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04 Materiais e Armazenagem

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
Logística: Materiais e Armazenamento 
Aula 4 
 
 
Professora Rosinda Angela da Silva 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa Inicial 
Olá! Seja bem-vindo à quarta aula da disciplina “Logística: Materiais e 
Armazenamento”! Nosso objetivo será: 
 Lembrar terminologias dos métodos de estocagem; 
 Entender o impacto da estrutura na produtividade do armazém; 
 Aplicar técnica para o processo de escolha do método mais eficiente; 
 Analisar as opções de equipamentos de movimentação interna 
disponíveis no mercado; 
 Sintetizar os elementos-chaves da estocagem e da movimentação de 
materiais. 
Bons estudos! 
Contextualizando 
Em um passado não muito distante na economia brasileira, as empresas 
faziam estoques para se proteger da inflação. Nessa época (entre as décadas 
de 1970 e 1980), ter produto estocado significava que a empresa estava “bem”. 
O fato era que os gestores não tinham ideia de quanto custava o 
estoque parado, tampouco visualizavam os demais custos decorrentes disso 
(perdas, furtos, obsolescência e outros). Nessa fase, a armazenagem era 
predominantemente horizontal, e não havia muitos recursos tecnológicos para 
auxiliar na movimentação dos estoques. 
Porém, aos poucos, a economia começou a estabilizar, o mercado 
internacional iniciou sua abertura e novos concorrentes surgiram (inclusive 
internacionais), o que até certo ponto foi positivo, pois trouxeram consigo seus 
fornecedores parceiros e suas novas tecnologias. Com isso, os 
empreendedores brasileiros tiveram que buscar alternativas para 
permanecerem no mercado, que de repente se tornou extremamente 
competitivo. Dessa forma, os gestores compreenderam que necessitavam 
repensar suas estratégias. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
Um dos caminhos foi questionar o volume dos estoques mantidos nas 
plantas e nos armazéns. Percebeu-se que a quantidade realmente era 
desproporcional às condições financeiras das empresas, que o índice de 
quebras dos produtos era expressivo e que o espaço necessário para a 
armazenagem era cada vez maior. E constatou-se que, mesmo havendo 
muitos produtos estocados, o atendimento ao cliente não estava adequado. 
Para mudar esse panorama, algumas mudanças urgentes se fizeram 
necessárias, tais como: rever a estratégia de atendimento ao cliente; planejar 
melhor os volumes de estoques; adequar os armazéns para utilizar os espaços 
aéreos (verticalização da armazenagem); manter os itens corretamente 
acondicionados e adquirir os novos equipamentos de movimentação interna 
que a concorrência utilizava. 
Essas ações fizeram com que as empresas brasileiras aos poucos se 
igualassem em termos de nível de serviço, agilidade e qualidade nos processos 
de logística interna. Surgiram, também, inúmeras empresas nacionais 
especializadas em estruturas de armazenagem e movimentação interna para 
suportar as novas exigências do mercado fornecedor. 
Como resultado, surgiram os sistemas de armazenagem dinâmicos e 
complexos, porém muito mais eficientes que outrora, pois atualmente os 
centros de distribuição e os armazéns dispõem de tecnologia de ponta e 
auxiliam na competitividade das organizações. 
Tema 1: Métodos de estocagem 
Em um passado recente, pelo menos no Brasil, a estocagem era 
realizada de forma horizontalizada, utilizando basicamente o piso dos 
depósitos, e quando havia a necessidade de ampliar a capacidade, eram feitos 
empilhamentos e blocagens de caixas, tambores e outros. 
Entretanto, a busca pela melhoria da produtividade dos depósitos e as 
novas soluções tecnológicas que surgiram possibilitaram a introdução da 
estocagem verticalizada nos armazéns brasileiros, o que significou melhor 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
aproveitamento dos espaços aéreos. Para isso, foram necessários certos 
ajustes na altura dos depósitos e na resistência do piso (por metro quadrado) 
para comportar o aumento do peso, o que por sua vez exigiu investimentos em 
equipamentos de movimentação interna e veículos industriais. 
Atualmente as empresas especializadas em sistemas de armazenagem 
têm desenvolvido novas soluções cada vez mais customizadas, visando tornar 
a operação de armazenagem eficiente, rápida e segura. Porém, o processo 
decisório da empresa em relação ao tipo de estocagem, em sua grande 
maioria, seguirá no mínimo, três passos, por meio da resposta a três 
questionamentos: 
 A estocagem será interna ou externa? 
 A estocagem será horizontal ou vertical? 
 A estocagem será manual, mecanizada ou automatizada? 
Para compreender melhor cada um desses fatores, considere a breve 
explicação a seguir: 
Estocagem interna 
Esse tipo de estocagem é a mais utilizada, principalmente pelas 
empresas que compreendem os estoques como capital parado e os gerenciam 
de forma rigorosa. O fato é que, dependendo da natureza do produto que ficará 
armazenado, essa é a opção economicamente mais viável, pois os produtos de 
alto valor agregado realmente necessitam de uma atenção especial e de 
proteção. 
Entretanto, é válido lembrar que a estocagem interna ocupa espaço 
físico e requer mão de obra especializada Têm-se nesse modelo os depósitos 
internos, silos, tanques, armazéns gerais, almoxarifados e outros. 
Estocagem externa 
Empresas que produzem ou revendem determinados produtos, tais 
como implementos agrícolas, veículos, peças plásticas de grande porte, 
 
