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Aula 3 contabilidade gerencial

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Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
Contabilidade Gerencial e o sistema de informação 
 
O maior desafio das empresas é agregar valor em seu conjunto de atividades. Desta forma, a 
partir deste momento, surge nestas entidades a necessidade de se criar um sistema que possa 
dar suporte ao processo de tomada de decisão. Anteriormente, em sistemas tradicionais de 
avaliação os gestores eram avaliados por medidas financeiras como o lucro, receita, fluxo de 
caixa, retorno sobre investimento e retorno sobre patrimônio líquido, por exemplo. Porém 
atualmente outras medidas ganharam destaque, como o Valor Econômico Agregado (EVA), que 
é uma ferramenta que objetiva determinar o valor agregado pelo negócio. É preciso destacar 
que embora as medidas financeiras tenham como propósito demonstrar uma visão macro do 
desempenho para os stakeholders, porém é insuficiente para os usuários internos. 
A grande questão é que, além de medidas financeiras, as empresas criam valor intangível. Entre 
os valores intangíveis destacam-se conforme citam Kayo et al (2006): 
 Conhecimento, talento, capacidade, habilidade e experiência dos empregados; 
 Treinamento e desenvolvimento; 
 Pesquisa e desenvolvimento; 
 Patentes; 
 Know how; 
 Processos 
 Softwares; 
 Marcas 
 Logos 
 Direitos Autorais 
Kayo et al (2006) destacam que valorar estes intangíveis é extremamente importante, sendo 
que o valor destes pode servir, por exemplo, para fusões e aquisições. Além disso, pode ser 
utilizado para operações envolvendo seguros ou ainda como garantia de empréstimos. Por isto 
é tão importante que se saiba o que se deseja gerir e como será feita esta gestão. 
 
Sistema de Informações Gerenciais 
Pode-se dizer que um sistema é um conjunto de elementos ou componentes integrados para 
atingir determinados objetivos (STAIR, 1996 apud 2007). Um sistema pode ser compreendido 
pela seguinte figura: 
 
Fonte: Adaptado de Lunkes (2007, p.30) 
 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
Para Lunkes (2007) citando Stair (1996) afirma que os 
sistemas podem ser classificados em simples e complexo, aberto e fechado, estável e dinâmico, 
adaptável e não adaptável, permanente e temporário: 
 
Sistema Descrição 
Simples Aquele que possui poucos elementos ou componentes e a relação ou interação 
entre os elementos é descomplicada e direta. 
Complexo Possui muitos elementos e são altamente relacionados e interconectados. 
Aberto Interage com seu ambiente, ou seja, há fluxo de entradas e saídas nos limites do 
sistema. 
Fechado Não há qualquer interação com o ambiente 
Estável É aquele em que as mudanças no ambientem resultam de pouca ou nenhuma 
mudança no sistema. 
Dinâmico É o que sofre mudanças rápidas e constantes devido à mudanças no ambiente. 
Adaptável É o que responde ao ambiente mutável 
Não 
adaptável 
Não muda em decorrência de mudanças ambientais; 
Permanente É o que existe ou existirá por um longo período, geralmente 10 anos ou mais 
Temporário Existe em um pequeno período de tempo 
Fonte: Adaptado de Stair (1996) apud Lunkes (2007) 
 
Então um sistema pode ser entendido como uma série de elementos ou comportamentos inter-
relacionados que fazem a coleta ou entrada de dados, registram e armazenam processo e 
disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um mecanismo de retroalimentação, 
ou seja, o próprio sistema se realimenta. 
 
Estrutura do Sistema de informação 
 
Dependendo do tipo de empresa a Estrutura do Sistema de Informação pode ser adaptada à 
realidade de cada empresa. Um exemplo de sistema utilizado por uma determinada indústria e 
conhecido como Business Intelligence (BI). Este sistema é formado por um conjunto de 
produtos e metodologias que visam sustentar o ambiente de informações analíticas e sintéticas 
da empresa, representando assim um processo de coleta, transformação, análise e 
disseminação de dados para a tomada de decisão. A seguir um exemplo de como funciona o BI. 
 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
 
 
Pode-se notar pela figura que várias são as bases que compõe o conjunto integrado e que estas 
bases auxiliam o processo de tomada de decisão no que diz respeito às questões operacionais, 
táticas e estratégicas. 
 
