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Psicologia Escolar

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
Curso: Psicologia
Professora: Rejane
Psicologia Escolar
Projeto de Pesquisa: A medicalização no contexto escolar
Cinthya Gomes da Silva RA: C091FI9 Turma: PS6C30
Karen Alice Costa Bandeira RA: C26GEH1 Turma: PS6C30
 Tainara Nogueira dos Santos Ramos RA: C75404-8 Turma: PS5B30
Brasília, 10 de Outubro de 2016
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
Curso: Psicologia
Medicalização no contexto Escolar
Brasília, 10 de Outubro de 2016
RESUMO:
	A elaboração da pesquisa veio como forma de construir uma melhor definição de como o termo medicalização vem sendo inserido no contexto escolar de uma determinada escola de ensino fundamental de Brasília - DF. A questão central é que a medicalização em grande parte tem respondido as demasiadas queixas escolares ou familiares de dificuldades de aprendizagem, o que trazem algum indicativo de uso de medicamentos psicoativos. O que procura-se discutir são as dificuldades de aprendizagem, as entendendo aqui como a observação, feita pela escola ou pela família, de um atraso da criança na correlação idade/série, e que, a rigor, aborda vários elementos e questões inclusive de ordem pedagógica, e que vem sendo comumente sinalizadas como decorrentes do TDAH ou da Dislexia o que por si só justificaria a automática administração de medicamentos. A pesquisa inclui a coleta por meio do método da entrevista direta, de como a escola em questão vem utilizado seus métodos de lidar com o fracasso escolar e demais empecilhos á aprendizagem e como a medicalização vem sendo aplicada com o cuidado em evitar a rotulação.
Palavras-chave: Medicalização, psicoativos, TDAH e Dislexia.
SUMÁRIO:
LISTA DE ANEXOS ...................................................................................................05
INTRODUÇÃO................................................................……....................................06
MÉTODO………...……………………………………………………………………….....09
ANÁLISE DE DADOS/RESULTADOS .......................................................................10
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................12
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS……...……………………………………………...
ANEXOS...…………………………………………………………………………………..
LISTA DE ANEXOS/TABELAS
Carta de Apresentação; 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
Questionário a ser aplicado aos professores;
 Roteiro de entrevista direta com o Diretor ou Coordenador da escola;
Carta de encaminhamento da Regional de ensino;
Tabela quantitativa de respostas do questionário aplicado aos professores.
INTRODUÇÃO:
	Essa pesquisa está vinculada a disciplina de Psicologia Escolar da Universidade Paulista – UNIP, campus Brasília, e será realizada com a proposta de que os estudantes conheçam a realidade da atuação do psicólogo no contexto escolar. Pensando em educação, surge a ideia de um dos seus principais compromissos que é a promoção da aprendizagem aos alunos. Essa tarefa nem sempre é cumprida com facilidade: escolas, professores e diretores escolares têm encontrado ao longo dos anos muitos desafios. A pesquisa será realizada em uma escola da rede pública de ensino escolhida pelos próprios estudantes. Foi escolhido um tema principal para ser discutido na pesquisa, que será a medicalização no contexto escolar, mas esse tema engloba subtemas Dislexia e TDAH que serão citados ao longo do estudo a ser realizado. E posteriormente os dados encontrados serão relacionados com a atuação do Psicólogo Escolar, e com os estudos trabalhados em sala.
	A escolha por este assunto se deu em virtude de que a questão da medicalização é um tema recorrente, pois não são raras as ocasiões em que nos deparamos com crianças e adolescentes que apresentam as chamadas “dificuldades de aprendizagem”. E também não são poucas as vezes que procura-se compreendê-las como advindas de problemas orgânicos. A verdade é que os encaminhamentos dessas demandas para serviços de saúde só têm crescido nos últimos tempos, e isso é de conhecimento de todos. “A lógica medicalizante busca causas orgânicas para problemas de diferentes ordens. Mas a redução à perspectiva de problema orgânico e individual pode engessar qualquer outra possibilidade de compreensão e intervenção na vida escolar dessa pessoa, que, de aprendiz, passa a ser entendida e acolhida como doente”. (MOYSÉS e COLLARES, 2010).
	“A abordagem organicista cunhada pela psicologia a partir da medicina foi a primeira teorização sobre as dificuldades de aprendizagem, surgidas no final do século XIX. Após a introdução do discurso médico no ambiente escolar, passa-se a buscar nas disfunções neurológicas ligadas ao desenvolvimento do sistema nervoso as explicações para o fracasso escolar de boa parte de crianças que passaram a ser nomeadas com novos significantes, que as identificam a portadores de dislexias, disortográficas, discalculias, ou dispraxias. A consequência desse tipo de nomeação é a produção exacerbada da psicologização e medicalização dos problemas escolares, que não deixa de ocasionar enormes prejuízos à vida escolar dos alunos.” (DINIZ, 2009, p. 5).
