Buscar

Apostila de Biologia 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Capítulo IX- Reino Plantae ou Metaphyta 
 
Características gerais: 
 
As plantas apresentam uma tendência evolutiva de se tornarem cada vez mais 
independentes da água para reprodução, sendo que as estruturas reprodutivas estão cada vez 
mais especializadas. Abaixo estão listadas algumas características desse reino: 
 
 Eucariontes, pluricelulares; 
 Apresentam organização tecidual (são mais complexas que as algas multicelulares); 
 Autótrofas fotossintetizantes; 
 Clorofila organizada em cloroplastos; 
 Armazenam amido como reserva energética; 
 No ciclo reprodutivo ocorre alternância de gerações (metagênese). 
 
Diversidade 
 
Os musgos, as samambaias, os pinheiros e as laranjeiras, entre outros, são do reino 
Plantae (ou Metaphyta), caracterizando-se por apresentar células com carioteca, parede celular 
(membrana esquelética ou celulósica), cloroplastos e outras características listadas acima. 
Esse reino divide-se em quatro grupos: 
- Briófitas; 
- Pteridófitas; 
- Gimnospermas; 
- Angiospermas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características evolutivas das plantas 
 
Note que as plantas apresentam um ancestral comum com as algas verdes (clorofíceas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo reprodutivo das plantas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Briófitas 
 
 Criptógamas (não apresentam flores); 
 Avasculares; 
 Assifonógamas (não apresentam tubo polínico); 
 Não apresentam sementes e frutos; 
 Apresentam caulóide, filóide e rizóide (são talófitas, ou seja, não apresentam raiz 
caule e folhas verdadeiras); 
 Dependem da água para a fecundação; 
 Gametófito duradouro. 
Meiose 
 
Estrutura básica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A  Esporófito (2n): produz esporos; 
B  Gametófito (n): produz gametas. 
 
Ciclo Reprodutivo de um Musgo 
 
Em seu ciclo reprodutivo (metagênese ou alternância de geração  ocorre tanto 
reprodução assexuada quanto sexuada) as briófitas passam por duas fases: 
 
1
a
 fase- Esporófito: Assexuado e diplóide (2n). 
Porção diplóide do musgo que produz esporos por meiose (meiose espórica ou 
intermediária). O esporófito está presente apenas em uma fase da vida do musgo (fase 
transitória). Essa estrutura é dependente do gametófito. 
 
2
a
 fase- Gametófito: Sexuado e haplóide (n). 
Nessa fase o gametófito forma os gametângios que são os órgãos produtores dos 
gametas. 
 
a) Anterídio: nome do gametângio masculino  produz o gameta masculino 
(anterozóide); 
b) Arquegônio: nome do gametângio feminino  produz o gameta feminino (oosfera) 
 
Em ambiente favorável os esporos germinam e formam os gametófitos masculinos e 
femininos. Por meio de gotículas de água que caem sobre o anterídeo ocorre liberação dos 
anterozóides que caem e nadam no interior do arquegônio até a fecundação da oosfera 
(fecundação dependente de água) formando o zigoto (2n) em cima do gametófito feminino. O 
desenvolvimento desse zigoto forma o esporófito (2n). O esporófito maduro libera esporos que 
iram originar outros gametófitos fechando o ciclo. 
 
 
Pteridófitas 
 
O grupo das pteridófitas compreende as samambaias, avencas, xaxins, samambaiaçus, 
cavalinhas, licopódios e selaginelas. É o primeiro grupo a apresentar sistema de vasos 
condutores (traqueófitas ou vasculares) o que garante maior porte em relação as briófitas. 
Características gerais: 
 
 Apresentam raiz, caule e folhas verdadeiras (cormófitas); 
 Criptógamas; 
 Traqueófitas; 
 Assifonógamas; 
 Não apresentam semente e frutos; 
 Dependem da água para a fecundação; 
 Esporófito duradouro. 
 
Estrutura Corporal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo Reprodutivo das samambaias 
Esporófito (2n) 
Gametófito (n) 
Prótalo 
Nas Pteridófitas o esporófito representa a fase mais complexa e duradoura, enquanto o 
gametófito a fase mais curta. Na folha aparecem os esporófitos em inúmeros pontos escuros 
chamados soros (conjunto de esporângios). No interior dos esporângios, ocorre a produção de 
esporos haplóides (meiose espórica). Esses esporos são liberados e após germinação formam 
uma estrutura laminar com formato de coração chamado de prótalo. No prótalo encontram-se 
tanto o gametófito masculino quanto o feminino. Por meio do batimento dos flagelos os 
anterozóides deixam os anterídeos e em meio líquido penetram no arquegônio promovendo a 
fecundação da oosfera e formando o zigoto (2n). O zigoto se desenvolve e forma um novo 
esporófito completando o ciclo. 
OBS.: durante o desenvolvimento do esporófito ocorre a degeneração do gametófito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gimnospermas (pinheiros) 
Inclui os pinheiros, araucárias (pinheiro-do-paraná), sequóias, ciprestes, cycas, Ginkgo 
biloba, etc.. O nome gimnosperma refere-se ao fato da semente não apresentar a proteção de 
um fruto (gymno=nua, sperma = semente). Características gerais: 
 Raiz, caule e folhas verdadeiras (cormófitas); 
 Apresentam grande porte; 
 Traqueófitas; 
 Abundantes em regiões de clima temperado e frio; 
 Apresentam flores (fanerógamas); 
 Sifonógamas (formam tubo polínico) que permite independência de água para a 
fecundação; 
 Apresentam sementes (espermatófitas); 
 Não apresentam frutos; 
 Esporófito duradouro e gametófito temporário. 
 
