Buscar

RESUMO DIREITO ADMINISTRATIVO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 00 – O ESTADO, GOVERNO E ADM PÚBLICA.
CONCEITOS IMPORTANTES:
Povo: elemento humano ou base demográfica;
Território: são os limites do Estado ou sua base geográfica; Não são considerados entes federados no Brasil, apenas são autarquias da União, já que não possuem autogoverno, pois o presidente da república nomeia o governador do território após aprovação do Senado federal;
Governo Soberano: Elemento condutor e responsável pela organização do Estado;
Governo no sentido formal: é o conjunto de poderes e órgãos constitucionais; 
Governo no sentido material: trata-se de uma grande complexidade das chamadas funções estatais básicas (saneamento básico, seguridade social, das cidades, dos municípios); 
Governo no sentido operacional: ele será o grande condutor dos negócios públicos – a condução política dos negócios públicos; 
Ponto comum: ter a iniciativa (política de mando); fixar objetivos e executar uma gestão estratégica; administrar nada mais é do que gerir interesses; 
Confederação: reunião de diferentes Estados Soberanos;
Estado Unitário: existe um único poder central;
Estado Federal: diferentes polos de poder que atuam de forma autônoma entre si; (BRASIL)
Federação: Forma de Estado adotada no Brasil, formada por pessoas jurídicas de direito público interno a partir de um processo de desagregação ou movimento centrífugo, onde o Estado unitário foi separado em entes federativos autônomos;
Auto-organização: criar sua própria constituição;
Autogoverno: organizar seu governo e eleger seus dirigentes;
Autoadministração: organizar seus próprios serviços;
República: Forma de governo em que seus chefes executivos têm legitimidade popular, temporariedade dos mandatos eletivos e prestação de contas pelos gestores públicos;
ORIGENS E FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO:
- Tripartição de poderes da União: Independentes e harmônicos entre si – Legislativo, Executivo e Judiciário;
- Sistema de freios e contrapesos (Checks and Balances): os poderes controlam-se entre si exercendo funções típicas e atípicas;
Exemplos de funções atípicas de cada poder:
1) LEGISLATIVO: Função típica – Legislar e Fiscalizar; Função atípica: Julgar e Administrar
a) Função Jurisdicional: quando o Senado processa e julga o Presidente da República por crime de responsabilidade;
b) Função Administrativa: quando organiza seus serviços;
2) JUDICIÁRIO: Função típica – Julgar; Função atípica: Legislar/Administrar
a) Função Normativa: elaboração dos regimentos internos dos tribunais;
b) Função Administrativa: quando organiza seus serviços;
3) EXECUTIVO: Função típica – Administrar; Função atípica: Legislar
a) Função Normativa: quando produz normas gerais e abstratas através de poder regulamentar ou quando edita medidas provisórias;
- Ramos do Direito: Público (direito administrativo), Privado e Social; Essa divisão é meramente didática, pois o Direito é UNO;
- Coisa julgada administrativa: Significa que a decisão tornou-se irretratável pela própria Administração, não impedindo que seja apreciada pelo poder Judiciário se causar lesão ou ameaça de lesão;
- Definição de Direito Administrativo: "Ramo do Direito Público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica NÃO CONTENCIOSA que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública". 
- Fontes: lei, jurisprudência, doutrina, costumes e princípios;
- Lei em sentido formal: Se a competência para a edição do ato é típica do órgão, o ato será FORMAL;
EX.: a lei ordinária é competência típica ou atípica do Poder Legislativo? Típica, logo temos uma lei em sentido 2formal;
- Lei em sentido material: se a competência for atípica, teremos um ato MATERIAL;
EX.: a medida provisória é competência típica ou atípica do Poder Executivo? Atípica, logo, estamos diante de lei em sentido material;
AULA 01 - PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO: 
1) SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O INTERESSE PRIVADO:
- Restringir direitos individuais na garantia do interesse coletivo;
-Embasa todas as prerrogativas do Estado;
2) INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
-Cria limitações para o poder do Estado;
- O princípio da indisponibilidade consiste na garantia que os bens públicos serão utilizados em prol da coletividade. Não podendo ser disponibilizados pela Administração e seus agentes, cabendo a estes apenas gerir, conservar e zelar pelos bens públicos.
Obs: todos os princípios do direito administrativo decorrem da constituição.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS: (L-I-M-P-E)
a) LEGALIDADE:
-O Estado é subordinado à lei, ou seja, pode fazer apenas o que a lei permite;
b) IMPESSOALIDADE:
-Não discriminação: a atuação do Estado não enxerga a pessoa que vai ser atingida pelo ato;
- O Estado atua por meio do agente.
c) MORALIDADE:
-Honestidade, probidade, lealdade na atividade administrativa (moralidade jurídica);
d) PUBLICIDADE:
- Pode ser restringida para garantia da intimidade, vida privada, honra e segurança nacional;
-Forma de viabilizar o controle dos atos adm pela sociedade, logo a atuação do Estado não deve ser secreta e sim pública;
- É requisito de eficácia dos atos administrativos (produção de efeitos);
e) EFICIÊNCIA:
- Atuação de toda a atividade administrativa na busca da produção de resultados positivos com o mínimo de gastos;
f) CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA:
- Garantidos em processos judiciais e administrativos;
- Saber o que está acontecendo no processo e poder me manifestar a cerca destes acontecimentos;
- Garantia da defesa prévia (antes de proferida uma decisão adm em face do sujeito), defesa técnica (permitida à defesa direta com a ausência de advogado) e direito ao recurso ou duplo grau de julgamento;
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
a) RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE:
-Interpretar a lei de forma razoável;
-Adequação entre fins e meios: O ato adm não pode ser mais intenso ou mais ameno do que os motivos que deram ensejo à prática dele;
b) CONTINUIDADE:
-A atuação do Estado deve ser ininterrupta;
- Direito de greve: 
O servidor público tem direito de greve, exceto o militar;
Esse direito deve ser exercido nos termos de lei específica, mas como não existe ainda tal lei, o servidor exerce esse direito de acordo com a lei geral de greve do setor privado;
O servidor que exerce greve lícita pode receber remuneração pelos dias parados (em que não prestou serviço) apenas se compensar esse período ao final da greve. Caso não compense, deve ressarcir ao erário;
-Exceção de contrato não cumprido: 
Se o poder público for inadimplente por mais de 90 dias, o particular contratado pode suspender a execução do contrato; 
-Paralização de serviço público:
É possível interromper a prestação de serviço público se o particular for inadimplente? Sim, desde que haja prévio aviso ou situação de urgência. EXCEÇÃO: Os serviços essenciais à coletividade Não PODEM ser interrompidos; (ex: hospitais, escolas, iluminação pública etc.).
c) AUTOTUTELA: 
- Poder da Adm. Pública de controlar/rever seus próprios atos independentemente de provocação;
- A autotutela não impede o controle judicial.
d) MOTIVAÇÃO:
- A adm. tem o poder/dever de justificar/motivar/fundamentar seus próprios atos;
PODERES ADMINISTRATIVOS:
-Todo poder da administração é um dever;
-ABUSO DE PODER: É abuso de poder tanto o ato praticado na forma da lei, mas que pretende atingir um objetivo diverso do previsto legalmente, quanto o ato praticado em desobediência à previsão legal;
Excesso de poder: vício de competência, o agente público pratica um ato excedendo suas competências;
Desvio de poder: vício de finalidade, quando atua buscando uma finalidade diversa da estabelecida em lei, ou fora do interesse público;
Obs.: Todo abuso de poder é nulo, por desvio ou excesso de poder;
-DISCRICIONARIDADE E VINCULAÇÃO: 
Atuação Vinculada: Quando o agente público não tem margem de escolha na atuaçãodo caso concreto;
Atuação Discricionária: Quando o agente público tem margem de escolha na atuação do caso concreto, respeitando os limites legais e os critérios de oportunidade e conveniência (MÉRITO) do ato;
Obs.: O judiciário não pode controlar o mérito da atividade administrativa, mas pode controlar os limites a que esse mérito é subordinado;
TIPOS DE PODERES:
PODER NORMATIVO/REGULAMENTAR:
- Normativo (gênero) e Regulamentar (espécie);
- Expedição de regulamentos: Competência exclusiva dos chefes do executivo (presidente, governador e prefeito) para editar atos administrativos normativos complementares à lei para sua fiel execução;
- REGULAMENTO EXECUTIVO: Editado para fiel execução da lei (regra geral no Brasil);
- REGULAMENTO AUTÔNOMO: Editado para substituir a lei (É aplicado como exceção no Brasil, apenas nos casos de extinção de cargo público vago e organização administrativa, desde que não gere despesa, não crie e nem extinga órgãos);
- O decreto autônomo pode ser delegado ao Procurador Geral da República, aos Ministros de Estado e ao Advogado Geral da União;
- O Congresso Nacional pode sustar (suspender) ato normativo do Poder Executivo que ultrapassem os limites do poder regulamentar;
2) PODER HIERÁRQUICO:
- Distribuição interna de competências como forma de especialização das atividades;
- Relação de subordinação ou coordenação entre os órgãos e seus agentes;
- Só se manifesta dentro de uma mesma pessoa jurídica;
- Hierarquia (interna) x Vinculação (Entes da adm. direta sob entes da adm. indireta);
- Hierarquia por coordenação: Horizontal, distribuição de competências entre órgãos de mesmo nível hierárquico;
- Hierarquia por subordinação: Vertical, distribuição de competência em níveis hierarquicamente diferentes;
- Delegação: transferência de atribuições de um órgão para outro dentro da ADM pública;
- Avocação: ocorre quando autoridade hierarquicamente superior chama pra si atribuições do seu subordinado;
Obs.: 
Não cabe ao subalterno analisar a conveniência e oportunidade do ato do superior;
A responsabilidade é de quem pratica o ato (delegado) e não do delegante;
As determinações superiores não podem ser ampliadas ou restringidas por seus subordinados;
Na avocação é o superior quem se responsabiliza, pois ele é quem pratica o ato;
3) PODER DISCIPLINAR: 
- Aplicar penalidades, sanções, punições aos que possuem vínculo específico com a Adm. Pública;
- É um poder interno;
- Deve ser garantido o devido processo legal, bem como o contraditório e a ampla defesa.
IMPORTANTE: 
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO É DIFERENTE DE REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO !!!
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO: É um conjunto de normas especiais e princípios especiais que conferem para a administração de regime público maiores poderes e obrigações. É o regime de prerrogativas e limitações.
REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO: Indica a qual regime o ente administrativo está submetido (se público ou privado). 
4) PODER DE POLÍCIA:
- Polícia Administrativa:
Restringir liberdades individuais e o uso da propriedade privada no interesse coletivo;
Incide sobre bens e direitos;
Aplicável a qualquer cidadão, logo não precisa ter vínculo específico com a Adm pública;
Decorre da supremacia geral do Estado;
Possui regulamentação no CTN;
Pode cobrar taxas para sua atuação.
Pode ser preventiva ou repressiva;
Pode ser geral ou individual;
É discricionário em regra, mas podem ter atos vinculados;
Não se admite delegação do Poder de Polícia a pessoas jurídicas de direito privado; Exceção: Aspectos materiais do poder de polícia (atividades de mera execução podem ser delegadas).
- Polícia Judiciária: 
Polícia para prática de crimes ilícitos;
Direito PENAL;
Incide sobre pessoas.
Sempre repressiva;
 - Atributos do Poder de Polícia:
IMPERATIVIDADE: impor ao particular obrigação unilateralmente;
EXIGIBILIDADE/COERCIBILIDADE: impor meios indiretos de coerção como forma de fazer o particular cumprir o ato;
