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AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Aula 14: Amputações AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Introdução A amputação é o mais antigo de todos os procedimentos cirúrgicos. Segundo relatos históricos, a amputação em algumas sociedades era vista como uma punição. 1. As primeiras amputações são atribuídas a Hipócrates – século V a.C.; 2. As primeiras amputações pormenorizadas são atribuídas a Ambroise Paré (1575); 3. Técnicas descritas entre os séculos XVIII e XIX são usadas até hoje; 4. Antes da descoberta da anestesia e dos antissépticos, a solução era a amputação (CAMPBELL, vol. 2, 1996). AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Introdução Até a primeira guerra mundial, as amputações eram o procedimento mais utilizado na “guerra civil americana”. 2ª Guerra Mundial (“Veterans Administration” – 1946). Mudança de mentalidade 1. Weiss (1966); 2. Burgess (1968); 3. Murdoch (1969). Até a Segunda Guerra Mundial, as amputações eram feitas em jovens em decorrência de trauma. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Definição de amputação Amputação é a perda ou retirada de um membro por traumatismos e doenças. As indicações para amputações são difíceis, complexas e, às vezes, contraditórias, e só devem ser utilizadas quando não é possível a realização de outro tratamento reconstrutivo (CAROMANO et al., 1992). AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Amputação X Desarticulação Segundo Crenshaw (1996), a amputação deve ser diferenciada de desarticulação, pois a amputação consiste na remoção da parte de um ou mais ossos, diferente de desarticulação que remove uma parte por meio de uma articulação. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Indicações para a amputação Uma perda irreparável do aporte sanguíneo de um membro doente ou lesionado é a única indicação absoluta para a amputação, independentemente de todas as outras circunstâncias. Algumas vezes, a amputação é necessária para salvar a vida do paciente, quando a infecção em um membro é incontrolável (CAMPBELL, vol. 2, 1996). As amputações estão indicadas em casos: • Doenças vasculares periféricas; • Trauma; • Infecção; • Tumores; • Lesões nervosas; • Anomalias congênitas. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Como identificar o nível ideal ou biológico para amputação? Hoje existe cerca de 44 tipos de medidas laboratoriais diferentes. HC-FMUSP: • Medida de temperatura; • Avaliação da cor da pele; • Distribuição dos pelos; • Presença ou ausência de pulso periférico; • Presença ou ausência de perfusão distal (sinal de compressão); • Extensão da necrose superficial em áreas ulcerosas; • Presença de alterações sensitivas; • Índice isquêmico MMSS/MMII; • Índice de Pinzur – divisão do valor da medida de pressão arterial sistólica no membro superior contralateral ao da amputação pela medida de pressão arterial sistólica no membro inferior, no nível da amputação planejada. O índice é de 0,45 para não diabéticos e 0,5 para diabéticos. O índice laboral de Pinzur mostra que pacientes com albumina <3g/dL e linfócitos <1.500/mm³ associam-se à possibilidade de cicatrização menor do que 60%. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Níveis clássicos de amputação • Amputações falângicas; • Transmetatarsais; • Desarticulações interfalângicas, falângicas/MTT, Lisfranc/Chopart/Syme; • Amputações transtibiais; • Desarticulação do joelho; • Amputações transfemorais; • Desarticulação do quadril; • Hemipelvectomias. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Amputações da extremidade superior Com relação às amputações do membro superior, não se pode esquecer que a mão é inquestionavelmente o segmento mais importante do membro superior, a função dos cotos de amputação e das próteses de substituição de membros diminui progressivamente a cada nível mais elevado de amputação. Nas amputações do punho, o cirurgião sempre que possível deve optar pela amputação transcarpiana ou desarticulação do punho. É preferível a amputação através do antebraço, desde que a articulação radioulnar esteja normal. Isso é importante porque preserva o movimento de prono/supino. Nas transcarpiana, a preservação da flexão/extensão é de grande importância para a colocação da prótese futuramente. • Introdução AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Amputações da extremidade superior Outras amputações do membro superior, como em outros locais, são desejáveis à preservação do máximo comprimento possível. Seguem os níveis de amputações do membro superior: • Antebraço distal; • Terço proximal do antebraço; • Desarticulação do cotovelo; • Amputações do braço (acima do cotovelo); • Área supracondiliana; • Proximal à área supracondiliana; • Amputações do ombro; • Amputação