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Aula 3 Tipos de Licitação

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Legislação Básica em 
Licitações, Pregão e Registro 
de Preços
Unidade I
Aula 3 - Tipos de Licitação
Este material tem função didática. A última atualização ocorreu em Junho de 2017. 
As afirmações e opiniões são de responsabilidade exclusiva do autor e podem não 
expressar a posição oficial do Tribunal de Contas da União.
© Copyright 2017
Este curso foi elaborado pela Escola Nacional de Administração Pública – ENAP
E contou com a revisão do Tribunal de Contas da União – TCU
Permite-se a reprodução desta publicação, em parte ou no todo, sem alteração do conteúdo, desde que 
citada a fonte e sem fins comerciais.
RESPONSABILIDADE PELO CONTEÚDO
Tribunal de Contas da União
Secretaria Geral da Presidência
Instituto Serzedello Corrêa
Desenho instrucional realizada no âmbito do acordo de Cooperação TécnicaFUB/CDT/Laboratório Latitude e ENAP
COORDENADORA-GERAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Natália Teles da Mota Teixeira 
CONTEUDISTA 
Edson Seixas Rodrigues (2005) 
REVISÃO 
Henrique Savonitti (2008)
Walter Salomão (2011)
Hanna Ferreira (2013)
PROJETO GRÁFICO e DIAGRAMAÇÃO
Vanessa Vieira
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Unidade I - Aula 3 - Tipos de Licitação
ENAP / Tribunal de Contas da União
Unidade I - Aula 3 - Tipos de Licitação
Legislação Básica em Licitações, Pregão e Registro de Preços .....................................1
Unidade I - Aula 3 - Tipos de Licitação ......................................................................................... 3
1. OBJETIVOS DA AULA ............................................................................................................................4
2. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................................4
3. MENOR PREÇO .......................................................................................................................................5
4. MELHOR TÉCNICA ................................................................................................................................6
5. TÉCNICA E PREÇO .................................................................................................................................7
6. TÉCNICA E PREÇO - EXEMPLO ........................................................................................................9
7. MAIOR LANCE OU OFERTA ............................................................................................................ 11
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................ 12
9. PONTO POLÊMICO ............................................................................................................................. 12
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o 1. OBJETIVOS DA AULA
Ao final dessa aula, espera-se que você seja capaz de:
• Listar os tipos de licitação previstos na Lei 8.666/1993, identificando suas aplicações e 
apontando as situações nas quais eles ocorrem.
2. INTRODUÇÃO
Os tipos de Licitação previstos no art. 45, § 1º, incisos I a IV dizem respeito à forma como 
será julgada a licitação. São eles:
 » Menor Preço
 » Melhor Técnica
 » Técnica e Preço
 » Maior Lance ou Oferta
A regra é a de menor preço. Conforme o artigo 46 da Lei 8.666/1993, os tipos de licitação 
“melhor técnica” e “técnica e preço” serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza 
predominantemente intelectual ou no caso de fornecimento de bens e execução de obras ou 
prestação de serviços de grande vulto majoritariamente dependentes de tecnologia nitidamente 
sofisticada e de domínio restrito, desde que autorizado expressamente e mediante justificativa 
circunstanciada da maior autoridade da Administração promotora constante do ato convocató-
rio. Já o tipo “maior lance ou oferta” será utilizado nos casos de alienação de bens ou concessão 
do direito real de uso.
Como dito anteriormente, o tipo licitatório é a forma como será julgada a licitação. Não 
vamos confundir Tipo com Modalidade, que iremos estudar na Aula 5 da Unidade 2.
Desde logo, cabe ressaltar que a modalidade concurso não será combinada com nenhum 
desses tipos licitatórios. Também na Aula 5 da Unidade 2 trataremos com mais detalhes a mo-
dalidade Concurso.
“A adoção de critério de julgamento das propostas não autorizado pela Lei 8.666/1993 con-
figura grave infração à norma legal e ao princípio da isonomia, importando na aplicação de 
multa aos responsáveis.” Acórdão 1.035/2008-TCU-Plenário.
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Unidade I - Aula 3 - Tipos de Licitação
ENAP / Tribunal de Contas da União
3. MENOR PREÇO
Conforme previsto no art. 45, § 1º, da Lei 8.666/1993, a licitação pelo Menor Preço ocorre 
quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração for a aquela que, 
estando de acordo com as especificações do Edital ou Convite, apresente o menor preço dentre 
os concorrentes.
