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entendimento certamente será a base para o estudo das máquinas elétricas e dos seus acionamentos elétricos. Joel Rocha Pinto 10 Conversão Eletromecânica de Energia Sumário 1. Introdução a Conversão Eletromecânica de Energia ............................................. 13 1.1 Magnetismo ................................................................... 14 1.2 Ciclo de Histerese - Perdas Histeréticas e Perdas Foucault..................... 23 1.3 Circuitos Magnéticos.................................................. 33 1.4 Circuito Magnético Funcionando em Corrente Alternada ................................................... 37 1.5 Exercícios........................................................................ 45 2. Sistemas Eletromecânicos........................................ 57 2.1 Balanço de Energia em Sistemas Eletromecânicos de Excitação S im p les................... 57 2.2 Análise Gráfica do Balanço de Energia em Sistemas Eletromecânicos de Excitação S im p les........................................................ 64 2.3 Exercícios......................................................................... 74 3. Conversores Eletromecânicos - Cálculo de Forças e Conjugados................................ 91 3.1 Conversor Eletromecânico Excitado com Corrente Alternada .................................................. 96 3.2 Balanço de Energia nos Conversores Eletromecânicos com Dupla Excitação ................... 99 3.3 Exercícios........................................................................ 109 4. Transformadores ............................................................ 115 4.1 Transformador Ideal .................................................. 119 4.2 Transformador Real .................................................... 128 4.3 Perdas, Rendimentos e Regulação de Tensão ........................................................ 142 4.4 Ensaios em Vazio e de Curto-Circuito em Transformadores........................ 155 4.5 Transformadores Trifásicos ................................... 160 11 Joel Rocha Pinto 4.6 Valores em Por Unidade - P.U............................. 166 4.7 Harmônicas em Transformadores ..................... 175 4.8 Deslocamentos Angulares..................................... 191 4.9 Paralelismo de Transformadores....................... 195 4.10 Autotransformador.................................................. 202 4.11 Exercícios....................................................................... 209 Referências.............................................................................. 231 12 Conversão Eletromecânica de Energia 1. Introdução a Conversão Eletromecânica de Energia O estudo de alguns processos básicos de conversão eletromecânica de energia, nos quais se baseiam os equipamentos e sistemas eletromecânicos, é de grande Importância para o entendimento e compreensão dos assuntos a serem abordados no decorrer deste trabalho. Os conceitos de campos elétricos e magnéticos são muito úteis para a análise dos processos de conversão de energia, mas normalmente depara-se que a solução completa e detalhada dos campos magnéticos da maioria das aplicações de interesse prático necessita das equações de Maxwell e de uma grande quantidade de informações contida na abordagem do campo e das relações constitutivas que descrevem as propriedades dos materiais, ou seja, encontrar uma solução exata na prática é um trabalho laborioso. Normalmente utiliza-se de suposições simplificadoras que permitem obter soluções úteis, através da extração de alguns parâmetros descritivos que apresentam propriedades operacionais Importantes dos equipamentos. Em muitos casos, a extração de parâmetros resulta em um circuito elétrico análogo, em outros resulta em um (onjunto de equações para o desenvolvimento de soluções nnalíticas. As soluções numéricas, embasadas em ferramentas computacionais tornaram-se comuns e são Indispensáveis na análise e projetos de equipamentos e •.Istemas eletromecânicos, mas o seu uso não contribui de forma definitiva para o entendimento e compreensão dos processos básicos de conversão eletromecânica de energia. Joel Rocha Pinto 1.1 Magnetismo A partir do século XIX, Hans Christian Oersted, André-Marie Ampère, Michael Faraday, Heinrich Lenz e outros, conseguiram realizar as primeiras experiências relacionadas ao eletromagnetismo e obtiveram resultados práticos. Em 1820, Oersted observou que um condutor elétrico ao conduzir corrente contínua, produzia linhas de campo magnético ao seu redor que orientava uma pequena bússola magnética ao ser aproximada do mesmo. O sentido das linhas de campo magnético pode ser determinado pela "regra da mão direita", onde o polegar indica o sentido da corrente no condutor e os dedos indicadores o sentido das linhas de campo magnético, conforme ilustra a figura 1-1. % Figura 1-1: Condutor elétrico conduzindo corrente contínua. Conversão Eletromecânica de Energia Outras experiências foram realizadas para se determinar os fatores que influenciam na intensidade de < .impo magnético, onde verificou-se que: a intensidade do campo magnético varia diretamente ( om a intensidade da corrente elétrica; quando um único condutor é substituído por uma bobina com N espiras concêntricas, verifica-se que a intensidade do campo magnético varia diretamente com o número de i". piras. Mlg ura 1-2: Linhas de campo magnético estabelecidas na bobina de três espiras. A figura 1-2 permite reportar para uma configuração simples de um imã, onde verifica-se o cnminho das linhas de campo magnético estabelecidas do pólo norte para o pólo sul. 4* ’'***t , — ’\ J s , — íS •*»» s >)/. ^ N ' ) V ' 4* / figura 1-3: Espectro magnético de um imã. 15 Joel Rocha Pinto Analisando as figuras 1-2 e 1-3, é possível concluir que na figura 1-2 fora produzido um eletroímã com pólo norte e pólo sul. Também, pode-se utilizar a figura 1-3 para fazer uma breve revisão das grandezas magnéticas. Fluxo Maanético (ó) Fluxo magnético é a quantidade de linhas de campo magnético em um imã ou em um eletroímã. 108 linhas de campo magnético * 1 Weber [Wb] de fluxo magnético. Campo maanético: Indução Magnética ou Densidade de Campo Maanético (B ). O fluxo magnético <f>queatravessa uma superfície S é a integral de superfície da componente normal de B: Analisando a equação 1.2 é possível verificar que o fluxo magnético líquido que entra ou sai de uma certa superfície fechada é zero, ou seja, qualquer fluxo magnético que entrar em uma superfície delimitando um volume deverá deixar esse volume passando por outra região dessa superfície, porque as linhas de fluxo magnético formam laços fechados. Diante dessas justificativas é possível supor que a densidade de campo magnético B é uniforme em uma seção reta. Assim a equação 1.1 pode ser simplificada por uma equação escalar simples: Na figura 1-4 observa-se um anel de seção reta S colocado próximo ao pólo norte e o mesmo anel de seção reta postado um pouco mais afastado do pólo norte. [1.2] [1.1] s [1.3] 16 Analisando a equação 1.3 é possível afirmar que a inaior densidade de campo magnético no anel de seção reta S é o da figura 1-4A. Conversão Eletromecânica de Energia A B Figura 1-4: Densidade de campo magnético no anel de soção reta S. Intensidade de Campo Magnético (H) A indução magnética B se relaciona com a Intensidade do campo magnético H através das < nracterísticas intrínsecas de cada material. A densidade de campo magnético B depende da intensidade do vetor de polarização H dos momentos magnéticos ou domínios magnéticos de cada material. Cada átomo é considerado como um pequeno drcuito fechado de corrente que produzefeitos magnéticos dentro dos materiais. A orientação desse «iicuito pode ser alterada, variando somente as direções dos eixos de spins dos elétrons, ou pela presença de um • itomo adjacente. Em função da simetria da disposição eletrônica, o momento magnético da maioria dos átomos é zero. 