AUTOEXECUTORIEDADE: Ação do Estado por meios diretos, sem necessidade de recorrer ao judiciário para execução dos atos. Pode ser decorrente de lei ou de situação de urgência.
CARÁTER NEGATIVO: em regra, mas pode admitir também obrigações de fazer.
DISCRICIONARIEDADE: em regra, o poder de polícia é discricionário, mas há hipóteses em que sua atuação ocorre apenas de forma vinculada.
INDELEGABILIDADE: O poder de polícia não é delegável;
 Obs: Um dos meios pelo quais a administração exerce seu poder de polícia é a edição de atos normativos de caráter geral e abstrato, são as chamadas ordens de polícia, no que se incluem não apenas as leis, como também os atos normativos infralegais, expedidos para dar fiel execução às leis, com vistas à aplicação de regras que visem a restringir, limitar e/ou condicionar o exercício de direitos ou liberdades pelos particulares, em prol do interesse público.
Obs.: O ato será nulo, uma vez que o desvio de poder ou finalidade atinge o elemento FINALIDADE do ato administrativo, o qual é inconvalidável. Outros atributos que serão nulos caso sejam infringidos: motivo, objeto, competência (se for exclusiva) e forma (se for prevista em lei).
Obs.: Sempre haverá sujeição ao controle judicial tanto na atuação preventiva como na atuação repressiva.
AULA 02: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA:
	- Pessoas que fazem parte da organização do Estado;
	- Conjunto de pessoas direcionado à prestação do serviço público;
	-Administração DIRETA: Centralizada – Entes Federativos – Desconcentração – União, Estados, Municípios e DF;
	-Administração INDIRETA: Descentralizada – Desconcentração - Entes da Adm. Indireta e Particulares – Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista;
Obs.: ADMINISTRAÇÃO
DIRETA
ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA
Entes da ADM INDIRETA
S.E.M.
E.P.
AUTARQUIAS
F. PÚBLICAS
ÓRGÃOS
(DESCONCENTRAÇÃO)
União
Estados
Municípios
DF
DESCENTRALIZAÇÃO
DESCENTRALIZAÇÃO: É quando uma pessoa um ente político (U,E,M,DF) desempenha funções por meio de outras pessoas jurídicas; Pode ocorrer por Outorga ou Delegação:
a) Descentralização por Outorga:
- Transfere a titularidade e a execução do serviço público;
- Geralmente por tempo indeterminado;
- Capacidade de autoadministração e patrimônio próprio;
Ex: autarquias, fundações públicas;
b) Descentralização por Delegação:
- Transfere apenas a execução do serviço;
- Prazo determinado;
Ex.: Concessionárias e permissionárias
DESCONCENTRAÇÃO: Distribuição interna de competências entre órgãos de uma mesma pessoa jurídica; (pode ocorrer na adm. Direta e na adm. Indireta)
TEORIA DOS ÓRGÃOS: presume-se que a pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio dos órgãos, que são partes integrantes da própria estrutura da pessoa jurídica, de tal modo que, quando os agentes que atuam nestes órgãos manifestam sua vontade, considera-se que esta foi manifestada pelo próprio Estado. Fala-se em imputação (e não representação) da atuação do agente, pessoa natural, à pessoa jurídica.
ÓRGÃOS NÃO TEM PERSONALIDADE JURÍDICA (são apenas centros de especialização de competência/ partes integrantes do Estado);
ÓRGÃOS INDEPENDENTES E AUTÔNOMOS: Podem ter capacidade processual ativa;
- CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGÃOS:
Quanto à hierarquia: 
INDEPENDENTES: Não está subordinado hierarquicamente a ninguém; EX: Presidência da República;
AUTÔNOMOS: São subordinados aos independentes, mas conservam autonomia administrativa e financeira; EX: Ministérios, Secretarias Estaduais e Municipais;
SUPERIOR: Não possuem independência nem autonomia, mas possuem poder de decisão na atividade que exercem; EX: Secretaria da Receita Federal, Procuradoria da Fazenda;
SUBALTERNO: Órgãos que não possuem privilégios. São de mera execução da atividade pública;
Quanto à esfera:
CENTRAL: Possui atribuição em toda a extensão da pessoa jurídica que integra; EX: Secretaria de Segurança pública do estado da BAHIA;
LOCAL: Possui atribuição/competênciarestrita territorialmente; EX: Delegacia de Itapuã;
Quanto à estrutura:
SIMPLES: Estrutura formada por um único órgão; EX: assembleia legislativa;
COMPOSTOS: Estrutura formada por mais de um órgão: EX: Congresso Nacional = Câmara dos deputados + Senado Federal;
Quanto à atuação funcional:
SINGULAR: Manifesta vontade pela manifestação de vontade de um único agente; EX: Presidência;
COLEGIADO: Manifesta vontade pela manifestação de vontade de um colegiado/grupo de agentes; EX: Conselhos;
Quanto às funções: 
ATIVO
CONSULTIVO
DE CONTROLE
- ENTES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA:
Regras comuns a todos os entes da adm. indireta:
Possuem personalidade jurídica própria (patrimônio/ autonomia/ receita/ responsabilidade civil por seus atos);
Deve ter finalidade pública/ Não lucrativa;
Estão sujeitos a controle/vinculação/Controle finalístico/Tutela administrativa/Supervisão Ministerial feito pelos entes da adm. DIRETA;
Criação/ Extinção mediante lei específica;
a) Lei específica: Cria autarquias;
b) Lei específica: Autoriza a criação de empresa pública, sociedade de economia mista e fundações;
c) Lei Complementar: Define as áreas de atuação das fundações;
OBS: Entre os Entes da ADM DIRETA e ADM INDIRETA NÃO EXISTE HIERARQUIA OU SUBORDINAÇÃO;
OBS: RECURSO HIERÁRQUICO PRÓPRIO: quando se solicita um recurso sobre processo administrativo dentro de uma mesma pessoa jurídica – Há relação de HIERARQUIA;
RECURSO HIERÁRQUICO IMPRÓPRIO: quando se solicita um recurso sobre processo administrativo entre pessoas jurídicas diferentes – Não há relação de hierarquia e depende de previsão legal;
1) AUTARQUIAS:
São pessoas jurídicas de direito público;
É um serviço autônomo;
Os servidores são estatutários;
Exercem atividade típica de Estado;
Segue o regime de Fazenda Pública 
Imunidade tributária/recíproca: A União, os Estados e os Municípios não podem cobrar impostos uns dos outros nem de suas autarquias;
Privilégios processuais: Prazos dilatados (em quádruplo pra contestar e em dobro pra recorrer);
Duplo grau;
- Autarquias de controle/coorporativas: Conselhos de Classe (CREA, CRQ, CRM,CRA);
Exercem poder de polícia no controle do exercício da profissão – podem aplicar multas;
Gozam de Parafiscalidade: Poder de cobrar tributos;
- Autarquias em regime especial:
Universidades públicas: (escolhas de seus próprios dirigentes e autonomia pedagógica);
*Os dirigentes são escolhidos pelo corpo discente e docente da universidade;
*O dirigente cumpre um mandato certo/ não é de livre exoneração
Agências Reguladoras: Controlam a execução dos serviços públicos que foram transferidos para “empresas particulares” /privatizações. Ex: Anatel, ANVISA; 
-tem poder normativo alcançável apenas aos prestadores de serviço, nunca aos usuários;
-Os dirigentes são escolhidos pelo presidente da república com aprovação do senado;
-o dirigente cumpre um mandato certo/ não é de livre exoneração;
-Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato (EXONERAÇÃO) em caso de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar caso seja condenado em ação penal transitada em julgado, o dirigente será demitido; 
-o dirigente cumpre período de quarentena, que significa que, 4 meses após se afastar da agência, este dirigente não pode prestar serviço à empresa que era subordinada a mesma; Nesse período de quarentena o ex dirigente recebe a remuneração integral do seu antigo cargo para se manter afastado de suas atividades por esse tempo;
Agência Executiva: Quando a Autarquia comum que não cumpre suas metas de eficiência e celebra um contrato de gestão com o ente a que está vinculado, para novamente voltar a ser uma autarquia eficiente; Cumpre um plano de reestruturação para alcançar novamente sua eficiência; 
2) FUNDAÇÕES PÚBLICAS:
- É uma pessoa jurídica que cria patrimônio destinado ao fim público;
- Pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, com regimes definidos em lei específica;
- Fundações Públicas de Direito Público = AUTARQUIAS;
- Fundações Públicas de Direito Privado = EMPRESAS ESTATAIS;
- LEI COMPLEMENTAR: Define as áreas de atuação da fundação pública de direito público ou de direito privado;
OBS: As FUNDAÇÕES PÚBLICAS de DIREITO PÚBLICO também podem celebrar contrato de gestão e se enquadrar como agências executivas para reestruturação de sua eficiência e são CRIADAS POR LEI, e não autorizadas;
3) EMPRESAS ESTATAIS: Empresas públicas e Sociedade de Economia Mista
Pessoas Jurídicas de Direito Privado;REGIME HÍBRIDO OU MISTO
Empregados CELETISTAS – regidos pela CLT;
Não gozam das prerrogativas do Estado;
Sujeitam-se a todas as limitações públicas;
Seguem o mesmo regime de empresas privadas: obrigações fiscais, obrigações trabalhistas, obrigações civis/ comerciais e obrigações processuais;
A criação se dá de fato pelo Registro com a finalidade de Prestação do Servido Público ou Exploração de Atividade Econômica;
Sempre criada para finalidade pública;
Devem contratar por meio de concurso público;
Submetem-se a controle do TCU e da ADM. Direta;
Pode ter lucro, mas como consequência do desenvolvimento da atividade e não como finalidade principal;
- EMPRESAS PÚBLICAS:
Capital 100% público/ Estatal;
Admite-se qualquer forma societária;
Ações contra empresa pública federal são deslocadas para a justiça federal em caso de matéria comum;
Exceção: Os CORREIOS tem regime de fazenda pública, apesar de ser uma empresa pública;
As empresas públicas da UNIÃO respondem ação perante a justiça federal
As empresas públicas ESTADUAIS/MUNICIPAIS respondem ação perante a justiça estadual;
- SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA:
A maioria do capital com direito a voto pertence ao poder público;
Admite-se apenas a forma societária de S/A – Sociedade Anônima;
Ações contra a sociedade de economia mista são mandadas para justiça comum/estadual;
AULA 03: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
- Responsabilidade OBJETIVA – Desde CF/1946
- Regulamentação: Art. 37, § 6º: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
OBS 1: Terceiros: Usuários ou não usuários do serviço público;
OBS 2: As Empresas Estatais (Sociedade de economia mista e Empresas públicas) enquadradas como exploradoras de atividade econômica, não tem responsabilidade civil pública, ou seja, não são reguladas pelo Art. 37, § 6º, e sim pelo regimento do setor privado;
- Responsabilidade do Estado: Objetiva
- ESTADO: Pessoas jurídicas de direito público e pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviço público;
-A Responsabilidade Civil do Estado se baseia em 3 elementos: 
Conduta (lítica ou ilícita por parte do agente), Dano e Nexo de causalidade – A conduta do agente deve ter dado causa ao dano;
1) CONDUTA: Quando o agente público atua na qualidade de agente ou se vale dessa qualidade para causar o dano;
2) DANO: Deve ser um dano jurídico que viole direito preexistente;
3) NEXO DE CAUSALIDADE: É a demonstração de que a conduta do agente, por si só, foi causa suficiente ao dano;
- Indenização: Quando uma conduta lícita do agente público gera um dano específico/anormal a vitima;
- AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE CIVIL: A falta de qualquer um dos três elementos;
-HIPÓTESES DE EXCLUSÃO DO NEXO DE CAUSALIDADE: 
Caso fortuito;
Culpa exclusiva da vítima; 
Motivo de força maior;
-TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO x TEORIA DO RISCO INTEGRAL: Na teoria do risco adm. admitem-se as hipóteses de excludentes já na teoria do risco integral, não há excludente, logo o Estado tem responsabilidade independente do nexo - Garantidor UNIVERSAL;
-O Brasil adota a TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO; 
Exceções: nos casos abaixo sempre será risco integral.
Danos decorrentes de atividade nuclear;
Dano ambiental;
Crimes ocorridos a bordo de aeronaves que estejamsobrevoando o espaço aéreo brasileiro 
Danos de ataques terroristas;
-CULPA DO SERVIÇO: Quando o Estado tem responsabilidade omissa, ou seja, na má ou não prestação do serviço no caso concreto – Possui Responsabilidade Subjetiva;
