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Uma reflexão crítica do sistema de ensino brasileiro.
Resumo
Neste artigo, vamos fazer várias reflexões a cerca de educação, aprendizagem e ensino, com várias referências e consultas bibliográficas que nos ajudaram bastante este artigo. No livro “Não Nascemos Prontos” de Mario Sergio Cortella, o autor afirma que parar para pensar é um erro, mas eu discordo. Parar para pensar é bem mais do que pensar no que vai comer, ou no planejamento do dia seguinte, parar para pensar é refletir. Refletir não de uma forma superficial, mas de uma forma profunda e intensa.
Desenvolvimento
Muitas pessoas, a esmagadora maioria, chegam ao ensino superior com um déficit enorme, despreparadas e inseguras em relação à matéria conhecida até o momento. O resultado disso são as reprovações, e dificuldades para acompanhar a matéria do ensino superior, que é quase uma continuação do conteúdo visto no ensino fundamental e médio. Isso é frequentemente percebido nas matérias de exatas, em que logo no primeiro período de faculdade os alunos veem o cálculo, e outras matérias, como um pesadelo. O que gera um índice de reprovações catastrófico não apenas nas exatas, mas em todos os outros cursos.
O motivo dessa dificuldade dos alunos é a falta de conteúdo básico, que é aprendido desde que se entra na escola, lá com os seus 6, 7 anos de idade. A educação atual está formando uma geração de analfabetos funcionais, porque nas escolas só estão passando um apanhado geral do básico de cada matéria e facilitando a aprovação dos alunos, o que está prejudicando, lá na frente, nossos futuros médicos, engenheiros, policiais, juízes, comerciantes, garis, ou seja, todas as pessoas que futuramente serão a sociedade. Facilitar as coisas para as crianças vai nos custar muito caro, não adianta o governo se orgulhar de estar acabando com o analfabetismo se o critério para isso é: saber ler, escrever e somar.
Por exemplo, se comparados com outros países, até mesmo com menos recursos que o Brasil, nossos jovens são deixados para trás, enquanto um assunto é dominado no 6º ano de ensino em outro país, aqui no Brasil o mesmo assunto é entendido por uma pequena parte dos alunos e no 8º ano de ensino. A Prof. Rosalina Rocha Araujo Moraes, Mestre em Educação, Pedagoga e professora do município de Fortaleza, também faz uma análise parecida em seu artigo, o link está nas referências.
Uma educação de qualidade é feita com bem mais do que saber ler e não interpretar, escrever e não saber o lugar dos acentos, somar e não saber multiplicação. Precisa-se ensinar coisas básicas, médias e avançadas para nossos alunos, o aluno ter apenas um apanhado básico da matéria e conseguir tirar boas notas, vai trazer o falso pensamento de que o aluno é bom e não precisa estudar em casa, ou buscar melhorar. Boas notas no boletim não significam que a escola é boa, ou que o aluno é bom, os alunos, acima de tudo, precisam aprender e fixar as matérias.
Pior ainda quando esse aprendizado básico fica na memória rápida do aluno e logo é esquecido e isso ocorre, pois os alunos só estudam para passar na matéria, ou para realizar provas. Atualmente, existem muitas atividades que tomam a atenção do aluno no dia-a-dia, esse é um dos motivos pelos quais se escuta tanto falar que a educação de antigamente era de melhor qualidade, mas nem tanto. A tecnologia, de certa forma, repeliu os alunos de perto dos livros, e não há uma cobrança séria por isso, nem a importância para se achar um método que torne a aprendizagem interessante como ela é.
O aluno não sente interesse por estudar, há diversas coisas que são mais fáceis e prazerosas de fazer do que pegar um livro e quebrar a cabeça para compreender a matéria. Os valores sociais e familiares influenciam muito, pensar que um aluno que estuda em casa é um “nerd” ou um careta é um pensamento atual muito “sem noção”. Não adianta procurar culpados, adianta procurar soluções, precisa-se de uma mudança imediata e radical em todo o ensino, para que não continue esse déficit por gerações.