'iomente em átomos com camadas internas de elétrons Incompletas é que o átomo tem um momento magnético llgnificativo. Esse momento magnético tem principal Origem nos spins de elétrons que não formam pares com elétrons de direção de spins opostos. Os materiais que apresentam um momento mncjnético significativo e quando submetidos a um vetor polarização de intensidade magnética têm os seus 17 Joel Rocha Pinto domínios magnéticos orientados facilmente, são denominados materiais fermmagnéticos. Entre eles pode-se citar: o ferro, níquel, cobalto. Utilizando-se a bobina da figura 1-2, coloca-se no interior da mesma uma barra de um material ferromagnético qualquer, onde os domínios magnéticos ficam orientados conforme o vetor polarização H, que depende diretamente da intensidade da corrente elétrica e do número de espiras. Figura 1-5: Representação de um eletroímã em uma barra ferromagnética. O alinhamento dos domínios magnéticos, estabelecendo as linhas de campo magnético é função do vetor polarização H e da característica intrínseca do material de se alinhar com maior ou menor facilidade, ou seja, o estabelecimento do fluxo magnético depende da permeabilidade magnética do material (n ). Assim, tem-se: m [1 .4]B = j u . H 171 E: M= B _ 77 Wb m ~H~------- ou j n 1 Ae _ _ m _ [1.5] A relação da intensidade do campo magnético com a corrente elétrica que produz as linhas de campo 18 Conversão Eletromecânica de Energia magnético pode ser definida pela Lei Circuitual de Ampère: | J.da=j H.dl [1.6] 5 Onde: J = densidade de corrente (A/m2) H = intensidade de campo magnético (A/m) Na figura 1-5 tem-se: J J.da=<f H.dl => N.i H .i H = NJ í Ae m [1.7] Onde: l\l = número de espiras. j = corrente elétrica (A). £ = comprimento da barra ferromagnética. Curva Normal de Maanetizacão de Materiais Ferromaanéticos Através da figura 1-6, pode-se verificar o comportamento do campo magnético B em função da intensidade de campo magnético H. Joel Rocha Pinto Figura 1-6: Representação dos domínios magnéticos do eletroímã. Inicialmente na figura l-6a os domínios magnéticos da barra ferromagnética estavam desorientados. Quando submetida uma corrente elétrica I pelas espiras da bobina, o vetor polarização H orienta uma grande quantidade de domínios magnéticos e à medida que aumenta-se a intensidade da corrente elétrica através da fonte de tensão contínua variável, é possível aumentar a intensidade do campo magnético H, conforme a equação 1.7, e consequentemente o maior alinhamento das linhas do campo magnético. Esse alinhamento é limitado, ou seja, em um determinado ponto, não adiantará aumentar mais a corrente elétrica I para aumentar a intensidade do campo magnético H, pois todos os domínios magnéticos já foram orientados, ou seja, ocorreu a saturação magnética. Esse comportamento pode ser representado pela curva normal de magnetização do material na figura 1-7. 20 Conversão Eletromecânica de Energia Figura 1-7: Curva normal de magnetização. Permeabilidade Magnética íu) A permeabilidade magnética é a propriedade do jpiterial que estabelece o comportamento da orientação |0 I domínios magnéticos quando submetidos a um vetor polarização H. Cada material apresenta a sua curva intimai de magnetização de acordo com sua |H’i ineabilidade magnética Figura 1-8: Curva normal de magnetização para três fllfm entes materiais. 21 Joel Rocha Pinto A seguir, alguns valores típicos de saturação magnética: Bsaturação do Ferro = 2,2 Wb/m s^aturação do Cobalto = 1/8 Wb/m Bsaturação do Níquel — 0,64 Wb/m - Bsaturaçã0 d0 Ferhte = 0,4 Wb/m2 (ferrite: ferro pulverizado em um material de ligação isolante). A permeabilidade magnética dos materiais pode se relacionar com a permeabilidade magnética do vácuo pQ, tal que; , , _________ __M m aterial K M m r -t o i M r e l a t i v a ----------------- = > M , ~ ------ L 1 ' ^ M o M o JL10 = 471.10'7 [H /m ] Alguns materiais quando submetidos a uma intensidade de campo magnético H não estabelecem uma ligação externa com as 'bobinas condutoras de corrente elétrica de forma significativa e os seus domínios magnéticos ficam levemente orientados com o vetor polarização H, resultando no interior desses materiais uma densidade de campo magnético um pouco maior do que existiria no vácuo. Esses materiais são denominados de paramagnéticos. Entre eles pode-se citar: o alumínio, bário, cálcio, cromo, estrôncio, oxigênio, platina, sódio, urânio, magnésio. Outros materiais têm os seus domínios levemente orientados, mas em oposição ao vetor polarização H, tal que, o resultado no interior desses materiais é uma densidade de campo magnético um pouco menor da que existiria no vácuo. Esses materiais são denominados diamagnéticos. Entre eles estão: o vidro, água, antimônio, bismuto, chumbo, cobre, prata, ouro, mercúrio, zinco. Na construção dos núcleos do estator e dos rotores das máquinas elétricas e dos núcleos dos transformadores, é comum utilizar materiais ferromagnéticos comerciais que apresentam 22 Conversão Eletromecânica de Energia Permeabilidade relativa fir na ordem de 5.000 a 10.000. I.imbém existem algumas famílias de ligas metálicas < nino o Permalloy (70 a 90% de níquel e o restante ferro • "in pequenos teores de outros elementos como o cobre, •»* uno e o molibdênio), o Supermalloy (79% de níquel, S% de molibdênio e o restante ferro) e o Mumetal (76% • l<- níquel, 17% de ferro, 5% de cobre e 2% de cromo e mngnésio) que se pode utilizar na construção dos núcleos n .ipiesentam uma permeabilidade relativa jur de 30.000 A 200.000. I i Ciclo de Histerese - Perdas Histeréticas « Perdas Foucault Supondo que a barra de um material Imiomagnético da bobina na figura l-9a esteja Inicialmente desmagnetizada. Através do aumento da Çmicnte elétrica da fonte de tensão contínua variável é lO liível aumentar o vetor de intensidade de campo magnético H, conforme a equação 1.7, até ocorrer a ©limitação completa dos domínios magnéticos, atingindo a ilnir. Idade magnética de saturação Bsatf esse iMiiiportamento é representado pelo caminho 1 na figura I 10. Na figura l-9b , a intensidade da corrente elétrica sendo diminuída gradativamente e fcfliequentemente o vetor polarização H também está llmlnuindo, mas os domínios magnéticos não mudam de (jlrtVio no mesmo instante, o material se opõe à Í*MiMgnetização, produzindo um atraso no retorno da hnftlclade magnética. Pode-se zerar a corrente elétrica, ■II ©eja, estabelecer uma intensidade de campo magnético H nula, que ainda alguns domínios magnéticos continuam •flriilados, produzindo um campo residual ou remanente »m inpresentado pelo caminho 2 na figura 1-10. Esse Joel Rocha Pinto atraso na orientação dos domínios magnéticos é denominado de Histerese. Para anular esse magnetismo residual Br+/ deve-se inverter o sentido da fonte de tensão contínua, mostrado na figura l~9c, para que a corrente elétrica estabeleça um vetor de intensidade de campo magnético H contrário e a medida que a corrente vai sendo aumentada, os domínios magnéticos vão se orientando conforme o sentido do vetor polarização H até ocorrer novamente a orientação completa dos domínios magnéticos, atingindo a densidade magnética de saturação Bsat de sentido oposto, conforme o caminho 3 na figura 1-10. No caminho 3, apresentado na figura 1-10, verifica-se que a intensidade de campo magnéticoH necessária para reduzir a densidade de campo magnético a zero, anulando o campo residual Br+ é denominada de força coerciva Hc_. Já na figura l-9d , a intensidade da corrente elétrica é diminuída e observa-se novamente o atraso dos domínios magnéticos até quando zera a corrente elétrica e alguns domínios magnéticos ainda continuam orientados, produzindo um campo residual Br_. Esse processo pode ser verificado através do caminho 4 na figura 1-10. Para anular esse campo residual Br_, deve-se inverter o sentido da corrente elétrica, mostrado na figura l-9e , aumentando-a gradativamente até que o vetor polarização H consiga reduzir a densidade de campo magnético a zero, nesse ponto tem-se a força coerciva Hc+. Tal procedimento pode ser verificado pelo caminho 5 na figura 1-10. Caso a corrente elétrica da bobina, na figura l-9e continue sendo aumentada, ter se a o caminho 6 na figura 1 - 1 0 . Através dos caminhos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 estabelecidos na figura 1-10 é possível verificar um ciclo de alinhamento do campo magnético denominado de ciclo de histerese. 24 Conversão Eletromecânica de Energia plfurn 1-9: Ciclo de magnetização no eletroímã. IttllWWHÉHHBHBaM Joel Rocha Pinto atraso na orientação dos domínios magnéticos é denominado de Histerese. Para anular esse magnetismo residual Br+, deve-se inverter o sentido da fonte de tensão contínua, mostrado na figura l-9c, para que a corrente elétrica estabeleça um vetor de intensidade de campo magnético H contrário e a medida que a corrente vai sendo aumentada, os domínios magnéticos vão se orientando conforme o sentido do vetor polarização H até ocorrer novamente a orientação completa dos domínios magnéticos, atingindo a densidade magnética de saturação Bsat de sentido oposto, conforme o caminho 3 na figura 1-10. No caminho 3, apresentado na figura 1-10, verifica-se que a intensidade de campo magnético H necessária para reduzir a densidade de campo magnético a zero, anulando o campo residual Br+ é denominada de força coerciva Hc_. Já na figura l-9d , a intensidade da corrente elétrica é diminuída e observa-se novamente o atraso dos domínios magnéticos até quando zera a corrente elétrica e alguns domínios magnéticos ainda continuam orientados, produzindo um campo residual Br_. Esse processo pode ser verificado através do caminho 4 na figura 1-10. Para anular esse campo residual Br_, deve-se inverter o sentido da corrente elétrica, mostrado na figura l-9e , aumentando-a gradativamente até que o vetor polarização H consiga reduzir a densidade de campo magnético a zero, nesse ponto tem-se a força coerciva Hc+. Tal procedimento pode ser verificado pelo caminho 5 na figura 1-10. Caso a corrente elétrica da bobina, na figura l-9e continue sendo aumentada, ter se a o caminho 6 na figura 1 - 1 0 . Através dos caminhos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 estabelecidos na figura 1-10 é possível verificar um ciclo de alinhamento do campo magnético denominado de ciclo de histerese. 24 0 0 Conversão Eletromecânica de Energia s  k t K 2 - © N ik H € 'J * s © S m N © N ||Urn 1-9: Ciclo de magnetização no eletroímã. Joel Rocha Pinto Figura 1-10: Ciclo de histerese de um material ferromagnético. Através de técnicas especiais de laminação é possível produzir lâminas de material ferromagnético, nas quais os momentos magnéticos estão orientados ao longo da direção de magnetização desejada. Nestes materiais com grãos orientados, a rotação dos domínios magnéticos é praticamente eliminada. A curva característica B-H de um material ferromagnético típico dessa natureza (50% níquel e 50% ferro) é apresentada na figura 1-11. 