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AULA 09: FARMACOLOGIA DOS ANTITROMBÓTICOS 
FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM 
Farmacologia para Enfermagem 
AULA 09: FARMACOLOGIA DOS ANTITROMBÓTICOS 
Conteúdo Desta Aula 
Nesta aula vamos estudar: 
 
• Farmacologia dos antitrombóticos; 
• Mecanismo de anticoagulantes; 
• Atuação dos antiplaquetários; 
• Fármacos fibrinolíticos. 
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Farmacologia dos Antitrombóticos 
• Bases para a compreensão de 
doenças hemorrágicas e trombóticas 
arteriais e venosas. 
Hemostasia 
e 
Trombose: 
• Coagulação sanguínea; 
• Função plaquetária; 
• Fibrinólise. 
Processos 
envolvidos: 
• Anticoagulantes, pró-coagulantes, 
antiplaquetários e fibrinolíticos. 
Fármacos 
utilizados: 
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• Fatores predisponentes – Tríade de Virchow 
Lesão da parede vascular, placa ateromatosa se rompe ou sofre 
erosão em cirurgias de redução do fluxo arterial, pessoas 
engessadas, acamadas ou viagem prolongada, ao sentar com 
cãibras após longa caminhada, coagulabilidade anormal do 
sangue, fatores hereditários, câncer, perda de sangue em 
cirurgias, nos últimos estágios de gravidez, uso de 
anticoncepcionais orais. 
• Trombose 
Ativação inadequada dos mecanismos hemostáticos, com a 
formação patológica de um tampão hemostático dentro da 
vasculatura na ausência de sangramento. 
• Coágulos 
São amorfos, uma trama de fibrina e eritrócitos se forma no 
sangue estático in vivo. 
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Na patogênese da trombose arterial destacam-se cinco etapas: 
1) Adesão das plaquetas ao subendotélio e ativação dos 
receptores de membrana nas plaquetas; 
2) Liberação do conteúdo plaquetário; 
3) Agregação plaquetária; 
4) Adição de fibrina; 
5) Formação de trombo fibrinoplaquetário branco-acinzentado. 
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• Os trombos são divididos em arterial e venoso. 
• Trombo arterial-trombo branco: formado por grande 
componente de plaquetas e leucócitos em uma trama de 
fibrina, associado a aterosclerose interrompe o fluxo 
sanguíneo causando isquemia ou morte (infarto). 
Legenda - 1. Hemácias; 2.Leucócito (atravessando o endotélio); 3. Aglomerado 
de plaquetas; 4. Célula endotelial; 5. Camada limitante elástica interna; 6. placa 
aterosclerótica calcificada delimitando a camada limitante elástica interna; 7. 
fibras musculares lisas; 8. camada limitante elástica externa. 
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Trombo venoso – trombo vermelho: 
• Cabeça branca e pequena, cauda longa e vermelha, gelatinoso trama difusa com pequeno 
componente de plaquetas e grande componente de fibrina. Associado a estase sanguíneo, o trombo 
pode se soltar e formar um êmbolo e este pode se alojar a distancia, causando isquemia e infarto. 
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Trombose Venosa Profunda (TVP) – Flebite ou Tromboflebite profunda: 
• Coagulação do sangue no interior das veias em um local ou momento não adequados (inflamatório); 
• As veias mais comumente acometidas são as dos membros inferiores (cerca de 90% dos casos); 
• Os sintomas mais comuns são a inchação e a dor. 
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Cascata de coagulação 
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Ativação da trombina: 
• Ativação da protrombina (fator ll) pelo fator Xa. 
 
• O complexo do fator Va com uma superfície de 
fosfolipídeos carregados negativamente (fornecida 
pelas plaquetas agregadas) forma um sítio de ligação 
para o fator Xa e a protrombina (II), que têm cadeias 
de peptídeos (mostradas esquematicamente) 
semelhantes entre si. 
 
• As plaquetas servem, assim, como um foco de 
localização para o processo. 
 
• Os íons cálcio são essenciais para a ligação. 
 