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5 
artefatos de cimento, tambores com produtos a granel e outros, necessitam de 
espaço externo para armazenagem. Isso decorre do alto custo da construção 
industrial e da necessidade de aumentar a capacidade da estocagem interna 
para outros materiais. 
Nesse contexto, deve-se entender estocagem externa como um espaço 
no próprio pátio da organização (não confundir com armazenagem em 
depósitos terceirizados). Dessa forma, alguns produtos podem e devem ficar 
armazenados no lado externo das organizações, principalmente aqueles que 
ocupam espaço em demasia e não sofrem danos com a ação do tempo. 
Entretanto, por mais que a empresa utilize a estocagem externa, quanto 
menor o tempo que o produto ficar exposto em céu aberto, menores os riscos 
de avarias e perdas. 
Estocagem horizontal 
 Esse tipo de estocagem foi utilizado por muito tempo nas organizações 
brasileiras por não exigir altos custos iniciais de operação do armazém, além 
do custo da mão de obra ser relativamente baixo. Caracterizava-se pelo uso de 
estantes amplas e baixas, onde o foco era a segurança do produto e não a 
ocupação otimizada do espaço do depósito. Atualmente, poucas firmas utilizam 
esse modelo, pois os custos do espaço nos depósitos são significativos, o que 
requer o melhor aproveitamento possível. 
Estocagem vertical 
 Esse tipo de estocagem revolucionou os depósitos ampliando a 
capacidade de armazenagem de forma expressiva. As empresas buscam 
utilizar ao máximo os espaços aéreos para justificar o investimento com as 
estruturas porta pallets e também com os equipamentos de movimentação que 
suportam a operação. 
Para aproveitar melhor o pé-direito dos edifícios, há necessidade de 
adquirir veículos e equipamentos compatíveis com a altura utilizada e capacitar 
os operadores de tais recursos. Porém, o fato é que, cada vez mais, os 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
depósitos estão altos e os estoques verticalizados, o que traz eficiência ao 
depósito e colabora com a competitividadepara as organizações. 
Estocagem manual 
 Esse tipo de estocagem é uma possibilidade para a organização de 
pequeno porte que não comporta estrutura física e equipamentos de 
movimentação interna e, ainda, que tenha pouco volume de estoque, mas 
grande variedade de itens (como os minimercados, pequenas mercearias, 
padarias, confeitarias, bancas de jornal e outros), e que não justifica altos 
investimentos em estrutura física e tecnológica. 
Esse modelo ainda exige esforço do operador para transportar caixas 
com produtos e também para acomodar os produtos nas prateleiras, 
independente da altura das mesmas. 
Estocagem mecanizada 
Esse tipo de estocagem utiliza prateleiras porta pallets, que por sua vez 
necessita de equipamentos de movimentação interna, principalmente as 
empilhadeiras, os carrinhos porta pallets e os paleteiros hidráulicos. 
Nesse modelo, o esforço humano é substituído pelo uso dos 
equipamentos mecanizados ou elétricos, o que exige algumas mudanças no 
depósito. Isso porque, para utilizar esse modelo, o ideal é que o depósito 
unitize as cargas (pallets, fardos gaiolas, racks). Para isso é necessário deixar 
mais espaço entre as ruas (de uma coluna de estantes porta pallets e outra) 
para que o equipamento possa circular, aplicando por sua vez, o conceito de 
melhor acessibilidade. 
Estocagem automatizada 
 É o avanço da estocagem mecanizada, pois nesse modelo o fator 
preponderante é o uso de sistema automatizado de movimentação e 
armazenagem de materiais. Em depósitos automatizados, é comum o uso de 
esteiras automatizadas, robôs e transelevadores integrados aos sistemas de 
 
