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Gabarito AD1 2012(1) IZO

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Gabarito AD1 2012_1
Disciplina: Introdução à Zoologia	
1) O que são Homoplasias? Descreva os tipos de homoplasias existentes. (1,0 ponto)
R.: Homoplasias são características semelhantes adquiridas de forma independente. Estas caracteríticas podem surgir de três maneiras distintas. A primeira é a convergência, ocorre quando estados apomórficos semelhantes surgem em organismos diferentes, a partir de estados plesiomórficos distintos. A segunda é o paralelismo, que ocorre quando estados apomórficos idênticos surgem em dois organismos diferentes, a partir de um mesmo estado plesiomórfico. A última é a reversão, que acontece quando uma determinada característica de um organismo sofre uma alteração e seu estado apormófico torna-se semelhante ao estado plesiomórfico anterior.
PONTUAÇÃO: 0,4 pela definição de homoplasia
		 0,2 pela definição de cada tipo de homoplasia (total de 0,6)
2) Estados homólogos de um caráter podem ser similares ou não. Ao analisarmos determinadas características morfológicas entre dois ou mais organismos, que critérios devem ser utilizados para se estabelecer hipóteses de homologia primária entre os estados de um mesmo caráter? (1,0 ponto)
R.: Os critérios que devem ser adotados para o estabelecimento de homologia primária são: i) semelhança entre as estruturas analisadas; ii) posição anatômica relativa das estruturas analisadas; e iii) a origem embrionária das estruturas analisadas. 
PONTUAÇÃO: 1,0 ponto. 
3) Com base na matriz apresentada a seguir,
a) construa um diagrama não enraizado mais parcimonioso. (1,0 ponto)
b) considerando Phoneutria fera Perty, 1833 como grupo externo, polarize os caracteres e apresente o cladograma mais parcimonioso (indicando a distribuição dos estados e caracteres). (1,0 ponto)
Pessoal, muitos alunos apresentarão cladogramas como este que está em azul. Ele agrupa um táxon do grupo-interno (Phoneutria keyserlingi) com o grupo-externo que é a raiz do seu cladograma. Lembrem que os cladogramas e seus agrupamentos são construídos sempre com base em apomorfias. Não existe uma apomorfia que defina o agrupamento P. fera+P.keyserlingi. Apesar dos caracteres levantados e codificados na matriz serem idênticos para P. fera e P.keyserlingi, eles não devem ser agrupados. O levantamento não trouxe informação suficiente e com isso não é possível precisar a relação de P.keyserlingi com os demais táxons do grupo-interno. Phoneutria keyserlingi deve ser posicionado em um ramo sozinho, antes dos demais táxons do grupo interno. Ele aparece como uma linha paralela ao grupo-externo (veja acima em vermelho).
Gostaria também de chamar a atenção para o enunciado que pede que seja indicada “a distribuição dos estados e caracteres”. Isso é feito colocando-se no cladograma o estado apomórfico de cada caráter entre parêntesis. Por exemplo, 2(0) ou ainda 9(1).
A distribuição de pontos para esta questão ficou assim: 0,5 para o item a (diagrama não enraizado) e 0,5 para o item b (cladograma mais parcimonioso). Abaixo seguem comentários sobre a correção e pontuação do item b da questão 3:
Topologia (0,2 pontos)
		A matriz apresenta um dos táxons do grupo-interno (Phoneutria keyserlingi) com estados de caracteres idênticos aos do grupo-externo (Phoneutria fera). De acordo com as dúvidas apresentadas pelos alunos, é possível que apareçam três tipos de erros envolvendo a topologia e que estejam relacionados com os estados dos caracteres de P. keyserlingi: (a) o aluno descarta P. keyserlingi da análise, (b) o aluno agrupa P. keyserlingi com os táxons do grupo-interno e considera que todos os caracteres de P. keyserlingi representam homoplasias, (c) o aluno agrupa P. keyserlingi com o grupo-externo P. fera. A seguir estão os comentários sobre cada tipo de erro. Vocês devem escrever comentários como estes nas ADs do alunos caso encontrem um desses erros.
		(a) o aluno descarta P. keyserlingi – Dados da matriz jamais devem se descartados ou alterados.
		(b) o aluno agrupa P. keyserlingi com os táxons do grupo-interno e considera que todos os caracteres de P. keyserlingi representam homoplasias – Esta opção aumenta o número de passos evolutivos e não representa o cladograma mais parcimonioso.
		(c) o aluno agrupa P. keyserlingi com o grupo-externo P. fera – Phoneutria fera é o grupo-externo e raiz do cladograma. Nenhum táxon deve ser agrupado com a raiz. De acordo com os dados da matriz a posição de P. keyserlingi é incerta.