-Responsabilidade Subjetiva do Estado: diante de uma omissão do Estado a responsabilidade deixa de ser objetiva e passa a ser subjetiva, e o particular lesado deverá demonstrar o dolo ou a culpa da Administração, em qualquer de suas modalidades: negligência, imprudência e imperícia.
Requisitos:
Conduta omissiva do Estado;
Dano;
Serviço defeituoso;
Conduta COMISSIVA do Estado: Responsabilidade OBJETIVA
Conduta OMISSIVA do Estado: Responsabilidade SUBJETIVA 
-Todas as vezes que o ESTADO tem alguma coisa ou alguém sob sua custódia, ele responde objetivamente pelos danos decorrentes dessa custódia; (mesmo em caso de suicídio do preso)
-Responsabilidade por Atos Legislativos:
Regra: O Estado não pode responder (teoria da irresponsabilidade)
Exceções: Responsabilidades objetivas decorrentes de: 
a) leis inconstitucionais;
 b) leis de efeitos concretos pautadas da responsabilidade objetiva!
- Responsabilidade por Atos Jurisdicionais:
Regra geral: Irresponsabilidade do Estado:
Exceções:
Erro judiciário;
Prisão além do tempo fixado em decisão judicial;
Fraude ou dolo do Juiz;
-AÇÃO REGRESSIVA: É quando o Estado cobra o agente pelo dano causado a terceiro com um prazo prescricional de 3 anos contados da responsabilização do Estado; 
Teoria da Dupla Garantia – É garantia da vítima cobrar do Estado e também é garantia do agente só ser cobrado pelo Estado, logo a vítima não pode cobrar diretamente do agente (doutrina majoritária); 
Há 3 tipos de prazos no que tange à reparação do dano envolvendo a Administração Pública:
- A ação de reparação de danos movida pelo particular em face da Administração prescreve em 5 anos;
- A ação de regresso movida pelo Estado em face do agente público culpado prescreve em 3 anos;
- A ação de ressarcimento, movida pelo Estado contra o agente causador de danos ao erário por atos de improbidade administrativa, é imprescritível.
- Responsabilidade do agente: A responsabilidade dos agentes públicos é regressiva e subjetiva. É regressiva porque, primeiro, as pessoas jurídicas indenizam os prejuízos causados a terceiros, depois, ingressam com ação judicial contra os agentes (servidores) se estes forem ou causadores do dano. É subjetiva, porque, o servidor só indenizará prejuízos que  tenha causado em  caso de dolo ou de culpa.
-Em caso de dolo ou culpa: Responsabilidade primária;
QUESTÃO: Cada uma das próximas opções apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com referência à responsabilidade civil do Estado. Assinale a opção correta à luz da legislação e da jurisprudência dos tribunais superiores.
Parte superior do formulário
a)Diante da interrupção do fornecimento de energia elétrica, determinada empresa ajuizou ação de indenização contra o estado da Federação em que estava localizada, postulando a reparação de danos materiais e morais sofridos em decorrência da falha no serviço. Nessa situação, o juiz deverá rejeitar o pedido de indenização quanto aos danos morais, uma vez que pessoa jurídica não tem como sofrer esse tipo de dano.
b)Paulo ingressou na administração pública de um estado da Federação por decisão judicial que lhe reconhecera o direito a nomeação e posse em cargo público. Posteriormente, o servidor ajuizou ação contra o referido estado, pedindo indenização pelo dano material sofrido por não ter recebido as remunerações pelo cargo no período transcorrido entre o ajuizamento da ação e a decisão judicial definitiva. Nessa situação, de acordo com a jurisprudência atual, o juiz deve rejeitar o pedido de Paulo, pois o pagamento de remuneração a servidor público sem efetivo exercício do cargo e o reconhecimento dos correspondentes efeitos funcionais ensejariam enriquecimento sem causa.
c) Tiago ajuizou ação de indenização contra um estado da Federação, alegando a responsabilidade objetiva do Estado por danos decorrentes de acidente de trânsito que havia sofrido em rodovia estadual, provocado pela má conservação da pista e falta de sinalização. O estado requereu a denunciação à lide da empresa que havia contratado para prestar serviços de conservação da rodovia. Nessa situação, o juiz deve acatar o pedido do estado, por ser obrigatória a denunciação à lide da mencionada empresa na ação movida por Tiago, que é fundada na responsabilidade objetiva do Estado.
d) Lucas, que cumpria pena em presídio de um estado da Federação, faleceu em consequência de agressões cometidas por outro detento. O pai da vítima ajuizou ação de indenização contra o referido estado fundada na responsabilidade objetiva. Nessa situação, o juiz deve reconhecer o descabimento do pedido, considerando que a morte de detento sob custódia enseja a responsabilidade civil subjetiva do Estado.
e) Em determinada ação judicial movida por vítima de disparo acidentalmente efetuado por policial militar, figuraram no polo passivo da relação jurídica processual o Estado e o agente responsável pelo disparo. Nessa situação, eventual decisão do juiz que exclua o militar da relação processual extinguirá o direito do Estado de ajuizar ação de regresso contra o servidor
Parte inferior do formulário
COMENTÁRIO:
A) Súmula: 37 STJ: são cumulativas as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato 
Súmula: 227 STJ: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral 
B) CERTO: A jurisprudência da Corte é de que o pagamento de remuneração a servidor público, assim como o reconhecimento dos correspondentes efeitos funcionais, pressupõem o efetivo exercício do cargo, sob pena de enriquecimento sem causa (STF  Ag. Reg. no AI N. 814.164-MG) 
C) Está errado duas vezes: omissão do Estado em manter a qualidade de rodovias é responsabilidade subjetiva (ato omissivo = subjetiva/ ato comissivo = responsabilidade objetiva), além de afrontar jurisprudência do STJ:
Não é obrigatória a denunciação à lide de empresa contratada pela administração para prestar serviço de conservação de rodovias, nas ações de indenização baseadas na responsabilidade civil objetiva do Estado" (REsp 653.736/MG, Rel. Min. CASTRO MEIRA, Segunda Turma, DJ 2/8/06). 
D) quando o dano decorre de omissão de agente público em estabelecimento prisional, as decisões tanto do STJ como do STF convergem para a responsabilidade objetiva, aplicando-se novamente a regra. O Estado tem o dever de proteger aqueles que estão sob sua custódia, sendo objetiva sua responsabilidade nos casos de mortes de presos, inclusive por suicídio 
E) Essa eu fui por lógica, o que estava sendo julgado a priori, era o fato que ensejou a responsabilidade do estado, composto pelo Estado e pelo agente no polo passivo, já que nesse caso eles foram os vencidos, caberá normalmente a ação de regresso contra o servidor pelos valores pagos pelo Estado.
AULA 04: LEI 8666 – LICITAÇÕES
- OBJETIVOS: 
Busca pela proposta mais vantajosa;
Garantia de Isonomia: Qualquer um que cumpra os requisitos estabelecidos em lei pode contratar com o poder público;
Garantia do Desenvolvimento Nacional Sustentável (privilégios para microempresas, produtos manufaturados e serviços nacionais);
- REGULAMENTAÇÕES: Lei 8666 e lei do pregão;
- PRINCÍPIOS EXPRESSOS: (limi.2p.vj)
Legalidade;
Impessoalidade;
Moralidade;
Igualdade;
Publicidade;
Probidade Administrativa;
Vinculação ao instrumento convocatório;
Julgamento objetivo.
1) Publicidade: A licitação sempre será pública, mas nem sempre haverá publicação;
2) Princípio do sigilo das propostas: Até a data de abertura das propostas em conjunto, um licitante não deve saber a proposta do outro;
3) Vinculação ao instrumento convocatório: Todas as regras da licitação estão estabelecidas no edital, e todos os licitantes e a Administração Pública são obedientes ao mesmo;
4) Julgamento Objetivo: O critério a ser utilizado para escolha do vencedordeve ser objetivamente estipulado no edital;
5) Princípio de Adjudicação Compulsória: é a atribuição do objeto da licitação ao vencedor do certame licitatório, este impede que a administração, concluído o procedimento licitatório, atribua seu objeto a outrem, que não ao legítimo vencedor.
- TIPOS DE LICITAÇÃO:
a) Menor Preço;
b) Melhor Técnica;
c) Técnica e Preço;
d) Maior Lance;
- CRITÉRIOS SUCESSIVOS DE DESEMPATE: Deve ser analisado um critério por vez, logo só é possível passar para o critério seguinte se o anterior não for suficiente para o desempate dos licitantes:
1º- Bem produzido no país;
2º- Empresa brasileira;
3º- Investe em tecnologia ou pesquisa no país;
Obs.: Se ainda assim não houver desempate, é necessário que se faça um sorteio público para escolha do vencedor da licitação;
Obs.: Havendo uma micro ou pequena empresa entre os licitantes, esta terá preferência no desempate, podendo ela diminuir sua proposta e ganhar a licitação; Se a proposta da micro e pequena empresa for maior até 10% do que a dos seus concorrentes, ainda assim é considerado empate na LICITAÇÃO, já no PREGÃO esse valor cai pra 5%;
- OBRIGATORIEDADE DE LICITAR:
Administração Direta;
Administração Indireta;
Demais entes mantidos ou subvencionados pelo dinheiro público e fundos especiais;
OBS.: As Empresas Estatais não são obrigadas a licitar no que tange suas atividades fins, pois, por se tratarem de pessoas jurídicas de direito privado, é necessário que se mantenha um padrão de concorrência com as demais empresas do setor privado.
- INTERVALO MÍNIMO: Prazo entre a publicação do edital e a data de abertura dos envelopes de documentação e proposta;
- COMISSÃO LICITANTE: 
Responsável pela realização do procedimento licitatório;
Composta por no mínimo 03 membros, onde pelo menos 02 devem ser servidores efetivos do órgão;
Os membros respondem solidariamente pelos atos da comissão;
Comissão Permanente: Designada para o órgão, ficando responsável por todos os procedimentos licitatórios deste por um ano; De um ano para o outro é vedada a recondução de todos os membros da comissão;
Comissão Especial: Designada especificamente para determinado procedimento licitatório; Acabada a licitação, a comissão se dissolve;
Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.
Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra.
- HIPÓTESES DE AUSÊNCIA DE LICITAÇÃO: Celebrar contrato sem a necessidade de licitação – É a contratação direta e pode ser por dispensa ou inexigibilidade de licitação;
DISPENSA: Art. 17 e 24 – lei 8666 – rol taxativo – as 4 mais importantes:
- Dispensa em razão do valor: para contratações até 10% do valor do convite (15 mil p/ obra e 8 mil p/serviço); Exceções: As empresas públicas, sociedades de economia mista, os consórcios públicos e as agências executivas tem dispensa de licitação de até 20% do valor do convite;
- Dispensa em caso de guerra e grave perturbação da ordem;
- Dispensa em razão de urgência: Em contratações emergenciais é dispensada a licitação, desde que o contrato não passe de 180 dias improrrogáveis;
- Licitação Deserta: Quando não aparecerem interessados na licitação; 
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO: Art. 25 – lei 8666 – rol exemplificativo
- Sempre que inviável a competição, a licitação é inexigível;
- Exemplos: Bem singular ou fornecedor exclusivo; Serviços técnicos especializados e artistas consagrados pela mídia;
- é vedada a inexigibilidade de licitação para serviços de divulgação e de publicidade (a adm. deve licitar);
- MODALIDADES LICITATÓRIAS:
	MODALIDADE
	CASOS OBRIGATÓRIOS
	QUEM PODE PARTICIPAR
	INTERVALO MÍNIMO
	OBSERVAÇÕES
	CONCORRÊNCIA
	ALTOS VALORES
- Obras e serviços de Eng.: Acima de R$ 1,5 milhão;
- Bens e outros serviços: Acima de R$ 650 mil;
	Qualquer pessoa que preencha os requisitos legais;
	- Melhor Técnica, Técnica e Preço ou empreitada integral: 45 dias;
- Outros casos: 30 dias.
	Contratos que exigem concorrência independentemente do valor:
-Concessão de Serviço Público;
- Concessão de direito real de uso;
- Aquisição e alienação de bens imóveis*;
- Contratos de empreitada integral;
- Licitações internacionais.
	TOMADA DE PREÇO
	- Obras e serviços de Eng.: ATÉ R$ 1,5 milhão;
- Bens e outros serviços: ATÉ R$ 650 mil;
	Os licitantes cadastrados no órgão ou aqueles que se cadastrarem com até 3 dias para abertura das propostas
	- Melhor técnica ou Técnica e Preço: 30 dias;
- Outros casos: 15 dias
	