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movimentação. 
Esse tipo de estocagem automatizada requer altos investimentos em 
tecnologia, com objetivo de tornar o armazém inteligente para empregar o 
máximo da capacidade do edifício e acomodar corretamente as mercadorias, 
no mínimo tempo possível. 
A decisão de como será o sistema de armazenagem do depósito é séria, 
pois influenciará diretamente na estratégia da organização. Dessa forma, 
quanto mais informações o profissional de logística tiver em relação ao futuro 
processo que ocorrerá no armazém, menores são as chances de investimentos 
desnecessários ou insuficientes. 
Tema 2: Estrutura necessária para armazenagem 
De acordo com informações disponíveis no site da WMSA Logística, 
algumas estruturas para armazenagem são: 
Estruturas porta pallets, os quais podem ser: 
 Convencional: necessita de bastante espaço para corredores, mas 
compensa pela seletividade e rapidez na operação; 
 Para corredores estreitos: otimiza espaço útil de armazenagem, mas 
não permite a utilização das empilhadeiras convencionais, normalmente 
utiliza trilhos para empilhadeiras trilaterais; 
 Para transelevadores: otimiza a armazenagem vertical e é bastante 
utilizado em armazéns automatizados. 
 Deslizantes: os pallets ficam mais seguros, exigem menos espaço e 
são utilizados para itens de baixo giro. 
 Autoportantes: também utilizados na armazenagem vertical, necessita 
de menos estrutura predial, reduzindo os custos de investimentos. 
Já Moura (2000) informa também que, quanto à forma construtiva, as 
estruturas próprias de armazenagem podem ser: 
 
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 Formáveis: com parafusos ou ganchos, mas capazes de serem 
movidas com ou sem carga de um lado para outro; 
 Ajustáveis: com parafusos ou encaixes que permitem qualquer variação 
de tipo ou forma, possibilitando que sejam montadas ou ajustadas para 
as mudanças na estocagem; 
 Permanentes: usualmente com vigas e montantes soldados, o que não 
permite a mudança de formas de estocagem, ou ainda construídas e 
montadas com o propósito de serem fixas, como em armazéns 
autoportantes. 
Tais estruturas podem ser utilizadas em qualquer tipo de armazém e de 
produtos, oferecendo vantagens, tais como: facilidade na localização e 
movimentação de um pallet específico sem a necessidade de mover os outros; 
flexibilidade para alterar rapidamente a composição do armazém devido aos 
ajustes possíveis das prateleiras; melhor aproveitamento dos espaços aéreos e 
proteção das mercadorias. 
As estruturas porta pallets não são as únicas utilizadas nos armazéns 
modernos, pois atualmente os gestores de logística utilizam sistemas híbridos, 
beneficiando-se das vantagens de cada modelo. 
De acordo com informações de Tadeu (2010), outras estruturas 
utilizadas para melhorar a eficiência dos depósitos são: 
 Estrutura dinâmica: utiliza roletes transportadores para movimentar os 
pallets em velocidade constante. Auxilia na rotação automática de 
estoques e é adequado para o sistema FIFO; 
 Cantilever: adequado para armazenar produtos compridos, tais como 
tubos, madeiras, barras de aço e afins. É uma estrutura de custo baixo, 
mas em alguns casos só permite colocação e retirada do material de 
forma manual; 
 
