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FRENTES FRIAS NO BRASIL CLIMATOLOGIA REGIONAL 2014/01 18/03/2013 http://meteoropole.com.br/site/wp-content/uploads/2011/10/cfxsect.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_fria http://www.master.iag.usp.br/ensino/Sinotica/AULA09/AULA09.HTML A frente ou um conjunto de frentes a que se chama sistema frontal é composto por uma frente fria, uma frente quente e um centro de baixa pressão em superfície, denominado ciclone. (a) Início da formação da onda frontal (b) Sistema frontal desenvolvido Oliveira at al.(2001)]. http://www.master.iag.usp.br/ensino/Sinotica/AULA09/AULA09.HTML FRENTE FRIA FRENTE QUENTE FRENTE OCLUSA FRENTE ESTACIONÁRIA http://static.hsw.com.br/gif/frente-fria-superficies-frontais.jpg http://quakeinfo.ucsd.edu/~gabi/sio15/lectures/Lecture18.html •Ar frio que avança sobre o ar quente. Sendo mais denso, o ar frio tende a entrar como uma cunha por baixo do ar quente. •O aclive é para trás (bem mais escarpado que o da frente quente FRENTE FRIA DE DESLOCAMENTO RÁPIDO [Adaptado de: Miranda de Barros (1991)]. Nebulosidade predominante: cumuliforme, até 150 km adiante da frente, que costuma ser uma faixa extensa e contínua de cúmulo- nimbos, muitos deles com bigornas, as quais deixarão um rastro de cirros característico. Após a passagem: geralmente ocorre turbulência, com ventos de rajada na superfície FRENTES FRIAS DE DESLOCAMENTO LENTO De ar estável De ar instável A frente fria de deslocamento lento se distingue pela ascensão do ar quente, ao longo da superfície frontal. • Antes da passagem da frente fria, pode ocorrer alguma precipitação ou até, aventualmente, trovoada. Durante a chuva pré-frontal haverá intensificação dos ventos e queda da pressão barométrica, com temperatura estável. Durante a frente fria, o vento ronda no sentido anti-horário (no HS), a temperatura cai rapidamente e ocorrem, com freqüência, breves e por vezes violentos aguaceiros, acompanhados por trovões e relâmpagos. A nebulosidade predominante é a cumuliformes. No mar, uma série de breves aguaceiros acompanhados de ventos fortes e variáveis podem ocorrer ao longo da frente. Depois que passa a frente fria, pode ainda ocorrer chuva torrencial, com ventos tempestuosos, mas logo a pressão começa a aumentar e o tempo fica limpo. h ttp ://q u akein fo .u csd .ed u /~gab i/sio 1 5 /lectu res/Lectu re1 8 .h tm l •O aclive é suave e para frente do movimento (ao contrário da frente fria) •A parte superior da superfície frontal quente pode estar muitas centenas de milhas à frente da porção da superfície. [Fonte: Miranda de Barros (1991)]. • Durante a passagem da frente quente, a temperatura aumenta, o vento ronda no sentido anti-horário (no HS) e a chuva pára. •No setor quente o céu é geralmente claro ou parcialmente nublado, com nuvens cúmulos ou estrato-cúmulos. O ar quente é usualmente úmido e neblina ou cerração pode estar presente. • A frente fria é mais rápida que a quente devido à maior velocidade e a inclinação abrupta, que pode aproximar-se ou mesmo exceder a vertical junto à superfície da terra. Por isso, aproximar-se-á desta última, aprofundando o centro de baixa e reduzindo o setor quente. Ao encontrarem-se as duas frentes, terá início a formação de um terceiro tipo de frente. http://quakeinfo.ucsd.edu/~gabi/sio15/lectures/Lecture18.html A frente oclusa, ocorre, portanto, quando uma frente fria, por ser mais rápida, alcança uma quente, e o ar é forçado a subir, afastando-se do solo. Oclusão de frente fria Oclusão de frente quente http://quakeinfo.ucsd.edu/~gabi/sio15/lectures/Lecture18.html •Na frente estacionária o deslocamento é mínimo, por algum tempo, que pode chegar a três dias ou mais. • Em situações de bloqueio promovido pelo anticiclone subtropical do Atlântico Sul contra a dissipação do sistema frontal, pode-se ter frente estacionária, se ela for alimentada por uma massa suficientemente fria. Frontogênese e Frontólise Bergeron (1928) concluiu que as frentes se formam como resultado de movimento confluente em regiões entre massas de ar diferentes. • Frontogênese formação ou intensificação de uma frente. • Frontólise enfraquecimento e dissipação. • A Figura mostra que os máximos de deformação no Hemisfério Sul estão situados sobre o sudoeste da África do Sul, da Austrália e da América do Sul. • No Hemisfério Norte estão localizados no Atlântico Oeste e Pacífico Oeste. 