26 Conversão Eletromecânica de Energia HU ura 1-11: Curva característica B-H do material fmiomagnético (50% níquel e 50% ferro). A figura 1-12 apresenta a curva característica B-H 'i' um material magnético permanente, o Alnico V (51% ir ro , 24% cobalto, 14% níquel, 8% alumínio e 3% IMin»). Nuura 1-12: Curva característica B-H do Alnico V. 27 Joel Rocha Pinto Materiais magnéticos que têm uma força coerciva Hc baixa, são denominados "macios" e os que têm Hc elevada são denominados "duros" ou materiais magnéticos permanentes. Perdas oor Histerese - perdas histeréticas O processo de orientação dos domínios magnéticos conforme um ciclo de corrente simétrica, produz um armazenamento e uma liberação de energia que não é totalmente reversível, ou seja, é necessário gastar uma quantidade de energia para magnetizar um material ferromagnético, essa energia é perdida na forma de calor no núcleo do material, daí o nome de perdas histeréticas, cujo fator preponderante é a reorientação lenta dos domínios magnéticos em função do vetor polarização H que varia ciclicamente com a corrente. A figura 1-13, mostra o ciclo de histerese em um material ferromagnético enfatizando que a quantidade de energia armazenada no campo magnético excede à energia que é liberada. A diferença de potencial magnético representa as perdas no meio do ciclo, em destaque. Ou seja, a diferença de energia representa a quantidade que não é devolvida à fonte, essa energia é dissipada na forma de calor quando os domínios são reorientados em resposta à intensidade de campo magnético variável H. B [w b /m 2]I -■ Conversão Eletromecânica de Energia I rm-se: AUDA: Energia armazenada durante meio ciclo de H. n AhCA: Energia liberada durante meio ciclo de H. Mgin.i 1-13: Ciclo de Histerese de um material druivnign ético. A equação 1.9 descreve a energia como a Ifrnllzação da potência em um intervalo de tempo. /2 u>=\p.dt [J ] [1.9] '.abendo que: /> e.i M W <■ N — dt [1.10] Jocl Koclia Pinto Através da equação 1.7 é possível obter: N.i = H .i [1.12 Substituindo as equações 1.11 e 1.12 na equação 1.9, obtém-se: 42 E inserindo a equação 1.14 na equação 1.13, fica: Analisando a figura 1-13, chega-se a energia magnética armazenada no campo magnético durante o meio ciclo de H (admitindo-se que o material já esteja num estado cíclico) através da equação 1.17. A equação 1.18 mostra a energia que é liberada pelo campo magnético e devolvida à fonte, nota-se que B2> B3/ assim w2 será negativa, indicando que a energia está sendo liberada em lugar de armazenada pelo campo magnético. [1.13] Da equação 1.3 extrai-se: (f) — B.S [1.14] 52 [1.15] 51 Onde: v = £.S= volume do material ferromagnético Logo a densidade de energia é: [1.16] [1.17] 30 ( uiivi-i■.,!() I lot.romucânlca de Energia n \ c . ' J 'r-r, II.dH [1.18] J H) A diferença entre wx e w2 é a energia perdida no pulo 1 1< Io de H, graficamente é a área BCDB na figura 1- l \ I ‘oiItanto, conclui-se que a perda de energia por exatamente a área do ciclo de histerese, ilMfninif equação 1.19. wh arca do ciclo de histerese m .ciclo [1-19] A perda de energia por histerese pode ser expressa Im Wdlts, o que é normalmente utilizado na prática, energia _ potência 11 volume, ciclos , ciclos volume. segundos rhWJYi. ---- v ./ >\ w l r v - f Onde: l[ = perdas histeréticas, em Watts; v volume do material ferromagnético, em m3; / frequência da variação de H, em Hertz; [1.20] i/m HY i l< l(). = perda de densidade de energia, em C.im facilitar o cálculo das perdas histeréticas, em M K Meinmetz obteve uma fórmula empírica, através t um l.iborioso estudo e de uma grande quantidade de para vários materiais ferromagnéticos. A JpçWo 1.21 indica as perdas histeréticas em Watts, ido Meinmetz: 31 Joel Rocha Pinto Ph = K h.v.f.BZix. [1.21] Onde: Ph = perdas histeréticas, em Watts; Bmáx = densidade de campo magnético máxima; r/ = constante de Steinmetz, depende do materialferromagnético. r/ situa-se na faixa de 1,5 <r|< 2,5; v = volume ativo total do material ferromagnético, em m3. v = a.b .h .Ke; Ke = fator de empacotamento das lâminas do material ferromagnético; / = frequência da variação de H, em Hertz; K h = constante de histerese, que depende do material, por exemplo: Aço forjado = 0,025 Chapa de aço-silício = 0,001 Permalloy = 0,0001 Correntes Parasitas - Perdas Foucault Quando um fluxo magnético varia com o tempo, produz um campo elétrico induzido em torno da região de variação do fluxo magnético. Essa é a premissa da Lei de Faraday, expressa na equação 1.22. e(f)=— N ~ - [1.22] dt. A tensão induzida também ocorre dentro do material ferromagnético e sendo um material condutor, possibilita a circulação das correntes induzidas ou correntes parasitas, pois existe um percurso fechado dentro d.o núcleo do material ferromagnético. Essas correntes parasitas produzem um aquecimento no núcleo do material ferromagnético, causando uma perda de energia, denominada de Perdas Foucault, atribuída ao seu descobridor Jean Bernard Leon Foucault (1819 - 1868). 32 Conversão Eletromecânica de Energia IMra atenuar as perdas Foucault, pode-se inmnnl.li .1 resistência do material ferromagnético com a fftlMn tl<‘ silício na produção do material. O ferro puro um um.) resistividade de 10'7Q.metro. Com a adição de 1'*" <i■ * ••Ilido ao ferro, a resistividade do material aumenta {trim (i~ l() fu.metro. Normalmente o núcleo dos materiais pruuníignéticos é composto por finas lâminas, isoladas pUfe *.i < om verniz. Assim a corrente induzida fica sitiada iliniti área menor e difunde mais rapidamente nas Blitliiív. Isoladas, que impedem a circulação de correntes l.imina para outra. A equaçãol.23 apresenta uma forma de se ttüt üimlnar as perdas Foucault. r, = K F .v .f2.T2.Bláx [1.23] Onde: /’ = perdas Foucault, em Watts; /•mn = densidade de campo magnético máxima; v volume ativo total do material ferromagnético, »f\ m1; V a.b .h .Ke; Ke = fator de empacotamento das ■ lllins do material ferromagnético; / frequência da variação de H, em Hertz; | ' i * espessura de laminação; l K, = constante de Foucault, depende do material (plju HI jíldo. Clrc ultos Magnéticos A*, máquinas elétricas são constituídas por circuitos j|0 » e magnéticos acoplados entre si. Por um circuito p é tlco entende-se um caminho para o fluxo lyhélif o, assim como um circuito elétrico estabelece um ilnlm para a corrente elétrica. Nas máquinas elétricas, 1...... ores percorridos por correntes interagem com os Joel Rocha Pinto campos magnéticos (originados ou por correntes elétricas em condutores ou de imãs permanentes), resultando na conversão eletromecânica de energia. A lei básica que determina a relação entre corrente e campo magnético é a lei circuitual de Ampère, conforme a equação 1.6, que aplicada ao circuito magnético simples da figura 1-14, resulta: | J.da=j H.dl N i = HA [1.24] Ni = H J n V Nespiras ln=ramprimeüto médio ctes lin h a s cam po roaign&fàbo núcleo cie material ferromagnético Figura 1-14: Circuito magnético simples. Os dispositivos de conversão eletromecânica de energia que incorporam um elemento móvel, normalmente exigem entreferros nos núcleos. Um circuito magnético com um entreferro (vácuo) é apresentado na figura 1-15. fâ núcleo de material ferromagnético Figura 1-15: Circuito magnético com entreferro. r I V N esp iras; <(> 34 Conversão Eletromecânica de Energia [1.25] l’ara o circuito da figura 1-15, pode-se afirmar que: K # t|>u <|>, assim: Os termos entre colchetes da equação 1.26 flinMi.im uma grande identidade com a definição de u:ia elétrica em um circuito elétrico, que depende leslstividade intrínseca do material, do seu Sihpilmento e de sua seção. Esses termos, no caso, Jienri rm da permeabilidade intrínseca do material, do Kiii Mimprimento e de sua seção, e são denominados de pDtAncia magnética do núcleo 9in e relutância magnética AH üntxeferro 9*g, demonstrando a limitação para a jgnético t)>. A equação 1.26, então, 3 N.i Onde: Relutância magnética do núcleo [A/Wb]; ii,, Relutância magnética do entreferro [A/Wb]; & força magnomotriz ou magnetomotriz [Ae]. A equação 1.27 permite fazer uma analogia com Itllln elétrico, estabelecendo a lei de ohm para lyndlMno, onde a diferença de potencial magnético [1.26] [1.27] A equiv. 35 Joel Rocha Pinto responsável por impor a circulação de fluxo magnético é denominada de força magnomotriz ou magnetomotriz 3. Assim, é possível apresentar na figura 1-16 o circuito elétrico análogo ao circuito magnético da figura 1- Embora a permeabilidade magnética não seja uma constante total no comportamento B-H do material, o que faz com que a relutância magnética do núcleo também não seja linear, pode-se usar em muitos casos práticos o conceito de permeabilidade constante do material que conduzirá à resultados de exatidão aceitáveis na engenharia, sendo uma maneira rápida e objetiva para analisar um circuito magnético. Para esses casos considera-se que o material ferromagnético está trabalhando na região linear da curva normal de magnetização B-H. Figura 1-16: Circuito elétrico análogo ao circuito magnético com entreferro. 