	Cecília Azevedo Lima Collares e Maria Aparecida Affonso Moysés vêm apontando em seus estudos várias expressões de um processo chamado de biologização. Pesquisas realizadas pelas autoras (Collares & Moysés, 1994, 1996) evidenciam que tanto profissionais da saúde quanto da educação referem-se de modo unânime a problemas biológicos como causas determinantes do não aprender na escola. Tais “explicações”, repetidas à exaustão e frequentemente evocadas como verdades científicas consagradas, colocam predominantemente o foco em dois grandes temas: a desnutrição e as disfunções neurológicas.
	Os subtemas que estarão envolvidos no estudo são o TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, em qualquer dos níveis, e a Dislexia como causas das dificuldades no aprendizado. Os especialistas em estudos de comportamento e seus distúrbios informam que é muito pequena a proporção de crianças com TDAH no meio escolar, a saber: “O TDAH é caracterizado pela seguinte tríade de sintomas: desatenção, impulsividade e hiperatividade mental e/ou física. Manifesta- se ainda na infância e está presente em 3 a 7% nas crianças em idade escolar.” (Silva, 2009, p. 80) Na dislexia: tudo o que se poderia problematizar sobre leitura e escrita como representação social da linguagem humana e enquanto construção simbólica é reduzido a uma suposta “doença neurológica” contra a qual pouco se pode fazer. (MOYSÉS e COLLARES, 2010).
	O objetivo geral dessa pesquisa, que tem como tema central a medicalização na educação, é conhecer o ambiente escolar e fazer uma discussão acerca da medicalização no contexto educacional, centralizando a sua relação com a aprendizagem das crianças, a partir da percepção da gestão escolar e dos professores que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamenta l, em uma escola da rede pública de Brasilia- DF.
	Como objetivos específicos, pretende-se aplicar um questionário a um grupo de professores e gestores da escola escolhida para que se possa conhecer a opinião deles a respeito da medicalização no contexto escolar, e também analisar as informações obtidas e relaciona-las com os textos trabalhados em sala de aula.
	De acordo com os dados encontrados na literatura, o grupo acredita que os professores e gestores da escola apontem opiniões variadas a respeito da medicalização, pois cada pessoa possui um viés a respeito de assuntos como esse, e são muitas as entradas possíveis para uma discussão que se atreva a colocar em questão nosso sistema educacional.
	O processo de aprendizagem é multideterminado, isto é, dependem de vários fatores que estão relacionados às condições sociais, institucionais, políticase econômicas nas quais estamos inseridos. Alguns professores podem se acomodar e até achar medicalização a salvação da vida deles, pois não terão que lidar com o problema diretamente. Por outro lado, há professores que não concordam com a medicalização de forma tão banalizada, e acreditam que outros fatores são tão relevantes quanto os biológicos.
	 Como alunos de Psicologia vimos que esta área, tem que se comprometer de fato com o rompimento da medicalização, tomando como objeto de ação e reflexão o encontro entre os alunos e a educação e contribuindo para que a escola cumpra seu papel social (Meira, 2003, 2007). Essa é uma tarefa que envolve uma atitude de permanente avaliação crítica da realidade e a articulação de elaborações teóricas que se constituam em indicativos para a organização consciente e deliberada de ações com vistas à garantia de condições que permitam o máximo desenvolvimento possível dos indivíduos.
MÉTODO:
	Os sujeitos participantes da pesquisa serão um grupo de professores do ensino fundamental 1, e os gestores (diretor e coordenador) de uma escola da rede pública de ensino de Brasília-DF.
	Os instrumentos que serão utilizados serão um questionário estruturado a cerca do tema abordado na pesquisa, uma entrevista semiestruturada com o diretor ou coordenador da escola.
	Serão necessários também livros para a comparação dos dados obtidos com as teorias já formulada por teóricos conhecidos, papel oficio A4, canetas e o gravador para a entrevista, como aparatos de pesquisa.
	Os procedimentos para a coleta de dados segue da seguinte maneira: primeiramente um contato com a escola por meio de visita ou agendamento telefônico, para a autorização da realização da pesquisa. Após isso, nos apresentamos as duas turmas para a realização da observação, e uma visita a sala dos professores em seu horário de coordenação para que seja possível a coleta de respostas do questionário com perguntas que são relevantes para serem colocadas em pauta de discussão na pesquisa. E por último a realização da entrevista semiestruturada com o diretor ou coordenador da escola.
	Terminado a coleta de informações na escola, o grupo irá analisar os dados obtidos, articulando-os com os textos e teorias trabalhados em sala de aula durante o semestre. E depois descrever como deveria ser a atuação do psicólogo frente as informações coletadas.
	Para esclarecimento, a pesquisa tem o foco exclusivamente acadêmico, e deixamos aqui o aviso de que os professores e colaboradores da pesquisa, não precisarão identificar o questionário respondido pelos mesmos, ou seja, todas as respostas ali coletadas ficarão em anonimato, para que a pesquisa não seja enviesada. Também deverão assinar o termo de consentimento livre e esclarecido.
ANÁLISE DE DADOS/ RESULTADOS
	Como a aplicação do questionário foi feita em seis professores e na coordenadora da escola, a análise de dados será realizada levando em consideração as respostas que obtiveram o maior número de marcações, e as questões subjetivas e a entrevista direta com a coordenadora também serão discutidas aqui.
