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Questões trabalhistas: compensação de horas, adicional noturno, horas extras, hora in itinere e discriminação salarial

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01. (FGV - Exame de Ordem) Jefferson é balconista numa loja e, por determinação do empregador e ne-
cessidade do serviço, precisou trabalhar 8 horas em um domingo. Agora Jefferson fará, na mesma sema-
na, a compensação dessas horas. 
Sobre essa situação, assinale a opção correta. 
 
A) Uma vez que as horas foram prestadas no dia de domingo, a compensação deverá ser feita em dobro, ou seja, 
em 16 horas. 
B) Por imposição legal, as horas devidas devem ser compensadas e pagas ao trabalhador, com acréscimo de 
100%, em função do seu sacrifício. 
C) A compensação deve ser feita pela hora simples (8 horas), pois não deve ser confundida com o pagamento, 
que, no caso, receberia acréscimo de 100%. 
D) Se a empresa estivesse em dificuldade financeira e não quisesse realizar a compensação, poderia criar um 
banco de horas extras diretamente com o empregado, e lançar nelas as horas extraordinárias. 
 
02. (FGV - Exame de Ordem) Marco Aurélio é advogado empregado em um escritório de advocacia, com 
CTPS assinada, tendo acertado na contratação a dedicação exclusiva. Num determinado mês, Marco cum-
priu jornada de 2
ã
 a 6
ã
 feira das 12:00 às 21:00 h com intervalo de uma hora para refeição. 
Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não haverá pagamento de adicional noturno porque a jornada não ultrapassou as 22:00 h 
B) Marco tem direito ao adicional noturno de 25% sobre a jornada compreendida entre 20:00 e 21:00 h 
C) Marco tem direito a horas extra, sendo assim reputadas as que ultrapassam a 4
ã
 hora diária, com acréscimo de 
50%. 
D) Marco tem direito ao adicional noturno de 20% sobre a jornada compreendida entre 20:00 e 21:00 h 
 
03. (FGV - Exame de Ordem) Paulo é operador de máquinas de uma montadora de automóveis. Seu horário 
de trabalho é das 7:00 às 16:00, dispondo de uma hora de intervalo. O aparelho para registro do ponto 
eletrônico fica situado ao lado da máquina operada por Paulo e os controles são marcados no início e no 
fim da efetiva jornada de trabalho. Paulo diariamente chega ao trabalho às 6:15, horário em que sai da 
condução que o deixa na porta da empresa. Porém, tem que caminhar por cerca de trinta minutos até o 
local de início efetivo do trabalho. Insatisfeito, Paulo decidiu mover uma reclamação trabalhista em face de 
seu empregador. Considerando o caso acima, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Paulo não tem direito às horas extras, pois não havia excesso de jornada. 
B) Tendo havido extrapolação de 5 (cinco) minutos no tempo de deslocamento entre o portão e o local de traba-
lho, Paulo faz jus a 10 (dez) minutos extras no início e no fim da jornada. 
C) Paulo tem direito às horas extras (minutos) no início e no fim da jornada, dada a distância entre o portão da 
empresa e o local de trabalho, que supera 10 (dez) minutos de deslocamento. 
D) Paulo tem direito às horas extras registradas em seu cartão de ponto. 
 
04. (Exame de Ordem – FGV) Determinada empresa encontra-se instalada em local de difícil acesso, não 
servida por transporte público regular. Em razão disso, fornece condução para o deslocamento dos seus 
empregados, da residência ao trabalho e vice-versa, mas cobra deles 50% do valor do custo do transporte. 
Na hipótese, é correto afirmar que: 
 
A) o tempo de deslocamento será considerado hora in itinere. 
B) o tempo de deslocamento não será considerado hora in itinere porque é custeado pelo empregado, ainda que 
parcialmente. 
C) o empregado tem direito ao recebimento do vale – transporte. 
D) metade do tempo de deslocamento será considerada hora in itinere porque é a proporção da gratuidade do 
transporte oferecido. 
 
05. (FGV - Exame de Ordem – Prova reaplicada Salvador-BA) Leônidas trabalha 44 horas semanais como 
churrasqueiro em um restaurante e recebe salário de R$ 1.400,00 mensais. Considerando o aumento da 
clientela, o restaurante contratou Vinícius, também como churrasqueiro, a tempo parcial, para que ele 
cumpra jornada de 22 horas semanais e receba R$ 700,00 por mês. 
Diante da hipótese retratada e de acordo com a CLT e o entendimento do TST, assinale a afirmativa corre-
ta. 
 