15. Rn Rg 36 1.4 Circuito Magnético Funcionando em | »«i • «mio Alternada I in estruturas magnéticas com enrolamentos, f$mu o do íigura 1-17, o campo variável produz uma força wlHiumot ii/ (e) nos terminais do enrolamento, conforme a ei »i" i .imday apresentada na equação 1.28. Conversão Eletromecânica de Energia V) - N & dt 1 N.</> ^ e ( / ) = " dt [1.28] B 1 < )nde: r è chamado de fluxo concatenado [Wb.e], que inMMita a quantidade de fluxo magnético que enlaça as ii.i . <l.i bobina, com N espiras. m V(t) e(t)| I I ! 4, — —! ► * > > > . . > N > * > * . . . . . . . . . . . * f i t-17: Circuito magnético simples alimentado com í | .ilternada. I'.ira um circuito magnético no qual existe uma linear entre B-H, devido à permeabilidade i< .i constante do material ou à predominância do jfmio, pode-se relacionar o fluxo concatenado À. com Hente i, através da indutância L, de acordo com a ■90 1.29. À N.(/> = L.i [1.29] 37 Joel Rocha Pinto Assim a força eletromotriz (e) pode ser expressa pela equação 1.30. . . _ d ó 7N.é jL .i dÀ e(t)=N — = d — - = d — = — [1.30] dt dt dt dt Para circuitos magnéticos onde a indutância L é fixa, pode-se apresentar a força eletromotriz (e) nos terminais do enrolamento de acordo com a equação 1.31. e(t)=L — [1.31] dt Mas para máquinas elétricas e outros dispositivos eletromecânicos, a indutância também pode ser variável no tempo e a equação 1.30 é reescrita da seguinte forma: e(t)=L— + i — [1.32] dt dt Indutância É a capacidade que tem um determinado corpo em produzir em si mesmo ou em um outro corpo ou condutor uma tensão induzida, caracterizando a sua maior ou menor capacidade de produção de fluxo magnético para uma corrente imposta. Também já é sabido que para se criar uma força eletromotriz induzida num condutor é necessário que o mesmo esteja submetido a um campo magnético variável. Portanto, a indutância de um corpo é a propriedade que apenas se manifesta quando a corrente que passa por esse corpo é variável, produzindo um campo magnético variável, ao qual está submetido o próprio corpo ou outro condutor. ■ Quando o corpo induz em si mesmo uma força eletromotriz, denomina-se o fenômeno de autoindução e diz que o corpo apresenta auto indutância. A força eletromotriz induzida, neste caso, é conhecida como força eletromotriz de autoindução ou força contra eletromotriz. O outro caso de indutânciaé conhecido como indutância mútua e o fenômeno é conhecido como indução 38 Conversão Eletromecânica de Energia ft^ Hno Sompre que dois condutores são colocados um ■MMmn do outro, conforme a figura 1-18, mas sem <*ntre eles, há o aparecimento de uma tensão ■MlJii/lilo num deles quando a corrente que passa pelo fuiiM i' variável. A Imsão induzida (e2) é devido a interação de fluxo Éltinntlco produzido no enrolamento 1 que se concatena ■ih m rnroiamento 2, ou seja, devido ao fluxo mútuo. 11. A lonsão induzida (e2) fica: [1.33] dt ( )nde: 1/ : é a mútua indutância entre os enrolamentos 1 Analisando a equação 1.37, pode-se definir a 'HIH, ni,no magnética entre os enrolamentos 1 e 2 com as iivas espiras Ni e N2, da seguinte forma: [1.34] equiv.\ i»*« i-1 8 : Circuito magnético com dois enrolamentos. | A Indutância é uma propriedade de todos os fôutnios, podendo ser útil ou prejudicial; no segundo é nncessário eliminar, ou pelo menos, reduzir os seus HMi Joel Rocha Pinto Um corpo pode apresentar pequena ou grande indutância conforme suas características físicas e do material empregado para a confecção do núcleo. Da equação 1.29, tem-se: X = N.(j) = L.i _ N 4 [1.35] jL — Da equação 1.27, tem-se: 3=^.9? .Y equiv. 3= N.i t = ^ [1.36] * equiv. NÁ(f) = 91 .equiv. Substituindo a equação 1.36 na equação 1.35, fica: N N i N 2 L = — .------- = ------- [1.37J i 91 . 91 .equiv. equiv. Sabe-se que a relutância magnética é definida por: £ 91 = - [1 .38| ju.S Logo a indutância L depende apenas da geometri<) e do material do indutor, conforme a equação 1.39. L = [1.39] £ Onde: N = número de espiras enroladas em um núcleo; i = comprimento médio do núcleo, em metros; S = seção transversal do núcleo, em m2; ju = permeabilidade magnética do núcleo. 40 Conversão Eletromecânica de Energia tiwra/a Magnética A potência nos terminais de um enrolamento de tfh ilhulto magnético é uma medida da taxa de fiuxo de Iftffhjin que entra no circuito através deste particular PmlnmcMitO e vale: dX [1.40] />,<// i.dÀ A variação da energia magnética armazenada Aw H in iillo magnético no intervalo de tempo t l a t2 é dado M i?. Ã2 Air J p.dt => Aw=ji.dÀ [1.41] l> /•(’ =í> p=i.— dt him núcleo com permeabilidade constante: . AL i i = - L [1.42] '.ubstituindo a equaçãol.42 na equação 1.41, tem- À2A2 ■ Í T ML A w= 2.L [1.43] ã\ ( onsiderando-se X.i igual a zero, a energia ,i total armazenada, fica: A2 ir 2.L ou, substituindo a equação 1.42, fica: min :iolorm ,= - L . i 2 ( J ) [1.44] [1.45] 41 Eneraia magnética armazenada no entreferro Quando os sistemas eletromecânicos apresentam entreferros ou gaps, pode-se determinar a energia magnética armazenada no entreferro conforme apresentado na equação 1.16, sendo que a energia magnética armazenada no entreferro por unidade de volume pode ser expressa da seguinte forma: Joel Rocha Pinto w -gC'P w =gap I X ^ ' J ' J o O nr _ [1.46 r B \— 'dBg ' J " T. _ m w - ——g^ p [1.47| r B , ^ ——.c/B .volume [ J ] Dessa forma, a energia magnética armazenada no entreferro ficará: 1 7 w g a p = -B g -volume [ 1.48 I 2.jig Onde: jug = permeabilidade magnética no entreferro; B = densidade magnética no entreferro; volume = volume do entreferro; volumeg = a.b.g (desprezando o espraimento magnético); volumeg = [a+g].[b+g]-cj (considerando o espraimento magnético). Em muitos casos práticos é normal desconsiderar o espraimento magnético, no contexto desse trabalho, ser«H desprezado. 42 Conversão Eletromecânica de Energia ■ l 20: Circuito magnético alimentado com tensão min, li» r» 1-19: Circuito magnético l/nndo o espraimento magnético. com entreferro, Tensão Induzida Eficaz Soja o circuito magnético da figura 1-20, pode-se in.n a tensão induzida e(t) na própria bobina de N < nnforme a equação 1.49. j di _ dcf) _ d A dt dt dt [1.49] 43 Joel Rocha Pinto Supondo um fluxo magnético alternado, tal que: <t>(t) = <f>máx.>coswt [1.501 E substituindo a equação 1.50 na equação 1.49, tem-se: e{t> . N d l = _ N d j L ^ ^ n dt dt e(t) = N.w .(/)máx. sen wt e ( t ) = E máx. Se l1 Wt Assim: E . = N.w.é .max. r max. E cr,ca,-^ 2 = N27r- fA » . E <flcaz = 4 , 4 4 . / . N Onde: N = número de espiras da bobina; /'= frequência, em Hertz; (f)máx = fluxo magnético máximo [1.51 [1.52 Vale lembrar que na operação em corrento alternada, em regime permanente, o valor eficaz de unn função periódica, de período T, pode ser expressa como: 44 Conversão Eletromecânica de Energia F„:á l - f F mát2 s 71 0 í C«i.v.2 sen2 6 d6rrK F . . , 2 n K 0 m K u J ~ 0 sen 2 9 n n _2 4 0 U má x. 71 1 ~ — sen 2n - 4 0 71 _2 2 F 2má x. 71 7T 2 ^ máx. [1.53] Sirciclos * 0 i Ircuito magnético da figura 1-21, calcular: ,« HHromotriz induzida (f.em .i.) quando Bn = sen Wli/nr’). p ân r Ins no ferro (Rn) e no entreferro (Rg). In< In (L). fyin magnética armazenada para Bn = 1 Wb/m2. IN - 500; Sn = Sg = 9 cm2; ln = 30 cm; lg = 0,05 li, - 5000. 45 Joel Rocha Pinto 1 *9 Figura 1-21 R esp . : a) e (t)=169,65cos377t (V ); b) 53 .051,65 A/Wb e 442.097,06 A/Wb; c) 0 ,5 H; d) 0 ,2OJ 2) O circuito magnético da figura 1-22 foi projetado paru operar com um fluxo magnético na perna central d<- 2mWb. Sabendo-se que a bobina 1 tem Ni=600 espiras n a curva do material magnético está na figural-23, Determinar: a) A indutância do circuito magnético e a permeabilidade' relativa do material magnético. b) A corrente contínua necessária na bobina 1 (Ni) pain estabelecer o fluxo especificado na perna central. c) A tensão contínua que será aplicada, sabendo-se que ,1 resistência elétrica dos enrolamentos da bobina é de 3 D. d) A energia magnética armazenada nos entreferros e nu ferro. e) O valor da tensão alternada eficaz e da correntn alternada eficaz para obter um fluxo magnético eficaz n| perna central igual quando alimentado com correi il a contínua. f) Quais as tensões induzidas eficazes nas bobinas N2 e N g) A mútua indutância entre Ni e N2 e a mútua indutância entre Ni e N3. ) M I A 1-22 Conversão Eletromecânica de Energia N1 = 600 espiras N2 = N3 = 1000 espiras Cotas sem unidades estão em centímetros H (Ae/m) ♦t I 23 \H § 4.897; b) 4,05A ; c) 12,15V; d )2 ,3873J e 39 ,87m J; àiV; t) 753,5V e 376 ,7V; g) 0,494H e 0,247H llrculto magnético da figura 1-24 é composto de uma peça de chapas aço silício médio e a ilr . iço fundido doce, que apresentam curvas <!