender e valorizar de maneira não preconcei-
tuosa e discriminatória as características das diferentes manifestações rítmicas nacionais e 
regionais; analisar a questão do gênero presente na dança.
Sugestão de recursos: aparelho de CD/DVD; CDs e DVDs com diferentes ritmos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM

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