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Seminário Glândula Tireoide

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11
UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO – UNIFENAS
ANDRÉ PEREIRA NOVAIS
EDUARDO CÉSAR DE ASSIS GOMES
GABRIELA MARTINS SILVEIRA
MATHEUS DE SOUZA DIAS
NATHASSIA MENDES TAVARES 
TAMIRIS COSTA LUZ
VITÓRIA NEVES SANCHES MANSO DE ALMEIDA
GLÂNDULA TIREOIDE E SEUS HORMÔNIOS: CRETINISMO, HIPOTIREOIDISMO E HIPERTIREOIDISMO
Alfenas – MG
2017
 ANDRÉ PEREIRA NOVAIS
EDUARDO CÉSAR DE ASSIS GOMES
GABRIELA MARTINS SILVEIRA
MATHEUS DE SOUZA DIAS
NATHASSIA MENDES TAVARES 
TAMIRIS COSTA LUZ
VITÓRIA NEVES SANCHES MANSO DE ALMEIDA
GLÂNDULA TIREOIDE E SEUS HORMÔNIOS: CRETINISMO, HIPOTIREOIDISMO E HIPERTIREOIDISMO
Projeto de Pesquisa, apresentado ao Curso de ODONTOLOGIA - UNIFENAS, como parte das exigências da disciplina Fisiologia Humana. 
Orientador: Dr. José Antônio Dias Garcia
Alfenas – MG
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 Glândula Tireoide	5
2.1 Bomba de Iodeto	6
2.2 Liberação e transporte de tiroxina e triiodotironina	7
2.3 Efeito do hormônio tireoidiano sobre o crescimento	7
2.4 Efeitos do hormônio tireiodeano sobre mecanismos corporais metabólicos 	7
2.5 Efeitos dos hormônios tireoidianos sobre o sistema cardiovascular...............8
2.6 Regulação da secreção de hormônio tireoidiano............................................9
3 Cretinismo	9
4 Hipotireoidismo	11
4.1 Causas do Hipotireoidismo	11
4.2 Tratamento	12
5 Hipertireoidismo	12
5.1 Causas do Hipotireoidismo	13
5.2 Tratamento	13
6 CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS	15
		
1 INTRODUÇÃO
	O objetivo principal desta pesquisa é discutir sobre a Glândula Tireoide e a formação e secreção dos hormônios tireoideanos, suas funções metabólicas e quais patologias estão associadas à não regulação dessas secreções.
A glândula tireoide, está localizada abaixo da laringe e ocupa as regiões laterais e anterior da traqueia. É uma das maiores glândulas endócrinas de todo o corpo humano, pesando aproximadamente de 15 a 20 gramas em pessoas adultas, tendo capacidade incomum de armazenar uma quantidade de hormônios suficiente para suprir as necessidades normais do organismo por 2 a 3 meses. 
Ela é composta de um grande número de folículos fechados preenchidos por uma substância secretora chamada de colóide, que é constituído de uma grande glicoproteína, a tireoglobulina cuja molécula tem hormônios tireoideanos.
O fluxo sanguíneo tireoideano é cerca de cinco vezes maior que o peso da glândula a cada minuto, um fluxo maior de que qualquer outra área do corpo, com a possível exceção do córtex adrenal. 
Após a injeção de uma quantidade de hormônios no corpo humano, praticamente não se detectam efeitos sobre a taxa metabólica durante 2 ou 3 dias, então é possível afirmar que a ação dos hormônios tireoideanos tem início lento, porém de longa duração. 
Os principais hormônios secretados por essa glândula, aumentam imensamente a taxa metabólica do organismo e a ausência completa deles, faz com que a taxa metabólica basal caia quase a metade que o normal. Ao contrário disso, o excesso de secreções, faz com que essa taxa aumente em até 100%. Portanto, quando a síntese de hormônios é interrompida, os efeitos fisiológicos de sua alteração são só observados vários meses depois. 
Os hormônios secretados pela glândula tireoide, podem ter efeitos sobre vários mecanismos corporais específicos, que serão citados.
Além disso, algumas patologias causadas pelo excesso dos hormônios tireoideanos, serão mencionados no decorrer da pesquisa com informações sobre diagnóstico e tratamento. 