<• magnetização conforme o gráfico da figura 1- n I (Nt) é percorrida com uma corrente eficaz |ln (1|) e produz um fluxo magnético eficaz ftilii <lr 2,5 mWb. Calcular: «Im.incia magnética do circuito. ' T b) O valor, da corrente eficaz alternada que deve circulm na bobina 1 (Ni) para produzir o fluxo magnético eficaz «l«• 2,5 mWb. c) Qual a tensão induzida eficaz na bobina 2 (N2) e qu.il o valor da tensão eficaz que é aplicada na bobina 1 (N(), desprezando a queda de tensão na bobina 1 e a dispers.tu de fluxo magnético. d) Qual o valor da corrente eficaz da bobina 2 (N2), st' .t mesma estivesse com carga. e) Qual o valor da tensão contínua que pode ser aplicarln na bobina 1 (Ni) para produzir um fluxo rnagnétim contínuo de 2,5 mWb, considerando o valor da resistênc ia interna da bobina 1 (Ni) de 0,5 Q. Joel Rocha Pinto iMiMiiinft Aço Fundido Doce Aço Silício Médio DADOS: Todas as cotas em centímetro» m - 500 espiras N2 = 250 espiras Entreferro: vácuo Resistência interna da bobina i ll< j Frequência * 60 Hz Figura 1-24 48 Conversão Eletromecânicade Energia liitwniildade do campo magnético, ampere-espiras/metro (Ae/m) • »« I 25 IH, h) 1,37A; d)6,74A |ln mio magnético da figura 1-26 é construído de liga Ht" níquel e está operando com uma densidade i n.i perna central de 0,9 T. Sabendo-se que a n U)0 espiras, calcule a corrente elétrica. * otus apresentadas estão em centímetros. JoeL Rocha Pinto 5) O circuito magnético da figura 1-27 é construído de llg.t de ferro níquel e está operando com uma densidade magnética na perna central de 0,9 T. Sabendo-se que n bobina tem 300 espiras, calcule a corrente elétrica. Todas as cotas apresentadas estão em centímetros e * vale 3mm. Figura 1-27 Resp.: 14,14A §) Necessita-se desenvolver um projeto para construir um indutor de 500 mH. Para tal, tem-se o núcleo conforme $ figura 1-28, inclusive conhecendo as curvas normais do magnetização dos materiais A e B em questão (figura I 29). De posse dessas curvas chega-se à conclusão da estabelecer uma densidade de campo magnético de 0,n i (região linear de operação) no material B. Portanto ó solicitado o número de espiras e qual a energia magnéth | armazenada no indutor necessária para estabelecei 0 campo magnético pretendido de 0,6 T no material B. 50 Joel Rocha Pinto 1) Necessita-se desenvolver um projeto para construir um indutor toroidal com 400 mH. Tem-se a toróide conformn a figura 1-30, inclusive conhecendo sua curva normal do magnetização do material em questão. De posse dev.n curva chega-se à conclusão de estabelecer uma densidade de campo magnético de 0,8 T (região linear do operação).Portanto é solicitado o número de espiras e qunl a corrente necessária para estabelecer o campo magnéth o pretendido de 0,8 T. DADOS: A = 1 cm R = 5 cm r = 2 cm Resp .: 242 espiras e 0,145mA 8) O circuito magnético da figura 1-31 fora construído cuin dois materiais diferentes, sendo a parte (A) de Aço Fundido Doce e a parte (B) de Liga de Ferro Níquel. A bobina tem 350 espiras e o circuito está operando com mi» fluxo magnético de 0,8 mWb. Calcule: a) A corrente elétrica na bobina para estabelecer um fluxfl magnético de 0,8 mWb. b) A energia magnética total armazenada e a energia magnética armazenada no entreferro. OBS: cotas em centímetros. 52 Conversão Eletromecânica de Energia r* i 3 i 1$) í, l IA; b )0 ,467J e 0,4223 $|t< ulto magnético da figura 1-32 é construído de aço tlf ui.ío orientado cuja permeabilidade relativa é de 9 ilt á operando tal que o fluxo magnético em uma mu pernas laterais é de 4mWb. Sabendo-se que a tem 700 espiras, calcule a corrente elétrica.Todas íí .ipiesentadas estão em centímetros. Joel Rocha Pinto Figura 1-32 Resp. :1 ,1 a |0 ) O circuito magnético da figura 1-33 fora construldu com chapas de aço silício médio e projetado p.u* trabalhar com uma intensidade magnética eficaz de lOU Ae/rrçna perna central, determinar: À corrente alternada eficaz aplicada na bobina Ni, |».n* produzir a intensidade magnética projetada na pomn central. 54 Conversão Eletromecânica de Energia I I \ 1 HA N1 = 37 espiras Cotas estão em centímetros ” Joel Rocha Pinto í * c1 <***' www .bibfiotec524horas.com 56 C«nversã© Eletromecânica de Energia *M<'inns Eletromecânicos a . onversão eletromecânica de energia ocorre ii*. campos magnéticos são acoplados e estão Ijilii'. de tal maneira que a energia magnética flfniMtl.i varia com o movimento mecânico. Um Hetromecânico de energia transforma energia ||l!iin «*l<‘trica para a mecânica e vice-versa. Estes pivô*, ou são dispositivos de força, tais como m*. (' motores elétricos, ou são dispositivos de n, tfils como transdutores eletromecânicos. 0*» d e ito s básicos de cam pos m ag nético s, M «'in criação de fo rças são : IPiito de linhas de fluxo m agnético ; entre campos magnéticos e condutores lln*. por correntes, conforme o fenômeno bem .1 lorça de Lorentz. forças são desenvolvidas nas partes néticas que são acondicionadas por condutores nle elétrica. Essas forças são mecânicas, mas a •iliii.il é elétrica. Daí denomina-se essas forças i om o símbolo Fe. • de Energia em Sistem as in lcos de Excitação Simples um ('xemplo, será considerado o caso especial lolmã composto por duas partes: uma fixa e a iWd, atraindo uma massa de ferro, como n.i figura 2-1; onde (1) e (2) indicam, mente, as posições inicial e final da parte móvel, i * * um deslocamento - dx (contrário à direção 57 Joel Rocha Pinto positiva de x). Se a corrente na bobina permanecer constante para i = I0, durante o movimento de (1) para (2 ), então para qualquer deslocamento da parte móvel (2) em relação à parte fixa (1 ), a lei da conservação de energia exige que: R , Fonte < < ç J~ > --------- p e^ça Fixa F e <~ MOLA 04-~ _yvvvv. dx © 0> Figura 2-1: Exemplo de circuito magnético simples. Aumento na Energia 'Entrada de Energia da fonte Elétrica (Saída de Energia] [ Mecânica J armazenada no campo magnético \ do acoplamento J Energia Perdida na forma de Calor [2.1] Energia Energia Elétrica = Mecânica + çde Entrada \de Saída Variação da Energia Magnética no acoplamento Perdas Mecânicas + Perdas no Núcleo v+ Perdas nos Enrolamentos [2 .2] í Energia Elétrica de Entrada — Perdas nos Enrolamentos . Energia Mecânica de Saída + Perdas Mecânicas Variação da Energia Magnética | no acoplamento + Perdas Associadas ) [2.3] 58 Conversão Eletromecânica de Energia j + (Variação da Energia Magnética) [2.4] À We — Trabalho Mecânico + A Wmag. [2.5] Através da equação 2.5 pretende-se desenvolver uma expressão para a força Fe/ considerando que há uma relação linear entre o fluxo magnético e a corrente elétrica, para qualquer posição do sistema eletromecânico. Inicialmente, tendo um deslocamento incrementai ilx na peça móvel em um intervalo de tempo dt, a equação 2.5 pode ser representada da seguinte forma: dWe = Fe.dx + dWmag. [2.5] A força Fe foi a responsável pelo deslocamento dx e pelos incrementos de energia elétrica líquida dW e e de nrmazenamento de energia magnética dWmag. Eneraia Elétrica Líquida ( AfVe) Num intervalo de tempo dt, o incremento de energia elétrica líquida dWe, fica: dWe = v.i.dt - r.i2.dt dWe = (v - r.i \i.dtv [2.8] dWe = e.i.dt Onde: e — v — r.i Onde: Trabalho Mecânico - zmec = Fe.dx [2.7] XTd<f> jN.Ó . L.i dX e=N— = d — — = d — = — dt dt dt dt [2.9] Assim: Joel Rocha Pinto dWe = — .i.dt dt [2.101 dWe = i.dX Para determinar a energia elétrica líquida AWc, basta integralizar a equação 2.10. A We= f dWe - j i.dÀ [2.11 | Sabendo que i = I0 = constante, a equação 2.1 I fica: A We = I 0(À2- X l) [2.12| X — N.(j) — L.i [2.13 | Substituindo a equação 2.13 na equação 2.12, tem-se: A We = I0{L2J , - L lJ . ) A We = I 20(L2 - L l) Ou através de:  = N.ó [2.14 3 = N.i = 0M NA , , r N.i N .i X = N . = ----- Que ao substituir a equação 2.15 na equação 2 .1 2, também tem-se: 60 Conversão Eletromecânica de Energia A IVc = I 0 ( à 2 - à , ) f AT2 \Wc = /, N .1 N .1 \ll V = / 2 ( N 2 N 2 ^ [2.16] V^2 \IVc = l l ( L 2 - L {) 61 Joel Rocha Pinto Variação da Eneraia Magnética( AWmag.) Utilizando a equação 2.6 pretende-se obter .1 variação da energia magnética AWmag., conforme já abordado no capítulo 1. Mas para 0 momento da análise, pode-se considerar a força Fe desenvolvida na parte m ó v e l da figura 2-1, responsável pelo deslocamento dx. Atravé*. de uma força externa inserida no sistema (uma mola, poi exemplo), a peça móvel permanece estática, assim ,1 equação 2.6 fica: dWe — Fe.dx + dWmag. — dWmag. [2.1 / | Sendo que0 diferencial de energia elétrica líquida ó igual ao diferencial de energia magnética no sistema, ou seja, a energia elétrica líquida é convertida em energia magnética. Portanto a variação da energia magnétii.i AWmag. será: AWmag. = ---- [2.18] AWmag. — AWmag. = —L .i2 2 i. Portanto: AWmag. = d l 2[L2- £ ,] 62 Conversão Eletromecânica de Energia Ii abalho Mecânico Realizado pelo Sistema ) Mib*.tituindo as equações 2.14 e 2.19 na equação i H Imn se: \ 11 ‘<' Trabalho Mecânico + À Wmag. i , I J I : - L l) = Tmec. + - J 20lL2 - L l] [2.20] r * , M 0[L2- L l] = AWmag. logo, o trabalho mecânico realizado pelo sistema im< .mico é a variação da energia magnética. fo rca Eletromagnética Desenvolvida (Fe) i imforme a equação 2.20 tem-se: Bw Fe.dx = A Wm ag. Wmag. [2.21] I d dx onde: 1 _ „ [2 .22] Av.lm a força eletromagnética desenvolvida Fe, II tnag. = —.L.i22 W L - - . U 2 dx 2 ,2 * L [2.23] " 2 '' A dx A direção da força Fe sobre o material magnético é M’ tende a aumentar a indutância do sistema hm .mico. &Xe. 63 Joel Rocha Pinto 2.2 Análise Gráfica do Balanço de Energia em Sistem as Eletromecânicos de Excitação Simples Considerando o eletroímã da figura 2-2, sendo excitado com uma fonte de tensão contínua e mantido nessa posição (x i) pela ação de uma força externa F. É possível verificar que a força desenvolvida pelo sistema eletromecânico Fe é contrária à força externa F, isto é, tem sentido sempre tendendo a diminuir a relutância do circuito magnético ou armazenar menos energia no circuito, principalmente no entreferro. A figura 2-3 apresenta a relação <j> vs. 3 para os entreferros na posição Xi e x2, onde x 2> Xi. As retas 1 e 2 representam essa relação para os respectivos entreferros na posição Xi e x2. A curva representa a relação para o trecho ferromagnético do circuito, mostrando o efeito da saturação magnética. Analisando a figura 2-3 pode-se obter a figura 2-4 que é o comportamento resultante da força magnetomotriz no entreferro 3 g com a força magnetomotriz no material ferromagnético 3 fe rro- Portanto o circuito magnético do eletroímã é não linear, embora seja razoável supô-lo linearizado ou admitir que toda a força magnetomotriz se estabeleça no entreferro o que tornaria o sistema linear. 