 
 
 
 
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A) O salário pago a Vinicius é ilegal porque inferior ao salário mínimo nacional, cabendo então reivindicar a dife-
rença correspondente. 
B) O salário é de livre estipulação em cada contrato, daí porque não cabe ao Judiciário interferir nos valores fixa-
dos livremente pelas partes. 
C) A situação retrata discriminação salarial, pois não pode haver divergência salarial entre empregados que exer-
cem a mesma função. 
D) É possível a estipulação do salário de Vinicius nessa base, pois ele guarda relação com o de Leônidas, que 
cumpre a jornada constitucional. 
 
6. (FGV - Exame de Ordem) Paulo foi contratado pela empresa XPTO Ltda. para trabalhar como vigilante 
com jornada de trabalho pelo sistema de escala 12 x 36 (doze horas de trabalho por trinta e seis de des-
canso), estipulada em norma coletiva. Há um ano trabalhando, dois feriados nacionais recaíram em dias 
de sua escala. 
Diante do exposto, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Paulo tem direito a receber em dobro os dias de feriado trabalhados. 
B) Paulo não deverá receber os dias de feriado trabalhados, pois os mesmos foram compensados no sistema de 
escala. 
C) Paulo deverá receber os dias trabalhados de forma simples, não se considerando trabalho extraordinário nor-
mal em decorrência do sistema de escala. 
D) Paulo não deverá receber os dias de feriado, pois são equivalentes ao descanso semanal remunerado. 
 
7. (FGV - Exame de Ordem) Pedro é empregado rural na Fazenda Granja Nova. Sua jornada é de segunda a 
sexta-feira, das 21 às 5h, com intervalo de uma hora para refeição. Considerando o caso retratado, assina-
le a afirmativa correta. 
 
A) A hora noturna de Pedro será computada como tendo 60 minutos. 
B) A hora noturna rural é reduzida, sendo de 52 minutos e 30 segundos. 
C) A hora noturna de Pedro será acrescida de 20%. 
D) Não há previsão de redução de hora noturna nem de adicional noturno para o rural. 
 
8. (FGV - Exame de Ordem) Maria trabalha como soldadora em uma empresa há 7 anos. Sua jornada con-
tratual deveria ser de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h, com intervalo de uma hora para refeição e, aos 
sábados, das 8 às 12h. Nos últimos 3 anos, no entanto, o empregador vem exigindo de Maria a realização 
de uma hora extra diária, pois realizou um grande negócio de exportação e precisa cumprir rigorosamente 
os prazos fixados. Findo o contrato de exportação, o empregador determinou que Maria retornasse à sua 
jornada contratual original. Nesse caso, considerando o entendimento consolidado do TST, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) As horas extras se incorporaram ao salário de Maria e dela não podem ser retiradas, sendo vedada a alteração 
maléfica. 
B) O empregador deverá pagar a Maria uma indenização de 1 mês de horas extras por cada ano de horas extras 
trabalhadas e, assim, suprimir o pagamento da sobrejornada. 
C) O empregador deverá conceder uma indenização à empregada pelo prejuízo financeiro, que deverá ser arbi-
trada de comum acordo entre as partes e homologada no sindicato. 
D) Maria terá de continuar a trabalhar em regime de horas extras, pois não se admite a novação objetiva na rela-
ção de emprego. 
 
9. (FGV - Exame de Ordem – Prova reaplicada Salvador-BA) Luis é empregado da sociedade empresária 
Braço Forte Ltda. Sua jornada é de oito horas, desfrutando de uma hora de intervalo. Em determinada se-
mana, por necessidade do empregador, Luis trabalhou a jornada de oito horas mas sem desfrutar do in-
tervalo. Em outra semana, trabalhou sete horas contínuas, sem intervalo. 
Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Em ambos os casos Luis tem direito ahora extra. 
B) Apenas na primeira semana Luis tem direito a hora extra. 
C) Não tendo havido excesso de jornada, Luis não tem direito a hora extra em ambas as semanas. 
D) Independentemente da existência de acordo individual, a hora da segunda semana compensa a da primeira 
semana e, em ambos os casos, Luis não faz jus a hora extra. 
 