	CONVITE
	- Obras e serviços de Eng.: ATÉ R$ 150 mil
- Bens e outros serviços: ATÉ R$ 80 mil
	Convidados: mínimo 3 e aqueles Cadastrados que manifestarem interesse por escrito com até 24 horas de antecedência do inicio da licitação.
	5 dias úteis;
	- Não há edital e sim uma carta convite;
- Não há publicação;
	CONCURSO
	Escolher trabalho técnico, artístico ou científico com pagamento mediante prêmio ou remuneração p o vencedor.
	Aqueles que possuam trabalhos que se encaixem na área do concurso
	45 dias;
	Existe uma comissão especial de concurso formada por 3 pessoas que tenham notório conhecimento na área do concurso, não necessariamente servidores;
	LEILÃO
	Venda de bens pela Adm. Pública.
- Bens Móveis: Até R$ 650 mil, acima disso é feita concorrência.
	Móveis: Inservíveis, apreendidos ou penhorados;
Imóveis: Adquiridos por dação em pagamento ou decisão judicial;
	15 dias;
	- Não há comissão de licitação, e sim um leiloeiro oficial ou servidor público designado.
- Sempre do tipo maior lance igual ou superior ao valor da avaliação;
	PREGÃO
	Comprar e adquirir bens e serviços comuns.
	Qualquer pessoa que preencha os requisitos da lei.
	8 dias úteis;
	- Sempre do tipo menor preço;
Não tem comissão: PREGOEIRO.
Obs.: Licitação internacional é a licitação que admite empresa estrangeira que não tenha cede no Brasil. Todas as modalidades admitem empresas estrangeiras de modo geral, com ou sem cede no país;
- PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
	MODALIDADE 
	PROCEDIMENTO
	CONCORRENCIA
LEILÃO
CONCURSO
	1) FASE INTERNA (Atos preparatórios): 
Justificativa: Exposição de motivos para celebração de contratos;
Demonstração que possui recurso orçamentário; 
Designação da comissão licitante; 
Elaboração do Edital e do Contrato. 
2) FASE EXTERNA (A partir da publicação): Aqui se inicia efetivamente a licitação;
a) PUBLICAÇÃO DO EDITAL em Diário oficial e jornal de grande circulação;
b) HABILITAÇÃO DAS PROPOSTAS: Análise da documentação dos licitantes. Ter registro, CNPJ, CPF/Qualificação técnica/ Qualificação econômica e financeira/ Regularidade Fiscal/ Não explorar trabalho Infantil/Regularidade trabalhista.
Obs.: A ausência de qualquer requisito inabilita o licitante; EXCEÇÃO: As Micro e pequenas empresas ou empresas de pequeno porte podem participar da licitação mesmo sem possuir regularidade fiscal;
Obs.: SE todos os candidatos forem inabilitados, concede-se um prazo de 8 dias úteis para readequação aos critérios de classificação.
Obs.: cabe recurso num prazo de 5 dias úteis.]
Obs.: Caso o prazo de validade das propostas não esteja previsto no edital, as propostas terão validade de sessenta dias (60).
c) CLASSIFICAÇÃO E JULGAMENTO DOS HABILITADOS: Abertura dos envelopes de propostas/ Critérios objetivos definidos no edital/ 05 dias úteis para recurso.
obs: SE todos os candidatos forem desclassificados, concede-se um prazo de 8 dias úteis para readequação aos critérios de classificação
d) HOMOLOGAÇÃO/VERIFICAÇÃO: Feita pela autoridade superior/ Anulação da licitação se tiver vício de ilegalidade ou revogação por desinteresse público superveniente/ 05 dias úteis para recurso.
e) ADJUDICAÇÃO: Dar ao vencedor o título de vencedor/ ainda não é uma contratação. Princípio da adjudicação compulsória:A ADM só pode contratar com o vencedor da licitação;
	TOMADA DE PREÇO
	Igual à concorrência, exceto que não existe a fase de habilitação.
	CONVITE
	Não há fase de habilitação e os prazos são diferenciados: 02 dias úteis para recurso e 03 dias úteis para readequação quando todos os candidatos forem desclassificados.
	PREGÃO
	Inversão das fases: 
- EDITAL 
- CLASSIFICAÇÃO (lances verbais - melhor proposta e todos que não ultrapassem 10% da melhor proposta – mínimo de 03 propostas) 
- HABILITAÇÃO 
- ADJUDICAÇÃO (pelo próprio pregoeiro) 
- HOMOLOGAÇÃO (autoridade superior);
Não se admite recurso entre as fases do procedimento licitatório no pregão, apenas após a adjudicação com prazo imediato para interposição do recurso e prazo de 3 dias para elaborar as razões do recurso;
Obs. 1: Impugnação do Edital: Qualquer cidadão pode impugnar administrativamente um edital até 5 dias úteis antes da abertura das propostas. Já um licitante tem até 2 dias úteis antes da abertura das propostas para fazer sua impugnação;
Obs. 2: Dada uma alteração no edital feita pela Administração, deve haver uma nova publicação do edital? O intervalo mínimo deve ser alterado? Alterou o edital, necessariamente deve publicar de novo em Diário Oficial e Jornal de grande circulação. Quanto ao intervalo mínimo, o prazo deve ser recontado, salvo se as alterações não modificarem o conteúdo das propostas;
AULA 05: LEI 8666 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
- Nem todo contrato da Administração (gênero) é um contrato administrativo (espécie);
- CONTRATO ADMINISTRATIVO: é o contrato que a Administração celebra sob regime de direito público;
- Características: 
Todo contrato adm. é consensual: o contrato está perfeito e acabado com o simples consenso entre as partes, mesmo sem a entrega do bem;
São contratos de adesão: não admite rediscussão de clausulas;
São comutativos: contrato em que as partes têm direitos e obrigações pré-definidos – não podem ser alteradas em eventos futuros;
São contratos formais: A lei 8666 estabelece a forma do contrato adm é requisito de validade – ler art. 55; Quando o valor do contrato admite apenas concorrência ou a tomada de preço, o formalismo (instrumento de contrato) é obrigatório; 
Em regra, o contrato é sempre escrito, não podendo haver contrato verbal;
Exceção: As pequenas compras, até 5% do valor do convite (4 mil reais), que sejam de pronta entrega e pronto pagamento admitem contrato verbal;
Publicação do resumo do contrato: requisito de eficácia – Depois de celebrado o contrato a Adm. Pública tem até o 5º dia útil do mês subsequente para providenciar a publicação do resumo, mais 20 dias para sair publicado;
Subcontratação: Quando o vencedor da licitação contrata um terceiro para executar seu serviço – a subcontratação não é permitida para execução integral do contrato por subcontratado, logo ela deve ser parcial e desde que haja previsão no edital e no contrato com autorização do poder público;
- CLAUSULAS EXORBITANTES: Prerrogativas do Estado na celebração do contrato administrativo;
São admitidas devido à supremacia do interesse público sobre o interesse privado;
São implícitas em todo contrato administrativo:
1) Rescisão unilateral: A Adm. pública pode rescindir o contrato unilateralmente independente da concordância do particular ou decisão judicial;
- Pode ser por inadimplemento do contratado/caducidade (não gera indenização) ou interesse público/encampação (gera indenização);
2) Alteração unilateral: A Adm. tem o poder de alterar o contrato unilateralmente desde que seja para adequação das clausulas ao interesse público; 
- Pode ser quanto ao projeto ou quanto ao valor/quantidade, com um limite de 25% para mais ou menos, independentemente da concordância do particular; Exceção: Contratos de Reforma: Alteração pra mais pode ser de até 50% e para menos continua de até 25%;
Obs.: A Adm. deve manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, ou seja, manter a margem de lucro do particular – única garantia do particular;
3) Fiscalização e controle: Poder/dever de fiscalizar e controlar o cumprimento das clausulas contratuais;
4) Aplicação de penalidades: 
Advertência: penalidade leve e por escrito;
Multa: pena pecuniária;
Suspensão de contratar com o poder público: Até 2 anos – abrange apenas os entes federativos que aplicou a pena;
Declaração de Inidoneidade: Até 2 anos – Não contrata com o poder público – Extrapola o ente federativo que aplicou a pena, impede a contratação com qualquer ente da esfera do governo;
Obs.: Para a empresa passar a ser idônea novamente, deve ressarcir o erário e se reabilitar obrigatoriamente para poder novamente contratar com o poder público;
5) Ocupação temporária dos bens da contratada: A Adm. Pública tem o poder de ocupação temporária de bens para garantia do principio da continuidade, ou seja, para que a contratada não paralise um serviço;
- PAGAMENTOS ACESSÓRIOS AOS CONTRATADOS: Formas de garantia do lucro para os contratados;
Correção monetária: Atualização da moeda como forma de garantir o valor real do lucro do particular;
Reajuste de preços: Para garantir o aumento no preço dos insumos;
Recomposição/Revisão de preços: Quando a adm. pública faz uma recomposição do contrato devido desequilíbrio no mesmo, ou seja, um aumento não previsto/ situações não esperadas;
TEORIA DA IMPREVISÃO: 04 casos de recomposição/revisão de preços para o equilíbrio do contrato;
1) Caso fortuito/ força maior;
2) Interferências ou sujeições imprevistas: situações preexistentes ao contrato, mas que as partes não sabiam, só vem a tona durante a execução do contrato;
3) Fato do Príncipe: Situação de desequilíbrio causada pelo próprio Estado. A atuação da adm. fora do contrato causa o desequilíbrio da relação contratual; Ex.: aumento de combustível que aumenta os custos do serviço de uma empresa de transporte público – atuação fora do contrato;
4) Fato da administração: Situação de desequilíbrio causada pelo próprio Estado. A atuação da adm. dentro do contrato causa o desequilíbrio da relação contratual;
EXEMPLO DE FATO DA ADM: Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: (...)