64 Conversão Eletromecânica de Energia Figura 2-3: Relação (j> vs. 3 para os entreferros na posição Xi e x2. Figura 2-4: Comportamento resultante da força magnetomotriz no entreferro 3g com a força magnetomotriz no material ferromagnético 3 fe rro- Na estrutura magnética da figura 2-2, estabelece um fluxo magnético <|> quando a bobina é excitada. Supondo que não haja nenhum movimento entre as partes fixa e móvel num intervalo de tempo dt, conforme a equação 2.5 o balanço de energia fica: 55 Joel Rocha Pinto AWe = Trabalho Mecânico + AWmag. v.i.dt - r .i1 .dt = r „ + dWmag. [2 .2 4 1 c/fFe = Fe.dx + dWmag. dWe = dWmag. Analisando a equação 2.24, verifica-se que a energia elétrica líquida suprida no intervalo de tempo dl será armazenada no campo magnético. Assim: dWe = e.i.dt dWe = — ./.ífr dt dWe = i.dà [2.25| dWe = i.dN.(j) dWe = N.i.dtf) dWe = Portanto o acréscimo de energia armazenada no campo magnético AWmag. para uma situação tal que o fluxo magnético varie de <|>i até <j>2, será dado por: dWe — dWmag. = <p2 AWmag. = T^s.dxj) [2 .261 A a, AWmag. = | z.d/l 4 O que corresponde a área tracejada da figura 2 '» para uma curva de magnetização <|> vs. 3genérica. 66 Conversão Eletromecânica de Energia ri» 2-5: Energia armazenada no campo magnético iihn:. para uma situação tal que o fluxo magnético 0 di* (J>i até (j)2. No eletroímã da figura 2-2, quando o entreferro n <l.i posição Xi para x2, imaginando situações de r permanente, a corrente deve ser a mesma, pois é *ln pela fonte de tensão contínua Vcc na resistência mi <1.1 bobina r. | As energias magnéticas armazenadas no circuito íln uma das situações são apresentadas na figura 2 - |»f> I nergias magnéticas armazenadas no circuito u •>., 8 x2. 67 Joel Rocha Pinto Conforme a equação 2.26 as energias magnética?, armazenadas no circuito na posição Xi e x2, são respectivamente: Wmag. V| = área OB(f)x O [ 2 .2 7 | Wmag. V2 = área O A (j)20 [2.28] Aplicando a equação da lei de conservação do energia 2 . 1 , durante um intervalo de tempo dt da abertura de xi até x2, tem-se: Á We + Trabalho Mecânico = A Wmag. [ 2.29 | Onde adota-se a convenção de que a energi.i entrando no sistema é positiva e saindo é negativa. O processo de abertura está representado na figura 2-7. Se a abertura é feita num intervalo de tempo muito longo, tendendo para infinito, a curva vs. 3 enquanto a peça móvel está movimentando, aproxima-se do segmento ( l ) - » ( 2 ), pois a tensão induzida na bobina (f.e .m .i) nesse transitório é muito pequena e a corrente praticamente não se altera (regime permanente). Mas se a abertura é feita rapidamente, num intervalo de tempo tendendo a zero, a curva <j> vs. 3 aproxima-se do segmento (1 )—>(3) e após o movimento (transitório), o fluxo magnético e a força magnetomotriz decrescem ao longo da curva de magnetização (3)-»(2). Na prática, normalmente, a curva <J) vs. 3 durante o transitório de abertura estará entre os dois casos extremos, ou seja, no caminho (l)->(4)->(2), dependendo da carga útil e dos parâmetros do sistema mecânico (inércia e atritos), bem como os parâmetros do sistema elétrico. 68 Conversão Eletromecânica de Energia I H: Representação do transitório de abertura do fl d.v. posições Xi para x2. i 2-7: Representação do processo de abertura do in.t da posição Xi para x2. Al invés da equação 2.29 e do gráfico da figura 2-8, determinar o trabalho mecânico introduzido movimentar a peça móvel da posição Xi para x2. Ml <- i / ’/ 'abalho M ecânico - Á Wmag. [2.30] I » Wmec.mA - A 69 Joel Rocha Pinto De acordo com a equação 2.25, a energia elétrica líquida AWe é: A We = \ d W e = i Z.d(/> J J [2.31] A We = área{(f) {(])2 12) A energia magnética antes do movimento é dado por: Wmag. [2.32] A energia magnética depois do movimento fica: Wmag. V2 = área(02(f>2 O) [2.33] Portanto o trabalho mecânico introduzido para movimentar a peça móvel da posição Xi para x 2 será: Tmec.mtroduzido= área<,02\0) [2.34] Figura 2-9: Representação do trabalho mecânico introduzido para movimentar a peça móvel da posição x i para x 2. Analogamente o trabalho mecânico realizado (retirado) pelo sistema para vencer a força F aplicada externamente durante um processo de fechamento da posição x 2 para x x será: T niec. realizado = “ ^ « ( 0 2 \ 0 ) [2 .35 ] 70 Conversão Eletromecânica de Energia Figura 2-10: Representação do trabalho mecânico tealizado para movimentar a peça móvel da posição x 2 para Xi. Analisando os gráficos da figura 2-9 e 2-10 conclui- sc que: * mecânico = A Wmagnética [2.36] Ou seja: O trabalho mecânico ou energia mecânica no llstema eletromecânico é igual a variação da energia magnética armazenada no sistema. Sabendo que: T m e c à n i c o = W m e C - = F e -d x [ 2 -3 7 ] Obtendo o trabalho mecânico elementar no Intervalo de tempo dt, pode-se determinar a força eletromagnética desenvolvida Fe pelo sistema Hotromecânico em função da posição do entreferro x. Conforme a equação 2.20, tem-se: TmeaSmco = WmeC' = Fedx = A [2.38] Portanto: Joel Rocha Pinto Fe = d ^ ^ [2.39] dx . A força Fe para a posição de abertura do entreferro x é dada pela variação da energia magnética com o espaçamento x. Como a energia magnética armazenada é função de x e do fluxo magnético <j>, tem-se: Fe = dm n a ^ ) ^ [24Q] Ou colocando a energia magnética em função de 3 e x, tem-se: Fe = á Wmag(3,x)\ [2 41] dx Caso o sistema magnético seja linear, ou para o caso do eletroímã, admitindo-se que toda a energia magnética estará armazenada no entreferro, pode-se escrever: F ‘ = \ J l j d Í Í 2A 2 ] O comportamento de abertura e fechamento da peça móvel do sistema eletromecânico da figura 2 - 2 fora representado na curva <j> vs. 3 das figuras 2-9 e 2-10 respectivamente. A seguir será apresentado o comportamento da corrente elétrica que alimenta a bobina do sistema nos transitórios de abertura e fechamento da peça móvel. Em regime permanente a corrente elétrica é constante, pois depende apenas da tensão contínua aplicada Vcc e da resistência elétrica das espiras da bobina (r ) . Assim, a corrente elétrica em regime permanente é dada por: I cc = ^ [2.43] r Porém, nos transitórios de abertura e fechamento, a corrente elétrica pode variar com a posição x da peça móvel, devido à variação da relutância magnética e 72 Conversão Eletromecânica de Energia consequentemente da variação do fluxo magnético que Induz uma força eletromotriz induzida (e) na bobina, que altera o valor da corrente elétrica no circuito. Dessa forma tem-se: 3 = (j).\K dZs dt e(t) = N dM m dó — + sJ i — dt dt d(f) [2.44] dt Pela Lei de Kirchhoff de tensão no circuito, fica: dcj) dt dcj) K - r l - N 0 - N [2.45] L , = dt Supondo o caso de abertura rápida do entreferro, a relutância magnética do circuito aumenta e o fluxo magnético <j> diminui rapidamente. Portanto a variação do fluxo magnético no tempo é decrescente ou negativa. Assim no transitório de abertura, a corrente elétrica I cc ficará: d(/) V„+ N dt [2.46] Após o intervalo de tempo dt, a relutância magnética deixa de variar e a força eletromotriz induzida fica nula, a corrente elétrica volta ao valor de regime. No caso de fechamento rápido do entreferro, a relutância magnética do circuito SR diminui e o fluxo magnético <j> aumenta rapidamente. Portanto a variação do fluxo magnético no tempo é crescente ou positiva. No transitório de fechamento, a corrente elétrica I cc ficará: d(f) - N dt [ 2 .4 7 ] 73 Joel Rocha Pinto A figura 2-11 apresenta o comportamento da corrente elétrica nos transitórios de abertura e fechamento do entreferro. V cc R Transitório de Abertura Transitório de Fechamento t Figura 2-11: Representação da corrente elétrica para os transitórios de abertura e fechamento do entreferro. 2.3 Exercícios Um eletroímã, como o da figura 2-12, é ligado, mantendo-se o entreferro constante e igual a 3 mm através da força da mola de 51 kgf. A bobina tem 500 espiras e sua resistência é de 3 Q. A permeabilidade magnética relativa do material vale 3.500, o comprimento médio do circuito magnético é igual a 650 mm, a = 25 mm e b = 80 mm. a) Qual a tensão contínua a ser aplicada para se obter uma força de 51 kgf. b) Qual a tensão alternada eficaz de 60 Hz, para se obter essa mesma força (51 kgf médio). c) Comente e justifique a diferença de comportamento de um circuito magnético com entreferro variável operando com excitação C.C. e C.A. 74 Conversão Eletromecânica de Energia Mgura 2-12 hsp.: . 