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DOAÇÃO ENTRE CÀNJUGES OU COMPANHEIROS

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DOAÇÃO ENTRE CÀNJUGES OU COMPANHEIROS
Tratando-se do regime de separação de bens convencional, a doação propter nuptias entre os futuros nubentes não encontra qualquer obstáculo legal. Igualmente se a liberalidade se faz na vigência do consórcio. Quando o regime for de separação obrigatória, à primeira vista a doação seria nula nas duas modalidades, pois se caracterizaria como fórmula de fraudar a determinação legal. O Código Civil português, pelo art. 1.762, veda expressamente as doações entre os cônjuges, sendo regime o de separação obrigatória. Em nosso país, diante da Súmula 377 do Supremo Tribunal Federal, que reconhece a comunicação dos bens adquiridos no casamento, independentemente do esforço comum do casal, o principal obstáculo para a doação entre os cônjuges desaparece. 
A esta conclusão também chegou Arnaldo Rizzardo: “Tendo em vista a exegese que permite a comunhão dos aquestos, e em especial a dos bens adquiridos na constância da união estável, mitiga-se o entendimento acima, dando-se validade às doações, apesar do regime de separação obrigatória.”18 Não se deve perder de vista a disposição do art. 544, já estudada neste Curso (vol. 3, item 93), segundo a qual a doação de um cônjuge (ou companheiro) ao outro importa adiantamento do que lhe cabe por herança.

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