Sistema de Informações Contábeis 
Dentro da contabilidade existem alguns conceitos que precisam ser diferenciados sendo que é 
preciso entender conforme citam Laudon e Laudon (1999) apud Lunkes (2007) o conceito de 
dado, para os autores dados são fatos brutos, em sua forma primária, como por exemplo a 
questão das receitas geradas na semana, número de produtos em estoque, pedidos da semana, 
entre outros. Já informação pode ser considerada como um conjunto de dados organizados de 
tal forma que adquirem um valor adicional, tornando-se úteis e significativos. Nesta categoria 
estão os dados de receita que são utilizados para aumentar o marketing de estoque para tomar 
decisões de compra, entre outros. Por fim o conhecido é a informação da menta humana que é 
valiosa, podendo incluir ai reflexão, síntese e contexto. 
A contabilidade consiste em um sistema de informação que assegura a coleta, o registro e a 
acumulação e o tratamento dos eventos, bem como a produção de informações de caráter 
financeiro e não financeiro. Ela é responsável por coletar dados de diversas fontes tanto 
internas quanto externas à empresa, por meio de utilização de várias ferramentas e técnicas. 
Para a empresa a contabilidade funciona como um instrumento de planificação e controle que 
possibilita a previsão e a interpretação dos resultados. Assim, Lunkes (2007) afirmar que é 
extremamente importante um sistema contábil para gerar informação de apoio à tomada de 
decisão, que guie e direcione as ações, monitorando e avaliando o desempenho e resultado. 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
O sistema formado pela contabilidade é um mecanismo 
forma de processamentos das transações diárias da empresa. Este sistema registra os fatos 
contábeis baseado no plano de contas, sendo que sob esse prisma, a informação produzida 
pela contabilidade é financeira (receita de vendas, estoques, ativos totais, custos dos produtos 
ou dos serviços vendidos, entre outros) expressos em termos reais ou em outras moedas. 
Porém, este sistema, fornece também informação não financeira, tais como: 
 Número de unidades de materiais ou produtos disponíveis no estoque; 
 O número de horas orçadas para produzir um produto ou realizar um serviço; 
 O nível de atividade necessária para atingir o ponto de equilíbrio; 
 O tempo necessário para atender o cliente 
Estas, entre tantas outras, são informações não financeiras que são fornecidas pelos sistemas 
contábeis e que possuem extrema utilidade para a tomada de decisão. 
Desta forma, o sistema contábil objetiva capturar dados quantitativos (financeiros) e 
qualitativos (não financeiros) armazenar e organizar esses dados em informações útil e 
transformá-la em conhecimento que pode ser comunicado a toda organização. Este tipo de 
informação é útil para a melhoria da tomada de decisão e também para a efetiva gestão da 
empresa. A seguir é possível entender todas as dimensões que podem ser exploradas pelas 
informações fornecidas pelo sistema contábil: 
 
 
 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
De acordo com a figura é possível compreender como o 
sistema contábil pode fornecer informação financeira, primordialmente, formada pelas 
demonstrações contábeis. Estas demonstrações contábeis estão de acordo com os Princípios 
Contábeis e as Normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) bem como de acordo com a 
Legislação Societária. A sua principal função é apresentar informações relevantes para 
acionistas, credores, governo, entre outros que necessitamdeste tipo de informação para 
algum tipo de interesse. No segundo quadrante estão outras informações que apresentam 
valores monetários e também informações que mesmo sendo financeiras fornecem uma outra 
expectativa, como por exemplo, retorno sobre as vendas, nível de atividade, entre outras. 
Além disso, este sistema fornece também importantes informações de caráter não financeiro 
ou informações qualitativas, como por exemplo, satisfação do cliente, dos empregados, entre 
outras que podem e devem ser utilizadas no processo de tomada de decisão. Este tipo de 
informação é utilizado para avaliação da eficiência operacional e também preservação dos 
resultados de longo prazo. Desta forma um sistema de informação permite que a empresa 
tenha uma visão integrada dos seus negócios. 
Tetraedro da Contabilidade 
A seguir será apresentada uma figura que representa as principais bases da contabilidade e 
como cada um delas pode ser compreendida dentro do sistema contábil: 
 