 
 
 
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10. (FGV – XIV Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil) Jerônimo trabalha na Metalúrgica 
Pereira como soldador, com a seguinte jornada: de 2ª a 6ª-feira, das 9h às 18h, com quatro intervalos diá-
rios de quinze minutos, destinados à alimentação (das 9h45min às 10h, das 11h45min às 12h, das 
14h45min às 15h e das 16h30min às 16h45min). 
Na hipótese em questão, de acordo com o entendimento sumulado do TST, 
 
A) o intervalo intrajornada mínimo de uma hora foi respeitado, daí porque não há horas extras a pagar. 
B) o empregado terá direito ao pagamento de uma hora extra diária pela concessão inadequada da pausa alimen-
tar. 
C) a possibilidade de fracionamento do intervalo intrajornada em 4 períodos depende de autorização do Ministério 
do Trabalho e Emprego. 
D) se o fracionamento ou a supressão do intervalo estivessem previstos em convenção coletiva, a empresa estaria 
dispensada de pagar a hora extra. 
 
11. (FGV – IX Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil) Maria foi contratada pela empresa Bo-
los S.A. para exercer a função de copeira, cumprindo jornada de trabalho de segunda à sexta-feira das 
13:00 h às 17:00 h, sem intervalo alimentar. Decorridos dois anos do início do pacto contratual, foi a em-
pregada dispensada, recebendo as parcelas da ruptura. Contudo, inconformada porque jamais lhe foi 
permitido usufruir de intervalo para descanso e alimentação, Maria ajuíza reclamação trabalhista postu-
lando o pagamento do período correspondente ao intervalo alimentar não concedido. 
 
A) A ex-empregada faz jus ao pagamento de uma hora extraordinária diária, haja vista a supressão do intervalo 
intrajornada, na forma do Art. 71, § 4º, da CLT. 
B) A ex-empregada faz jus ao pagamento de apenas 15 minutos diários a título de horas extraordinárias, haja 
vista a supressão do intervalo intrajornada, na forma do Art. 71,§ 4º, da CLT. 
C) A ex-empregada não faz jus ao pagamento de horas extraordinárias, porquanto diante da carga horária cum-
prida, não lhe era assegurada a fruição de intervalo intrajornada. 
D) A ex-empregada faz jus ao pagamento de indenização correspondente ao valor de uma hora extraordinária 
diária, haja vista a supressão do intervalo intrajornada. 
 
12. (FGV - Exame de Ordem) As sociedades empresárias ALFA e BETA, que atuam no ramo hoteleiro, fo-
ram fiscalizadas pela autoridade competente e multadas porque concediam intervalo de 30 minutos para 
refeição aos empregados que tinham carga horária de trabalho superior a 6 horas diárias. Ambas recorre-
ram administrativamente da multa aplicada, sendo que a sociedade empresária ALFA alegou e comprovou 
que a redução da pausa alimentar havia sido acertada em acordo individual feito diretamente com todos 
os empregados, e a sociedade empresária BETA alegou e comprovou que a redução havia sido autorizada 
pela Superintendência Regional do Trabalho. De acordo com a Constituição, a CLT e o entendimento su-
mulado pelo TST, assinale a afirmativa correta. 
 
A) As duas sociedades empresárias estão erradas, pois o intervalo mínimo a ser respeitado seria de uma hora 
para refeição e descanso. 
B) A sociedade empresária BETA não deveria ser multada, pois a autoridade administrativa autorizou no seu caso 
a redução do intervalo. 
C) As duas sociedades empresárias estão corretas, pois a diminuição da pausa alimentar tem justificativa jurídica 
e deve ser respeitada. 
D) A sociedade empresária ALFA não deveria ser multada, pois a Constituição Federal reconhece os acordos 
individuais em razão da autonomia privada. 
 
13. (FGV – IX Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil – reaplicação Ipatinga/MG) Para os 
empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas de baixa temperatura, assim definidas em 
Lei, será assegurado o seguinte intervalo especial: 
 
A) 10 minutos de repouso a cada 90 minutos de trabalho contínuo, não computado esse intervalo como de traba-
lho efetivo. 
B) 10 minutos de repouso a cada 50 minutos de trabalho contínuo, computado esse intervalo como de trabalho 
efetivo. 
C) 20 minutos de repouso depois de uma 1h40min de trabalho contínuo, computado esse intervalo como de traba-
lho efetivo. 
D) 15 minutos de intervalo antes de iniciar trabalho em sobrejornada, computado esse intervalo como de trabalho 
efetivo. 
 
 
 
 
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DICA: Intervalos remunerados – Importante memorizar! 
 