	A seguinte tabela representa o número de respostas em cada questão presente no questionário aplicado na pesquisa.
	
	
	 A
	 B
	 C
	 D
	Questão 1
	 -
	 5
	 2
	 -
	Questão 2
	 3
	 -
	 5
	 1
	Questão 3 
	 -
	 -
	 7
	 -
	Questão 4
	 X
	 X
	 X
	 X
	Questão 5
	 1
	 -
	 3
	 5
	Questão 6
	 7
	 -
	 -
	 -
	Questão 7
	 X
	 X
	 X
	 X
	Questão 8
	 -
	 7
	 -
	 -
	A partir dos dados coletados pode-se afirmar que nenhum deles acredita que a medicalização seja algo 100% eficaz, e que devem se levar em consideração fatores sociais, ambientais e o histórico de vida daquela criança além do fator biológico. Em relação a melhoria dos casos que apresentam dificuldades de aprendizado após a medicalização, e pode se observar que a maioria dos participantes da pesquisam disseram que apenas na média de 50% dos casos.
	Vê-se também que consideram a família de importante relevância no que diz respeito ao aprendizado da criança, pois com a ajuda dos familiares os problemas tem mais chances de serem solucionados. E os participantes da pesquisa acreditam que as maiores causas das dificuldades de aprendizado são problemas familiares, mas também não deixam de lado os transtornos neurológicos. 
	Podemos ver a noção que os professores tem a respeito do TDAH e da Dislexia, de acordo com as respostas, eles entendem que o aluno precisa de um acompanhamento diferenciado e especializado para que possa acompanhar os colegas. E não basta só a medicalização para isso acontecer. De acordo com eles, o comportamento típico de TDAH é falta de atenção, dificuldades em se manter parado, desinteresse pelo que lhe é proposto e etc. A identificação de transtornos os tem auxiliado no aprimoramento do método pedagógico para favorecer o ensino, sobre essa questão a decisão dos participantes foi unanime. 
	De acordo com os dados obtidos, os profissionais de ensino enfrentam diariamente grandes desafios em relação as dificuldades de aprendizado, como exemplos desses fornecer um ensino igualitário e procurar maneiras de expandir as técnicas de ensino para alcançar esses alunos. E o maior desafio em casos de transtornos neurológicos é conciliar o ensino regular com essa questão, seguido de propor medidas reforçadoras do aprendizado por parte da família, visto que um trabalho em conjunto seria muito mais aproveitado.
	A inserção de novas técnicas para despertar o interesse dos alunos tem sido usada na escola como suporte nos casos de dificuldades de aprendizado, antes do incentivo a procura de um tratamento médico. Visto que menos de 30% dos alunos de lá são encaminhados ao médico ao apresentarem dificuldades de aprendizado.
	E o papel do psicólogo é considerado de extrema relevância nesses casos, pois segundo eles ajuda a identificar a raiz do problema, e pensar na melhor maneira de solucionar tal problema.
		 
COSIDERAÇÕES FINAIS
	Após a realização desse projeto podemos ter uma ideia de como as pessoas no contexto escolar veem a medicalização. O resultado foi uma surpresa, visto que a maioria dos participantes não acreditam na eficácia da medicalização sem o devido acompanhamento profissional. 
	Porém as ideias que eles tem sobre TDAH e Dislexia ainda são muito vagas, e talvez fosse interessante alguma politica publica criada com o auxilio de psicólogos para apresentar um pouco mais do que são esses transtornos e como os profissionais de ensino poderiam identificar e abarcar as demandas, visto que apesar de algumas características típicas, cada caso apresenta uma demanda especifica. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- BRASIL. Resolução 196/96 de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.
-COLLARES, C. A. L.; MOYSÉS, M. A. A. Preconceitos no cotidiano escolar: a medicalização do processo ensino-aprendizagem. In: CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO (Org.). Medicalização de crianças e adolescentes: conflitos silenciados pela redução de questões sociais a doença de indivíduos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010.
-Collares, C. L., & Moysés, M. A. A.(1996). Preconceitos no cotidiano escolar - ensino e medicalização. São Paulo: Cortez Editora.
-DINIZ, Margareth. Os equívocos da infância medicalizada.
-MEDICALIZAÇÃO DA INFÂNCIA: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS EM MARINGÁ E REGIÃO. Coord. Erica Piovam de Ulhôa Cintra. Projeto de Iniciação Científica Departamento de Teoria e Prática da Educação, Universidade Estadual de Maringá.(em
desenvolvimento)
-Meira, M. E. M. (2007). Psicologia Histórico-Cultural: Fundamentos, pressupostos e articulações com a Psicologia da Educação. Em M. E. M. Meira, & M. G. D. Facci (Orgs.),
Psicologia Histórico-Cultural: contribuições para o encontro entre a subjetividade e a educação.São Paulo: Casa do Psicólogo.
-SILVA, Brena Maués da; FINOCCHIO, Ana Lúcia. Orientação profissional com adolescentes.
ANEXOS
12

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