• O fator Xa ativa a protrombina, liberando a trombina 
(mostrada em cinza). 
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Fármacos afetam a hemostasia de três modos: 
• Coagulação sanguínea (formação de fibrina); 
• Função plaquetária; 
• Remoção da fibrina (fibrinólise). 
Tratamento Farmacológico: 
• É raro, para promover hemostasia. Exceto quando ocorrem defeitos no processo essencial, após 
terapia excessiva com anticoagulantes; 
• Frequente para tratar ou prevenir a trombose ou tromboembolismo, pois são doenças comuns 
e graves. 
Fármacos que atuam na cascata de coagulação: 
• Pró-coagulantes ou Pró-trombóticos (Defeitos na coagulação); 
• Anticoagulantes injetáveis; 
• Anticoagulantes orais – antagonistas de vitamina K; 
• Anticoagulantes independentes de antitrombina III. 
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Fármacos que atuam na adesão e ativação de plaquetas – Antiplaquetários: 
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• Aspirina; 
• Dipiridamol; 
• Antagonistas do receptor da glicoproteína IIB/IIIA. 
• Derivados de tienipiridinas; 
Fármacos que atuam na fibrinólise: 
• Fibrinolíticos; 
• Antifibrinolíticos e hemostáticos. 
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Uso da Vitamina K 
Tratamento e/ou prevenção de sangramento por tratamento 
excessivo com anticoagulante oral, por exemplo, pela 
varfarina, em bebês para prevenir a doença hemorrágica do 
recém-nascido, para deficiências de vitamina K em adultos, 
em doença celíaca, esteatorreia; ausência de bile (na icterícia 
obstrutiva). 
Mecanismo da vitamina K 
Mecanismo da vitamina K e da varfarina. Após a síntese das 
cadeias peptídicas dos fatores de coagulação II, VII, IX e X, a 
vitamina K reduzida (a hidroquinona) atua como um cofator na 
conversão de ácido glutâmico em ácido y-carboxiglutâmico. 
Durante essa reação, a forma reduzida da vitamina K é 
convertida em epóxido que, por sua vez, é reduzido para 
quinona e, então, para hidroquinona. 
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• Fármacos pró-coagulantes 
Vitamina K ou vitamina K reduzida é um cofator na y-carboxilação pós-translacional e resíduos de ácido 
glutâmico (Glu) nos fatores II, VII, IX e X. Os resíduos de ácido glutâmico carboxilado (Gia) são essenciais 
para a interação desses fatores com o Ca+2 e os fosfolipídios carregados negativamente. 
 
• Fármacos anticoagulantes 
Anticoagulantes injetáveis (heparina, de baixo peso molecular) potencializam a antitrombina III, um 
inibidor natural que inativa o fator Xa e a trombina. 
 
Anticoagulantes orais (varfarina). Agem no componente 1 da vitamina K, epóxido redutase (VKORC1) 
inibindo a redução da vitamina K epóxido e, por consequência, a y-carboidlaçaode Glu nos fatores ll, VII, 
IX e X. Atuam apenas in vivo e seu efeito é retardado até que os fatores de coagulação pré-formados 
sejam depletados. 
 
Os inibidores diretos de trombina ativos por via oral (etexilato de dabigatrana) ou inibidores do fator Xa 
(rivaroxabana) são cada vez mais utilizados e não necessitam de monitoramento ou individualização da 
dose. 
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• Fármacos Antiplaquetários 
São uma classe de medicamentos que 
inibem o efeito do fator de ativação 
plaquetária (FAP). 
 
Esse fator é ativado como componente da 
resposta imunológica, gerando processos 
decoagulação como a cascata tromboxano 
e fibrinolítica. Entre os medicamentos mais 
utilizados está a aspirina. 
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• Ativação plaquetária 
Ativação de plaquetas. O esquema 
mostra os eventos envolvidos na 
adesão e agregação de plaquetas e os 
sítios de ação de fármacos e 
mediadores endógenos. 
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Siglas: 
AA – ácido araquidônico 
ADP – adenosina difosfato 
GP – glicoproteína 
NO – óxido nítrico 
TXA – tromboxano 
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• Usos clínicos 
Tratamento de infarto do miocárdio e de 
hipertensão arterial. 
• Aspirina 
Bloqueador inespecífico da cicloxigenases (COX) 
pela acetilação irreversível do resíduo serina em 
seu sítio ativo. Isso reduz tanto a síntese de 
tromboxanos quanto a síntese de prostaglandinas 
no endotélio vascular, o que pode gerar efeitos 
indesejáveis sérios, como redução na produção de 
muco gástrico e aparecimento de úlcera gástrica. 
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Outros agentes: 
• Sulfimpirazona, que tem efeitos semelhantes aos da aspirina. Entretanto, por ter inibidores 
irreversíveis da cicloxigenase, ela é bem mais potente, razão pela qual deve-se sempre ser prudente. 
 
• Dipiridamol e Clopidogrel 
 
• As principais indicações são em caso de infarto do miocárdio, recuperação de um infarto, sintomas de 
aterosclerose, angina e isquemias cerebrais, após cirurgias de revascularização, síndromes 
coronarianas associadas a clopidogrel e à aspirina. 
 