Com uma educação de base boa, o aluno entra bem no ensino superior e se forma bem, se tornara um bom e consciente profissional, isso traria um grande avanço para o Brasil, e em todas as classes sócias. Atualmente, os valores de aprendizagem são muito preservados entre as classes altas do país, mas deixados de lado pelas classes médias e baixas, o que leva a ter um pouquíssimo número de pessoas com ensino superior nas classes mais baixas, e um grande número nas classes altas.
O professor deve ter a autoridade dentro da sala de aula para dar notas, avaliar, reprovar como ele quiser. Tirar esses direitos do professor é como tirar a autoridade dos pais. O professor se sente incapaz de cobrar o conteúdo de seus alunos, pois não pode avaliar de sua maneira. Isso gera um desanimo e um abandono da parte do professor sobre seus alunos, mesmo que indiretamente, não há uma responsabilidade dos alunos em relação à matéria, ou ao professor. Portanto os alunos não estão se importando se aprendem ou não, se passar na matéria está ótimo.
A reforma educacional é algo para se refletir e merece uma grande atenção de todos os cidadãos, educar não apenas os alunos, mas a sociedade, a família, para que todos andem em um mesmo ritmo, com igualdade de oportunidades e justiça. Uma nova estratégia e discussões sobre políticas educacionais são necessárias constantemente, a sociedade muda muito rápido junto com a tecnologia e refletir sobre novos conceitos ajuda, e muito, a formar e ensinar as crianças não apenas o conteúdo da matéria, mas a importância de conviver em sociedade como um cidadão.
Outro ponto importante é a compreensão e colaboração de todos nas discussões políticas, não apenas daqueles que fazem um estudo aprofundado na parte de políticas educacionais, mas também dos que não são acostumados com estas. Uma pessoa pensar que, por não ter intimidade com políticas e não participar das reflexões é um erro, todos devem participar e discutir juntos. Para melhorar a educação, técnicas de ensino, cidadania, e muito mais. Assim está escrito na Constituição Federal, em seu art. 205 que diz: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Cobrar infraestrutura, condições e investimentos do poder executivo é uma ótima ideia, pois precisamos de “Poder” para fazer aconteceu o que decidirmos em nossas reflexões. Uma cobrança geral, com a participação de todos os estados, com certeza seria chamativa e resolveria, pelo menos um pouco, alguns problemas da educação social. A mobilização dos professores, seus protestos e suas greves são muito importantes para o desenvolvimento e valorização dos professores públicos. O Prof. Dr. Paulo Gomes Lima, da UFSCAR, também faz um estudo informativo, embasado em leis para mostrar que as políticas educacionais estão apenas no papel e não na prática.
Conclusão
Enfim, precisa-se pensar nos problemas educacionais do Brasil de uma forma radical, rigorosa, e em conjunto com todas as classes sócias, como o autor Dermeval Saviani afirma no livro “Educação Brasileira – Estrutura e Sistema” ao falar sobre a tarefa dos educadores atuais. Enquanto agirmos de forma branda em relação aos problemas educacionais, teremos professores com salários brandos, ensino brando, aprendizado brando, profissionais brandos e o seremos um país Brando. A educação que damos aos jovens será refletida no futuro da nação e deve ser levada muito a sério, e não facilitada, ou esquecida, ou posteriorizada, pois a educação é a melhor forma de aproximarmos as diferentes classes sócias e oferecer igualdade para todas as pessoas. 
 
REFERÊNCIAS:
- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996. (L.D.B.)
- Angelo Ricardo de Souza, Andréa Barboza Gouveia e T.M.T. “Políticas Educacionais – Conceitos e Debates”, 2013.
- http://pt.slideshare.net/DRPAULOLIMA/4-polticas-educacionais-e-gesto-escolar-prof-dr-paulo-gomes-lima- Constituição Federal.
- http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/%20educacao-hoje.htm
- Dermeval Saviani. “Educação Brasileira – Estrutura e Sistema”, 1996.

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