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto; (...)
Importante frisar que caso a ação ou omissão não incida diretamente sobre o contrato, não se pode falar de fato da administração, mas sim em fato do príncipe.
GARANTIA: O Estado exige do particular uma garantia/calção de que esse particular vai cumprir o contrato. A garantia pode ser de até 5% do valor do contrato, sendo o valor definido pelo Estado; EXCEÇÃO: Os contratos de grande vulto, os que envolvem alta complexidade ou riscos financeiros admitem garantia de até 10%.
Obs.: O particular contratado define a forma de prestação da garantia – em dinheiro, títulos da dívida pública, seguro garantia ou fiança bancária; Se ao final do contrato, o particular executarsua parte de forma correta, o Estado devolve a garantia (caso seja na forma de dinheiro, devolve a garantia corrigida monetariamente);
O Valor da garantia: Definido pelo ESTADO
A forma de prestação da garantia: Definido pelo CONTRATADO
- LIMITAÇÕES IMPOSTAS AO ESTADO:
Dever de licitar;
Prazo de duração dos contratos: Não existe contrato administrativo por prazo de vigência indeterminado;
Em regra, o prazo de contratação é de um ano;
EXCEÇÕES:
- PPA (Plano plurianual): pode durar até 4 anos;
-Contratos de prestação de serviços contínuos: podem ocorrer sucessivas prorrogações até o prazo máximo de 60 meses;
- Aluguel de equipamentos e programas de informática: podem chegar até 48 meses;
- Art 24, incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI: Duração de até 120 meses (10 anos);
- HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO: 
Extinção natural: conclusão do objeto ou advento do termo (término do prazo do contrato);
Anulação: vício de ilegalidade;
Desaparecimento do contratado: falência ou falecimento;
Rescisão: pelo interesse público ou pelo descumprimento do contrato;
AULA 06 – SERVIÇOS PÚBLICOS
- SERVIÇO PÚBLICO: Para que uma determinada atividade seja serviço público, devem estar presentes três características imprescindíveis para tal serviço;
Substrato Material: é uma utilidade prestada à sociedade continuamente;
Trato Formal: tem que ser prestado sob o regime de direito público;
Elemento Subjetivo: deve ser prestado pelo Estado de forma direta ou indireta (contratos de concessão e permissão);
Obs.: 
Obra (inicio e fim pré-determinado, não é continuo) ≠ de SERVIÇO PÚBLICO
Poder de Polícia (é uma restrição, não uma comodidade prestada ao particular) 
Exploração de atividade econômica (regime de direito privado);
- Lei 8987: Princípios específicos da prestação do serviço público:
DEVER DE PRESTAÇÃO PELO ESTADO: O serviço público deve ser sempre prestado pelo Estado, ainda que indiretamente;
ADAPTABILIDADE (ATUALIZAÇÃO): de ser prestado da forma mais moderna possível, deve ser atualizada a prestação do serviço;
UNIVERSALIDADE (GENERALIDADE): Deve ser prestado visando a maior quantidade de pessoas possível;
CORTESIA: tratar o usuário de forma educada, cortês;
ISONOMIA: tratar de forma diferenciada, objetivando igualar juridicamente aqueles que são desiguais na realidade;
MODICIDADE DAS TARIFAS: Na prestação do serviço, o Estado deve cobrar tarifas de um preço acessível a maior quantidade de pessoas;
CONTINUIDADE: o serviço público deve ser prestado de forma ininterrupta;
- Classificação dos Serviços Públicos:
Gerais x Singulares/ Individuais 
SINGULARES (uti singuli): são possíveis de mensurar (divisíveis) quanto cada usuário usufrui do serviço, como por exemplo, água, energia elétrica, logo cobra do usuário uma taxa/tarifa de acordo com a quantidade consumida pelo usuário; (serviços de utilidade pública). 
GERAIS (uti universi): serviços que são prestados a todos e usufruídos por todos simultaneamente (indivisíveis), como exemplo, a iluminação pública, e são pagos por meio de impostos;
Exclusivo e Indelegável: são serviços prestados pelo Estado sempre diretamente;
Exclusivo de Delegação Obrigatória: são serviços prestados diretamente pelo Estado, mas ele também deve delegar aos particulares a prestação do serviço: (Ex.: radio e TV);
Exclusivo e Delegáveis: Serviços públicos prestados pelo Estado, com possibilidade de delegação ao particular;
Não Exclusivos: são aqueles que o Estado tem o dever de prestar diretamente e o particular tem o poder de prestar independentemente de delegação; (Ex.: hospitais públicos e hospitais particulares);
Obs.: SERVIÇO PÚBLICO IMPRÓPRIO: como o serviço não exclusivo prestado por particular não tem o elemento subjetivo, que é a necessidade de serem prestados diretamente pelo Estado, a doutrina e o STF entendem que essa situação não se encaixa como serviço público, e sim como um serviço de utilidade pública; 
DELEGAÇÃO CONTRATUAL: regulada pela lei 8987 – (concessão, permissão);
a) Concessão de serviço público: a Administração contrata uma empresa, essa empresa presta o serviço público e a empresa é remunerada pelo usuário desse serviço; É um ato BILATERAL.
Sempre feita na modalidade licitatória Concorrência, onde o edital pode prever uma inversão entre as fases de classificação e habilitação para dar celeridade ao processo; 
Concedente: Poder Público; 
Concessionária: Pessoa jurídica ou consórcio de empresas;
Rescisão Unilateral: Caducidade (por inadimplemento do contratado) ou Encampação (por interesse público);
OBS: Se o descumprimento do contrato for:
1) Pelo poder público: tem-se rescisão promovida pela concessionária
2) Por parte da concessionária: tem-se caducidade promovida pelo concedente
Parte superior do formulário
Intervenção: dada uma fiscalização por indícios de má prestação/irregularidades de serviço público, a Administração tem a possibilidade de colocar uma pessoa para gerir essa concessionária (interventor) durante o processo administrativo, que tem prazo de 30 dias contados do inicio da intervenção para ser instaurado e prazo de 180 dias para ser finalizado;
Subconcessão: não é possível a subcontratação;
PPP – Parceria Público-Privada: Concessão Patrocinada e Concessão Administrativa
Concessão patrocinada: a Adm contrata a empresa, a empresa presta o serviço e é remunerada pelo usuário, mas adicionalmente a Administração também paga uma remuneração (até 70% da remuneração da empresa) para garantia da modicidade de tarifas;
Concessão administrativa: a Adm contrata a empresa, a empresa presta o serviço e é remunerada pelo usuário do serviço, mas o usurário é a própria Administração, ou seja, é responsável pelo pagamento de todas as tarifas;
Regras de PPP: 
-prazo: mínimo de 5 e máximo de 35 anos de contrato;
- valor: mínimo de 20 milhões;
- objeto do contrato: prestação do serviço público;
b) Permissão de serviço público: é um contrato de adesão por meio do qual se transfere a prestação de serviço público aos particulares a titulo precário; É um ato UNILATERAL.
	 Concessão
	Permissão
	Sempre concorrência
	Outas modalidades licitatórias
	Contratado: Pessoa Jurídica ou Consórcio de empresas
	Contratado: pessoa física ou pessoa jurídica;
	Depende de lei específica
	Não depende de lei específica
A permissão possui duas modalidades:
a) permissão de serviço público = contrato de adesão, com natureza precária, todavia, possui prazo determinado, em razão disso deve haver indenização.
b) permissão de uso de bem publico= ato unilateral, sua revogação pode ocorrer a qualquer tempo e não comporta indenização.
Parte superior do formulário
- CONSÓRCIOS PÚBLICOS: União de pessoas de direito público com vontades convergentes para execução de serviço de interesse público; No momento que esses associados se unem, nasce uma nova personalidade jurídica (de direito público ou direito privado), que não se confunde com os entes que formam o consórcio; 
Obs.: se a pessoa jurídica criada pelo consorcio for de direito público, então passa a ser uma associação pública, fazendo parte da administração indireta e integrando cada um dos membros associados que lhe deram origem; Não é um 5º membro da adm. Indireta, é considerada uma autarquia associativa;
Contrato de rateio: define quanto que cada consorciado vai participar na formação e manutenção do contrato;
Obs.: Os consórcios são autarquias – pessoas jurídicas de direito público;
- Novos valores de licitação para consórcio:
Consórcio formado por até 3 entes federativos (multiplica por 2):
Concorrência: acima de 3 milhões
Tomada de preço: Até 3 milhões para obras e até 1,3 milhões para bens;
Convite: Até 300 mil para obra e até 160 mil para bens;
Consórcio formado por mais de 3 entes federativos (multiplica por 3):
Concorrência: acima de 4,5 milhões
Tomada de preço: Até 4, 5 milhões para obras e até 1,95 milhões para bens;
Convite: Até 450 mil para obra e até 240 mil para bens;
Obs.: Contrato de programa: Instrumentopelo qual devem ser constituídas e reguladas as obrigações que um ente da Federação, inclusive sua administração indireta, tenha para com outro ente da Federação, ou para com consórcio público, no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação federativa; O contrato de programa dispensa licitação;
CONCESSÃO:
-Particular (PJ ou consórcio de empresas) executa em seu nome
-Remuneração por meio de tarifa (pagamento pelos usuários do serviço)
-Interesse predominantemente público
-Precedida de licitação, na modalidade concorrência.
- Prazo determinado
PERMISSÃO:
-Adm pública transfere a execução de atividades para particular (PF ou PJ), mas estabelece requisitos para a prestação dos serviços.