A obra Licitações e contratos: orientações e jurisprudência do TCU, explica que esse tipo é 
utilizado geralmente para compra de bens, execução de obras ou prestação de serviços. 
A obra do TCU chama a atenção também para um aspecto importante: 
Menor preço não é justificativa para compra de produtos de baixa qualidade. Deve a 
Administração, em busca do melhor preço, verificar se as propostas estão de acordo com as 
especificações do ato convocatório, amostras ou protótipos exigidos.
Nos processos licitatórios regidos unicamente pela Lei 8.666/1993 e, quando da utilização 
do critério de julgamento pelo menor preço, há a possibilidade de os licitantes ofertarem preços 
iguais, lembrando que nas modalidades tradicionais da Lei Geral de Licitações não há possibilida-
de de negociação dos preços ofertados. 
Se houver igualdade entre os menores preços ofertados, em regra, a decisão de quem 
será o vencedor se dá por sorteio. É o que diz o § 2º do art. 45 da Lei 8.666/1993. No mesmo 
dispositivo, no entanto, há a ressalva de que deverá ser obedecido o disposto no § 2º do art. 3º 
da mesma lei, que trata da preferência a bens produzidos no país, em determinadas condições, 
como critério prévio de desempate. Ou seja, se duas propostas restarem empatadas, a preferên-
cia (desempate) será para aquela cuja produção tenha sido local, no Brasil.
Em uma licitação com critério de julgamento pelo menor preço, quando o objeto for di-
visível, deverá ser verificada a melhor proposta por cada item licitado, e não pelo valor total da 
proposta ou do orçamento. Essa distinção é importante para evitar que alguns itens com preços 
unitários maiores do que o menor preço cotado para aquele item venham a ser contratados. A 
exceção é para a hipótese de julgamento pelo menor preço por lote, devendo ser observado que 
o agrupamento de itens em lotes deve ser previamente justificado como sendo a melhor solução 
para a contratação que se pretende, não se podendo alegar maior facilidade na operacionaliza-
ção do certame como justificativa para a sua adoção.
O critério de julgamento de menor preço por lote (...) somente deve ser adotado quando 
for demonstrada inviabilidade de se promover a adjudicação por item e evidenciadas razões 
que demonstrem ser aquele o critério que conduzirá a contratações economicamente mais 
vantajosas. (Acórdão 1.680/2015-TCU-Plenário)
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No voto que fundamentou o acórdão acima mencionado, ficou assente outras decisões do 
Tribunal que reforçam essa interpretação.
[o] critério de julgamento de menor preço por lote somente deve ser adotado quando for 
demonstrada inviabilidade de promover a adjudicação por item e evidenciadasfortes razões 
que demonstrem ser esse o critério que conduzirá a contratações economicamente mais van-
tajosas. Na licitação por menor preço global do lote, a vantajosidade para a Administração 
somente se concretiza na medida em que for adquirido do licitante o lote integral dos itens, 
pois o preço é resultante da multiplicação de preços dos bens licitados pelas quantidades 
estimadas. Configura dano ao erário a compra de itens cujos preços registrados não são os 
menores ofertados na disputa. (Acordão 4.205/2014-TCU-1ª Câmara)
Ou seja, a compra por lote deve ser precedida de justificativas para a formação do lote, 
do ponto de vista da maior vantajosidade para a Administração, pois, comprando por lotes, 
podemos ter alguns produtos com preços mais baratos em lotes de licitantes que não foram es-
colhidos, pois o preço total do lote foi mais alto do que o de outros concorrentes. Então, muito 
cuidado quando se pretender licitar por lotes. Será preciso demonstrar que essa forma é mais 
vantajosa para a Administração. Não confundir vantajosa para a Administração com mais fácil 
de executar.
4. MELHOR TÉCNICA
O que a Administração busca neste caso são produtos de natureza intelectual (elabora-
ção de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão, gerenciamento e consultoria), que demandam 
maior eficiência, aperfeiçoamento, rapidez, tecnologia e adequação aos objetivos de determina-
do empreendimento (art. 46 da Lei 8.666/1993).