 
Exemplos: (sequóia, cycas e pinheiros) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura da flor (chamada de estróbilo ou cone  coníferas) de Gimnospermas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Semente de Gimnosperma (pinhão) 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo Reprodutivo 
Os estróbilos são as estruturas reprodutoras das gimnospermas. Correspondem a um 
ramo fértil, responsável pela produção dos esporos. Existem dois tipos de estróbilos: os que 
produzem esporos femininos (megásporos) e os que produzem esporos masculinos 
(micrósporos). O estróbilo feminino é chamado megastróbilo e o masculino microstróbilo. 
Algumas espécies apresentam árvores só com estróbilos masculinos e árvores com estróbilos 
femininos (dióicas), mas na maioria das espécies ambos são encontrados na mesma árvore 
(monóicas). Quando os estróbilos masculinos se abrem eles liberam os grãos-de-pólen que 
são levados pelo vento até o estróbilo feminino . Depois da polinização, os gametas masculinos 
atingem o gameta feminino deslizando pelo interior do tubo polínico. Da fecundação resulta a 
semente, que irá germinar produzindo uma nova planta. 
 
OBS.: A fecundação é simples (ocorre apenas uma), formando uma semente com 
tegumento (2n), embrião (2n) e endosperma primário (n). 
 
Angiosperma 
Compreendem a maioria das plantas que conhecemos ex.: Eucalipto, gramíneas, 
orquídeas, cactos, laranjeira, abacateiro, etc... 
Características Gerais 
 Fanerógamas; 
 Traqueófitas; 
 Cormófitas; 
 Sifonógamas; 
 Espermatófitas; 
 Apresentam frutos. 
Esquema de uma flor completa de Angiospermas 
As flores atraem devido à cor, formato, cheiro ou atrativos alimentares (néctar). Isso 
permite uma eficiência maior na polinização sendo, portanto, um grande ganho evolutivo. 
Geralmente, as plantas que atraem animais diurnos apresentam flores vistosas. Já as plantas 
que atraem animais noturnos apresentam flores menores, pouco coloridas e com grande 
liberação de odores. 
Nas anteras ocorre a produção dos grãos de polens e no ovário encontraremos o óvulo. 
A fecundação do óvulo gera a semente e a hipertrofia do ovário gera o fruto verdadeiro.OBS.: Vocabulário botânico 
Estame: antera+filete; 
Carpelo ou pistilo: estigma+estilete+ovário; 
Corola: conjunto de pétalas; 
Cálice: conjunto de sépalas; 
Androceu: conjunto de estames; 
Gineceu: conjunto de carpelos 
 
Polinização 
Polinização é o ato da transferência de células reprodutivas masculinas ou seja: (grãos 
de pólen) que estão localizados nas anteras de uma flor para o receptor feminino estigma de 
outra flor, ou para o seu próprio estigma. Pode-se dizer que a polinização é o ato sexual das 
plantas espermatófitas, já que é através deste processo em que o gameta masculino pode 
alcançar e fecundar o gameta feminino. A transferência de pólen pode ser através de fatores 
bióticos, ou seja, com auxílio de seres vivos, ou abióticos, através de fatores ambientais. Os 
tipos gerais de polinização são os seguintes: 
 Anemofilia: através do vento; 
 Entomofilia: polinização através de insetos; 
 Ornitofilia: polinização feita por aves; 
 Hidrofilia: através da água; 
 Artificial: através de técnicas de manipulação humana; 
 Quiropterofilia:polinização feita por morcegos; 
Pode haver também a auto-polinização, quando uma flor recebe seu próprio pólen. Em 
muitos casos, a flor possui mecanismos que rejeitam o pólen produzido em suas anteras, o que 
assegura a reprodução sexuada, ou seja, que haja intercâmbio de genes com outros indivíduos 
da espécie. No entanto, indivíduos de algumas espécies não apresentam esses mecanismos, e 
aproveitam-se de seu próprio pólen para produzir sementes e garantir a estabilidade de sua 
população. 
OBS.: Entre as Gimnospermas a polinização é quase sempre anemófila. Especula-se 
que isso seja conseqüência do momento em que estas plantas evoluíram, quando não haviam 
insetos especializados na coleta de pólen. A pequena variedade de meios de polinização neste 
grupo reflete-se na pouca variação morfológica de suas estruturas reprodutivas 
 
Ciclo Reprodutivo 
A fecundação das angiospermas é dupla formando uma semente com tegumento (2n), 
embrião (2n) e endosperma secundário (3n) diferente das gimnospermas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação 
As angiospermas são classificadas em duas classes: Monocotiledôneas (milho, 
gramíneas, palmeiras, orquídeas) e Dicotiledôneas (mamona, feijão, ervilha, goiaba). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Frutos 
É um órgão reprodutivo resultante da hipertrofia do ovário floral. Tem como funções: 
proteger e muitas vezes participar do processo de dispersão das sementes. 
 