Esses intervalos estão inseridos na jornada de trabalho, como se o empregado estivesse realizando serviços. 
Esses intervalos são remunerados. Dentre eles, pode-se destacar: 
 
a) Serviço de mecanografia e digitação (art. 72 da CLT). Cada período de 90 minutos de trabalho contínuo corres-
ponderá a um intervalo de 10 minutos. Esse intervalo será remunerado. 
b) Serviços de frigoríficos e câmaras frias (art. 253 da CLT). Tendo em vista que a mudança de temperatura é 
prejudicial à saúde do trabalhador, após 1 hora e 40 minutos de trabalho contínuo, o empregado terá direito ao 
intervalo de 20 minutos, computado como tempo efetivo de trabalho. Para que o empregado tenha direito a esse 
intervalo não é necessário que exerça suas atividades necessariamente em frigoríficos, mas fique comprovada a 
existência de ambiente frio. Nesse sentido, prevê a recente jurisprudência do TST: 
Súmula n. 438 do TST. O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio, nos termos 
do parágrafo único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica, tem direito ao intervalo intra-
jornada previsto no caput do art. 253 da CLT. 
c) Minas de subsolo (art. 298 da CLT). Em razão das atividades peculiares, o empregado terá direito, após 3 horas 
consecutivas de trabalho, a um intervalo de 15 minutos. 
d) Amamentação (art. 396 da CLT). Até que a criança complete 6 meses de vida, a mulher terá direito a dois inter-
valos de ½ (meia) hora cada um deles. Esse período de 6 meses poderá ser prorrogado em razão do estado da 
saúde do filho. Esses dois intervalos, repita-se, são remunerados e inseridos na jornada de trabalho. 
 
14. (FGV - Exame de Ordem) Jorge, Luiz e Pedro trabalham na mesma empresa. Na época designada para 
o gozo das férias, eles foram informados pelo empregador que Jorge não teria direito às férias porque 
havia faltado, injustificadamente, 34 dias ao longo do período aquisitivo; que Luiz teria que fracionar as 
férias em três períodos de 10 dias e que Pedro deveria converter 2/3 das férias em abono pecuniário, po-
dendo gozar de apenas 1/3 destas, em razão da necessidade de serviço do setor de ambos. 
Diante disso, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A informação do empregador foi correta nos três casos. 
B) Apenas no caso de Jorge o empregador está correto. 
C) O empregador agiu corretamente nos casos de Jorge e de Luiz, mas não no de Pedro. 
D) O empregador está errado nas três hipóteses. 
 
15. (FGV – XIII Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil) Os garçons e empregados do restau-
rante Come Bem Ltda. recebem as gorjetas dadas pelos clientes, de forma espontânea, uma vez que não 
há a cobrança obrigatória na nota de serviço. 
Diante da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) As gorjetas integram a remuneração, mas não servem de base de cálculo para o pagamento do aviso prévio, 
adicional noturno, horas-extras e repouso semanal remunerado. 
B) As gorjetas não integram a remuneração, uma vez que são espontâneas, pois não há o controle das quantias 
concedidas. 
C) As gorjetas são integradas, para todos os efeitos, naremuneração do empregado, repercutindo, assim, no pa-
gamento de todos os direitos trabalhistas. 
D) As gorjetas integram a remuneração apenas para efeitos de aviso prévio trabalhado, adicional noturno, horas-
extras e repouso semanal remunerado, pois as demais parcelas não estão relacionadas com o dia a dia de traba-
lho efetivo; não havendo trabalho, não há gorjeta. 
 
16. (FGV – XIV Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil) Dentre as opções listadas a seguir, 
assinale aquela que indica o empregado que já tem os dias de repouso remunerados em seu salário, sem 
que haja o acréscimo da remuneração do seu repouso semanal. 
 
A) Germano, que é empregado horista. 
B) Gabriela, que é empregada diarista. 
C) Robson, que é empregado mensalista. 
D) Diego, que é empregado comissionista puro. 
 
17. (FGV - Exame de Ordem) Determinado empregado foi contratado para criar e desenvolver programas 
de software para as demandas dos clientes do seu empregador. Em sua atividade normal, esse empregado 
inventou um programa original, muito útil e prático, para que os empresários controlassem à distância 
 
 
 
 
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seus estoques, o que possibilitou um aumento nas vendas. Diante da situação retratada, assinale a afirma-
tiva correta. 
 