 
Fonte: Adaptado de Lunkes (2007) 
 
A contabilidade financeira é aquela responsável pela elaboração e comunicação de 
informações, principalmente aquelas voltadas aos usuários externos, sendo que as informações 
repassadas aos usuários internos são apresentadas por meio de relatórios contábeis. A 
contabilidade financeira possui sua base nos Princípios Contábeis e na Legislação Societárias. 
No caso das sociedades anônimas estas informação é publicadas para os interessados externos 
e deve passar pelo processo de verificação feito pela auditoria; 
Já a contabilidade de custos é voltada para a mensuração e a apuração do custo dos produtos, 
serviços ou centros de contabilidade. Ela também serve de apoio para a geração de informação 
que servirá de base para a contabilidade gerencial. 
A contabilidade tributária está baseada no planejamento, apuração e controle dos tributos que 
incidem sobre as receitas provenientes da venda de produtos ou prestação de serviços, 
movimentação financeira e também sobre o lucro das entidades. 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
A contabilidade gerencial, por sua vez, está relacionada com o 
processo de fornecimento de informações aos usuários internos, ou seja, proprietários, 
gerentes, controllers. Estas informações dentro da contabilidade gerencial são apresentadas 
por meio de relatórios detalhados e personalizados para cada unidade, para o atendimento do 
público específico e possui como principal característica a relevância no processo de tomada de 
decisão. As informações geradas pela contabilidade gerencial são importantes para o 
planejamento e controle das atividades, bem como no auxílio ao processo de tomada de 
decisão. Algumas das suas principais características são a ênfase no futuro, relevância e 
flexibilidade, menor ênfase em precisão e é gerada para centros específicos da empresa, a 
contabilidade gerencial recebe informações de todas as outras áreas da empresa. 
 
Ferramentas de gerenciamento de conhecimento 
Enterprise Resource Planning - ERP 
 
Um sistema ERP é utilizado, dentro de uma empresa, para coletar, registrar, organizar, reportar 
e disseminar os dados da organização bem como transformar esses dados em conhecimento 
útil na tomada de decisões dos gestores. Este sistema é composto por áreas como: compras, 
vendas, contas a pagar e a receber, produção,e estoque, recursos humanos, entre outros. 
Mediante a utilização de um sistema ERP é possível o registro de cada transação comercial 
imputada automaticamente para as áreas envolvidas e que são afetadas pelos eventos. Desta 
forma, conforme exemplifica Lunkes (2007) uma nota de fiscal de venda a prazo pode gerar 
dados para diferentes áreas, como por exemplo, receita e custos das mercadorias vendidas na 
contabilidade, contas a receber no financeiro, baixa de mercadorias do estoque, além de 
informações gerenciais para os executivos da empresa. 
 
Data e Knowledge Warehouse 
 
Um Data Warehouse funciona como um depósito central de dados eletrônicos. Lunkes (2007) 
afirma que este funciona como uma coleção de dados históricos, orientados para assuntos que 
são mantidos com o objetivo de apoiar o processo de tomada de decisão, suportado por um 
banco de dados. 
O objetivo deste sistema é armazenar os dados da empresa para que possam ser utilizados com 
confiabilidade pela empresa. Geralmente, este é focado em informações menos detalhadas e 
mais estratégicas, voltadas para a necessidade e precisão dos processos de negócios. Desta 
forma, este contempla os seguintes elementos: 
 Separação entre os dados operacionais e de informações que realmente interessam; 
 Suporte para diferentes níveis de detalhamento; 
 Os dados de diferentes origens que interessam são extraídos, integrados e armazenados 
em um repositório único antes que consultas sejam realizadas. 
Para Lunkes (2007) o termo Data Mining é um termo técnico utilizado e que demonstra como 
um gestor pode procurar e extrair informações de uma mina. Este é utilizado para procurar 
oportunidades de negócio em uma grande oportunidade de dados; 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
Por sua vez o Knowledge Waherouse é organizado para 
prover acesso a uma variedade de dados qualitativos, como por exemplo, memorandos, artigos 
de notícias, notas de consumidor e cliente, especificações de produtos, documentação de 
resolução de problemas, informações gerais sobre os empregados e competências do 
competidor. 
 