2 GLÂNDULA TIREÓDEA
	A tireoide está localizada abaixo da laringe, fazendo parte das regiões laterais e anterior da traqueia. Considerada uma das maiores glândulas endócrinas com peso aproximado de 15 a 20 gramas em adultos. A tri-iodotironina e a tiroxina, são hormônios secretados por essa glândula usualmente chamados de T3 e T4, respectivamente. Ambos aumentam intensamente o metabolismo do indivíduo. A tireoide é também responsável pela secreção de outro hormônio, chamado calcitonina, que é muito importante para o metabolismo do cálcio. 
As funções desses dois hormônios são qualitativamente iguais, mas diferem na velocidade e na ação. A tri-iodotironina tem velocidade em torno de quatro vezes mais potente que a tiroxina, mas presente em menor quantidade no sangue, persistindo por um tempo muito menor. A secreção dos dois é controlada principalmente pelo TSH (hormônio estimulante da tireoide) que é secretado pela hipófise anterior.
O TSH e os hormônios tireoidianos fetais são importantes para o desenvolvimento do sistema nervoso central e do esqueleto ainda no crescimento intrauterino.
 Desenvolve-se do endoderma associada à parte faríngea do tubo digestivo e sua principal função é a regulação do metabolismo corporal, ela ainda pode interferir no desenvolvimento e crescimento normais. Quando existe alguma anormalidade no aumento de tamanho dessa glândula, surge o bócio.
A glândula tireoide é formada por células epiteliais cuboides ou foliculares.
As células epiteliais são produtoras de hormônio que forma um folículo circular. Dentro desse folículo o hormônio sintetizado é armazenado na forma de coloide. As células parafoliculares encontram-se dentro da glândula e são fonte de calcitonina.
O iodedo presente nos alimentos ingeridos é de grande importância para tiroxina, é preciso se ingerir aproximadamente 50 miligramas de iodo na forma de iodeto por ano. Quando o iodeto é ingerido por via oral ele é então absorvido pelo trato gastrointestinal e vai para a corrente sanguínea. Após ir para o sangue ele será transportado até o interior da glândula contra gradientes químicos elétricos, deslocando-se para a superfície apical das células epiteliais, passa para dentro da célula por meio de uma proteína transportadora, esse iodedo é oxidado transformando-se em iodo e incorporado em moléculas de tirosina que só funciona com a presença do TSH.
O processo de captação do iodo é estimulado pelo TSH, assim como a síntese de tireoglobulina e a liberação de T4 e T3. A tireoglobulina, chamada de tireoglo, é uma segunda proteína localizada dentro das células epiteliais e ligadas às tiroxinas, contém resíduos de sulfato e fósforo covalentemente ligados. Quando iodadas vão formar monoidotiroxina e diidotiroxina. A monoidotiroxina ligada a di-idotiroxina forma o tri-iodotironina (T3), e na ligação da diidotiroxina produzirá a tiroxina (T4).
O TPO (tireoperoxidase) tem o papel de oxidar a tiroxina, com o auxílio do hidrogênio que estabelecem um forte sistema capaz de oxidar o iodo.
Já a proteína TGB (globulina ligada à da tiroxina) é uma glicoproteína com a α-globulina que é sintetizada no fígado, ela é responsável por englobar o T3 e o T4 para carrega-los pela corrente sanguínea, quando o T3 sai da proteína, nesse momento ele é o T3 livre.
Quando existe uma quantidade alta de T3 e T4 o indivíduo é magro, portanto se a quantidade de T3 e T4 é pequena o indivíduo é gordo. É o T3 que determina a velocidade com que a célula vai trabalhar.
2.1 Bomba de iodeto
O transporte de iodo do sangue para as células e folículos glandulares da tiroide, é o princípio da formação dos hormônios tireoideanos. A captação de iodo é feita através da membrana basal das células tireoidianas que bombeiam o iodeto para dentro das células. Uma concentração normal de iodo gerada pela bomba é de 30 vezes maior que a do sangue, em uma glândula normal. A tireoide ao atingir seu máximo de atividade, pode aumentar a taxa de concentração de até 250 vezes. O TSH entra como o mais importante fator de influência para se alterar a taxa de captação de iodeto pela tireoide. Ele é o responsável por estimular a atividade da bomba de iodeto, ao mesmo tempo que a hipofisectomia a reduz consideravelmente. 