Cabe destacar que, nesse tipo licitatório, após a classificação da licitante melhor avaliada, 
haverá negociação do preço ofertado, utilizando- se como base, em regra, a proposta da licitante 
que ofertou o menor preço e alcançou a técnica mínima desejada.
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Unidade I - Aula 3 - Tipos de Licitação
ENAP / Tribunal de Contas da União
Veja o quadro exemplificativo:
Observe que, nas licitações de melhor técnica, há uma fase de negociação de preço, proce-
dimento não previsto para os demais tipos, o que se constitui em uma exceção às licitações nas 
modalidades tradicionais da Lei 8.666/1993 que não admitem tal procedimento.
5. TÉCNICA E PREÇO
O critério de seleção da melhor proposta se faz pela média ponderada das notas atribuídas 
à proposta técnica (PT) e à proposta de preço (PP), o que implica dizer que nem sempre a pro-
posta vencedora é a de menor preço, visto que o critério preponderante recai sobre os quesitos 
técnicos. 
É uma forma da Administração avaliar dois critérios ao mesmo tempo: da onerosidade e da 
qualidade. Assim como o tipo Melhor Técnica, é utilizado para serviços de natureza predominan-
temente intelectual, como elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão, gerencia-
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mento e consultoria. Também é o tipo de licitação obrigatório, observadas as disposições do art. 
3º da Lei 8.248/1991 (que dispõe sobre a competitividade da indústria nacional de informática), 
quando da contratação de bens e serviços de informática. 
Há, no entanto, uma situação excepcional em que se autoriza a adoção dos tipos Melhor 
Técnica ou Técnica e Preço para obras ou serviços dependentes de tecnologias sofisticadas, na 
forma definida no § 3º, do art. 46, da Lei 8.666/1993.
NOTA IMPORTANTE!!
Em 13 de maio de 2010, foi publicado o Decreto 7.174 que regulamenta 
a contratação de bens e serviços de informática e automação pela 
administração pública federal, direta ou indireta, pelas fundações instituídas 
ou mantidas pelo Poder Público e pelas demais organizações sob o controle 
direto ou indireto da União, destacando -se:
• incluiu a licitação do tipo menor preço com a utilização do Pregão, 
preferencialmente eletrônico, como modalidade para contratação de 
bens e serviços de informática (art. 9º);
• para as aquisições de bens e serviços que não sejam comuns em que 
o valor global estimado for igual ou inferior ao da modalidade convite, 
não será obrigatória a utilização da licitação do tipo “técnica e preço” 
(art. 9º).
• se o critério de julgamento for do tipo técnica e preço, não poderá ser 
adotado o Convite como modalidade licitatória (art. 9º);
• implanta critérios para o exercício do direito de preferência para 
contratação, inclusive para o Pregão (art. 8º). 
Saiba mais!
 Â Sobre as contratações na área de Tecnologia da Informação (TI) convém destacar que recentemente 
foi editada uma nova instrução normativa da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do 
Ministério do Planejamento, a IN SLTI MPOG 04/2014, que dispõe sobre o processo de contratações de 
soluções de TI pelos órgãos federais. Ela entrou em vigor em 1º de janeiro de 2015. 
 Â Se você desejar saber mais, na nossa biblioteca temos o texto completo da IN, já com as atualizações 
da IN 2/2015. Veja também o Guia Prático para Contratação de Soluções de TI da mesma SLTI que 
também está na nossa biblioteca.
Veja o que o TCU orienta e recomenda a respeito desse tipo de licitação:
É vedada a licitação do tipo “técnica e preço” quando não estiver caracterizada a natureza 
predominantemente intelectual da maior parte do objeto que se pretende contratar, à vista 
do disposto no art. 46, caput, da Lei 8.666/1993 (Acórdão 2391/2007 – Plenário/Sumário.
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ENAP / Tribunal de Contas da União
Abstenha- se de exigir ou pontuar, em licitações do tipo técnica e preço, qualquer quesito que 
não guarde correlação técnica, pertinência ou proporcionalidade com o objeto contratado 
ou que não indique, necessariamente, maior capacidade para fornecer os serviços licitados, 
em observância ao disposto na Lei n° 8.666/1993, art. 3°, § 1°, I, e à jurisprudência do TCU, 
contida, por exemplo, nos Acórdãos 667/2005 Plenário e 2.561/2004 Segunda Câmara. 