Customer Relationship Management – CRM 
 
O CRM é utilizado pelas empresas para gerenciar o relacionamento com os clientes, com o 
principal objetivo de atendê-los melhor. Uma vez que os clientes são atendidos por vendedores 
da empresa, representantes de vendas ou call centers, o uso combinado do ERP e do CRM 
permitem juntar informações e armazenar, facilitando o acesso e o compartilhamento (LUNKES, 
2007). 
 
Supply- Chain Management 
 
O Supply- Chain Management, ou Gerenciamento da Cadeia de Valores, inclui uma variedade 
de atividades relacionadas à realização de compras de materiais e estoques, gerando maior 
eficiência e economia de recursos. 
Desta forma, foi possível compreender como o BI é um sistema integrado que apresenta várias 
ferramentas que auxiliam, cada um em sua esfera, no processo de toda de decisão. 
 
Relatórios Contábeis 
 
De acordo com a legislação societária – Lei 6.404/76 alterada pelas leis 11.638/07 e 11.941/09 
as demonstrações contábeis obrigatórias são: 
 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na 
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que 
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações 
ocorridas no exercício: 
I - balanço patrimonial; 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III - demonstração do resultado do exercício; e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei 
nº 11.638,de 2007) 
 
 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil que apresenta tanto a informação 
quantitativa quanto qualitativa. No caso da questão quantitativa ela é apresentada pelos 
aspectos financeiros da empresa, ou seja, os valores que ela possui, já o aspecto qualitativo 
está ligado à nomenclatura dos elementos que formam o patrimônio. O patrimônio das 
entidades é formado pelos seguintes elementos: 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
Bens e Direitos – Composto pelos valores em caixa, bancos, 
aplicações financeiras, clientes, veículos, imóveis, licenças de uso, softwares entre outros; 
Obrigações ou capital de terceiros – São obrigações com funcionários, empréstimos, 
financiamentos, o próprio governo na forma de impostos e outras dívidas da empresa; 
PatrimônioLíquido ou capital próprio – Composto pelas contas do patrimônio líquido ou 
também capital próprio, uma vez que é definido pela diferença entre os bens e direitos menos 
as obrigações com terceiros, ou seja, o que realmente sobra e pode ser considerado como 
riqueza líquida. 
De acordo com a legislação societária as contas estão dispostas no balanço da seguinte maneira 
apresentada na Lei 6.404/76 e posteriores alterações: 
 
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise 
da situação financeira da companhia. 
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos 
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, 
imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 
Assim, de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas e posteriores alterações a estrutura do 
balanço é a seguinte: 
 
Ativo Passivo 
Ativo Circulante 
Bens e direitos que estão em constante giro, 
sua realização, ocorrerá, no máximo, até o 
final do próximo exercício social 
 
Ativo Não Circulante 
 Ativo Realizável a longo prazo 
Bens e direitos que se realizarão a partir de 
um ano após o exercício social de apuração 
dos valores 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível 
Estes grupos representam os investimentos 
de longo prazo, bem como aqueles não 
classificados no Circulante, imóveis, veículos 
Passivo Circulante 
São as obrigações ou dívidas que irão vencer 
até o final do próximo exercício social. 
 
Passivo Não Circulante 
São as obrigações/dívidas que irão vencer a 
partir de um ano após o exercício social de 
elaboração. 
 