 
 
 
 
 
 
Pseudofruto 
Resultante da hipertrofia de outra peça floral, como por exemplo: receptáculo ou 
pedúnculo floral. Exemplos: morango (hipertrofia do receptáculo floral) e caju (hipertrofia do 
pedúnculo floral). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fruto Partenocárpico 
São frutos nos quais ocorre a hipertrofia de uma peça floral sem que tenha ocorrido a 
fecundação do óvulo (a fecundação do óvulo origina uma semente), ou seja, são frutos sem 
semente. Exemplos: banana e limão sem semente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgão Vegetativos 
Os órgão envolvidos diretamente com a sobrevivência das plantas são chamados de 
vegetativos. Os principais órgãos vegetativos são: raiz, caule e folha. 
1- Raízes 
Apresentam diversas funções como: 
 Fixação da planta; 
 Absorção de água e nutrientes minerais; 
 Podem promover reserva de nutrientes. 
 
Estrutura da raiz 
 
 
Tipos de raízes 
 Tabulares; 
 Haustórias ou sugadoras (raízes de plantas parasitas como o cipó-chumbo e erva-
de-passarinho); 
 Pneumatóforas ou respiradoras (comum em manguezais); 
 Adventícias (suporte para sustentação da planta, comum em plantas de médio 
porte que crescem em regiões alagadas ou à beira dos rios); 
 Tuberosas (armazenam amido). 
 
Raízes tabulares Raízes haustórias 
 
 
 
 
 
 
2- Caule 
Permitem a comunicação das raízes às partes aéreas da planta. Geralmente são aéreos. 
Estrutura básica do caule 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Raízes pneumatóforas Raízes adventícias 
Raízes tuberosas 
Tipos de Caule 
O caule pode ser dividido em duas categorias: 
 Aéreos: tronco, estipe, colmo, haste, cladódio. 
 Subterrâneos: rizoma, bulbo, tubérculo. 
Tronco: caule bastante resistente, do tipo lenhoso. Exemplo: laranjeira, abacateiro. 
 
Estipe: é um caule que não apresenta ramificações, sendo que suas folhas encontram-
se apenas na extremidade superior da planta. Exemplo: palmeira, coqueiro. 
 
Colmo: é o caule típico de bambu (neste caso oco) e da cana-de-açucar (maciço). Os 
nós e entre-nós encontram-se evidentes. 
 
Haste: é um tipo de caule mais flexível e de coloração verde. Exemplo: salsa, cravo. 
 
 
Cladódio: Caule responsável pela fotossíntese. Típico de cactáceos. 
 
 
 
 
 
Rizoma: caule subterrâneo que apresenta várias ramificações. Dele partem as partes 
aéreas como as folhas. Exemplo: bananeira, samambaia, gengibre. 
 
Bulbo: apresenta uma região caulinar revestida por folhas modificadas. Exemplo: 
cebola, lírio, alho. 
 
Tubérculo: caule subterrâneo envolvido com o armazenamento de reservas energéticas 
como o amido. Exemplo: batata-inglesa, cara. 
 
3- Folha 
São órgãos clorofilados e geralmente apresentam uma estrutura laminar. Este órgão 
pode apresentar adaptações de acordo com a pressão ambiental. Exemplo: espinhos e pêlos. 
A folha apresenta funções básicas como fotossíntese e está diretamente relacionada com a 
transpiração. 
 
Estrutura básica 
Uma folha simples completa apresenta a bainha (que é uma dilatação encontrada no 
ponto de inserção com o caule), um pecíolo (envolvido com a fixação da folha ao caule) e o 
limbo (lâmina foliar, constituído de uma porção superior e inferior). 
 
Adaptação foliar 
Gavinhas: folhas adaptadas que promovem a fixação da planta a um suporte. Exemplo: 
ervilha, maracujazeiro. 
 
Espinhos: folhas que apresentam uma grossa cutícula cerosa que evita a perda de 
água por transpiração. Comum em plantas que vivem em clima seco. Exemplo: cactos 
Brácteas: estruturas envolvidas com a atração de insetos e pássaros. Encontra-se 
presente na base de algumas flores. Exemplo: bico-de-papagaio. 
 
 
 
 
Catafilos: folhas reduzidas envolvidas com a proteção de gemas dormentes. Podem 
atuar como órgãos de reserva. Exemplo: cebola.

Outros materiais