Deixe de prever como critério de pontuação técnica, em licitações do tipo técnica e preço, a 
adoção de valores fixos de remuneração, limitando -se a pontuar por faixas salariais.
Adote a modalidade pregão, preferencialmente na forma eletrônica, sempre que os serviços 
de Tecnologia da Informação puderem ser definidos segundo protocolos, métodos e padrões 
de desempenho e de qualidade objetivamente definidos pelo edital, por meio de especifica-
ções usuais no mercado, nos termos do parágrafo único do art. 1° da Lei n° 10.520/2002, 
adotando modalidade diversa somente quando não for viável utilizá- lo, o que deverá estar 
justificado no processo licitatório, nos termos do Acórdão 2471/2008 Plenário. (Acórdão 
1453/2009 Plenário)
Esse critério consiste na ponderação entre preço e técnica, previamente definida no edital. 
Primeiro, são abertas e classificadas as propostas técnicas. Em seguida, são abertos os envelopes 
com as propostas de preços, fazendo-se a valorização de acordo com os critérios estabelecidos 
no edital. Tendo as propostas técnica e de preços devidamente valoradas, aplicam-se os critérios 
de ponderação para se obter a pontuação final das propostas, escolhendo a que tiver mais 
pontos.
6. TÉCNICA E PREÇO - EXEMPLO
Licitação do tipo Técnica e Preço para contratação de projeto técnico de arquitetura para a 
construção de uma biblioteca municipal. 
Os licitantes apresentaram as propostas técnicas com as informações sobre o plano de 
trabalho, suas equipes técnicas e conhecimento do problema, na forma definida no edital. 
As propostas de preço apresentadas foram as seguintes: Licitante 1: R$ 140.000,00; 
Licitante 2: R$ 148.000,00; Licitante 3: R$ 142.000,00; Licitante 4: R$ 150.000,00; Licitante 5: 
R$ 147.000,00.
A administração orçou em R$ 150.000,00.
Às propostas de preços serão atribuídos pontos para se obter a Nota da Proposta de Preços 
(NPP) por meio da aplicação da fórmula:
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Onde:
X1 = (V0 + M) / 2
X2 = valor da proposta do licitante
V0 = valor orçado pela Administração
M = média dos preços cotados pelos licitantes
Cálculo da Proposta Vencedora (NF)
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Unidade I - Aula 3 - Tipos de Licitação
ENAP / Tribunal de Contas da União
Atenção!
Nas licitações do tipo Técnica e Preços – assim como nas do tipo Técnica – 
precisamos tomar muito cuidado para que os critérios de pontuação não sejam 
usados para direcionar o resultado do certame. A depender de como sejam 
aplicados, pode-se, indevidamente, alijar do processo propostas que seriam 
mais vantajosas para a Administração.
NF = 98,16
Nota da Proposta Técnica (NPT): decorrente da avaliação dos critérios estabelecidos no 
edital. Pode ser, por exemplo, que se estabeleça pontos em razão do Plano de Trabalho proposto, 
Equipe técnica e Conhecimento do problema. Por meio da atribuição de pontos para cada grupo, 
chega-se à pontuação do licitante para a NPT.
Nota da Proposta de Preços (NPP): o edital deve contemplar a forma de se chegar à 
nota, a partir dos preços apresentados na proposta. O preço apresentado por um licitante pode 
ser ponderado com os dos demais e com o orçamento da administração
Para ver mais, consulte, por exemplo, os acórdãos do TCU 1.993/2008, 2.681/2008, 
479/2015 e 862/2015, todos do Plenário.
7. MAIOR LANCE OU OFERTA
Quando utilizado o tipo de licitação maior lance ou oferta, o vencedor será, dentre os 
licitantes qualificados, aquele que apresentar a proposta mais vantajosa para a Administração – 
o maior lance ou a maior oferta. Nesse caso, a classificação se dá pela ordem decrescente dos 
preços propostos.
Henrique Savonitti, ao combinar o art. 45, § 1º, inciso IV, com o art. 22, § 5º, ambos da Lei 
8.666/1993, conclui que a Licitação por Maior Lance ou Oferta ocorre apenas nas hipóteses de:
• Alienação de bens imóveis recebidos em pagamento;
• Alienação de bens móveis inservíveis;
• Alienação de bens móveis legalmente apreendidos;
• Concessão de direito real de uso.