Patrimônio Líquido 
 Capital Social 
 Reservas 
 (-) Ações em Tesouraria 
 (-) Prejuízos Acumulados 
Este grupo representa os recursos aplicados 
pelos proprietários/acionistas da empresa. 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
e outros bens intangíveis como softwares, 
entre outros. 
Total do Ativo Total do Passivo 
 
O balanço apresenta informação do tipo financeira, ou seja, demonstra os valores em caixa, 
bancos, a receber e a pagar. A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é outra 
demonstração utilizada para a tomada de decisões. De forma resumida a DRE é uma forma 
ordenada e dedutiva do resultado das operações de um determinado período de tempo e que 
de acordo com a legislação pode ser melhor compreendida: 
 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os 
impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos 
e o lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as 
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação 
dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o 
imposto; 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes 
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou 
fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como 
despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital 
social. 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua 
realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a 
essas receitas e rendimentos. 
 § 2
o
 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 
11.638,de 2007) 
 
A seguir um exemplo dos dados básicos constantes em uma DRE: 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
Receita Bruta de Bens e Serviços 
(-) Imposto sobre vendas 
(-) Devolução, Descontos Comerciais e Abatimentos 
Receita Líquida 
(-) Custo dos Produtos e Serviços Vendidos 
Lucro Bruto 
(-) Despesas de vendas 
(-) Despesas Administrativas 
(-) Despesas Financeiras Líquidas 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
(-) Outras Despesas Operacionais 
(+) Outras Receitas Operacionais 
Lucro Operacional 
(+) Receitas não operacionais 
(-) Receitas não operacionais 
Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
(-) Participação de Debêntures, Empregados, Administradores e Partes Beneficiárias 
Lucro ou Prejuízo do Exercício 
 
A DRE apresenta a informação econômica da empresa, ou seja, o fluxo de geração de receitas e 
despesas que ao final do período irá apresentar o resultado, representado pelo lucro ou 
prejuízo do período. 
Demonstração do Fluxo de caixa 
Partindo de um raciocínio que um incremento no lucro líquido não necessariamente 
corresponde a um aumento no fluxo monetário, a contabilidade tem a necessidade de informar 
como funcionam as entradas e as saídas de caixa e de como existe a diferença entre o 
efetivamente ganho e o efetivamente recebido. As empresas possuem interesse em saber 
como estão suas atividades em três diferentes aspectos: 
 
 Fluxo gerado pelas atividades operacionais – Atividades geradoras de receita da 
entidade e que são diferentes das atividades de investimento e financiamento. Alguns 
exemplos de contas deste grupo são o pagamento de salários e aluguel, bem como o 
recebimento pela venda ou prestação de serviços. 
 Fluxo gerado pelas atividades de investimento – São aquelas atividades relacionadas à 
aquisição e venda de ativos de longo prazo, bem como de investimentos não incluídos 
nos equivalentes de caixa, como por exemplo, compra e venda de terrenos, máquinas e 
equipamentos. 
 Fluxo Gerado pelas atividades de financiamento – Atividades relacionadas em mudanças 
no tamanho e na composição do capital próprio. Alguns exemplos são a incorporação de 
capital e a obtenção de empréstimos. 
 
Assim, esta demonstração captura os resultados operacionais, atuais e as mudanças ocorridas 
no balanço patrimonial. Com isso, existe um quadro dinâmico das últimas mudanças de caixa, 
que são o resultado de um conjunto de decisões tomadas durante um determinado período de 
tempo (LUNKES, 2007). 
 