2.2 Liberação e transporte de tiroxina e triiodotironina
	A tireoglobulina sofre clivagem e libera tiroxina e triiodotironina, hormônios livres que iram ser liberados no sangue.Sendo 93% de tiroxina e 7% de triiodotironina. Poucos dias após aproximadamente metade da tiroxina é lentamente desiodada e forma mais triiodotironina. Após ser transportado e utilizado pelos tecidos consistindo principalmente por triiodotironina, produz 35 microgramas diárias deste hormônio. 
	A tiroxina e triiodotironina estão ligadas as proteínas plasmáticas, quando são liberadas no sangue, mas de 99% delas se combinam com proteínas plasmáticas sintetizadas pelo fígado, globulinas por exemplo. Nas células teciduais por ter alta afinidade por proteínas plasmáticas são liberadas lentamente pelas células. Metade da tiroxina é liberada a cada 6 dias aproximadamente, já a triiodotironina em cerca de 1 dia. 
2.3 Efeito do hormônio tireoidiano sobre o crescimento
	O efeito do hormônio tireodiano sobre o crescimento é manifestado principalmente em crianças. Aquelas que apresentam hipotireoidismo tem um retardo no crescimento, e aquelas com presença de hipertiroidismo seu esqueleto tem um crescimento exacerbado, tornando-se altas para sua idade. Em contraponto, o processo de ossificação pode ocorrer com maior velocidade, fechando as epífeses precocemente reduzindo o crescimento e a altura final do indivíduo. 
	O desenvolvimento do cérebro durante a vida fetal e os primeiros anos de vida pós nascimento está relacionado também aos efeitos dos hormônios tireoideanos. A pouco secreção desse hormônio pelo feto pode afetar o crescimento e a maturação cerebral, precisando de um tratamento especifico logo após seu nascimento. 
2.4 Efeitos do hormônio tireiodeano sobre mecanismos corporais metabólicos 
	Ele pode estimular o metabolismo de carboidratos, captando glicose rapidamente por exemplo. Estimula também o metabolismo dos lipídeos, e pode reduzir os acúmulos de gordura do organismo de uma forma mais rápida que qualquer outro elemento tecidual. 
	Trabalha na redução da concentração de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos no plasma, quando sua secreção é aumentada. E a baixa secreção, vai aumentar essas concentrações e pode levar a aterosclerose grave. 
	Sendo assim, uma quantidade muito elevada do hormônio tireodiano pode e quase sempre irá reduzir o peso corporal do indivíduo, a ponto que uma elevação do peso pode ser acarretada por uma quantidade menor desse hormônio.
2.5 Efeitos dos hormônios tireoidianos sobre o sistema cardiovascular
	O aumento do fluxo sanguíneo e a vasodilatação na maior parte dos tecidos pode ser provocado pelo aumento do metabolismo nos tecidos gerando a necessidade mais urgente de oxigênio e uma maior liberação de produtos metabólicos. O débito cardíaco é elevado quando se aumenta o fluxo sanguíneo, e com o excesso de hormônios tireoidianos, por exemplo no hipotireoidismo grave.
	A maior utilização do oxigênio é gerada pelo aumento no metabolismo, ocorre a formação do dióxido de carbono. Isso vai ativar todos os mecanismos que faz a frequência e a profundidade da respiração aumentar.
	A frequência cardíaca é diretamente ligada aos hormônios da tireoide, sendo sua influência maior até que o aumento do debito cardíaco. Eles excitam o coração, elevando a frequência cardíaca, essa variação pode ser se grande importância para se calcular um excesso ou redução desses hormônios.
	Uma elevada da atividade enzimática através de um pequeno aumento na secreção do hormônio tireoidiano é capaz de elevar a força de contração do coração. Pacientes tireotóxicos graves podem morrer por descompensação cardíaca secundária à influência miocárdica e ao trabalho do coração que se torna maior por um aumento no débito cardíaco. 