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o 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os tipos de licitação Melhor Técnica ou Técnica e Preço devem ser utilizados exclusivamen-
te para serviços de natureza predominantemente intelectual, tais como:
• Elaboração de projetos, cálculos, fiscalização;
• Supervisão e gerenciamento e engenharia consultiva;
• Elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado 
o disposto no § 4º do art. 45 , que se refere a bens e serviços de informática.
Ainda conforme art. 45, § 3º, excepcionalmente, os tipos de licitação previstos neste artigo 
poderão ser adotados, por autorização expressa e mediante justificativa circunstanciada da maior 
autoridade da Administração promotora constante do ato convocatório, para fornecimento de 
bens e execução de obras ou prestação de serviços de grande vulto majoritariamente dependen-
tes de tecnologia nitidamente sofisticada e de domínio restrito, atestado por autoridades técnicas 
de reconhecida qualificação, nos casos em que o objeto pretendido admitir soluções alternativas 
e variações de execução, com repercussões significativas sobre sua qualidade, produtividade, 
rendimento e durabilidade concretamente mensuráveis, e estas puderem ser adotadas à livre 
escolha dos licitantes, na conformidade dos critérios objetivamente fixados no ato convocatório.
9. PONTO POLÊMICO
Contratação de serviços advocatícios mediante licitação na modalidade Concorrência do 
tipo “técnica e preço”.
O objeto da licitação era a atuação profissional em causas nas áreas trabalhista e cível, e 
procedimentos administrativos, junto às Justiças Estadual, Federal e do Trabalho, incluindo to-
das as instâncias dos Tribunais sediados nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, e Tribunais 
Superiores
Nos critérios estabelecidos no instrumento convocatório, houve falha na definição dos 
quesitos para medir a experiência profissional do advogado ou da sociedade de advogados que 
se pretendia contratar.
A principal irregularidade constatada foi a adoção apenas de critérios de pontuação técni-
ca que media a quantidade de vezes em que os advogados atuaram em representação de pesso-
as jurídicas de direito público ou privado, sem que houvesse, em contrapartida, outros critérios 
que pudesse demonstrar a qualificação técnica do licitante, além de não se ter estabelecido um 
limite para a pontuação máxima.
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Unidade I - Aula 3 - Tipos de Licitação
ENAP / Tribunal de Contas da União
Por tais motivos, considerou-se que houve restrição ao caráter competitivo do certame, 
pois, escritórios que contassem com grande número de advogados, independente da qualifica-
ção e da complexidade das causas, estariam sem situação de vantagem na licitação.
Para o relator, os critérios de pontuação técnica definidos no edital do certame podem, 
de fato, ter “acarretado injustiças e contrariado o interesse público”, privilegiando “sociedades 
cujos advogados atuaram em grande número de causas, embora de baixa complexidade”. Os 
critérios adotados “não garantem necessariamente a qualificação técnica dos profissionais da 
sociedade a ser contratada” e, se a [entidade] decidiu realizar a concorrência do tipo “técnica 
e preço”, “é porque a qualificação técnica da contratada é importante e determinante na con-
dução da defesa dos interesses da empresa junto ao Poder Judiciário”. Reconheceu o relator 
haver indícios de que, “com a ausência de fixação de pontuação geral máxima a ser obtida pelas 
licitantes com a definição de pontuação máxima apenas para cada profissional , a licitação em 
tela tende à contratação de escritório de maior porte, simplesmente por ser detentor de quadro 
maior de profissionais”. O Plenário, por unanimidade, referendou a cautelar. (Decisão monocrá-
tica do relator Ministro- Substituto André Luís de Carvalho, no TC-003.512/2010.
	Legislação Básica em Licitações, Pregão e Registro de Preços
	Unidade I - Aula 3 - Tipos de Licitação
	1. OBJETIVOS DA AULA
	2. INTRODUÇÃO
	3. MENOR PREÇO
	4. MELHOR TÉCNICA
	5. TÉCNICA E PREÇO
	6. TÉCNICA E PREÇO - EXEMPLO
	7. MAIOR LANCE OU OFERTA
	8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	9. PONTO POLÊMICO

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