Distribuição de caracteres (0,2 pontos)
		Para a pontuação completa o aluno deve apontar corretamente a distribuição de pelo menos 8 caracteres. Quando a topologia estiver correta, mas não a distribuição dos caracteres, vocês devem corrigir anotando a distribuição correta dos caracteres.
Indicação dos estados apomórficos dos caracteres (0,1 pontos)
		Os estados apomórficos dos caracteres devem ser indicados nesta questão. Alguns alunos podem apresentar uma listagem indicando os estados apomórficos dos caracteres e não indicá-los no cladograma. Neste caso o aluno deve receber a pontuação completa e vocês devem fazer a anotação no cladograma, colocando o estado apomórfico de cada caráter entre parêntesis (chamem a atenção do aluno para que esta é a forma correta de indicar os estados apomórficos).
4) Selecione os caracteres, codifique seus estados e faça a análise cladística para os organismos abaixo. Considere o organismo G como grupo externo. (2,0 pontos)
01 – metâmeros anteriores:		( 0 ) brancos		( 1 ) negros
02 – patas:					( 0 ) ausente		( 1 ) presente
03 – patas posteriores dilatadas:		( 0 ) ausente		( 1 ) presente
04 – pés:					( 0 ) ausente		( 1 ) presente
05 – quelíceras:				( 0 ) ausente		( 1 ) presente
06 – olhos:					( 0 ) ausente		( 1 ) presente
07 – extremidade dilatada da antena:	( 0 ) ausente		( 1 ) presente
08 – corcova:				( 0 ) ausente		( 1 ) presente
09 – calosidades medianas:		( 0 ) ausente		( 1 ) presente
10 – metâmero posterior:			( 0 ) branco		( 1 ) negro
11 – submetâmero:				( 0 ) branco		( 1 ) negro
12 – ferrão:					( 0 ) ausente		( 1 ) presente
13 – cor da cabeça:				( 0 ) branco		( 1 ) negro
	Táxon/Caráter
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	11
	12
	A
	1
	1
	0
	0
	1
	0
	1
	0
	1
	0
	1
	0
	B
	1
	1
	0
	1
	0
	1
	0
	1
	0
	0
	0
	0
	C
	1
	1
	1
	0
	1
	0
	1
	0
	1
	0
	1
	1
	D
	1
	1
	0
	0
	0
	0
	1
	0
	0
	0
	1
	0
	E
	1
	1
	0
	0
	0
	1
	0
	1
	0
	0
	0
	0
	F
	1
	1
	1
	0
	1
	0
	1
	0
	1
	0
	1
	1
	G
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	1
	0
	0
	H
	1
	1
	0
	1
	0
	1
	0
	1
	0
	0
	0
	0
PONTUAÇÃO: 0,5 para o levantamento de caracteres, deve ter mais de 10 e deve estar indicado os estados (0,2 entre 6 e 10 caracteres)
5) O pesquisador Azevedo, revendo um grupo de Simuliidae (Diptera comumente conhecidos como borrachudos), descobriu que a série tipo de Lutzsimulium hirticosta (Lutz, 1909), depositada no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, foi perdida. Nesse estudo, Azevedo também considerou que essa espécie representa um sinônimo sênior de Lutzsimulium flavopubescens (Lutz, 1910). Para esta última espécie, foi designado um lectótipo que se encontra depositado no Instituto Oswaldo Cruz. Como Azevedo deve proceder para manter a estabilidade de cada um desses nomes? (1,0 ponto)
R.: O nome válido é Lutzsimulium hirticosta. O nome L. flavopubescens, sinônimo júnior de L. hirticosta, não deverá mais ser usado. A manutenção da estabilidade nomenclatural de L. hirticosta também envolve a designação de um neótipo, já que a série-tipo foi perdida. Para a designação de um neótipo para L. hirticosta pode ser usado o lectótipo de L. flavopubescens ou pode ser usado um espécime proveniente da localidade-tipo de L. hirticosta (coletado ou depositado em coleções).
PONTUAÇÃO: 0,5 para Azevedo deve sinonimizar Lutzsimulium flavopubescens com Lutzsimulium hirticosta OU L. hirticosta é o nome válido (sinônimo sênior) e L. flavopubescens o sinônimo júnior.0,3 para Deve ser designado um neótipo para L. hirticosta
0,2 para Lectótipo de L. flavopubescens pode ser usado como neótipo de L. hirticosta OU Neótipo – espécime proveniente da localidade-tipo de L. hirticosta (coletado ou depositado em coleções).
6) Em 15 de maio de 2010, o Jornal O Globo noticiou o seguinte acontecimento: “O incêndio que atingiu esta manhã um laboratório do Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, destruiu um dos maiores acervos de cobras, aranhas e escorpiões para pesquisas do mundo. Mais de 70 mil espécies foram queimadas no laboratório de répteis do instituto. Os animais eram guardados no local há mais de 100 anos.”