 
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 Push-back: similar ao sistema drive-in, mas pode ser utilizado para 
cargas de natureza diferentes. Na atualidade, esse é o sistema mais 
eficiente porque traz inúmeros benefícios, tais como aumento da 
ocupação volumétrica da fábrica; maior agilidade nas operações de 
movimentação; agilidade no fluxo de materiais, entre outros; 
 Flow-rack: sistema indicado para pequenos volumes e grande 
rotatividade. O produto é colocado num plano inclinado com trilhos que 
possuem pequenos rodízios deslizando até o ponto chamado “stop”. 
Nesse ponto, é possível colocar uma caixa para facilitar o picking 
(separação de pedidos); 
 Estantes: é uma estrutura de armazenagem bastante simples, que pode 
ser utilizada para itens que sejam pequenos e leves. 
Certamente o mercado oferece soluções mais modernas e customizadas 
para as organizações que movimentam grandes volumes de estoques, mas as 
informações aqui apresentadas são úteis para que o profissional de logística 
compreenda quão importante são as decisões relativas à estrutura física 
necessária para o armazém. O desafio sempre será a busca do equilíbrio entre 
a necessidade da operação e o capital que a empresa pretende investir em 
infraestrutura. 
Para decidir mais assertivamente, alguns fatores cruciais devem ser 
considerados, além da natureza do produto, tais como: tipo e tamanho do 
pallet, resistência do piso, quantidade de prateleiras porta pallets, sistemas de 
segurança como espaço para os extintores, sprinkler, hidrantes, espaço para 
circulação e outros. 
Um dos recursos mais utilizados na armazenagem são os pallets porque 
compõem o conjunto da estrutura necessária para armazenagem. Então é 
pertinente conhecermos seus conceitos básicos. 
O pallet é um estrado para acomodar ou unitizar cargas, de forma que 
possibilite a movimentação a partir de empilhadeiras, carrinhos porta pallets, 
 
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paleteiros elétricos ou outros. Pode ser produzido em madeira, metal, plástico, 
papelão ou outro material que comporte o peso que a carga necessita. 
Segundo Tadeu (2010) as principais características dos pallets são: 
 Composição: o material que o pallet será construído; 
 Número de entradas: corresponde às entradas para os garfos da 
empilhadeira ou do carro hidráulico; 
 Reforço: é quando há, no meio do pallet e por baixo dele, uma tábua 
mais larga para reforçar a estrutura, devido ao peso do produto a ser 
paletizado. Ela é colocada em sentido contrário às tábuas da superfície. 
 Dupla face: refere-se ao pallet com tábuas em cima e embaixo, que 
pode ser reversível ou não; 
 Reversível:trata-se do pallet que tem a mesma configuração em cima e 
embaixo, ou seja, o mesmo número e tamanho de tábuas em cima e 
embaixo. 
No Brasil, existe um padrão para os pallets, conhecido como PBR (Pallet 
Padrão Brasil), que segundo Tadeu (2010) foi resultado de um trabalho que se 
iniciou em abril de 1988 e foi realizado por profissionais de diferentes origens, 
empresas e associações. 
Foi introduzido no mercado em 1990 pela Abras e por entidades que 
fazem parte do Comitê Permanente de Paletização (CPP), com assessoria do 
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O objetivo dessa comissão foi criar 
um pallet mais versátil, que atendesse o maior número de segmentos da 
indústria, sendo economicamente viável. 
Entre as principais vantagens na utilização da paletização, pode-se 
considerar a redução dos custos e do tempo de manuseio, a melhora da 
ocupação dos espaços nas prateleiras porta pallets, a possibilidade de 
automação da movimentação, o melhor aproveitamento dos veículos 
industriais, entre outras. 
 