-Transferência ocorre por meio de contrato de adesão
- Interesse concorrente da adm pública e do particular
- Precedida de licitação
- Discricionária e precária, logo, é revogável unilateralmente
AUTORIZAÇÃO:
- Adm consente a execução à particular para atender interesses coletivos instáveis ou emergências transitórias
- Ocorre por ato unilateral da adm (sem contrato)
- Se ref. a serviços que não exigem a execução própria pela adm
- Sem licitação.
- Ato unilateral, precário e discricionário
- ENTIDADES 3º SETOR OU PARA ESTATAIS:
Não fazem parte da Administração Indireta nem da Direta;
Não fazem parte do Estado, e sim atuam ao lado dele;
São entidades filantrópicas, privadas, sem finalidade lucrativa;
As quatro entidades do 3º setor são: Serviço Social Autônomo (SSA), Organizações Sociais (OS), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e Entidades/Fundações de Apoio;
1) Serviço Social Autônomo (SSA): 
Criadas mediante lei;
Atuam no incentivo/auxiliam a capacitação de determinadas categorias profissionais; (SESI, SESC, SENAI);
Prestam serviço de interesse público;
Gozam de Parafiscalidade: podem cobrar tributos;
São controladas pelo TCU;
Realizam procedimentos simplificados nas contratações para respeitar a impessoalidade;
2) Organizações Sociais (OS):
Criadas por particulares, sem fins lucrativos;
Atuam na prestação de serviços públicos não exclusivos do Estado;
Celebra com o poder público um contrato de gestão para se qualificar como OS;
Recebe orçamento público específico, além de receber cessão de bens e de servidores públicos;
São controladas pelo TCU;
Possuem dispensa de licitação para contratar;
3) Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP): 
Celebram com o poder público um termo de parceria;
Apenas tem direito a destinação de dinheiro público;
Sujeitas ao controle do TCU;
Devem licitar;
Está proibido se qualificar como OSCIP: OS, COOPERATIVAS DE TRABALHO, PARTIDOS POLÍTICOS E SINDICATOS;
4) Entidades/fundação de apoio:
Associações, fundações que atuam ao lado de hospitais públicos e de Universidades públicas auxiliando nas suas atividades;
Celebram convênio com o poder público;
Sujeitas ao controle do TCU;
Realizam procedimentos simplificados nas contratações para respeitar a impessoalidade;
OBS: O QUE CAI MAIS EM PROVA É A DIFERENCIAÇÃO DOS VINCULOS ENTRE CADA ENTIDADE DO 3º SETOR 
SSA – LEI
O.S. – CONTRATO DE GESTÃO
OSCIP – TERMO DE PARCERIA
ENTIDADE DE APOIO – CONVÊNIO
AULA 07 – ATOS ADMINISTRATIVOS
Nem todo ato praticado pela Administração é ato administrativo;
CONCEITO: São os atos praticados pela ADM no exercício da função administrativa sob regime de direito público e ensejando manifestação de vontade do Estado;
- ELEMENTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
COMPETÊNCIA: Deve ser praticado por um agente que tenha competência legal para tal; É um elemento vinculado;
Obs.: A competência é irrenunciável, imprescritível e improrrogável;
Delegação: Estender competência originária temporariamente para agentes de mesma hierarquia ou hierarquia inferior; 
OBS: Quem pratica o ato, responde pelo ato, ainda que praticado por delegação;
Avocação: Tomada de competência temporária, logo o agente público busca pra si competência originaria de outro agente de hierarquia inferior;
OBS: Hipóteses em que não se admite delegação/avocação: Edição de atos normativos, Decisão de recurso hierárquico, Competência exclusiva definida em lei;
FINALIDADE: É o que a lei pretende alcançar na expedição do ato; É um elemento sempre vinculado;
Finalidade genérica: busca do interesse público;
Finalidade específica: depende de cada ato;
FORMA: É a exteriorização/apresentação do ato; É um elemento vinculado; 
MOTIVO: Razões que justificam a execução do ato; Motivo ≠ Motivação (exposição dos motivos); 
OBJETO: Consequência/efeito principal do ato no mundo jurídico; Para que o ato administrativo seja válido, o objeto deve ser lícito, possível e determinado/ determinável;
Obs: 3 elementos dos atos administrativos são sempre vinculados, são eles: Competência, finalidade e forma. Ou seja, como não há discricionariedade, eles podem ser julgados pelo judiciário quanto ao mérito;
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
1) PRESUNÇÕES: 
Legitimidade: Todo ato adm é presumidamente legítimo, ou seja, está de acordo com a lei, até que se prove o contrário (presunção relativa); Já produz efeitos desde o momento em que é editado;
Veracidade: Os fatos apresentados nos atos adm presumem-se verdadeiros, até que se prove o contrário (presunção relativa);
2) IMPERATIVIDADE: Atos que geram obrigações; Poder que a adm tem de impor obrigações ao particular independentemente de sua concordância (unilateralmente);
3) EXIGIBILIDADE/COERCIBILIDADE: Aplicação de meios indiretos de coerção para que o particular cumpra as obrigações geradas pelo Estado;
4) AUTO EXECUTORIEDADE: Aplicação de meios diretos de execução dos atos em determinadas situações; A AUTO EXECUTORIEDADE decorre de lei ou de situação de urgência;
5) TIPICIDADE: Todo ato administrativo está previamente fixado em lei;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS ATOS:
Perfeição: Existência/conclusão de todas as etapas de formação dos atos;
Validade: Expedido em conformidade com o ordenamento jurídico;
Eficácia: em regra, se o ato é perfeito e válido, ele é eficaz, salvo quando o próprio ato impõe condições ou termos para sua eficácia (ato pendente);
Obs: o ato pendente é perfeito;
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
- Liberdade ou Regramento: Discricionários ou vinculados 
- Objeto, Prerrogativa ou posição jurídica: Império, gestão, expediente.
- Destinatário: Gerais e individuais
- Vontade: Unilateral e bilateral 
- Alcance: Externo e interno
- Efeitos: Constitutivos (cria, modifica ou extingue um direito ou uma situação do administrado) e declaratórios (reconhece de direito o que já existia antes do ato);
- Formação de Vontade: simples, complexo, composto
- Quanto aos resultados: Restritivos e ampliativos.
Parte superior do formulário
1) Vinculados ou Discricionários:
a) Vinculados: todos os seus elementos são definidos em lei de forma objetiva, sem dar ao agente margem de escolha;
b) Discricionários: A lei prevê a prática do ato, mas dá margem de escolha ao agente as atuações dentro do limite da lei;
2) Simples, Complexo ou Composto:
a) Simples: Depende de uma única manifestação para que esteja perfeito e acabado; Ex.: Nomeação de analista do INSS – depende do presidente da autarquia;
b) Complexo: Depende de uma soma de vontades de órgãos independentes para que o ato seja perfeito; Ex: nomeação de um procurador da fazenda nacional – depende de uma portaria a AGU e de outra portaria do ministério da fazenda;
c) Composto: Depende de uma soma de vontades, sendo uma a vontade principal e uma vontade acessória (dependente da principal – meramente ratificadora da vontade principal); Exemplo: a nomeação do Procurador Geral da República depende da prévia aprovação do Senado; a nomeação é o ato principal, sendo a aprovação prévia o ato acessório, pressuposto do principal;
3) Gerais ou Individuais:
a) Geral: refere-se a uma situação, logo, todos que se adequam a essa situação tem que obedecer ao ato administrativo;
b) Individual:refere-se a indivíduos especificados no próprio ato;
4) Atos de Império, de Gestão e de Expediente:
a) Atos de Império: São os atos nos quais a ADM goza de todas as prerrogativas do Estado;
b) Atos de Gestão: a ADM atua em pé de igualdade com o particular;
c) Atos de Expediente: Atos que simplesmente dão andamento a atividade administrativa;
5) Normativos, Ordinatórios, Negociais, Enunciativos e Punitivos:
a) Normativos: Atos que estabelecem normas gerais e abstratas dentro dos limites da lei;
Espécies: Regulamento/Decreto – Privativo do chefe do poder executivo;
	 Avisos – atos normativos dos ministérios e secretarias estaduais ou municipais;
		Instruções Normativas – Atos de outras autoridades públicas;
		Resoluções/Deliberações – Atos normativos dos órgãos colegiados;
b) Ordinatórios: Atos expedidos para ordenação interna da atividade pública – decorrem do poder hierárquico;
Portaria – Atos individuais internos (específicos);
Circular – Normas internas uniformes (gerais);
Ordem de Serviço – distribui a atividade interna do órgão entre os setores;
Memorando – Ato de comunicação interna, entre agentes de um mesmo órgão;
Ofício – ato de comunicação externo, entre um particular e um órgão ou entre órgãos; 
c) Negociais: Atos nos quais a ADMINISTRAÇÃO concede algo que o particular solicitou; São expedidos por meio de alvará – forma do ato;
Licença: ato vinculado por meio do qual a adm permite ao particular exercício de atividade que a própria fiscaliza;
Autorização: é um ato discricionário e precário (pode ser desfeito a qualquer tempo) no interesse do particular;
Permissão: um ato discricionário e precário por meio do qual o particular pode fazer o uso de bens públicos no interesse público;
d) Enunciativos: Atestam fatos ou emitem opiniões do Estado;
Atestados: A adm verifica a situação de fato para depois atestá-la;
Certidões: Atestam fatos registrados em órgãos públicos;
Apostilas: Atestam fatos acrescentando informações em registros públicos;
Parecer: Ato por meio do qual a adm emite opinião do órgão público – atos meramente opinativos; 
		 