Análise Vertical 
A análise vertical trabalha com a determinação de percentuais de cada conta ou grupo de 
contas no Balanço ou ainda na Demonstração do Resultado do Exercício com o seu respectivo 
grupo. Assim, sua principal função é indicar a importância de determinada conta em um grupo. 
A seguir um exemplo de como esta análise é feita: 
 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
Descrição da conta
ATIVO TOTAL 12.631.010,00 100,00% 6.463.509,00 100,00%
ATIVO CIRCULANTE 9.043.115,00 71,59% 4.980.021,00 77,05%
 Disponibilidades 3.008.462,50 23,82% 1.842.982,50 28,51%
 Clientes - contas á receber 2.934.815,00 23,23% 1.760.484,00 27,24%
 Estoques 2.409.955,00 19,08% 1.122.366,0017,36%
 Outros 689.882,50 5,46% 254.188,50 3,93%
ATIVO NÃO CIRCULANTE 3.587.895,00 28,41% 1.483.488,00 22,95%
Ativo Realizável a Longo Prazo 581.557,50 4,60% 396.415,50 6,13%
 Com pessoas ligadas 121.410,00 0,96% 88.117,50 1,36%
 Outras 460.147,50 3,64% 308.298,00 4,77%
Investimentos 467.307,50 3,70% 195.063,00 3,02%
Imobilizado 948.255,00 7,51% 385.909,50 5,97%
Intangível 1.590.775,00 12,59% 506.100,00 7,83%
PASSIVO TOTAL + PL 12.631.035,00 100,00% 6.463.509,00 100,00%
PASSIVO CIRCULANTE 8.447.742,50 66,88% 3.958.525,50 61,24%
 Fornecedores 3.619.750,00 28,66% 1.584.391,50 24,51%
 Financiamentos (inclui Debêntures) 3.657.140,00 28,95% 1.173.765,00 18,16%
 Impostos, taxas e contribuições 501.002,50 3,97% 201.288,00 3,11%
 Provisões Diversas 199.220,00 1,58% 729.934,50 11,29%
 Outras contas a pagar 470.630,00 3,73% 269.146,50 4,16%
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 3.091.645,00 24,48% 1.746.120,00 27,02%
 Financiamentos 2.737.482,50 21,67% 1.434.550,50 22,19%
 Outros 354.162,50 2,80% 311.569,50 4,82%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.091.647,50 8,64% 758.863,50 11,74%
BALANÇO PATRIMONIAL
31/12/2012 31/12/2011
VALOR (MIL.) AV VALOR (MIL.) AV
 
 
Com esta análise é possível compreender a importância da conta Caixa, por exemplo, dentro do 
Ativo Circulante, e assim por diante como pode ser observado no balanço. Esta demonstração é 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
apresentada em dois períodos ou mais para que se possa 
comparar como houve a evolução das contas com relação aos seus grupos como passar dos 
anos. 
 
Análise horizontal 
 
Já na análise horizontal são analisadas as variações de cada item patrimonial em períodos 
consecutivos, tendo o ano mais antigo como base, conforme segue: 
Descrição da conta
ATIVO TOTAL 3.368.269,33 56,34% 2.154.503,00 100,00%
ATIVO CIRCULANTE 2.411.497,33 45,27% 1.660.007,00 100,00%
 Disponibilidades 802.256,67 30,59% 614.327,50 100,00%
 Clientes - contas á receber 782.617,33 33,36% 586.828,00 100,00%
 Estoques 642.654,67 71,78% 374.122,00 100,00%
 Outros 183.968,67 117,12% 84.729,50 100,00%
ATIVO NÃO CIRCULANTE 956.772,00 93,48% 494.496,00 100,00%
Ativo Realizável a Longo Prazo 155.082,00 17,36% 132.138,50 100,00%
 Com pessoas ligadas 32.376,00 10,23% 29.372,50 100,00%
 Outras 122.706,00 19,40% 102.766,00 100,00%
Investimentos 124.615,33 91,65% 65.021,00 100,00%
Imobilizado 252.868,00 96,58% 128.636,50 100,00%
Intangível 424.206,67 151,46% 168.700,00 100,00%
PASSIVO TOTAL + PL 3.368.276,00 56,34% 2.154.503,00 100,00%
PASSIVO CIRCULANTE 2.252.731,33 70,73% 1.319.508,50 100,00%
 Fornecedores 965.266,67 82,77% 528.130,50 100,00%
 Financiamentos (inclui Debêntures) 975.237,33 149,26% 391.255,00 100,00%
 Impostos, taxas e contribuições 133.600,67 99,12% 67.096,00 100,00%
 Provisões Diversas 53.125,33 -78,17% 243.311,50 100,00%
 Outras contas a pagar 125.501,33 39,89% 89.715,50 100,00%
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 824.438,67 41,65% 582.040,00 100,00%
 Financiamentos 729.995,33 52,66% 478.183,50 100,00%
 Outros 94.443,33 -9,06% 103.856,50 100,00%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 291.106,00 15,08% 252.954,50 100,00%
BALANÇO PATRIMONIAL
31/12/2012 31/12/2011
VALOR (MIL.) AH VALOR (MIL.) AH
 
 
Analisando o Balanço Patrimonial sob este aspecto é possível entender como as contas e os 
grupos sofrem variações com o passar dos anos para isso é necessário que sejam confrontados 
vários anos para que se possa traçar uma tendência do que está acontecendo com a empresa. 
 