	O sistema nervoso central é afetado pela alteração na secreção dos hormônios da tireoide. A presença do hormônio é capaz de aumentar a velocidade do pensamento. Já a sua falta reduz essa função, sendo assim, um paciente com hipertireoidismo pode apresentar ansiedade, nervosismo, preocupação excessiva e paranoias. 
	Os músculos do corpo sentem diretamente a alteração nos níveis dos hormônios da tireoide. Seu leve aumento faz com que os músculos reajam com vigor, e uma quantidade excessiva leva a um enfraquecimento. A falta do hormônio pode tornar os músculos lentos. 
2.6 Regulação da secreção de hormônio tireoidiano
	Com o intuito de manter os níveis normais de atividade metabólica, o organismo faz uso de um mecanismo de feedback para secretar os hormônios a cada momento em quantidades precisas. O mecanismo é operado por meio do hipotálamo e da hipófise anterior. 
	O TSH, responsável por aumentar a secreção de tiroxina e triiodotironina pela tireoide, possui efeitos especiais como o aumento da proteólise da tireoglobulina, aumento da atividade da bomba de iodeto, aumento da iodização da tirosina, aumento do tamanho e atividades secretórias das células tireoidianas e aumento do número de células tireodianas.
	As altas concentrações do iodeto reduzem a atividade tireoidiana e o tamanho da tireoide. Em alta concentração de iodo o tamanho da tireoide é reduzida por um tempo. Por isso o iodeto é usado com frequência em pacientes antes da remoção cirúrgica da tireoide por 2 a 3 semanas, para reduzir o tamanho e a intensidade do sangramento.
3 CRETINISMO
Cretinismo refere-se a uma doença mental causada pelo hipotireoidismo congênito (ausência congênita da tireoide). Durante o desenvolvimento fetal e neonatal, os hormônios secretados pela glândula tireóidea são primordiais para o crescimento e maturação do cérebro. A ausência de tiroxina (T4), resulta no retardo do desenvolvimento cerebral. Pode ser consequência de dois motivos: alguma deficiência na formação da glândula ou também pela ausência de algumas enzimas em um dos pontos do processo de síntese de hormônios, consequente de uma deficiência na alimentação relacionada ao iodo, importante pois produz a tiroxina. Se houver algum problema que resulte na carência desse elemento no organismo, o feto estará sendo prejudicado pois não haverá material materno suficiente, causando o cretinismo endêmico.
As principais manifestações clínicas causadas pelo cretinismo são: espessamento de pele, macroglossia que é o crescimento anormal da língua, fazendo com que esta alcance um tamanho maior que a cavidade bucal, o crânio desproporcional ao resto corpo, redução do apetite, porém ganho de peso facilmente, constipação, diminuição da frequência cardíaca, anemia, dormência e formigamento nos pés e mãos, inchaços nas pernas, retenção de líquido (principalmente em volta dos olhos), entre outros sintomas.
Quando a doença não é tratada, uma das consequências, além do retardo mental, é o nanismo, insuficiência da tireoide e subdesenvolvimento dos órgãos genitais. 
A prevalência dessa doença é de 1:3.000 nascimentos, sendo possível diagnostica-la através do teste do pezinho. Logo após o nascimento, o recém-nascido apresenta funções normais, pois sua deficiência foi suprida com hormônios provenientes da mãe. Porém, algumas semanas após o nascimento, iniciam-se os sintomas que levam a sequelas irreversíveis como distúrbios cerebrais, excessivo ganho de peso, infertilidade, aumento de susceptibilidade a infecções, mixedema com grandes chances de morte por hipotireoidismo. Contudo, a realização desse teste logo após o nascimento é indispensável, pois como a doença leva algum tempo para se manifestar, quando mais rápido o diagnostico maior serão as chances de prevenir o cretinismo.
É extremamente importante que a gestante consuma uma quantidade significativa de sal iodado, pois é fundamental para o funcionamento normal da glândula tireoide, o que pode não ocorrer em algumas áreas montanhosas, distantes do mar e, quando a mesma apresentar hipotireoidismo. O diagnóstico é feito em laboratório, através da análise dos hormônios presentes na tireoide. 