1 ) 12V; b) 297 ,3V jf) A figura 2-13 mostra um soienóide com geometria • «•l.ingular. O embolo de ferro de massa M é suportado por iimn mola e guiado verticalmente por espaçadores não m.Kjnéticos de espessura t e permeabilidade |^ 0. Suponha- 1 0 o ferro infinitamente permeável e despreza-se o uspiaimento magnético e os campos dispersos. A soienóide está ligada a uma fonte de tensão e o »nliciferro é mantido constante através da ação da mola. I Mormine: o) (,)ual a tensão contínua a ser aplicada para se obter min.i força de 7 kgf. li) (^ ual a tensão alternada eficaz de 60 Hz, para se obter l l i a mesma força (7 kgf médio), i lados: d = 4,0 cm w = 5,0 cm Ni = N2 = 500 espiras i - 2 , 0 mm » 0 , 1 dm 5 ü 75 Joel Rocha Pinto Figura 2-13 R esp .: a) 3 ,5V ; b) 22 IV 3) O circuito magnético da figura 2-14 é composto de duas peças, uma peça fixa de aço silício médio e a outra móvel de aço fundido doce conforme a figura 1-25. Sabe- se que a densidade magnética na peça fixa é de 0 , 8 Wb/m2. Determine: a) A força desenvolvida na mola quando a bobina é alimentada com tensão contínua e o entreferro é mantido constante e igual a 0,5 cm. b) Qual a tensão contínua para desenvolver a força do item a. c) Qual o fator de potência do circuito magnético se a bobina for alimentada com tensão alternada e o entreferro for mantido constante e igual a 0,5 cm. Dados: R = 4 Q N = 1300 espiras OBS: cotas em centímetros. 76 Conversão Eletromecânica de Energia l lgura 2-14 Ifvsp.: .») I.277N; b) 20V c) 0,02 indutivo i j ) O circuito magnético da figura 2-15 representa um uintator eletromagnético onde tem-se uma bobina na pnrna central de 750 espiras e uma resistência ôhmica de 'I U, desprezando a relutância magnética do núcleo e a ilhpersão de fluxo magnético, determinar: «) A força eletromagnética instantânea e média <lf.envolvida na peça móvel quando uma tensão alternada dr 270 V é aplicada na bobina e o espaçamento x é de Miinm. I>) Qual seria o valor da tensão contínua a ser aplicada Iara obter a mesma força eletromagnética desenvolvida nn puça móvel? H S : cotas em centímetros. Joel Rocha Pinto Figura 2-15 R esp .: a) 192 .sen2(w t - 86 ,56°)N ; 96N b)13 ,2Vcc •<f') Para o circuito da figura 2-16, a mola está desenvolvendo uma força de 100 N para deixar a peça móvel afastada de 0,5cm da peça da fixa. Sabendo que a bobina apresenta 6 . 0 0 0 espiras com uma resistência ôhmica de 2 Q e o material ferromagnético das peças fixa e móvel têm uma permeabilidade relativa de 15.000. Determinar: A corrente contínua necessária para "atracar" a peça móvel com a fixa. Qual seria o valor da tensão contínua a ser aplicada. 78 Conversão Eletromecânica de Energia Nuura 2-16 $) > 0,21 A ; > 0 ,42V Jfr') () sistema eletromecânico da figura 2-17 apresenta um.» peça fixa e uma móvel. A peça móvel tem um peso ti* l,0N que juntamente com o suporte plástico fixo, (nmprime a mola em di= 18mm. Nessa condição a mola tlrMMivolve uma força de 3,6N (F i= k*d i) sustentando a móvel conforme ilustra a figura 2-17. A bobina de 1.300 espiras sendo energizada com uma liiiirn te contínua de 2,5A conseguirá fazer com que a (hm.íi móvel atraque na peça fixa? justificar a resposta calcule a força eletromecânica (Imumvolvida no sistema eletromecânico, sabendo-se que: M entreferro x vale 4mm. I o espraimento magnético e a relutância no material ■imm.ignético são desprezíveis. I n i onstante k da mola vale 200N/m. m p.ii.i que a peça móvel atraque na peça fixa a mola v*’i >i ser comprimida em d2 =2 2 mm. 79 Joel Rocha Pinto OBS: a unidade das cotas está em centímetros. U P O R T E P L Á S T IC O P E Ç A M O V E L P E Ç A F IX A Figura 2-17 R esp .: 20 ,74N 7) O circuito magnético da figura 2-18 é um esquemático de um relé, constituído de duas partes: fixa e móvel. Todas as cotas apresentadas estão em centímetros. O número de espiras da bobina é de 900 e sua resistência ôhmica é de 4 Q Considerando que o núcleo do relé apresenta permeabilidade infinita, não existe dispersão do fluxo 80 Conversão Eletromecânica de Energia magnético ao longo dos enrolamentos e espraimento magnético nos entreferros. Determinar: a) A força eletromecânica desenvolvida na peça móvel para um espaçamento nos entreferros de 3 mm, quando é aplicada uma corrente contínua de 2 A. b) A tensão contínua necessária para desenvolver a força eletromecânica do item a.E qual seria a tensão alternada eficaz para desenvolver uma força média aproximadamente igual a do item a? Hyura 2-18 /><“>/),; M) V>5,5/V; b) 8Vcc; 639,6Vca §N) O detroímã da figura 2-19 está sendo alimentado com pinn corrente elétrica que está percorrendo as duas llh lnas ligadas em série. Com essa corrente o núcleo N lomagnético está trabalhando conforme o ponto de Hcrflçno da sua curva normal de magnetização. As duas MM*' estão espaçadas por um gap de comprimento x, K trm ln ar a força eletromagnética entre as peças quando * ii,1) cm. BÉNItlnrar as unidades das cotas em centímetros e Nx = - 1 . 0 0 0 espiras. 81 Joel Rocha Pinto Figura 2-19 R esp .: 1 .272,8N 9) O eletroímã da figura 2-20 apresenta geometria retangular e está sendo alimentado com uma corrente elétrica de 5 A que circula pelas duas bobinas ligadas em série, onde Ni =N2= 1.000 espiras. Calcule a força desenvolvida no êmbolo quando x = 10 mm. Desprezar a relutância magnética do material do núcleo e considerar a permeabilidade relativa das placas isoladoras de alumínio igual a 1,0. Todas as cotas apresentadas na figura 2-20 estão em centímetros. 82 5 Conversão Eletromecânica de Energia Figura 2-20 H v.p .: 1 .005 ,3 IN 1 0 ) O eletroímã da figura 2 - 2 1 apresenta geometria i lllndrlca e está sendo alimentado com uma corrente • d* Irica de 5 A que circula pelas duas bobinas ligadas em B r^le, onde Ni = N2= 1.000 espiras. Calcule a força tlmi-nvolvida no embolo quando x = 10 mm. Desprezar a iHui.íncia magnética do material do núcleo e considerar a l"'Mneabilidade relativa da luva isoladora de alumínio igual ri 1,0. Todas as cotas apresentadas na figura 2-21 estão fcm ( ontímetros. 83 Joel Rocha Pinto Figura 2-21 R esp .: 994 ,77N 1 1 ) O sistema eletromecânico da figura 2 - 2 2 representa o princípio de funcionamento básico de um solenóide e fora construído com 2 . 0 0 0 espiras enroladas no material de aço silício médio para operar com uma densidade magnética no núcleo de 0,8 Wb/m2. Determinar: a) A força desenvolvida na peça móvel quando o entreferro está com G = 5 mm e operando com tensão contínua. b) Qual o valor da tensão contínua a ser aplicada na bobina, sabendo que a resistência ôhmica da bobina vale 3 n . c) Se a bobina fosse excitada com tensão alternada, qual deveria ser o valor da tensão eficaz para obter a mesma força média equivalente ao do item a. d) A energia magnética total armazenada e a energia magnética armazenada no entreferro quando o entreferro está com G = 5 mm e operando com tensão contínua. Todas as cotas apresentadas na figura 2-22 estão em centímetros. 84 Conversão Eletromecânica de Energia PEÇA FIXA f N \ \ ...JULL > O § <o LU A* MOLA y w w . 10 Figura 2-22 Hiwp,: í») I .2 7 3 N ; b) 9,6 6 V c) 1 .5 0 5 V d) 6 ,4 2 8 J e 6 ,3 6 6 3 I») 0 dispositivo eletromecânico da figura 2-23 apresenta iiiim geometria cilíndrica e fora construído por dois mntoriais ferromagnéticos diferentes A e B. O material A bresenta uma permeabilidade relativa de 4.000 e o mniiírial B apresenta uma permeabilidade relativa de Í i)()0. Sabe-se que a força de atração entre os dois innlorlais é de 51,02 Kgf para um entreferro de 0,5 cm ÉUrtiido uma corrente contínua de 3A é aplicada na bobina ■p N espiras. Admitindo-se que o entreferro em questão ft|)n o vácuo, qual o número de espiras da bobina N? Considere g = 9,8 m/s2 e todas cotas em centímetros. 85 Joel Rocha Pinto Figura 2-23 R esp .: 1 .125 espiras 13) O circuito da figura 2-24 representa um soienóide de uma válvula automotiva e fora construído com dois tipos de materiais, a peça fixa ( 1 ) é de aço silício médio e a peça móvel é de liga de ferroníquel. Essa válvula opera com um fluxo magnético de projeto no lado da peça móvel de 2mWb. O diâmetro de ambas as peças é de 56,4mm, mas o comprimento médio é diferente, a peça fixa tem um comprimento médio de 2,5cm e a peça móvel tem um comprimento médio de 3 cm. O número de espiras é de 5.500, o que caracteriza uma resistência ôhmica da bobina de 0,3 n . Determinar: a) A força mecânica desenvolvida na peça móvel quando o entreferro está com g = 3 mm e o soienóide é alimentado com tensão contínua. b) Qual o valor da tensão contínua a ser aplicada na bobina, sabendo-se que a resistência ôhmica da bobina vale 0,3 Q. c) Se a bobina fosse excitada com tensão alternada, qual deveria ser o valor da tensão eficaz para obter a mesma força média equivalente ao do item a. 86 Conversão Eletromecânica de Energia D figura 2-24 $) 1,290,5N; b) 0 ,21V c) 4 .174 ,8V H ) O circuito magnético da figura 2-25 é um esquemático iU) um relé, constituído de duas partes: fixa e móvel, iodas as cotas apresentadas estão em centímetros. O número de espiras da bobina é de 1 . 0 0 0 e sua Insistência ôhmica é de 4 Q. t tiir.lderando que o núcleo do relé apresenta §#iinoabilidade infinita, não existe dispersão do fluxo Blgnético ao longo dos enrolamentos e espraimento ■mynético nos entreferros. Determinar: ■) A lorça eletromecânica desenvolvida na peça móvel {IHm um espaçamento nos entreferros de 3 mm, quando é S'*" nda uma corrente contínua de 1,5 A.| A tensão contínua necessária para desenvolver a força iMlomecânica do item a. E qual seria a tensão alternada para desenvolver uma força média iimuun ladamente igual a do item a? 87 Joel Rocha Pinto Figura 2-25 R esp .: a) 5 6 ,7 9N; b) 6Vcc e 85,85Vca 15) O eletroímã da figura 2-26 está sendo alimentado com uma corrente elétrica de 5A. A mola exerce uma força de 50Kgf para manter a peça móvel em uma posição de lOmm da peça fixa. Determinar o número de espiras da bobina do eletroímã. Desprezar a relutância magnética do material do núcleo e considerar todas as cotas apresentadas na figura 2-26 em centímetros. 