e) Punitivos: atos de aplicações de penalidades;
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Extinção Natural: Cumprimento dos efeitos que o ato dispunha ou do termino do prazo estabelecido;
Desaparecimento da pessoa ou da coisa sob a qual o ato recai;
Renúncia – abdicação pela pessoa beneficiada do ato;
Retirada dos Atos: Extinção do ato de forma precoce e pode ser de cinco formas:
a) Anulação: 
- Retirada de um ato adm. em virtude de um vício de ilegalidade; 
- Produz efeitos ex tunc, ou seja, impede que o ato continue produzindo efeitos e anula os efeitos retroativos, ressalvando direitos adquiridos de boa fé;
- São anulados pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário;
- Prazo decadencial de 05 anos para anulação de ato adm que gere efeitos favoráveis a particulares, salvo má fé que, onde não há decadência;
- Vício sanável: convalidação/concerto do ato – nulidade relativa, mas não pode causar prejuízo nem a Adm. Pública nem a terceiros; (Competência e Forma – vícios sanáveis);
b) Revogação: 
- Retirada do ato administrativo válido;
- Por motivo de mérito: Oportunidade e Conveniência – não há mais interesse público na manutenção do ato;
- Produz efeitos ex nunc: não retroage, impede de produzir efeitos futuros;
- Só pode ser feita pela própria ADMINISTRAÇÃO;
- O judiciário não controla o mérito do ato adm;
- Não se admite a revogação de ato vinculado;
c) Cassação: 
- Retirada de ato adm decorrente de ilegalidade que ocorreu durante sua execução, por culpa do beneficiado;
- O beneficiado do ato deixa de cumprir os requisitos para manutenção deste;
Ex.: um indivíduo retirou licença para construção de hotel e tempos depois transformou o hotel em motel – na origem o ato foi lícito, mas depois ele se tornou ilegal;
d) Caducidade: 
- Retirada de ato adm decorrente de ilegalidade que ocorreu durante sua execução, em virtude de uma nova legislação lançada no ordenamento jurídico;
- A nova lei torna o ato inválido;
e) Contraposição/Derrubada: 
- Novo ato expedido que se contrapõe ao primeiro ato, derrubando o primeiro;
Ex.: Exoneração – Nomeação;
AULA 08 – AGENTES PÚBLICOS E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
AGENTE PÚBLICO: Abarca todos que atuam em nome do pode público;
 Agentes Políticos: Atuam no exercício da função política de Estado;
	- Detentores de Mandato eletivo;
	- Secretários e ministros de estado;
	- Membros da magistratura;
	- Membros do ministério público;
 Particulares em Colaboração com o Estado: Não possuem vínculo com o Estado;
	- Designados – agentes honoríficos: atuam por convocação do Estado (jurados, mesários, conscritos);
	- Voluntários – atuam em nome do Estado através de um programa de voluntariado;
	- Delegados - Agentes das concessionárias e permissionárias de serviço público e os titulares de cartório;
	- Credenciados – atuam para o Estado por meio de convênio; Ex: médico privado que atende pelo SUS;
 Servidores Estatais: São os agentes administrativos – atuam no exercício da função administrativa;
- Temporários: Contratados para prestação de serviço temporário de interesse público e de forma excepcional;
- Celetistas: Exercem atividades permanentes e ingressam através de concurso, possuindo relação contratual e possui emprego público;
- Estatutários: Exercem atividades permanentes e ingressam através de concurso, assinando um termo de posse com vinculo estatutário e possui cargo efetivo;
Obs.: Todo cargo público tem uma função, ela é inerente ao cargo;
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – lei 8429/92:
- Probidade = Moralidade (decorrente dos princípios constitucionais);
- Improbidade Administrativa ≠ Imoralidade (Improbidade é o gênero e imoralidade é uma espécie);
- Compete a União legislar privativamente acerca dos atos de improbidade;
- Sanções de Natureza Civil sobre atos de improbidade – ação civil pública por ato de improbidade
- Sanções de Improbidade Administrativa – rol exemplificativo;
Perda da função pública;
Suspensão dos direitos políticos;
Indisponibilidade de bens;
Ressarcimento ao erário;
SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO DO ATO DE IMPROBIDADE:
Sujeito Ativo: O agente público e os particulares que concorram, induzam ou se beneficiarem da prática o ato de improbidade;
Sujeito Passivo: Os entes da Adm pública direta e indireta e as entidades privadas que recebem dinheiro público para custeio ou formação do capital;
ATOS DE IMPROBIDADE:
Enriquecimento Ilícito do agente em detrimento da função (infração mais grave) – Dolo;
Dano ao erário – Dolo ou Culpa;
Atentam contra os princípios da Adm. (infração menos grave) – Dolo
Obs.: Um mesmo ato pode ter mais de uma conduta de improbidade, nesse caso a infração mais grave absorve as infrações mais leves;
SANÇÕES DE IMPROBIDADE: 
	Art. 9º: Enriquecimento Ilícito
	Art. 10: Dano ao Erário
	Art. 11: Atentam contra os princípios ADM
	Perda da função (que esteja exercendo no momento de aplicação da pena);
	Perda da função (que esteja exercendo no momento de aplicação da pena);
	Perda da função (que esteja exercendo no momento de aplicação da pena);
	Perda dos bens adquiridos ilegalmente;
	Perda dos bens adquiridos ilegalmente;
	-
	Ressarcimento ao erário pelos danos;
	Ressarcimento ao erário pelos danos;
	Ressarcimento ao erário pelos danos;
	Suspensão dos direitos políticos – 8 a 10 anos;
	Suspensão dos direitos políticos – 5 a 8 anos;
	Suspensão dos direitos políticos – 3 a 5 anos;
	Multa – até 3x o valor que enriqueceu ilicitamente;
	Multa – até 2x o valor do dano causado;
	Multa – até 100 x o valor da remuneração/salario mínimo que o agente recebe;
	Proibição de contratar com o poder público – 10 anos
	Proibição de contratar com o poder público – 5 anos
	Proibição de contratar com o poder público – 3 anos
OBS.: O juiz definirá de acordo com a gravidade da infração quais as sanções que devem ser aplicadas isoladasou cumulativamente;
AÇÃO DE IMPROBIDADE:
Sujeito ativo da ação: O ministério público ou a pessoa jurídica lesada pelo ato de improbidade;
Obs.: Se o ministério público for autor da ação, a pessoa jurídica deve ser intimada a participar como coautora da ação, mas não é obrigada a aceitar; Se a pessoa jurídica for autora da ação, o ministério público é obrigado a participar como fiscalizador da lei;
Logo: O ministério público sempre deve participar da ação e a pessoa jurídica tem a opção de participar ou não da ação;
Sujeito passivo da ação: é o agente público ou particulares responsáveis pelo ato de improbidade (sujeito ativo do ato);
Sempre julgada por juiz singular;
Antes de o juiz decidir se vai receber a petição inicial, o acusado deve receber uma notificação para preparar sua defesa prévia, que deve ser apresentada em até 15 dias;
Se o juiz indeferir a petição inicial, o autor pode apelar da decisão;
Se o juiz deferir a petição inicial, cabe agravo;
Depois de proposta a ação é vedada qualquer forma de acordo/transação;
Medidas cautelares para assegurar o resultado prático do processo:
Preparatória (ação autônoma antes da ação principal): o autor tem até 30 dias para propor a ação principal, senão a cautelar cai;
Incidental (junto com a ação);
Medidas Cautelares:
1) Indisponibilidade de bens - gerais;
2) Sequestro (indisponibilidade de bens específicos);
3) Bloqueio e investigação de contas no exterior;
4) Afastamento provisório do servidor – sem prazo e com remuneração;
PRESCRIÇÃO NA AÇÃO DE IMPROBIDADE: 
Varia de acordo com o réu;
Detentor de mandato, função ou cargo em comissão: prazo de prescrição de 05 anos contados do término do mandato, cargo ou função;
Obs.: Se o agente for reeleito, o prazo prescricional conta do final do segundo mandato;
Obs.: Se o agente for um servidor estatutário, o prazo de prescrição é o mesmo do prazo de demissão que é declarado no estatuto do servidor;
As ações de ressarcimento ao erário são imprescritíveis, ou seja, podem ser cobradas a qualquer momento;
As sanções patrimoniais decorrentes dos atos de improbidade se sucedem aos herdeiros do servidor falecido nos limites da herança;
BENS PÚBLICOS
Conceito:
- Bens Públicos são todos aqueles que integram o patrimônio da Administração Pública direta e indireta. Todos os demais são considerados particulares.
 
