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Universidade Salgado de Oliveira
Curso de Educação Física
Fundamentos Antropológicos da Educação Física
Erros comuns sobre a evolução
http://lockyourmind.wordpress.com/2010/09/14/5-erros-comuns-sobre-a-evolucao/
1° Erro – O homem veio do macaco
Essa dúvida permeia uma grande quantidade de mentes criacionistas. Deve-se ficar claro que a Teoria da Evolução (TE) jamais disse que evoluímos dos chimpanzés e gorilas atuais. Os macacos na verdade, pertencem ao gênero Macaca, enquanto os homens pertencem ao gênero Hominidae.
Eles não são descendentes um do outro, mas são descendentes de um primata comum, que não era nem macaco nem homem. Esse ancestral primata dividiu-se em dois ramos, um para o Macaca, e outro para o Hominidae.
2° Erro – As espécies são obrigadas a evoluir
Exemplos: “Porque é que o macaco não evoluiu?”; “Por que as amebas não evoluíram?”
A ideia errada de que as espécies são obrigadas a evoluir também é muito comum.
Para início de conversa, nenhuma espécie sabe que tem que evoluir. A evolução não segue um rumo, não tem um caminho definido. Ela não diz “Oh, as coisas estão difíceis por aqui, vamos evoluir para ver se tudo melhora um pouco…”
Não. A evolução só ocorre por imposição do meio. É a mudança do meio em que vivem que pode fazer as espécies evoluírem. Ninguém pode reclamar que as amebas não evoluíram em elefantes, porque elas foram bem sucedidas enquanto amebas, no ambiente em que viviam. Os próprios organismos unicelulares atuais são seres extremamente bem adaptados ao seu ambiente, e comparação de bactérias ou amebas com seres mais simples, que se desenvolveram no mar há eras atrás, é extremamente errada.
As bactérias possuem uma capacidade impressionante de adaptação. Como exemplo: nos anos 70, no Japão, uma nova espécie de bactéria capaz de digerir Nylon surgiu de dejetos industriais; algo que surpreendeu até mesmo os maiores especialistas em evolução. Isso é o resultado de bilhões de anos de evolução bioquímica, bactérias não são exatamente “seres primitivos que precisam evoluir para formas mais complexas”; elas já são bastante sofisticadas, e o fato de serem seres unicelulares capazes de se multiplicarem rapidamente, e se adaptarem rapidamente, confere uma grande vantagem evolutiva; de modo que não faz sentido perder essas características em prol de pura complexidade. Não há uma pressão evolutiva que favoreça esse tipo de mudança.
A mutação e seleção natural trabalham de forma a modificar as espécies, tornando-as mais adaptadas ao meio. Não se trata de ganhar alguma habilidade específica como inteligência, mas sim, de ser bem sucedido no meio em que vive, e assim transmitir seus genes para a prole.
Logo, uma característica como a inteligência mais avançada dos humanos, ou a capacidade de camuflagem de uma lula (muito mais sofisticada que qualquer outra espécie) são peculiaridades dessas espécies, e não o objetivo final da evolução, que é algo bem menos específico.
Macacos modernos são precisam de inteligência humana para sobreviver assim como humanos não precisam de uma camuflagem como a lula.
3° Erro – Ao evoluir, a espécie original desaparece
Exemplo: “Se o homem veio do macaco, porque é que ainda existem macacos?”
Outro engano muito comum. Apesar da idéia inicial errada (que o homem veio do macaco), mesmo assim o surgimento de uma nova espécie não implica necessariamente no desaparecimento da espécie anterior (apesar de acontecer na maioria das vezes).
O que ocorre é uma divisão de um grupo de animais, por motivos diversos, e cada grupo segue a sua linhagem evolutiva independente. Mas não significa necessariamente que uma vai sobrepor a outra.
Duas populações de uma mesma espécie podem evoluir e tornarem-se duas espécies diferentes, se não houver contato entre esses grupos. Mutações ocorridas numa população que sejam benéficas para a espécie aumentaram a sua proporção no “pool” genético, tornarão dominantes.