através do colo cirúrgico do úmero; • Desarticulação do ombro; • Desarticulação do quarto superior. • Introdução AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Amputações da extremidade inferior As amputações da extremidade inferior representam cerca de 85% de todas as amputações realizadas em serviços de traumatologias; Artigos na literatura têm mostrado que, se a amputação for abaixo do joelho e paralela a uma boa reabilitação, os pacientes (cerca de 90%) utilizarão com êxito uma prótese. Ao contrário, somente cerca de 25% utilizarão com êxito uma prótese, se a amputação for acima do joelho. Seguem os níveis de amputações da extremidade inferior: • Amputações do Pé e tornozelo; • Amputações da perna (abaixo do joelho); • Desarticulação do joelho; • Amputações da coxa (acima do joelho); • Amputações do quadril e pelves; • Desarticulação do quadril; • Amputação do quarto inferior. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Reabilitação Para realizar uma reabilitação com maior potencial de sucesso, indica-se precocemente o tratamento pré e pós-amputação, objetivando-se alguns tópicos específicos, dentre os quais destacam-se: • O incentivo à marcha; • A restauração da independência funcional; e • A manutenção da força do coto e do corpo de uma forma geral. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Intervenções O tratamento fisioterapêutico é de extrema importância no período pós-operatório para: • Melhorar o edema e o sistema circulatório; • Trabalhar a hipertrofia; • Prevenir aderências; e • Acostumar a região em contato com a prótese para a pressão que essa suportará. O pós-operatório adequado ajuda na recuperação e reabilitação do paciente (CARVALHO et. al., 2000). Todo paciente que inicia o tratamento fisioterapêutico visando a preparação do coto para protetização deve ser avaliado individualmente, pois as características do coto influenciarão na duração e eficácia do tratamento (CARVALHO, 1999). Paciente com membro inferior direito amputado acima do joelho. Arquivo pessoal. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Prótese e Órteses Com relação às indicações de próteses e órteses, existe a disciplina específica que aborda o tema. Sugerimos a leitura novamente do material e conversa com o seu professor sobre a melhor opção dos dispositivos para cada caso. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Saiba mais • http://www.pedro.org.au/portuguese • http://www-periodicos-capes-gov- br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com _phome&Itemid=68& • www.orthopaedicsandtraumajournal.co.uk • www.sbto.org.br http://www.pedro.org.au/portuguese http://www-periodicos-capes-gov-br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68&http://www-periodicos-capes-gov-br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68& http://www-periodicos-capes-gov-br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68& http://www-periodicos-capes-gov-br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68& http://www-periodicos-capes-gov-br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68& http://www-periodicos-capes-gov-br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68& http://www-periodicos-capes-gov-br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68& http://www-periodicos-capes-gov-br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68& http://www-periodicos-capes-gov-br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68& http://www-periodicos-capes-gov-br.ez204.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68& http://www.orthopaedicsandtraumajournal.co.uk/ http://www.sbto.org.br/ AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Saiba mais CAROMANO, F. A.; CASTELUCCI, P.; LEBRE, L. P. M., TAKAHASHI S. Y., TANAKA, O. Incidência de amputação de membro inferior, unilateral, análise de prontuários. Rev. Terapia Ocup. 1992; 3(1/2):44-53. CARVALHO, José A. Amputações de membros inferiores: em busca de plena reabilitação. 1. ed. São Paulo: Manole, 1999. CARVALHO, D. et al. Adaptação dos pacientes ao uso de próteses mioelétricas. Estudo do tratamento fisioterápico e possíveis alterações fisiológicas [monografia]. São Paulo: USP; 2000. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia Saiba mais CRENSHAW, A. H. Cirurgia Ortopédica de Campbell. vol. 2. 8. ed. São Paulo: Ed. Manole, 1996. SESCAD. Sistema de Educação em Saúde continuada a Distância. Ciclo 5, vol. 1 Porto alegre: Ed. Artmed, 2015. ______. Sistema de Educação em Saúde continuada a Distância. Ciclo 4, vol. 4 Porto alegre: Ed. Artmed, 2015. AULA 14: AMPUTAÇÕES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Revisões clinicas; Patologias com maior dificuldade; Elaboração de novos casos. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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