4 HIPOTIREOIDISMO
	Os efeitos do hipotireoidismo, na maioria das vezes, são opostos ao do hipertireoidismo porém, alguns mecanismos fisiopatológicos são específicos dessa patologia. O hipotireoidismo, é provavelmente iniciado por uma auto-imunidade contra a tireoide (doençade Hashimoto), essa imunidade ao invés de estimular o funcionamento da glândula, acabada prejudicando.
	A maioria dos indivíduos apresentam “tireoidite” que significa a inflamação da tireoide, isso causa agravamento progressivo e, logo depois causa fibrose da glândula, resultando em ausência ou diminuição da secreção do hormônio tireoidiano. Existem alguns outros tipos de hipotireoidismo associados ao aumento da glândula, denominado bócio. 
	O hipotireoidismo causado por tireoidite, bócio, destruição da tireoide tanto por radiação ou pela remoção cirúrgica da glândula provoca os mesmos sintomas. Incluem fadiga e sonolência extrema, causando de 12 a 14 horas de sono por dia, extrema lentidão muscular, redução da frequência cardíaca, do debito cardíaco e do volume sanguíneo, ocasionalmente aumento de peso, constipação, lentidão mental, insuficiência de muitas funções tróficas do organismo, evidenciadas pela redução no crescimento capilar, e pela descamação da pele, desenvolvimento de rouquidão, e em casos mais graves o aparecimento da mixedema.
O hipotireoidismo caracteriza-se principalmente quando os níveis de T3 e T4 estão baixos. A produção do T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) é regulada pelo hormônio TSH. Quando o corpo percebe que o nível de T3 e T4 está baixo no sangue, o TSH imediatamente aumenta e, com isso, tenta normalizar os níveis dos hormônios. Porém, quando T3 e T4 estão elevados no sangue o TSH e seus níveis diminuem no sangue para que ocorra um equilíbrio interno.
4.1 Causas do Hipotireoidismo
	A principal causa para o hipotireoidismo é a auto-imunidade contra a tireoide (doença de Hashimoto), essa imunidade ao invés de estimular o funcionamento da glândula, acaba prejudicando, causando danos a essa estrutura, principalmente comprometendo sua habilidade de produzir hormônios. 
	Algumas pessoas desenvolvem hipotireoidismo quando existe uma queda considerável na produção dos hormônios tri-iodotironina (T4) e da tiroxina (T3).
4.2 Tratamento
O principal tratamento para o hipotireoidismo envolve basicamente o uso diário de uma versão sintética do hormônio tetraiodotironina (T4) denominada levotiroxina. Sua principal função é restaurar os níveis hormonais, revertendo os sinais e sintomas de hipotireoidismo do paciente. Consequentemente, é uma maneira bem mais fácil de manter o nível estável de atividade do hormônio no organismo.
Os primeiros resultados do tratamento costumam aparecer algumas semanas após o seu início. Essa medicação também reduz gradativamente os níveis de colesterol e ajuda a reverter, também, um eventual ganho de peso e uma futura aterosclerose associada aos níveis de colesterol elevados do paciente.
Como o hipotireoidismo é mais comum em mulheres mais velhas, principalmente depois dos cinquenta anos, alguns médicos costumam recomendar que ao atingir essa faixa etária comecem a realizar exames de rotina para checar o funcionamento da tireoide. A mesma recomendação é feita para mulheres grávidas ou para aquelas que estejam planejamento uma gravidez. Além disso, o tratamento adequado resulta em normalidade tão completa, que os pacientes chegam a viver até os noventa anos, após o tratamento.
5 HIPERTIREOIDISMO 
O hipertireoidismo pode ser definido como uma perturbação na glândula tireoide, provocando aumento na liberação dos hormônios produzidos pela glândula, ou seja, ela se torna extremamente ativa e produz hormônios tireoidianos sem parar. Quando não tratado, essa condição pode causar outros problemas de saúde, podendo atingir o coração, levando a batimentos cardíacos acelerados e irregulares ou insuficiência cardíaca congestiva, se atingir os ossos, pode causar osteoporose.