88 Conversão Eletromecânica de Energia f igura 2-26 i f ip . : 1.117 lf») A figura 2-27 representa um sistema eletromecânico mimposto de duas peças ferromagnéticas, sendo uma fixa " .i outra móvel. Ambas são construídas de um mesmo Minterial que apresenta uma permeabilidade relativa de i DOO. A bobina tem 1.600 espiras e uma resistência Ahmlca de 6 Q. Admitindo-se que o entreferro seja Conílderado como vácuo e com uma área média de 6 cm2, | u comprimento médio das peças ferromagnéticas vale St» ( m, determinar: 1) A força mecânica desenvolvida na peça móvel quando o uniu ferro está com G = 5 mm e operando com uma mu ente contínua de 2A. 10 A força mecânica instantânea e média quando é .ida uma corrente alternada (corrente de Rlgnetização) I(t) = 2,83 sen(377t - 87,58°) A, í: | | mr.hlerar o mesmo G = 5mm. B 0 valor da tensão contínua para o item (a) e o valor da Bnhftn alternada eficaz para o item (b). ti) <) trabalho mecânico realizado para mover a peça wflòvel de GiniCiai = 6 mm para Gfinai = lmm quando uma contínua de IA é aplicada na bobina. 89 Joel Rocha Pinto Figura 2-27 R esp .: a) 147 ,26N; b) 294,52 sen2(377t-87 ,58°) c) 12Vcc 284,5Vca d) 0 ,704J 90 vv Conversão Eletromecânica de Energia 3. Conversores Eletromecânicos - Cálculo de Forças e Conjugados Muitas aplicações de sistemas eletromecânicos consistem da utilização de forças desenvolvidas no sistema para produção de um movimento de translação ou tio um movimento de rotação. É comum denominar esses sistemas que produzem movimento de rotação de tonversores eletromecânicos. A figura 3-1 permite lucilmente verificar que a força desenvolvida na peça móvel produzirá um deslocamento da mesma em função d i sua posição angular em relação à peça fixa. Portanto um conjugado eletromagnético é desenvolvido no sistema. Por analogia ao sistema eletromecânico da figura I é possível definiro balanço de energia da seguinte maneira: Joel Rocha Pinto Energia Elétrica Liquida Energia Mecânica Total j + (Variação da Energia Magnética) [3-1] AWe = Trabalho Mecânico + À Wmag. [3.2] E sabendo que: Trabalho Mecânico = Tmec = AWmag. [3.3] Pode-se afirmar que: Trabalho Mecânico = rmec = Celetro.d6 = AWmag. [3 .5] Assim, tem-se o conjugado eletromagnético desenvolvido no conversor: Ou, em analogia com a equação 2.23: Para o conversor eletromecânico da figura 3-1, pode-se obter o conjugado eletromagnético da seguinte forma: I a Hipótese: Sar = Sperro/ ou seja, não há espraimento de fluxo magnético. 2a Hipótese: Circuito magnético não saturado: PFerro'> ^ M-ar [3.7] 92 .. Conversão Eletromecânica de Energia IFerro ^ lar F^erro = Saj- Portanto: Ferro ^ ^ < *^ar •^ Total~*^ ar 3a Hipótese: Dispersão do fluxo magnético é desprezível. M-o = Par Voltando na equação 3.7 e sabendo que: N 2 L = 01 Pode-se dizer que: L = N \ P Onde: 1 [3.8] [3.9] [3.10]P = — P = é a permeância magnética do circuito, sendo o Inverso da relutância magnética. Hiv Substituindo a equação 3.9 na equação 3.7, tem- r - 1 -2 j n 2-p eletro ndO N 2.i2 P e,etro 2 de A relutância magnética total do circuito vale: [3.11] 01 = L , Mar'^ a [3.12] Logo, a permeância magnética total do circuito 93 Joel Rocha Pinto p = M a r - S a ,. [ 3 . 1 3 ] Para uma posição qualquer de x na figura 3-1, em seu dx, tem-se: tdX r ^ . . - 1dP = H ,.- — [3 .14] x.O Para se obter as permeâncias dos entreferros na figura 3-1 e necessário fazer: P = jd P [3.15] No entreferro superior a permeância Pi 2 é: p = ? / V dx 12 J e ' x X\ P12 = •[ln X2 ln ] [3.16] 6 12 e %, Analogamente, no entreferro inferior, a permeância P34 é: PM = ik £ . in £ t [3.17] (9 x3 No circuito magnético, sabe-se que: * W = * l2 + *3 4 t3-18] 1 1 1+ — [3.19] ? P Pr Total 12 34 P P Pr , , = 1-2‘ -34- [3.20]roto/ p p 12 ^ 34 Substituindo as equações 3.16 e 3.17 na equação 3.20, tem-se: 94 Conversão Eletromecânica de Energia P =1 Total f mJ ' f l o - , Í mJ ) f e J V i , r T' .b v- X , X 3 7 ln — + ln — X, X 3 Total l^n — .ln — ^ [3.21] \ V x, X 3 7 ln í \x0 x. V X) *3 7 O termo K, a seguir, é uma constante em função l i * i «iracterísticas físicas do circuito magnético: ( x r N ln — .ln — V X , X ^ X-, X . ^ [3.22] ln V X , * 3 7 Assim, a permeância total do circuito fica K P -1 Total 0 [3.23] Substituindo a equação 3.23 na equação 3.11, iii 2 - 2 1'lctro N À .d—2 de ( 'ortanto: - K .N 2.i2 flctro 2.0 N \ i2 d_(K^ 2 ’ dOyO j [3.24] [3.25] '•c o conversor eletromecânico da figura 3-1 é ■II mio com tensão contínua, o comportamento do ShjUiH-lo eletromagnético desenvolvido ficará em função Hfidrado da posição angular 9, uma vez que a corrente 95 BPPWWBWIIBIWlinwnBwnwTiiwiiiii .. .. Joel Rocha Pinto elétrica em regime permanente depende apenas da resistência ôhmica dos enrolamentos. Este comportamento está sendo representado na figura 3-2. Figura 3-2: Comportamento do conjugado eletromagnético desenvolvido em função do ângulo 0 . 3.1 Conversor Eletromecânico Excitado com Corrente Alternada Caso o conversor eletromecânico da figura 3-1 seja excitado com tensão alternada, de modo que a corrente elétrica na bobina seja: / ( ') = r««-.-COSHV O conjugado eletromagnético desenvolvido pode ser expresso, tal que: c - « ( f ) = — [ 3 ' 2 7 ] Para esse conversor então, o conjugado eletromagnético instantâneo, fica: = ~ K 'N2 gl MÀX -eos2 wt [3.28] Para um determinado 0 constante é possível escrever: 96 Conversão Eletromecânica de Energia e^letro ( 0 M^ÁX.' [3.29] O valor médio do conjugado eletromagnético é cinflnldo por: A figura 3-3 apresenta o comportamento do "•niugado eletromagnético instantâneo do conversor. Nyura 3-3: Comportamento do conjugado flHmiriagnético instantâneo. Em corrente alternada, a corrente elétrica que «iin. rnta a bobina depende da tensão alternada aplicada e l | Impedância do circuito, ou seja: Onde: f XL = wL = reatância indutiva Conforme a equação 3.8, tem-se a dependência da lulAncia do circuito pela posição angular do entreferro [3.30] Assim: C ■MAX. [3.31]2.0,2 c .MED IO [3.32]2 t nlotro(t) t [3.33] *nndo: 97 Joel Rocha Pinto [3.34] Dessa forma, a corrente elétrica é proporcional à posição angular 9. O gráfico da figura 3-4 apresenta o comportamento da corrente elétrica da bobina do conversor eletromecânico da figura 3-1, para os movimentos de abertura e fechamento do entreferro, sendo a bobina energizada com uma tensão alternada constante. Conjugado ÍCA a Transitório de Abertura Transitório de Fecham ento 0 O 0 2 > 0 I t Figura 3-4: Representação da corrente elétrica para os transitórios de abertura e fechamento do entreferro. Conversão Eletromecânica de Energia 1.2 Balanço de Energia nos i letromecânicos com Dupla Excitação Conversores A lei da conservação de energia pode ser aplicada nos conversores eletromecânicos das figuras 3-5, 3-6 ou l /. Percebe nas figuras mencionadas o fluxo de energia mpresentado para o conversor eletromecânico operando tomo motor elétrico, gerador elétrico e na condição de fionagem, que poderá ser regenerativa, se a fonte elétrica moitar o retorno de energia, ou simplesmente pode ser um freio dissipativo, com introdução de energia elétrica e mocânica. Perdas Elétricas Perdas Mecânicas Aw magnética Aw mecânica a w elétrica armazenada armazenada armazenada Ngura 3-5: Fluxo de energia para um motor elétrico. Perdas Elétricas Perdas Mecânicas Aw magnética Aw mecânica Aw elétrica armazenada armazenada armazenada hdtirn 3-6: Fluxo de energia para um gerador elétrico. Joel Rocha Pinto Perdas Perdas Elétricas Mecânicas Aw magnética Aw mecânica Aw elétrica armazenada armazenada armazenada Figura 3-7: Fluxo de energia para um freio. Para análise do balanço de energia, será utilizado o conversor eletromecânico na condição de frenagem. Sendo que essa análise serve para as condições de motor e gerador. Será convencionado que a energia elétrica ou mecânica introduzida no conversor como positiva e a energia retirada como sendo negativa. Para o entendimento da análise, considera-se o conversor eletromecânico na condição de frenagem apresentado na figura 3-7 como um conversor genérico com dois enrolamentos, conforme a figura 3-8. Parte Fixa Celetro, Wr P a r t e M ó v e l Figura 3-8 : Conversor genérico com dois enrolamentos 100 Conversão Eletromecânica de Energia Dessa forma, tem-se: I inrgia Elétrica Introduzida no i nnversor Energia Mecânica ' Introduzida no Conversor Variação da Energia Magnética armazenada no acoplamento ) ^ í Energia Perdida na forma de Calor ) [3.35] Wintro. + EM intro. = àWmag + Perdas Mecânicas + Perdas Elétricas [3.36] Em um intervalo de tempo dt, tem-se o seguinte Uilanço de energia: 1M W + d E M m ,o . = dWmag + dPerdasMecãnicas + dPerdasElélrlcas [3.37] Isolando os diferenciais de energia mecânica, fica: •/; r i„in, ~ dPerdasmricas - dWmag = -dEM lnlr0 + dPerdasMecãnicas [3.38] " d P e r d a S Elétricas ~ dWtflüg = d E M mtrada + dPerdaSMecânicas i„n . - dP erdasmricas - dW m ag = dE M TOTAL [3.39] [3.40] S » » terminando o diferencial da energia elétrica 111C) ÓUZida (dEEintroc)uzida) * d E E huro. = E E létrica lntro. [ 3 - 4 1 ] [3.42]P,Elétrica In tro. = V , + v, i2 U2 Joel Rocha Pinto Assim Vi e v2 ficam: _ d l . d L , , dL
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