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11 
Caso a empresa tenha alguma necessidade específica, é possível 
customizar os pallets, entretanto é sempre mais vantajoso adquirir os pallets 
padrões por questões de custo e melhor aproveitamento dos equipamentos. 
Tema 3: Sistema drive-in/drive through 
O sistema porta pallets drive-in, ou armazenagem por acumulação, 
consiste em um bloco contínuo de estruturas metálicas que não possui 
corredores intermediários. Nesse modelo, as empilhadeiras colocam e retiram 
os pallets pela mesma entrada (entram e saem pela mesma face). Nesse caso, 
o sistema drive-in comporta melhor o gerenciamento dos estoques no modelo 
LIFO (Last In First Out) e também é recomendado para cargas iguais. 
Da mesma forma que o drive-in, o sistema porta pallets drive through 
também é considerado armazenagem por acumulação e consiste em um bloco 
contínuo de estruturas metálicas que não possui corredores intermediários. 
Porém esse sistema possui duas entradas, o que permite que a empilhadeira 
adentre por uma face e se retire por outra, propiciando assim o uso do sistema 
de gerenciamento de estoque FIFO (First In First Out). Dessa forma, o sistema 
drive through é mais flexível que o drive-in. 
Segundo Tadeu (2010), esses sistemas apresentam como vantagens: 
 A rentabilidade máxima do espaço disponível, pois dispensa os 
corredores entre as estanterias e, com isso, o investimento de capital em 
estrutura é relativamente mais baixo se comparado com outros 
sistemas; 
 A estabilidade, porque não acumula e não sobrepõem as cargas; 
 O manuseio dos pallets, já que não há necessidade de veículo industrial 
diferenciado, podendo utilizar as empilhadeiras tradicionais. 
Já as limitações dos sistemas drive-in e drive through são: 
 Para alcançar um pallet que esteja armazenado no meio do sistema, os 
pallets que estiverem na frente terão que ser removidos primeiro (baixa 
 
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seletividade); 
 Esses sistemas exigem controles rigorosos das entradas e saídas dos 
produtos no estoque por parte do setor responsável. 
Além disso, no caso do drive-in, o fato de utilizar o LIFO limita a 
variedade de itens as serem estocados ou subotimiza o uso do espaço, o que 
não ocorre quando o depósito utiliza o modelo drive through. 
Tais sistemas são indicados para armazéns com pouca variedade de 
itens, como na blocagem, e que mantenham as cargas estocadas por longo 
período de tempo. 
Tema 4: Equipamentos de movimentação interna 
Para suportar toda a estrutura do armazém, independentemente se é 
automatizada ou não, serão necessários investimentos nos equipamentos de 
movimentação. Na visão de Bowersox & Closs (2008), a movimentação interna 
é uma atividade da intralogística, que não pode ser evitada, mas que pode ser 
reduzida se os equipamentos que suportam essa tarefa forem escolhidos de 
forma adequada. Essa preocupação reside porque no depósito os produtos 
podem estar acomodados de forma distinta, tais como: a granel, embalados em 
caixas ou em cargas unitizadas. 
Essa informação irá orientar a escolha dos equipamentos adequados, 
pois no caso do granel e das cargas unitizadas não há preocupação com 
avarias de embalagens, mas são necessários equipamentos que possam 
movimentá-los. Se os produtos estiverem embalados em caixas, talvez haja a 
necessidade de investimento em embalagens de proteção e 
acondicionamentos, o que onera o produto também. 
O mercado oferece inúmeros tipos de equipamentos de movimentação e 
veículos industriais, então no meio de tantas opções a escolha assertiva se 
torna um desafio. Segundo Bowersox & Closs (2008, p. 351), as diretrizes que 
podem auxiliar o gestor a escolher adequadamente os equipamentos de 
movimentação interna e os veículos industriais são: 
 
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13 
 Equipamentos de movimentação e armazenagem devem ser 
padronizados; 
 Sistemas projetados para manter fluxo contínuo de produtos; 
 Investir em equipamentos de manuseio e também em estruturas 
estáticas (prateleiras e estantes, entre outros); 
 Os equipamentos de manuseio devem ser usados intensamente; 
 Os equipamentos de manuseio escolhidos devem ter a menor relação 
possível entre peso e carga útil; 
 Sempre que possível, a força da gravidade deve ser aproveitada. 
Naturalmente, as empresas procuram adquirir equipamentos de 
movimentação de materiais que tornem suas operações mais ágeis e que exija 
menos esforço físico do operador, mas que convirjam para um custo acessível 
também. Além disso, a escolha assertiva dos equipamentos aumentará a 
capacidade de estocagem, reduzirá o custo da movimentação e tornará a 
tarefa mais segura para o operador, minimizando os custos com acidentes de 
trabalho e danos aos materiais. 
Os elementos de maior impacto na capacidade e qualidade da atividade 
de movimentação são: a carga unitizada, os equipamentos de movimentação 
interna e os veículos industriais utilizados pelo depósito. São eles que auxiliam 
o operador a melhorar a produtividade do armazém, porque possibilita o 
transporte de mais produtos em cada movimento. 
Atualmente, não é possível conceber a movimentação interna sem o uso 
das cargas unitizadas, tais como: pallets, bombonas, fardos, rolos, entre outros. 
É totalmente inviável permitir que um colaborador descarregue e transporte 
grandes volumes de estoques de forma manual. 
O tamanho do depósito, ou múltiplos depósitos, também interfere na 
produtividade da movimentação de materiais, pois certamente o transporte 
interno ocorrerá por distâncias maiores, o que exigirá mais recursos. Por isso, a 
 