Entre os sinais e sintomas destaca-se principalmente a intolerância ao calor, aumento da transpiração, perda de peso normal ou extrema, graus variáveis de diarreia, fraqueza muscular, nervosismo ou outros transtornos psíquicos, fadiga extrema, acompanhada de insônia, tremor nas mãos.
A maior parte das pessoas com hipertireoidismo desenvolve exoftálmica que é, um grau de protrusão que acomete os globos oculares. Um grau importante de exoftálmica ocorre em cerca de um terço dos pacientes com hipertireoidismo, algumas vezes, é tão grave que a protrusão provoca distensão do nervo óptico, causando danos irreversíveis a visão.
5.1 Causas do Hipertireoidismo
A doença de Graves está entre a forma mais comum das causas conhecidas para o hipertireoidismo, que consiste na agressão a glândula tireoide através do sistema imunológico. A partir disto, ocorre uma intensa e excessiva produção de hormônios na glândula causado pelo TSI (Imunoglobulinas estimulantes da tireoide). É importante lembrar que existem algumas causas como, tireoidite subaguda, tireoidite linfocítica, nódulos tireoidianos e tireoidite pós-parto que podem causar hipertireoidismo.
O exame diagnóstico mais preciso é a medida direta da concentração de tiroxina “livre” (e, às vezes, tri-iodotironina) no plasma, usando procedimentos apropriados de radioimunoensaio.
5.2 Tratamento
O tratamento varia de paciente para paciente, devido à idade, intensidade do problema, causa para seu desenvolvimento e condições físicas do indivíduo. Os tratamentos disponíveis são terapias medicamentosas porém, as doses não são fixas e devem ser determinadas por um médico, através de capsulas de iodo, alguns medicamentos antitireoidianos que reduzem a quantidade de hormônios produzidos pela glândula, iodo radioativo que proporciona a cura porém, destrói permanente a tireoide, cirurgia para remoção porém, pode causar danos as glândulas responsáveis pelo controle dos níveis de ácido no organismo, bem como os nervos da laringe e aos beta bloqueadores responsáveis pelo controle de sintomas mais graves, como a frequência cardíaca acelerada.
6 CONCLUSÃO
Abordou-se então a anatomia e fisiologia da Glândula Tireoide e informações sobre os hormônios secretados pela mesma. 
	É de extrema importância, salientar novamente, que os hormônios secretados pela glândula tireoide são essenciais para um adequado funcionamento fisiológico do corpo humano e que se em produção acelerada ou lenta, o excesso ou falta dos hormônios podem causar uma disfunção metabólica, causando riscos.
Ficou evidente, que em intensa atividade, a glândula produz um excesso de hormônios tireoideanos, acarretando não só o hipertireoidismo como uma série de consequências à saúde da pessoa portadora da deficiência, acometendo inclusive os ossos e o coração. Viu-se também que os sintomas do hipertireoidismo podem ser facilmente deduzidos, através de uma anamnese bem realizada. O tratamento para hipertireoidismo escolhido na maioria das vezes, é a remoção cirúrgica da maior parte da glândula.
Porém com essa remoção ou com a destruição da mesma por radiação, os indivíduos podem passar a ter hipotireoidismo, sendo possível diagnosticar clinicamente, pois o indivíduo passa apresentar maior lentidão muscular, redução da frequência cardíaca, lentidão mental, constipação, dentre outros. O indivíduo que apresenta hipotireoidismo, realiza um tratamento com comprimidos contendo tiroxina e obtendo ótimos resultados, podendo viver até 90 anos de idade, sendo tratados por mais de 50 anos. 
Então, sabendo-se que um quinto do iodo ingerido é utilizado para a formação de hormônios tireoideanos. Vale a pena, ficarmos atentos com a quantidade de sal ingerida na dieta, pois, o excesso de iodo pode aumentar o funcionamento na bomba de iodeto, podendo acarretar hipertireoidismo e talvez, como consequência, hipotireoidismo – o que altera o funcionamento normal do corpo humano. 
REFERÊNCIAS
Berne, Robert M., Levy, Matthew N., Koeppen, Bruce M. e Staton. Bruce A. Fisiologia, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
Guyton, Arthur C. e Hall, John E. Tratado de Fisiologia Médica, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

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