- “São públicos os bens de domínio nacional pertencente às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem” (art. 98 do CC).
 – As empresas públicas e as sociedades de economia mista, embora sejam pessoas jurídicas de direito privado, integram as pessoas jurídicas de direito público interno, assim os bens destas pessoas também são públicos.
 
Classificação:
O artigo 99 do Código Civil utilizou o critério da destinação do bem para classificar os bens públicos.
 
Bens de uso comum: São aqueles destinados ao uso indistinto de toda a população. Ex: Mar, rio, rua, praça, estradas, parques (art. 99, I do CC).
 
O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por meio da lei da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Ex: Zona azul nas ruas e zoológico. O uso desses bens públicos é oneroso.
 
Bens de uso especial: São aqueles destinados a uma finalidade específica. Ex: Bibliotecas, teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições públicas em geral (art. 99, II do CC).
 
Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma especial. “Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real, de cada uma dessas entidades” (art. 99, III do CC).
 
Os bens dominicais representam o patrimônio disponível do Estado, pois não estão destinados e em razão disso o Estado figura como proprietário desses bens. Ex: Terras devolutas.
 
Afetação e desafetação:
Afetação consiste em conferir ao bem público uma destinação. 
Desafetação (desconsagração) consiste em retirar do bem aquela destinação anteriormente conferida a ele.
 
Os bens dominicais não apresentam nenhuma destinação pública, ou seja, não estão afetados. Assim, são os únicos que não precisam ser desafetados para que ocorra sua alienação.
 
 
Regime jurídico dos bens públicos
 
Noções Gerais:
A concessão desse regime jurídico decorre dos interesses que o Poder Público representa quando atua.
 
Inalienabilidade
 
Imprescritibilidade
 
Impenhorabilidade
 
 
Inalienabilidade:
 
Regra geral: Os bens públicos não podem ser alienados (vendidos, permutados ou doados).
 
Exceção: Os bens públicos podem ser alienados se atenderem aos seguintes requisitos:
 
- Caracterização do interesse público.
 
- Realização de pesquisa prévia de preços. Se vender abaixo do preço causando atos lesivos ao patrimônio público cabe ação popular.
 
- Desafetação dos bens de uso comum e de uso especial: Os bens de uso comum e de uso especial são inalienáveis enquanto estiverem afetados. - “Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar” (art. 100 do CC).
 
- Os bens dominicais não precisam de desafetação para que sejam alienados. - “Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei” (art. 101 do CC).
 
- Necessidade de autorização legislativa em se tratando de bens imóveis (art. 17 da lei 8666/93). Para bens móveis não há essa necessidade.
 
- Abertura de licitação na modalidade de concorrência ou leilão: O legislador trouxe no artigo 17 algumas hipóteses de dispensa de licitação:
 
Dispensa de licitação para imóveis:
 
- Dação em pagamento (art. 17, I, “a” da Lei 8666/93).
 
- Doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de Governo (art. 17, I, “b” da Lei 8666/93).
 
- Permuta, por outro imóvel que atende os requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta lei (art. 17, I, “c” da Lei 8666/93).
 
- Investidura (art. 17, I, “d” da Lei 8666/93).
 
- Venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de governo (art. 17, I, “e” da Lei 8666/93).
 
- Alienação, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis construídos e destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais de interesse social, por órgãos ou entidades da Administração Pública especificamente criados para esse fim (art. 17, I, “f” da Lei 8666/93).
 
Dispensa de licitação para móveis:
 
-Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após a avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação (art. 17, II, “a” da Lei 8666/93).
 
-Permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública (art. 17, II, “b” da Lei 8666/93).
 
-Venda de ações, que poderão ser negociadas na bolsa, observada a legislação específica (art. 17, II, “c” da Lei 8666/93).
 
-Venda de títulos, na forma da legislação pertinente (art. 17, II, “d” da Lei 8666/93).
 
-Venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades (art. 17, II, “e” da Lei 8666/93).
 
-Venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe (art. 17, II, “f” da Lei 8666/93).
 
Imprescritibilidade:
É a característica dos bens públicos que impedem que sejam adquiridos por usucapião. Os imóveis públicos, urbanos ou rurais, não podem ser adquiridos por usucapião.
 
“Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião” (art. 183 e 191, parágrafo único da CF). “Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião” (art. 101 do CC).
 
“Desde a vigência do Código Civil (CC/16), os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”

Outros materiais