1. Diminuição de T925 de pelo menos 2⁰C; 2. Aumento da PNMM de pelo menos 2 hPa; 3. Ventos de Sul de pelo menos 2m/s; CRITÉRIO OBJETIVO PARA A DETERMINAÇÃO DE FRENTES FRIAS C av al ca n ti e t al . ( 2 0 0 9 ) Te m p o e C lim a n o B ra si l • REFERÊNCIA: ANDRADE (2005) •Contagem dos sistemas frontais: • método objetivo •confirmação e verificação através de análises adicionais com diagramas de Hovmoller e séries temporais; • Período entre 1980 e 2002; • Áreas analisadas (figura): CLIMATOLOGIA • Diminuição dos nº de sistemas para lat. mais baixas; • Área 1 (mais ao sul da AS): sem variação significativa durante os meses do ano (média de 7/mês); •Área 2: máximo entre maio e novembro (6/mês); •Área 3 (Uruguai e extremo sul do RS): média de 5/mês; • Área 4: menor entre janeiro e março e no mês de Agosto (média de 4/mês); MÉDIA MENSAL • Áreas 5, 7, 8, 10 e 11 (interior): menor de dezembro a fevereiro (verão); • Área 6 (sudeste): máximo em outubro (6) e mínimo em janeiro e fevereiro; •Áreas com menor nº de sistemas: mais ao norte tanto no interior (área 11) quanto no litoral (área 9); MÉDIA MENSAL MÉDIA SAZONAL • Diminuição dos sistemas para áreas mais ao norte; • Áreas 1, 2, 9 e 10: maior no inverno (mais sistemas atingem latitudes mais baixas e longitudes mais a oeste); • Áreas 3, 4, 5, 6 e 7: maior na primavera (mais sistemas atingem as Regiões Sul e Sudeste) MÉDIA SAZONAL • Verão: menor número de sistemas frontais (exceto na área 1); SUL DO BRASIL • ANTES DA PASSAGEM: • Cavado em níveis médios ao longo da costa oeste; • Baixa do Chaco; •Temperaturas mais altas no norte da Argentina, Paraguai e Uruguai; • Temperaturas menores no sul da Argentina; • Frente na região central da Argentina Cavalcanti et al. (2009) Tempo e Clima no Brasil SUL DO BRASIL •NA PASSAGEM: • Cavado em níveis médios avança para leste sobre a Argentina; •Frente avança para o sul do Brasil (cavado na PNM e giro dos ventos) Cavalcanti et al. (2009) Tempo e Clima no Brasil SUL DO BRASIL •DEPOIS DA PASSAGEM: •Cavado em níveis médios cruza a América do Sul em direção ao Atlântico; • Frente continua avançando para norte (cavado na PNM e giro dos ventos) Cavalcanti et al. (2009) Tempo e Clima no Brasil Cavalcanti et al. (2009) Tempo e Clima no Brasil OESTE DA AMAZÔNIA • Características semelhantes ao sul do Brasil, mas com defasagem de 1 dia. ANOS DE EL NIÑO E LA NIÑA • REFERÊNCIA: FEDOROVA E CARVALHO (2000) • Contagem dos sistemas frontais: - seqüências de imagens de satélite GOES nos canais infravermelho (IR) e vapor d’água (WV) sobre a América do Sul; • Ano de El Niño – desde julho de 1997 até março de 1998; • Ano de La Niña – desde julho de 1998 até março de 1999; • Ano Normal – desde julho de 1996 até março de 1997; •Áreas analisadas (figura): • Frente FRIA: - La Niña: a quantidade em várias regiões da América do Sul é praticamente igual; - El Niño: maior freqüência sobre o sul do continente da América do Sul e sobre o Rio Grande do Sule Uruguai (regiões 2 e 4); - Aumento sobre o Rio Grande do Sul (frente fria 4) nos meses de março, agosto e setembro do ano de La Niña, comparando com os meses quentes do ano de El Niño (novembro até fevereiro); • Frentes FRIAS: - Rio Grande do Sul (frente fria 4) de outubro a dezembro (fase mais ativa dos fenômenos): maior freqüência no ano de El Niño do que no ano de La Niña; • Frentes QUENTES: - Mais freqüentes sobre o oceano Atlântico (regiões 3 e 6) e no sul do continente da América do Sul (região 2); - La Niña: maior sobre sul do o oceano Atlântico (região 3); -Novembro e dezembro (fase mais ativa): maior na La Niña que no El Niño; • Frentes OCLUSAS: - La Niña: a maior freqüência foi observada sobre a mesma região (3); - El Niño: quase mesma freqüência sobre todo o continente da América do Sul e Oceano Atlântico ao sul da latitude 20ºS (regiões 2, 3, 5 e 6).
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