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Aulas 4 e 5 - FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

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Prof. Mauro Leão
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Aulas 4 e 5 – O CONTEXTO HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
AULA 2
Nesta aula iremos refletir sobre:
O racionalismo e o surgimento do pensamento científico no mundo ocidental.
Os movimentos sociais que contribuíram para a construção do atual modelo de sociedade. 
O surgimento da Sociologia e o Positivismo de Auguste Comte.
Aula 1- A análise antropológica da cultura
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
AULA 2
As condições históricas para o 
desenvolvimento do pensamento científico 
 e para o surgimento da Sociologia.
 
AULA 2
 Thomas Hobbes (1588-1679) 
AULA 2
 Thomas Hobbes foi um filósofo inglês, que em 1651 publica sua principal obra denominada O Leviatã. Neste trabalho o autor afirma que a sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros devem se render, mesmo com prejuízo de sua liberdade individual. Isto seria necessário para que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa do bem comum. Este soberano, quer seja um monarca ou uma assembléia, deveria ser O Leviatã, que possuiria uma autoridade inquestionável. 
AULA 2
 	Na concepção de Hobbes, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos, ou "o homem lobo do homem". Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar.
AULA 2
 John Locke (1632-1704) 
AULA 2
 John Locke pode ser considerado o precursor do liberalismo político. Em suas obras são feitas críticas a teoria do direito divino dos reis, ao princípio da afirmação com base na autoridade inata. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este deve 
respeitar as leis naturais e civis.
Ele também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa, recebendo por estas ideias forte oposição da Igreja Católica.
AULA 2
 
 Na concepção de John Locke, o Estado existe a partir do contrato social, sendo a sua principal finalidade garantir o direito natural da propriedade. Dessa maneira, a burguesia vê seus interesses legitimados perante a realeza e a nobreza e, mais do que isso, surge como superior a elas, uma vez que o burguês acredita que é proprietário graças ao seu próprio trabalho, enquanto reis e nobres são parasitas da sociedade. 
AULA 2
 
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
AULA 2
 	 Na concepção de Rousseau em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados pelas florestas, sobrevivendo com o que a natureza lhes dá, desconhecendo lutas e comunicando-se pelo gesto, pelo grito e pelo canto, numa língua generosa e benevolente. Esse estado de felicidade original, no qual os humanos existem sob a forma do “bom selvagem” inocente, termina quando alguém cerca um terreno e diz: "É meu". A divisão entre o meu e o teu, isto é, a propriedade privada, daria origem ao estado de sociedade. 
AULA 2
 A passagem do estado de natureza à sociedade civil se daria, portanto, por meio de um contrato social, pelo qual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à posse natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferir a um terceiro, o soberano, o poder para criar e aplicar as leis, tornando-se autoridade política. O "Contrato social", ao considerar que todos os homens nascem livres e iguais, encara o Estado como o resultado de um pacto no qual os indivíduos entram em acordo para a proteção desses direitos, cabendo ao estado o exercício desta tarefa. Nasceria daí o princípio de soberania.
AULA 2
A sociedade ocidental produziu uma forma específica de explicar o mundo, chamada de ciência, ou seja, uma forma racional, objetiva, sistemática, metódica e refutável de formulação das leis que regem os fenômenos.
 A CIÊNCIA 
 
AULA 2
Galileu Galilei
René Descartes
Isaac Newton
1643 a 1727
1564 e 1642
1596 e 1650
O racionalismo e a Revolução Científica do século XVII
AULA 2
	Como uma primeira aproximação, digamos simplesmente o seguinte: modernidade refere-se ao estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do século XVII.
 (Giddens, Anthony. As consequências da modernidade, pg. 11.)
 O conceito de Modernidade
AULA 2
 As dimensões institucionais da modernidade compreendem o capitalismo, o industrialismo, a vigilância (controle da informação e supervisão social), poder militar (controle dos meios de violência no contexto da industrialização da guerra).
 (Idem, pg. 65)
Características da Modernidade
AULA 2
 Os movimentos revolucionários 
do século XVIII
AULA 2
A REVOLUÇÃO INDUSTRUIAL
A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril caracterizaram o processo histórico que ficou conhecido como a Revolução Industrial. Estas mudanças provocariam um enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica. 
AULA 2
A Revolução Francesa
AULA 2
Auguste Comte (1798-1857)
“O Amor por princípio, a Ordem por base, o Progresso por fim”
 
