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Cálculo de reatores I Reação com mudança de volume Prof.: Magmir Metzker Soares Reação com mudança de volume 2 Nas discussões anteriores, foram considerados principalmente os sistemas em que o volume de reação ou a vazão volumétrica não variou com o progresso da reação. A maior parte dos sistemas em fase líquida e alguns sistemas em fase gasosa se enquadram nesta categoria. Existem outros sistemas, no entanto, em que V ou u variam, e estes serão agora considerados. Uma situação em que a variação de fluxo ocorre com bastante frequência é nas reações em fase gasosa, que não têm o mesmo número de mols entre produtos e reagentes. Por exemplo, na síntese da amônia: 4 moles de reagentes formam 2 mol de produto. Mudança de volume Reação com mudança de volume 3 Em sistemas de fluxo contínuo, onde este tipo de reação ocorre, o fluxo molar muda na medida que a reação progride. Já que somente para o mesmo número de mols o volumes será igual na fase gasosa, à mesma temperatura e pressão, o fluxo volumétrico deve mudar. Outra situação de volume variável, que ocorre com muito menos frequência, é em reatores de batelada onde o volume do reator muda com o tempo. Mudança de volume Reação com mudança de volume 4 Nas tabelas estequiométricas apresentadas não era necessário partir do pressuposto que havia uma variação do volume, não alterando as quatro colunas da tabela. Todas estas colunas são independentes estequiometricamente do volume ou da densidade e são idênticas para uma reação com volume constante (constância de densidade) e situações com variação de volume (variação de densidade). Entretanto, quando a concentração é expressa como uma função de conversão, a densidade variável entra em cena. Mudança de volume Reação com mudança de volume 5 Carga alimentada Carga reagida Carga na saída Espécie Mudança de volume Reação com mudança de volume 6 Pretende-se expressar o volume V como uma função da conversão X. Relembrando, a equação para o número total de mols é: Dividindo por NT0, têm-se: Onde YA0 é a fração molar de A inicialmente presente. Se todas as espécies na reação estão na fase gasosa: Mudança de volume Reação com mudança de volume 7 A equação então é simplificada ao se admitir: Em símbolos: 𝜀 = 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 Mudança de volume Reação com mudança de volume 8 Para derivar as concentrações das espécies em termos de conversão de um sistema de fluxo contínuo com volume variável, deverá se utilizar as relações para a concentração total. A concentração total em qualquer ponto do reator é: Na entrada do reator: Onde: Z = fator de compressibilidade. Mudança de volume Reação com mudança de volume 9 Utilizando as equações apresentadas anteriormente e desconsiderando as mudanças no fator de compressibilidade, têm-se: Sabe-se que o fluxo molar total é: Substituindo: Mudança de volume Reação com mudança de volume 10 Assim: Mudança de volume Reação com mudança de volume 11 Pode-se expressar a concentração da espécie j para um sistema contínuo em termos da conversão: Substituindo Fj e FT: Mudança de volume Reação com mudança de volume 12 Dividindo-se numerador e denominador por FT0: Conforme visto, YA0 = FA0/FT0 e CA0 = YA0.CT0. Assim: Onde ν é o coeficiente estequiométrico, estando negativo para reagentes e positivo para produtos. Mudança de volume Reação com mudança de volume 13 Mudança de volume Exercício 14 A reação em fase gasosa A -> B + C é processada de forma isotérmica em um reator batelada de 20 dm³. 20 mols de A puro são adicionados inicialmente no reator. A reação ocorre em volume constante. a) Se a reação é de primeira ordem (-rA = K.CA, com K = 0,865 min-1), calcule o tempo necessário para reduzir o número de mols de A no reator para 0,2 mols. b) Se a reação é de segunda ordem (-rA = K.CA², com K = 2 dm³/mol.min), calcule o tempo necessário para consumir 19 mols de A. Mudança de volume Até a próxima aula! Contato: magmir@ucl.com 15 Mudança de volume
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