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14 
unitização das cargas se tornou tão importante para a eficiência dos depósitos. 
Para realizar a escolha correta, é ideal analisar as características do 
material que será movimentado, como será esse movimento, a distância 
percorrida diária, a capacidade do equipamento, bem como os custos de 
manutenção que ele terá em um futuro próximo. 
Os equipamentos de movimentação interna de materiais possuem a 
seguinte classificação proposta por Moura (2000): 
 Embalagens, recipientes e unitizadores: são dispositivos de uso 
repetitivo destinado a conter e proteger o material no ciclo de 
movimentos e armazenagem, tais como: caixas, caçambas, pallets, 
berços, contenedores e paletizadores; 
 Equipamentos para elevação e transferência: são dispositivos aéreos 
ou elevados utilizados para movimentar cargas variadas, 
intermitentemente, entre dois pontos dentro deuma área limitada pelos 
trilhos de apoio e guias, onde a função primária é a transferência. 
Exemplos: pontes rolantes, guindastes, guindastes giratórios, elevadores 
e talhas; 
 Estruturas para estocagem: construídas por perfis modulares 
dispostos de modo a formarem prateleiras, berços e outros dispositivos 
de sustentação de cargas. Exemplos: estanterias, estruturas porta 
pallets, armazéns estruturais, silos, tanques, reservatórios e 
transelevadores; 
 Transportadores contínuos: são dispositivos mecânicos ou por 
gravidade comumente utilizada para transportar continuamente cargas 
uniformes de um ponto a outro sobre trajetória fixa, onde a função 
primária é o transporte. Exemplos: transportadores de rolos, 
transportadores de correia, rampas ou calhas, transportadores aéreos, 
correntes transportadoras e transportadores pneumáticos. 
 Veículos industriais: mecanismos equipados com rodas e empregados 
 
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para mover cargas mistas ou uniformes, em caminhos variáveis com 
superfície adequada, onde a função primária é manobrar e transportar. 
Exemplos: carrinhos industriais, empilhadeiras, rebocadores, 
poliguindastes e colchões de ar. Esse assunto será detalhado mais 
adiante nesse material. 
A maior parte das empresas, quando se depara com a necessidade de 
adquirir o sistema de movimentação de materiais, busca auxílio nas empresas 
especializadas no assunto ou nos fabricantes dos equipamentos para ter 
garantia de que o equipamento adquirido atenderá a real necessidade da 
organização. Isso é positivo porque frequentemente novas opções são 
lançadas no mercado, trazendo mais produtividade para o armazém com 
custos mais acessíveis. 
Tema 5: Veículos industriais 
Por veículos industriais entendem-se também os equipamentos 
motorizados ou não, utilizados nos depósitos para movimentar todo e qualquer 
tipo de material. Para conhecimento, alguns veículos industriais serão 
apresentados a seguir, os quais foram escolhidos por sua boa aceitação no 
mercado e custos acessíveis: 
Carrinhos industriais 
São veículos não motorizados dotados de rodas (2 ou mais), os quais 
são constituídos na maioria das vezes por uma estrutura metálica tubular, e 
que possuem uma plataforma para acomodar a carga. Na maioria das vezes, 
possuem grade de proteção e puxador ergonômico (cabo) para o operador 
empurrar sem grande esforço físico. São equipamentos baratos e versáteis, os 
quais podem ser utilizados em diversos tipos de armazéns. 
Empilhadeiras 
 Um dos veículos industriais mais utilizados pela sua versatilidade e 
capacidade de movimentação e transporte de carga, as empilhadeiras se 
 
