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1 CURSO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: Nutrição e saúde coletiva 2 DOCENTE: Sílvia Rafaela Mascarenhas Freaza Góes DATA: TURNO: SEMESTRE: AULA 1: Transição demográfica, epidemiológica e nutricional Segundo Caldwell (2001), transição significa “mudança”, “passagem”, a exemplo da transição demográfica, que é caracterizada por mudanças no padrão demográfico, a saber: em décadas passadas, tinha-se altas taxas de fertilidade e mortalidade; atualmente, observa-se baixas taxas de fertilidade e mortalidade. Sobre a transição epidemiológica identifica-se alterações no padrão de saúde e doença, como substituição de elevada prevalência de doenças infecciosas associadas à desnutrição, fome e condições sanitárias ambientais inadequadas para incremento das prevalências de doenças crônicas não transmissíveis associadas a estilos de vida urbano- industriais, observadas atualmente. A transição nutricional ocorreu simultaneamente aos processos de transição demográfica e epidemiológica, e caracteriza-se por alterações no padrão alimentar e na composição corporal dos indivíduos associadas a fatores relacionados ao estilo de vida. No Brasil e no mundo observou-se que: Século XX foi marcado pela rapidez com que ocorreu esta última transição; Associação de determinantes: “dieta ocidental” (elevados teores de açúcar e gordura saturada, baixos teores de fibras) + declínio da atividade física = aumento da obesidade. Para saber melhor sobre estas transições, consulte: Sobre a transição nutricional no Brasil, a tabela 1 apresenta as principais alterações observadas na disponibilidade domiciliar de alimentos e padrão da dieta da população residente em áreas metropolitanas, entre 1974 e 2003 (segundo pesquisas do IBGE). BATISTA FILHO, Malaquias; RISSIN, Anete. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cad saúde pública, v. 19, n. Supl 1, p. 181-91, 2003. Texto de referência: TADDEI, J. A.; LANG, R. M. F.; SILVA, G. L.; TOLO, M. H. A. Nutrição em Saúde Pública. Rio de Janeiro: Rubio, 2011 2 Para ter acesso aos dados completos das pesquisas sobre o padrão alimentar do brasileiro, consulte os documentos: Sobre a evolução do estado nutricional no Brasil, observou-se para população adulta que houve: redução nas prevalências de déficit ponderal (a percentual menor que 5% entre homens e mulheres) e de baixo peso (a qual foi reduzida, para homens em cerca de 60% e para mulheres, cerca de 50%); aumento das prevalências de excesso de peso e obesidade, tanto para homens quanto para mulheres, sendo mais evidente no sexo feminino. A figura abaixo demonstra os estágios das 3 transições discutidas: Figura 1. Estágios da transição demográfica, epidemiológica e nutricional. Modificações no padrão alimentar da população brasileira Diminuição no consumo de cereais, leguminosas, raízes e tubérculos; Maior consumo de açúcar e gordura saturada; Estagnação do consumo de frutas, legumes e verduras, que já era abaixo do recomendado (mínimo de 400g/dia destes grupos); Aumento de 400% no consumo de refrigerantes e biscoitos; Aumento de bebidas alcóolicas. Substituição de carboidratos por lipídios; Substituição de proteínas de origem vegetal por animal. Aumento do consumo de gorduras vegetais (óleos vegetais); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de orçamentos familiares, 2002-2003. Aquisição alimentar domiciliar per capita, Brasil e grandes regiões. Rio de Janeiro; 2004. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003: análise da disponibilidade domiciliar de alimentos e do estado nutricional no Brasil. Rio de Janeiro; 2004
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