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Aula 2 Comida e Sociedade Alimantação na pré história

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Alimentação na pré-história
Autor: Henrique Carneiro, 2003 
Profa. Nodja Holanda
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o tema da alimentação na Pré-História discute sob do ponto de vista da Antropologia e da Arqueologia pré-histórica, as origens da agricultura, apresentando diferentes interpretações da importância relativa da atividade da caça, da coleta e dos primórdios do cultivo. 
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Arqueologia pré-histórica, ao tratar de vestígios materiais e buscar identificar sistemas de subsistência, trata em sua quase totalidade do tema da alimentação.
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A "revolução neolítica" deixando marcada a noção de uma transformação na forma de obtenção dos alimentos como o grande desafio vencido pela humanidade na sua primeira grande ruptura cultural, aquela que há cerca de 8 ou 9 mil anos teria levado a que a espécie humana, em diversas regiões, domesticasse certas plantas adquirindo o aprendizado do seu cultivo.
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Destacaram-se certas gramíneas selvagens produtoras de grãos que se tornaram "sativas", ou seja, cultivadas. Antes da agricultura, por milhares e milhares de anos, a humanidade vivera de uma vocação onívora de coletores.
As técnicas do fogo, como assar e defumar já haviam se desenvolvido, assim como a secagem, a salga e a estocagem, mas a dependência de recursos escassos e incontroláveis não permitira a ampliação do povoamento. 
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A técnica do cozimento relacionou- se com a domesticação dos cereais e, possivelmente, com a fabricação da cerâmica (embora haja outras formas de cozimento, como pedras ferventes em recipientes de couro ou madeira).
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 A problemática da alimentação pré-histórica em que destaca a importância crescente de técnicas científicas especializadas como a análise química da constituição de ossos humanos para a determinação da dieta pré-histórica ( limitadas amostras fósseis).
A teoria mais aceita era aquela que considerava que a caça organizada, particularmente de animais de grande porte, estaria na origem da "organização social e familiar considerada como tipicamente humana"
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Essa idéia, entretanto, foi questionada no início dos anos 80, denunciada como uma visão ideológica que buscaria atribuir o prevalecimento na primeira humanidade de instintos caçadores quando, na verdade, os primeiros hominídeos, longe de serem orgulhosos caçadores, não passariam de tímidos ladrões de carniça.
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Sem grandes novas evidências mas com diferente interpretação dos indícios foi proposta uma certa reabilitação dos primeiros hominídeos como hábeis caçadores, mas cuja alimentação essencial, indicada pelo tipo de usura dos dentes, seria vegetal.
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Hominídeos
O Homo habilis, nosso antepassado de mais de um milhão e meio de anos, é descrito como um "onívoro oportunista"
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A partir de um milhão de anos atrás, quando o Homo erectus lhe sucede, uma alimentação mais carnívora começaria a se impor. O domínio do fogo, há cerca de meio milhão de anos, generalizou um hábito nutricional diferenciado.
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A caça em massa, de rebanhos inteiros de renas, de bisões, de cavalos e de mamutes, só teria se tornado factível ao fim do paleolítico, chamado "período da expansão do homem sobre todo o planeta (em torno de 40 a 10 mil anos)". O recuo das geleiras do período mesolítico teria trazido a diversificação alimentar, preparando o que se chamou "revolução alimentar" do neolítico, com a domesticação das plantas e dos animais.
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Todas as grandes civilizações ocidentais foram fundadas a partir dos alimentos domesticados no neolítico são polêmicas, já que alguns autores se opõem à interpretação da motivação econômica, identificando o surgimento do domínio das plantas e dos animais num momento de auge da economia de caça e coleta, mais como a expressão de uma mutação de ordem social e ideológica.
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Embora a história da alimentação na Pré-História seja a que abrange a maior parte do tempo de existência da espécie humana, foi somente após a superação do longo período da coleta e da caça que surgiu a alimentação baseada na domesticação dos animais e no cultivo agrícola, cujo domínio justamente funda cada uma das civilizações, que se caracterizam por um aproveitamento específico dos recursos vegetais e animais do seu meio ambiente, como, por exemplo, vales férteis irrigados por grandes rios (Tigre, Eufrates, Nilo, Indo), que permitem um desenvolvimento agrícola.

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