Com o tempo várias mutações acumularam diferenças entre os dois grupos, de forma que aquilo que antes eram duas populações de uma mesma espécie tornam-se duas espécies diferentes.
4° Erro – Evolução significa melhoria
Exemplo: “Os organismos que estão preservados no âmbar são virtualmente parecidos com os de hoje! Porém maiores! Não teria ocorrido uma involução em vez da evolução?”
Essa é a ideia extremamente errada de que evolução é sinônimo de melhoria.
Para começar, a própria definição de melhoria já é complicada, pois que tipo de habilidade é melhor que outra? Um tamanho maior pode ser um problema se você está tentando se esconder, mas pode ser uma vantagem se como objetivo for caçar um predador.
A evolução não funciona deste modo, pois não existe uma escale do que é bom e do que não é. Logo, uma habilidade que a princípio é “boa”, pode ser perdida se atrapalhar a sobrevivência.
Mais um exemplo, olhos são quase essenciais se um animal viver na floresta, mas não inúteis em cavernas e fossas abissais.
O conceito de “utilidade” é relativo, logo, evolução não significa necessariamente melhoria. Repetindo, a evolução não segue um rumo, um caminho definido, ela é uma força que age de forma a tornar a espécie mais bem adaptada ao ambiente, o que não necessariamente significa torná-la mais sofisticada ou complexa.
5° Erro – Mistura de Teorias
Exemplo: “A Evolução diz que tudo surgiu a partir do nada.”
Extremamente comum. A evolução não se trata sobre a origem da vida, nem sequer da origem do universo. É como dizer que para aprender a conduzir um carro é necessário saber como ele foi montado.
O mesmo ocorre com as teorias. Para a teoria da evolução, não importa como surgiu a vida, se foi um deus qualquer, ou se foi o acaso, se foram aliens… O que importa é que, se existe vida, ela evoluiu!
Mesmo assim, a teoria do big bang jamais disse que tudo surgiu do nada. É apenas o modelo que explica o processo de expansão inicial do universo; seja qual for a origem da matéria (energia negra, está noutro post).
“MAS ATE É UMA TEORIA INCOMPLETA POR NÃO EXPLICAR A ORIGEM DA VIDA!”
Incompleta? Não existe algo como uma teoria que explica tudo. A ciência não funciona assim. Ela funciona porque podemos separar fenômenos diversos, e estudá-los de forma individual.
Quando Kepler formulou as suas leis do movimento planetário, ele era incapaz de explicar o porque das órbitas dos planetas seguiram as suas leis, a gravidade ainda não era entendida. Mas nem por isso ele estava errado. Newton resolveu esse problema, com a teoria da gravidade ele foi capaz de explicar como funcionava a mecânica celeste, e por tabela; explicar a razão das leis do movimento planetário serem como são.
Mas mesmo Newton tinha lacunas. Ele não podia explicar o que era a gravidade com exatidão ou porque é que a gravidade é uma propriedade natural da matéria. Um grande “furo” por assim dizer; mas nem por isso a teoria da gravidade e suas equações estavam erradas. Einstein resolveu esse problema, e hoje os físicos tentam descobrir um modo de encaixar a Relatividade de Einstein com o mundo subatômico da mecânica quântica.
Agora vejamos: dizer que a TE está errada porque não explica a origem da vida é um erro tão grosseiro quanto dizer que a teoria da gravidade está errada porque não explica a causa da própria gravidade, ou que Einstein esteja errado porque ele não conseguiu encaixar suas descobertas com a mecânica quântica.
Ora; podemos entender como funciona a gravidade, mesmo sem saber o que causa ela; podemos observar os fenômenos da relatividade, mesmo que a relatividade tenha problemas com a mecânica quântica. E certamente as leis de Kepler não estavam erradas porque ele não entendia a causa delas.
Nenhuma teoria explica tudo. A TE não é uma teoria sobre a origem da vida, assim como a gravidade não é uma teoria sobre a sua própria causa. O que dá confiabilidade a uma teoria é a existência de evidencias que a favorecem, e a sua capacidade de prever fenômenos, à observação de dadosna natureza que confirmem seus conceitos.

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