AULA 6
O POSITIVISMO
AULA 2
 A Sociologia para Comte seria tão precisa como a Astronomia ou a Química, permitindo aos governantes futuros um alto grau de previsão nas decisões a serem tomadas ou consideradas. Inspirado, num primeiro momento por Saint-Simon, seu mestre, para quem trabalhou como secretário de 1819 a 1824, Comte vislumbrou o surgimento de uma nova era, de uma Nova Ordem que superaria tanto o liberalismo-democrático como o reacionarismo: a Era Científica ou Positiva.
O positivismo de Auguste Comte
AULA 2
A teoria positivista pode ser considerada como um tipo de cientificismo, que tenta explicar e compreender a sociedade humana, como se suas leis fossem derivadas das chamadas ciências naturais. Por esta razão, Comte também definia a nova disciplina, a Sociologia, como Física Social. Para o autor, a partir da inteligência o homem poderia prever os acontecimentos e as modificações que devem ser neles introduzidas, para que sejam obtidos determinados efeitos, ou seja “saber para prever a fim de prover”.
O cientificismo positivista
AULA 2
Para o positivismo a expressão “ordem e progresso” representa progresso com ordem, ou seja, sem revolução.
Ordem e Progresso
AULA 2
A Lei dos Três Estados
AULA 2
TEOLÓGICO: A explicação do mundo com base em concepções místicas e no pensamento religioso. Predomina a imaginação.
METAFÍSICO: Predomínio de princípios e construções teóricas de natureza filosófica. Predomina a argumentação.
POSITIVO: A conduta humana pautada nas convicções e deliberações da ciência. Predomina a observação.
A Lei dos Três Estados
AULA 2
 Explica os fenômenos naturais recorrendo a imaginárias divindades, a entidades mágicas, aos deuses e seres extraterrenos. Neste estágio a mente inventa. Subdivide-se em fetichismo, politeísmo e monoteísmo. É uma época escravista e servil na qual ocorre uma confusão entre o poder espiritual e o temporal, havendo numa etapa teocrática (Egito) e outra mítica (greco-romana). Seu regime político equivalente é a Monarquia.
O Estado Teológico
AULA 2
 Período meramente intermediário, provisório. Recorre e vive de abstrações. Época de revoluções e desordens onde se desenvolve uma “filosofia negativa” que, com sua crítica, acelera a decomposição da teologia monoteísta, mas mostra-se incapaz de construir outra, orgânica. Impera a doutrina
da soberania popular, da livre expressão e da igualdade social que Comte considera “viciosas”. 
O Estado Metafísico
AULA 2
 Procura a reorganização da vida social para retirar a humanidade da anarquia e da crise, em direção a uma nova fase de hegemonia científica, completando a unidade entre o temporal e o espiritual, da mesma forma que o Cristianismo fez na I. Média. É o momento em que a fé monoteísta é substituída pela síntese humana. A realidade é captada mediante as verdades positivas da ciência. É preciso adaptar todas as instituições ao futuro do predomínio científico. Para tal deverá impor-se um sistema de educação universal e aperfeiçoar-se um código ético. O governo será composto por sábios apoiados nas leis precisas extraídas das ciências naturais e que defenderão, com o recurso da república positivista, as classes humildes.
O Estado Positivo
AULA 2
(1820-1903)
Herbert Spencer e o darwinismo social
AULA 2
29
O filósofo inglês Herbert Spencer foi o principal representante do evolucionismo nas ciências humanas. Ele especulava sobre a existência de regras evolucionistas na natureza antes de seu compatriota, o naturalista Charles Darwin, que foi o autor da teoria da evolução das espécies. É dele a expressão "sobrevivência do mais apto", muitas vezes atribuída a Darwin. Os princípios do darwinismo social foram construídos a partir da obra de Spencer.
AULA 2
 (1809-1892)
 CHARLES DARWIN
AULA 2
Darwin foi um naturalista britânico que alcançou destaque no meio acadêmico ao desenvolver a teoria da evolução da vida na Terra. Em seu livro publicado em 1859, A Origem das Espécies ele introduziu a ideia de evolução a partir de um processo aleatório de seleção natural. Este princípio se tornaria a explicação científica dominante para a diversidade das espécies no mundo natural.
AULA 2
32

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