• Epoprostenol (prostaglandina I2 sintética), devem ser utilizados em procedimentos clínicos 
especializados, muito instável. Usualmente utilizado com administração por infusão intravenosa, atua 
nos receptores para prostaglandinas, no músculo vascular e nas plaquetas. Seu efeito ocorre pelo 
estímulo da adenilato ciclase, produzindo vasodilatação e inibição da agregação causada por 
qualquer via, como de agentes que inibem a síntese de tromboxanos, ou ambos. 
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• Sistema fibrinolítico 
 
O esquema mostra as interações das vias de 
coagulação e plaquetária e os pontos para a ação de 
fármacos que modificam esses sistemas. HBPMs, 
heparinas de baixo peso molecular. Para mais 
detalhes sobre ativação de plaquetas e escala da 
coagulação. 
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Agentes fibrinolíticos (trombolíticos) 
Uso clínico frequente com intuito de desobstruir artérias, como as coronárias, se o paciente estiver infartando. 
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Exemplos de Fibrinolíticos: 
• Estreptoquinase – é uma proteína sintetizada em culturas da bactéria streptococcus, que ativa o 
plasminogênio. Ela pode ser administrada em forma de infusão intravenosa, provocando uma 
grande melhoria do quadro de infarto agudo do miocárdio, sendo normalmente associada à 
aspirina. Esse medicamento é inibido por anticorpos, que passam a ser ativos cerca de quatro dias 
após início do tratamento; 
• Alteplase e duteplase são moléculas que apresentam atividade sobre o plasminogênio ligado à 
fibrina, por isso atuam seletivamente nos coágulos. São indicados a pacientes nos quais as 
estreptoquinases não têm mais atividade, em resultado da degradação por anticorpos; 
• Têm meia-vida de eliminação prolongada e podem ser administradas em forma e bolo. 
• Disponíveis para uso clínico no infarto do miocárdio; 
• Os efeitos indesejáveis mais comuns são hemorragias gastrintestinais e acidente vascular 
encefálico. Quando o sangramento é muito grave, utiliza-se ácido tranexâmico, plasma fresco ou 
fatores de coagulação. 
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• Fatores de Risco 
Hipertensão, Dislipidemia. 
• Doença ateromatosa 
É universal e causa de morte ou e de incapacidade por 
infarto e trombose ou AVC e insuficiência cardíaca. 
• Tratamento Preventivo 
Fármacos Redutores de Lipídeos. 
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• Metabolismo das Lipoproteínas e Dislipidemias 
Essas moléculas incluem o colesterol, triglicerídeos e 
fosfolipídios. Subdivididas em quatro classes: 
Quilomícrons: lipossomas, ou pequenas esferas, que 
chegam aos tecidos, são clivados por lipases e liberam 
ácidos graxos livres. A sobra desses quilomícrons é 
armazenada pelo fígado e oxidada a ácidos biliares. 
Lipoproteínas: de muito baixa densidade (VLDL), que 
transportam o colesterol e os triglicerídeos 
sintetizados até os tecidos orgânicos. 
Lipídeo de baixa densidade (LDL): moléculas de 
colesterol captadas pelos tecidos e pelo fígado por 
meio de receptores específicos. 
Lipoproteína de alta densidade (HDL): colesterol 
utilizado e degradado nos tecidos. 
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Lipoproteína 
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Transporte de lipoproteínas 
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• Fármacos hipolipidêmicos 
Estatinas, como os inibidores da HMG-CoA redutase (3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A), fibratos 
e resinas de ligação de ácidos biliares. Existem também o ácido nicotínico, o probucol e o óleo de 
peixe, que reduz os triglicerídeos, mas pode elevar os níveis de colesterol no sangue. 
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Estatinas – Inibidores da HMG-CoA Redutase – Inibe a síntese do colesterol ao inibir a enzima 
HMG-CoA em ácido mevalônico. Os principais membros dessa família são a sinvastatina, a 
lovastatina e a pravastatina, todos inibidores competitivos reversíveis. 
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• Fármacos hipolipidêmicos 
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Resinas de Ligação de Ácido Biliares – família composta pela colestiramina e o colestipol, indicados 
por via oral. Retiram os ácidos biliares e dificultam sua reabsorção na circulação hepática. Por isso, 
essas resinas diminuem o colesterol endógeno. 
Fibratos – derivados do ácido fíbrico, que geram uma grande redução das VLDL circulantes, 
reduzindo os triglicerídeos e colesterol. Atua como agonista do receptor ativo de peroxissomas 
(PPARA), que ativa a degradação betaoxidativa dos ácidos graxos. Seu estímulo sobre as lipases 
aumenta a hidrólise de triglicerídeos e partículas de VLDL. 
Óleo de Peixe – São triglicerídeos ômega-3, que reduzem a concentração de triglicerídeos, mas 
aumentam o colesterol. Seu efeito na morbidade e na mortalidade por doenças cardiovasculares 
ainda não foi comprovado, mas existem evidências de que o consumo diminui cardiopatias. 
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• Placebo X sinvastatina 
 
Sobrevida de pacientes com coronariopatia e 
colesterol sérico 5,5 – 8,0 mmol/l tratados com 
placebo ou com sinvastatina. O risco relativo de 
morte no grupo da sinvastatina foi de 0.70 (0.58 – 
0.85 com 95% de intervalo de confiança) 
CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA: 
 
 
Alvos para antibióticos; 
 
 Uso clínico da penicilina; 
 
Mecanismos dos antibióticos; 
 
Prescrição de fármacos antituberculose; 
 
Mecanismos de anti-hansênicos.

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