O que deve ser feito para manter a estabilidade dos nomes das espécies que estavam depositados nesta coleção nos seguintes casos:
a) Uma espécie onde todos os tipos foram perdidos. (0,5 ponto)
R.: Neste caso uma nova amostra deverá ser coletada na natureza (de preferência na localidade-tipo) e um dos espécimens coletados dessa nova amostra deverá ser designado como neótipo.
b) Uma espécie onde o holótipo foi perdido mas sobraram os parátipos. (0,5 ponto)
R.: Neste caso um dos parátipos restante deverá ser designado como neótipo.
PONTUAÇÃO: a) 0,3 pelo neótipo e 0,2 pela explicação
b) 0,3 pelo neótipo e 0,2 pela explicação 
7) A “Biogeografia” é a ciência que estuda a distribuição dos seres vivos no espaço e no tempo, procurando compreender seus diferentes padrões de ocorrência sobre a superfície terrestre e por que a composição da biota de diferencia de uma região para outra. O estudo da distribuição geográfica dos seres vivos pode ser classificado em três ramos diferentes. Discorra sobre cada um deles, apontando seus pressupostos teóricos. (1,0 ponto) 
R.: O estudo das distribuições geográficas dos seres vivos pode ser dividido em três ramos: 1) Biogeografia Descritiva, esse ramo se interessa pela documentação das localidades de ocorrências e das áreas de distribuição dos táxons, o estudo e a formação de um banco de dados acerca da composição taxonômica para as regiões geográficas e a formulação de Regiões Zoogeográficas, regiões ou reinos de animais, e de Regiões Fitogeográficas, regiões ou reinos de plantas; 2) Biogeografia Ecológica, que estuda os fatores atuais que influenciam a distribuição dos organismos, como as condições físicas do ambiente e suas interações bióticas; a dispersão dos organismos e os mecanismos que mantêm ou modificam essa dispersão; e a dinâmica da biota como unidade ecológica; e 3) Biogeografia Histórica, que é o estudo da distribuição espacial e temporal dos táxons, ela se interessa pela origem e relacionamento entre biotas, procurando saber por que duas ou mais espécies vivem confinadas a certas regiões ou áreas, esse ramo se baseia em causas históricas (tectônica das placas, deriva continental, junção etc.) para explicar a distribuição atual dos organismos.
PONTUAÇÃO: 0,4 pela biogeografia descritiva, 0,3 pela biogeografia ecológica e 0,3 pela biogeografia histórica. Só ganha pontuação completa se tiver tudo que está nesta resposta, pois tudo isso está no livro.
8) Existem algumas teorias que tentam explicar como teria surgido o primeiro metazoário. Explique, em detalhes, duas destas teorias. (1,0 ponto)
R.: A primeira hipótese que tenta explicar a origem dos metazoários é a Hipótese Colonial que pode ser subdividida em: 1) Hipótese Blastea/Gastrea, que se fundamenta na Lei da Biogenética (propõe que durante o desenvolvimento animal, este passam pelos estágios adultos de seus ancestrais), sugerindo que a blástula dos embriões atuais recapitularia um organismo ancestral, denominado Blastea, ela também defende que a gástrula dos animais atuais representaria um animal primitivo, denominado Gastrea; 2) Hipótese Trochaea, segundo esta, as fases iniciais do desenvolvimento embrionário apresentaria semelhanças com grupos atuais, isto é, a mórula representaria o ancestral dos primeiros poríferos e a gastrea seria o provável ancestral dos cnidários, o organismo ancestral é denominado Trochaea, por se assemelhar a uma larva trocófora; e Hipótese Blastea/Plânula, nessa, os passos iniciais são semelhantes aos da teoria anterior, diferenciando-se pelo fato de utilizar a evidência embrionária apenas até a fase de blástula.
	A segunda é a Hipótese Sincicial, que defende a célula protista como homóloga a todas aquelas que formam o corpo do metazoário. Os metazoários teriam, então, se originados de uma única célula protista. Por meio do surgimento de novas paredes celulares, esta célula teria dividido internamente seu citoplasma originando uma massa multicelular.
A última é a Hipótese Simbiótica, na qual o primeiro metazoário teria se originado pela simbiose de células de diferentes organismos protistas. Assim como as hipóteses anteriores, ela estabelece uma homologia entre as diferentes células protistas e as diversas células dos metazoários. Porém, ela difere das demais pelo fato de as células protistas ancestrais pertencerem a grupos protistas diferentes, zôo flagelados e amebas, os quais teriam se agrupado através de uma relação de simbiose.
PONTUAÇÃO: 0,5 para cada teoria, que deve estar explicada em detalhes. Caso o aluno escolha a Hipótese Colonial ele deve explicar os quatro tipos.

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