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apresentam em várias configurações. Moura (2000) as classifica da seguinte 
maneira: 
 Fonte de energia que necessita: manual; elétrica; combustão interna 
(gasolina, diesel, gás liquefeito de petróleo GLP); 
 Maneira de controle: controlado por operador (sentado ou em pé); 
controlado por pedestre; sem operador (indução magnética, controle 
remoto, navegação a laser); 
 Pela maneira de deslocamento e repuxo: unidirecional; bidirecional; 
multidirecional; deslocamento dirigido; repuxo lateral; repuxo frontal e 
lateral. 
Ainda segundo o autor, algumas características das empilhadeiras: 
 Empilhadeira de acionamento manual: é de pequena capacidade, 
velocidade e raio de ação, requerendo piso regular; 
 Empilhadeira de acionamento elétrico: é compacta, pois parte do 
contrapeso é da própria bateria. São manobráveis e costumam ter 
custos baixos de manutenção, evitam ruídos, poluição e aquecimento; 
 Empilhadeira de acionamento de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo): 
possui custos de manutenção e operação baixos também, tem boa 
capacidade de carga e aplicações variadas, sendo geralmente utilizada 
em ambientes fechados, mas que possua ventilação; 
 Empilhadeira de acionamento a gasolina: também bastante utilizada e 
com aplicação diversificada. Possui boa capacidade, autonomia e 
versatilidade; 
 Empilhadeira de acionamento a diesel: são empregadas em 
condições mais rústicas e de maior carga, como portos, minas a céu 
aberto e serrarias. Raramente são usadas em ambientes internos devido 
ao seu nível de ruído. 
 
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Paleteira manual 
 É um carrinho elevador manual de patolas e garfos que, através de um 
dispositivo mecânico ou hidráulico nas rodas, libera pallets do piso a uma altura 
mínima suficiente para o transporte horizontal. Por sua fácil utilização e boa 
manobrabilidade, é de uso comum em áreas de expedição, produção e 
também em atacadistas e varejistas, liberando a empilhadeira para 
movimentação e transporte de cargas mais pesadas. Além disso, são 
equipamentos de baixo custo de aquisição e manutenção. 
Transpaleteira elétrica 
São veículos industriais autopropelidos utilizados para o transporte 
horizontal de cargas paletizadas, sendo dotados de patolas que entram sobre o 
pallet, liberando-o do piso. 
As transpaleteiras podem ser acionadas de forma elétrica, pois podem 
ser alimentadas por baterias automotivas ou tracionarias. Normalmente 
substituem os carrinhos hidráulicos manuais em locais onde o uso da carga 
paletizada, movimentada ao nível do piso seja constante. São utilizadas em 
áreas de expedição e linhas de produção, livrando a empilhadeira para suas 
funções de carregar e descarregar materiais. 
Esses não são os únicos veículos industriais que o mercado oferece, 
mas são os mais conhecidos. O mais importante disso tudo é que o profissional 
de Logística compreenda que a contribuição dos veículos industriais foi 
imprescindível para que os armazéns se tornassem ágeis e eficientes como 
são atualmente. 
Na Prática 
Leia parte da reportagem a seguir, intitulada “Ourofino Agrociência 
investe 15 milhões em armazenagem”: 
“Com seis anos de mercado, a Ourofino Agrociência mostra o porquê é 
considerada uma das mais modernas produtoras de defensivos agrícolas do 
mundo. Nesta quinta-feira (30/06/2016), a empresa anuncia a expansão de sua 
 