A) O empregado terá direito, conforme a Lei, a uma participação sobre o lucro obtido nessas vendas. 
B) A Lei é omissa a esse respeito, de modo que, caso não haja consenso entre as partes, será necessário o ajui-
zamento de ação trabalhista para resolver o impasse. 
C) Todo o lucro obtido pelo invento será do empregado. 
D) O empregado terá direito apenas ao seu salário normal, exceto se o seu contrato de trabalho tiver previsão de 
participação no lucro do seu invento. 
 
18. (FGV - Exame de Ordem) Lúcio é enfermeiro num hospital e, após cumprir seu expediente normal de 8 
horas de serviço, tratando dos pacientes enfermos, recebe solicitação para prosseguir no trabalho, reali-
zando hora extra. Lúcio se nega, afirmando que a prorrogação não foi autorizada pelo órgão competente 
do Ministério do Trabalho e do Emprego. Diante desse impasse e de acordo com a CLT, marque a afirmati-
va correta. 
 
A) Lúcio está errado, pois seu dever é de colaboração para com o empregador. A resistência injustificada à sobre-
jornada dá margem à ruptura por justa causa, por ato de insubordinação. 
B) Lúcio está correto, pois é pacífico e sumulado o entendimento de que nenhum empregado é obrigado a realizar 
horas extras. 
C) Lúcio está errado, pois a legislação em vigor não exige que eventual realização de hora extra seja antecedida 
de qualquer autorização de órgão governamental. 
D) Lúcio está correto, pois, tratando-se de atividade insalubre, a prorrogação de jornada precisa ser previamente 
autorizada pela autoridade competente. 
 
19. (FGV - Exame de Ordem – Prova reaplicada Salvador-BA) Lívia trabalha em uma empresa de jornalis-
mo, cumprindo jornada de 23h00min às 5h00min, recebendo regularmente o adicional noturno. Após 12 
meses nessa jornada, o empregador resolveu transferi-la para o horário de 10h00min às 16h00min. 
Diante do caso e do entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Lívia tem direito adquirido ao adicional noturno porque nele permaneceu 12 meses, de modo que o seu paga-
mento não pode ser suprimido. 
B) A supressão do adicional noturno exigiria, no caso, o pagamento de uma indenização de 1 mês de adicional 
noturno. 
C) O adicional noturno poderá ser suprimido porque Lívia não mais se ativa em horário noturno. 
D) O adicional noturno deva ser pago pela metade, segundo determinação do TST. 
 
20. (Exame de Ordem – FGV) Determinado empregado, durante quatro anos consecutivos, percebeu pa-
gamento de adicional de insalubridade, já que desenvolvia seu mister exposto a agentes nocivos à saúde. 
A empregadora, após sofrer fiscalização do Ministério do Trabalho, houve por bem fornecer a todos os 
seus empregados equipamento de proteção individual (EPI) aprovado pelo órgão competente do Poder 
Executivo, eliminando, definitivamente, os riscos à higidez física dos trabalhadores. Diante do relatado, 
assinale a opção INCORRETA: 
 
A) Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. 
B) Tendo o empregado recebido adicional de insalubridade com habitualidade, a rubrica não pode ser suprimida, 
ainda que o empregador promova a eliminação dos riscos à integridade física do empregado. 
C) O trabalhador somente faz jus ao pagamento do adicional de insalubridade enquanto permanecer exposto a 
agentes de risco à sua saúde, independentemente do tempo em que percebeu o aludido adicional. 
D) A eliminação ou neutralização da insalubridade ocorrerá com a adoção de medidas que conservem o ambiente 
de trabalho dentro dos limites de tolerância ou com a utilização de equipamentos de proteção individual ao traba-
lhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. 
 
21. (FGV - Exame de Ordem) Nelson foi contratado como vigilante, diretamente pelo Banco Moeda Firme, 
empresa que assinou a sua carteira profissional. Ele atua em diversas agências bancárias e recebe adicio-
nal de periculosidade em seu contracheque. 
Sobre a categoria profissional de Nelson e em relação ao adicional de periculosidade, assinale a opção 
correta de acordo com a jurisprudência do TST. 
 
A) Nelson não é bancário. 
 
 
 
 
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B) O recebimento do adicional de periculosidade é uma liberalidade do empregador. 
C) Nelson integra a categoria dos bancários, já que seu empregador explora essa atividade. 
D) A situação é irregular, pois o serviço de vigilante precisa ser terceirizado. 
 