Análise por meio de índices 
Lembrando que para a correta análise é necessário que na somente os dados contábeis da 
empresa sejam levados em consideração, mas também os dados do mercado em que ele atua, 
bem como seus concorrentes, conjuntura econômica e perspectivas. 
 
Índices de liquidez 
 
Estes índices medem a capacidade de pagamento das dívidas da empresa e são representados 
pelas seguintes fórmulas: 
 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
Índice de liquidez imediata = Disponibilidades / Passivo Circulante 
Índice de liquidez corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante 
Índice de liquidez seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo 
Circulante 
Índice de liquidez geral = (Ativo Circulante + Ativo Realizável a 
longo prazo) / (Passivo exigível total) 
 
Com a observância de tais índices é possível evidenciar o grau de solvência de uma entidade em 
decorrência ou não de solidez financeira. No caso, por exemplo, da liquidez corrente é 
apresentada a quantidade de reais que a empresa possui para liquidar suas dívidas, ou seja, 
quanto maior melhor. 
 
Indicadores de rentabilidade 
Os indicadores de rentabilidade medem o retorno gerado pela empresa em determinado 
período e são representados pelas seguintes fórmulas: 
 
Margem líquida = (Lucro líquido / Vendas líquidas) x 100 
Rentabilidade do Ativo = (Lucro líquido / Ativo total) x 100 
Rentabilidade do Patrimônio Líquido = (Lucro líquido / Patrimônio Líquido) x 100 
 
No caso da análise da margem líquida, preferencialmente, o indicador deve ser comparado com 
o índice da região em que a empresa atue, para que as decisões possam se basear nele. Já a 
rentabilidade do ativo serve para medir os lucros em comparação com os ativos. Assim como 
ocorre com a rentabilidade do ativo, a rentabilidade do patrimônio líquido faz a relação dos 
ganhos com o grupo citado. 
 
Indicadores de estrutura de capital 
Os índices de estrutura ou endividamento medem a capacidade da empresa sobreviver em um 
longo período de tempo e são representadas pelas seguintes fórmulas: 
 
Composição do endividamento = (Passivo Circulante / Passivo exigível total) x 100 
Imobilização do Patrimônio Líquido = (Ativo Não Circulante – Ativo Realizável a longo prazo) / PL) x 100 
Imobilização de recursos não circulantes = (ANC – ARLP) /( PL + Passivo Não Circulante) x 100 
 
No caso da composição do endividamento é possível evidenciar as dívidas de curto e longo 
prazo relacionadas entre si. A No caso da imobilização do patrimônio líquido é possível 
compreender se a empresa investe mais pesado em ativos não circulantes que possuem 
características permanentes. Por fim, a imobilização de recursos não circulantes possibilita 
avaliar como estão sendo investidos os ativos não circulantes de uma empresa. 
 
Referências 
 
Brasil. Lei 6.404 de 15 de Dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. Acesso em 27/07/2013 
 Bacharelado em Ciências Contábeis 
 
 
______. Lei 11.638 de 28 de Dezembro de 2007. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm. Acesso em 
27/07/2013 
______. Lei 11.941 de 27 de Maio de 2009. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm. Acesso em 
27/07/2013 
 
KAYO, Eduardo Kazuo; KIMURA, Herbert; MARTIN, Diógenes Manoel Leiva; NAKAMURA; Wilson 
Toshiro. Ativos Intangíveis, Ciclo de Vida e Criaçăo de Valor. RAC, v. 10, n. 3, Jul./Set. 2006: 73-
90. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rac/v10n3/a05v10n3.pdf. Acesso em 29/07/2013 
 
LUNKES, Rogério João. Contabilidade Gerencial. Florianópolis: Visual Books, 2007.

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