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fábrica com a construção de dois novos galpões de armazenagem, que tiveram 
investimento de R$ 15 milhões. 
O projeto soma-se à planta localizada no cinturão químico de Uberaba 
(MG) e está preparado para receber produtos inflamáveis em, 
aproximadamente, 10 mil posições de paletes. 
São 6 mil metros quadrados de área para armazenagem, que tem como 
objetivo centralizar estoques para otimizar as operações da fábrica, aumentar o 
nível de serviço e de produtividade e oferecer mais eficiência no atendimento 
de demandas. 
A fábrica da Ourofino Agrociência possui área total de 324 mil m2, sendo 
que 54 mil m2 são construídos e já planejados para extensão das atividades. 
Com equipamentos modernos, o projeto foi concebido dentro dos padrões 
“World Class Manufacturing". A planta é composta por duas fábricas 
independentes, uma para a produção de herbicidas e outra destinada a 
fungicidas, inseticidas, espalhantes adesivos e óleo mineral, o que evita riscos 
de contaminação cruzada. 
O processo de produção é altamente automatizado, focado em 
segurança do trabalho, qualidade dos processos, saúde dos funcionários e 
cuidado com o meio ambiente. A capacidade de produção é de 120 milhões de 
litros ao ano. 
Tantos cuidados, estudos e responsabilidade com a agricultura brasileira 
trazem a Ourofino Agrociência importantes certificações em práticas de 
fabricação (ISO 9001), gestão ambiental (ISO 14001) e gestão de saúde e 
segurança dotrabalho (OHSAS 18001). Em 2016, a empresa também recebeu 
uma certificação que atesta a capacitação técnica da equipe de laboratórios 
para realização de análises, o ISO 17025. 
“A expansão e o novo processo de armazenagem possibilitarão a 
Ourofino Agrociência a consolidação do seu crescimento sustentável e o 
fortalecimento da competitividade por meio de custos de operação mais baixos 
e eficientes. Além de beneficiar as pessoas que vivem na área com a geração 
 
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de empregos diretos e indiretos", diz Andrea Mujali, gerente executiva de 
Operações Industriais da empresa” (...). 
Disponível em: <http://www.grupocultivar.com.br/noticias/ourofino-agrociencia-investe-
15-milhoes-em-armazenagem>. Acesso em: 7 jul. 2016. 
A partir da sua leitura da reportagem e do material da aula, faça o que se 
pede a seguir: 
a. Identifique a capacidade de armazenagem da empresa no momento e 
caracterize o tipo/método de estocagem que a empresa está projetando. 
b. Relacione os objetivos que a empresa está almejando com a construção 
dos novos barracões. 
c. Explique o foco da empresa em investir na produção automatizada. 
d. Relate os diferenciais que a empresa tem acumulado com o modelo de 
gestão (de investimentos estratégicos) que tem adotado. 
Síntese 
Essa aula trouxe os conceitos pertinentes à estrutura física que um 
armazém necessita para que as operações sejam executadas de forma 
dinâmica e eficiente, auxiliando as organizações a atingir suas metas de bom 
atendimento ao cliente. 
Diante de todo o contexto apresentado, é importante que você reflita 
sobre o passo a passo para construir o armazém adequado, o qual pode ser 
visualizado da seguinte forma: 
 Defina o método de estocagem mais apropriado para a empresa, 
considerando a localização do armazém, o tipo de produto que ficará 
estocado e os recursos que estarão disponíveis; 
 Determine se a estocagem será horizontal, vertical, externa, interna, 
manual, semiautomatizada ou totalmente automatizada; 
 Escolha o tipo adequado de estantes para a armazenagem: porta 
 
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pallets, cantilever, flow rack, drive-in, drive through ou um sistema 
híbrido; 
 Depois disso, avalie os equipamentos de movimentação interna que 
serão necessários para que a movimentação seja ágil e de qualidade; 
 Para concluir, escolha os veículos industriais suficientes para a 
operação. 
Todas essas decisões devem levar em conta o bom senso, isso significa 
dizer buscar a melhor alternativa para tornar o armazém um verdadeiro centro 
de armazenagem, sem descuidar dos investimentos iniciais da operação e dos 
custos da manutenção da estrutura no futuro. 
 
 
 
 
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Referências 
BOWERSOX, Donald J. Logística empresarial: o processo de integração da 
cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2008. 
MOURA, Reinaldo Aparecido. Equipamentos de Movimentação e 
Armazenagem. São Paulo: IMAM, 2000. 5. edição revista e ampliada (Série 
Manual de Logística volume 4). 
RUSSO, Clovis Pires. Armazenagem, Controle e Distribuição. Curitiba: 
InterSaberes, 2013. 
TADEU, Hugo Ferreira Braga. Gestão de estoques: fundamentos, modelos 
matemáticos e melhores práticas aplicadas. São Paulo: Cengage Learning, 
2010.

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