22. (FGV - Exame de Ordem) Hugo, José e Luiz são colegas de trabalho na mesma empresa. Hugo trabalha 
diretamente com o transporte de material inflamável, de modo permanente, nas dependências da empresa. 
José faz a rendição de Hugo durante o intervalo para alimentação e, no restante do tempo, exerce a função 
de teleoperador. Luiz também exerce a função de teleoperador. Acontece que, no intervalo para a alimen-
tação, Luiz pega carona com José no transporte de inflamáveis, cujo trajeto dura cerca de dois minutos. 
Diante dessa situação, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Como Hugo, José e Luiz têm contato com inflamáveis, os três têm direito ao adicional de periculosidade. 
B) Apenas Hugo, que lida diretamente com os inflamáveis em toda a jornada, tem direito ao adicional de periculo-
sidade. 
C) Hugo faz jus ao adicional de periculosidade integral; José, ao proporcional ao tempo de exposição ao inflamá-
vel; e Luiz não tem direito ao adicional, sendo certo que a empresa não exerce qualquer atividade na área de ele-
tricidade. 
D) Hugo e José têm direito ao adicional de periculosidade. Luiz não faz jus ao direito respectivo. 
 
23. (FGV - Exame de Ordem) João trabalha na área de vendas em uma empresa de cigarros. Recebe do 
empregador, em razão do seu cargo, moradia e pagamento da conta de luz do apartamento, além de ter 
veículo cedido com combustível. Tal se dá em razão da necessidade do trabalho, dado que João trabalha 
em local distante de grande centro, sendo responsável pela distribuição e venda dos produtos na região. 
Além disso, João recebe uma quota mensal de 10 pacotes de cigarro por mês, independentemente de sua 
remuneração, não sendo necessário prestar contas do que faz com os cigarros. A partir do caso narrado, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) Os valores relativos à habitação, à energia elétrica e ao veículo integram a remuneração de João, por serem 
salário-utilidade, mas não o cigarro, por ser nocivo à saúde. 
B) Os valores de habitação e veículo integram a remuneração de João. A energia elétrica e o combustível, não, 
pois já incorporados, respectivamente, na habitação e no veículo. O valor do cigarro nãoé integrado, face à noci-
vidade à saúde. 
C) Nenhum dos valores da utilidade integram a remuneração de João. 
D) Tratando-se de salário in natura, todos os valores integram a remuneração de João, pois são dados com a 
ideia de contraprestação aos serviços 
 
24. (FGV - Exame de Ordem) Flávio trabalhou na sociedade empresária Sul Minas Ltda., e recebia R$ 
1.500,00 mensais. Além disso, desfrutava de plano de saúde custeado integralmente pela empregadora, no 
valor de R$ 500,00. Em sede de ação trabalhista, Flávio pede a integração do valor à sua remuneração. 
Com base na hipótese apresentada, na qualidade de advogado da sociedade empresária, assinale a afir-
mativa correta. 
 
A) A contestação deverá aduzir apenas que o plano de saúde não tem caráter de contraprestação, sendo conce-
dido como ferramenta de trabalho, por isso não integra a remuneração. 
B) A contestação deverá sustentar a inexistência de caráter remuneratório do benefício, o que está expressamen-
te previsto em lei. 
C) A contestação deverá alegar que as verbas rescisórias foram pagas observando o reflexo do valor do plano de 
saúde. 
D) A contestação deverá alegar apenas que a possibilidade de o empregado continuar com o plano de saúde 
após a ruptura do contrato retira do mesmo o caráter remuneratório. 
 
25. (FGV - Exame de Ordem) Plácido, empregado de um restaurante, sem qualquer motivo, passou a agre-
dir verbalmente seu superior, até que, violentamente, quebrou uma mesa e uma cadeira que estavam pró-
ximas. Contornada a situação, Plácido foi dispensado e a empresa descontou no seu TRCT os valores do 
prejuízo com os móveis, que correspondiam a 60% do salário do trabalhador. 
Sobre o episódio apresentado, assinale a opção correta. 
 
A) A empresa pode descontar o valor mesmo sem previsão contratual para tanto, pois a atitude de Plácido, ao 
praticar o dano, foi dolosa. 
B) O desconto na remuneração do empregado relativo ao dano causado é vedado em qualquer hipótese. 
 
 
 
 
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C) A empresa só poderia descontar o valor do dano causado por Plácido se houvesse previsão contratual nesse 
sentido. 
D) Não estando a parcela relacionada a um desconto tipificado em lei, não pode haver o desconto nas verbas 
devidas a Plácido. 
 
 
 
 
 
 
 
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